15 de abril de 2020

Fim de Temporada: Melhores Animes Inverno 2020





Um pouco atrasado, mas aqui está o primeiro post de final de temporada de 2020. Junto a quase sempre presente Escritora Otaku - que completa um ano e meio de participações ininterruptas nestes especiais -, temos como convidada a Natth, do blog parceiro Elfen Lied Brasil, que já chegou a participar uma vez deste post. A primeira traz o habitual top 5 dos animes que mais gostou dentre os que chegaram ao fim nas últimas semanas, ao passo que a Natth preferiu se limitar a um top 3 por falta de opções - está melhor do que eu, que voltei a ver um anime por inteiro, causador de certas polêmicas durante a temporada, após dois anos sem assistir nada só porque ele atingiu de modo certeiro um bom punhado de questionáveis fetiches otakus da minha lista...

Pois bem, boa leitura. 

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Escritora Otaku

E um novo ano começou, novos e antigos animes, tokusatsu, doramas e afins estão pipocando por toda parte. Cá estou eu, mais uma vez, para mais uma lista de melhores da temporada e não, sem pulos desta vez, como foi no ano passado. Vou contar um segredinho: esta lista foi moleza de pensar, não por falta de opções e sim em posições dos animes citados abaixo, tendo somente uma mudança de entrada na lista e menção honrosa. De resto, de acordo com o planejado.

A temporada de inverno trouxe muito anime de poucos episódios pra mim, fora os que acompanhava desde a de outono e fecharam aqui. Resultados? Vamos com as menções honrosas, que aqui fora três: “Uchi Tama?! Uchi no Tama Shirimasenka?”, novo anime do gatinho Tama e seus amigos, desta vez, com aparências humanas quando estão entre eles e com um encerramento para cada personagem (a abertura é uma graça de se ouvir); “Majutsushi Orphen Hagure Tabi”, nova versão de uma light novel dos anos 90 que soube resolver a pendência inicial do protagonista em três episódios e cuja abertura me fez lembrar das usadas na franquia “Saiyuki”, já confirmado nova temporada; “Dorohedoro” e suas bizarrices carismáticas, mais que declaradas, com seu protagonista feito por um dublador que conheço em outras praias, mais precisamente em “Detective Conan”. Todas estas menções foram animes com episódios de curta duração e o último teve altas chances de entrar na lista, mas não entrou por forte concorrência.

A lista, claro! Completa, com posições de terceiro para dois, segundo para um e primeiro para dois. E antes que me questionem, nenhum deles mereceu ficar abaixo em quarto ou quinto lugar ao meu ver. Espero que curtam e nos vemos por aí!



3° - Radiant (2ª Temporada)

Voltando após sua primeira temporada exibida, saindo de um mangá francês que ganhou certa notoriedade no Japão e publicado em nossas terras pela Panini; a segunda temporada de “Radiant” segue na jornada de Seth, um jovem feiticeiro que está atrás do local de origem das criaturas intituladas Nemesis.



O ritmo, personagens novos e contexto foram os pontos mais fortes neste retorno, muito por causa de um arco da temporada anterior, que deu sequelas que duraram o anime inteiro. Dá para dizer que superou as expectativas, mostrando que sim, quando bem direcionadas, segundas temporadas podem ser melhores que as primeiras. Mesmo que seja um shounen de aventura e fantasia, que diziam ser “cópia” de “Fairy Tail”, ele soube criar sua própria identidade e se destacar. Estou satisfeita que tenha me entretido e dado mais esperanças de mangás estrangeiros também ganharem seus animes de respeito - pois de livros estrangeiros, temos animes aos montes.



3° - Kabukichou Sherlock

Se não tiver escondido numa caverna, deve ter ouvido falar de Sherlock Holmes, um dos maiores detetives da ficção, criado pelo autor britânico Sir Arthur Conan Doyle. As histórias deste detetive encantam a todos, rendendo várias adaptações, fiéis ou não aos casos policiais deste. O que inclui a pessoa que vos escreve, que já leu e releu boa parte destas histórias, sendo minhas favoritas as duas iniciais de Sherlock, “Um Estudo em Vermelho” e “O Signo dos Quatro”. E quando se fala de animes que se inspiram dele direto ou não, posso citar “Detective Conan” com todas as honras, como um dos exemplos mais expressivos.

O anime que está nesta posição decidiu usar o recurso de imaginar como seriam os personagens no ambiente nipônico, nas ruas de Kabukichou, local semelhante aos bairros de rua e com suas particularidades. Acompanhamos um Sherlock Holmes amante da arte do rakugo, ao lado de outros detetives em casos típicos do lugar que vivem. Caso tenha tido a oportunidade de conhecer os contos de Doyle do nosso detetive fictício, vai estranhar a reimaginação de certos personagens comuns da obra; outros foram feitos para a série e este é o seu ponto mais alto. De resto, quando se fala dos casos em si, bem... tem seus altos e baixos, como manda a sumária maioria dos animes de temática policial ou de mistério.

Por isso, se quer uma versão nipônica de Sherlock Holmes, está no anime certo.



2° Mairimashita! Iruma-kun

Como estava animada para poder falar deste anime, foi uma das minhas escolhas da temporada de outono que não era continuação ou de obras populares, ao lado do “Honzuki no Gekikujou”, que botei na lista da temporada outono 2019 - apostas que eu veria até o fim, não importasse se fossem bons ou não, mas acabei me dando bem. As peripécias de Iruma, que parou no makai, achava que ia virar comida de demônios, só que não, lá vai ser paparicado, estudar numa escola, ter amigos e a vida que jamais teve em sua vida sofrida. Nos momentos iniciais, qualquer semelhança com o personagem Ayasaki Hayate de “Hayate no Gotoku!” é a mais pura coincidência.

Um anime carismático, onde personagens que realçam o humor e as experiências do nosso protagonista vivendo sua nova vida me encantaram de tal maneira, que fui revendo os episódios no mesmo dia que saia para ver. E estou revendo pela terceira vez, sendo que desde “Miira no Kaikata” e “Gakuen Babysitters”, que citei na lista de fim de temporada inverno 2018 que não fazia tal coisa. Falar mais de Iruma-kun é estragar o bom que trouxe e para fechar meus pareceres, este foi o caso de anime que ninguém dava bola e foi conquistando público conforme passava o tempo. O bom disso é que confirmaram segunda temporada para 2021, eba!!!



1° Runway de Waratte

Quando se aventura em animes, um ponto muito interessante é que são capazes de desenvolver tantas histórias, das mais fantásticas para as mais reais num piscar de olhos. Então, um anime de moda, o que esperar? Uma surpresa competente e sem querer enrolar demais; com um clima que nem sempre tudo é possível na primeira vez, a não ser que persista naquilo que acredita. A constante caminhada para realizar um sonho é parte característica em muitas obras nipônicas e aqui não soa diferente.

Dos animes que peguei da temporada de inverno de 2020, sem nenhuma sombra ou margens de dúvidas, foi o que mais me surpreendeu. Início, meio e fim que me puseram no mundo nem sempre glamoroso da moda, não focando somente nas modelos - há espaço para os designers que criam as roupas, sejam estas ao público ou para festivais e semanas da moda. O desafio imposto para Chiyuki e Ikuto, jovens colegiais que querem seguir em suas carreiras e vemos, ao longo da trama, suas vitórias, derrotas, superações e persistência, algo nada incomum quando se quer tornar seus sonhos em realidade. Foi uma honra poder acompanhar semanalmente este anime, só não ficou isolado porque outra série se esforçou, a longo prazo, para conseguir ser inserida na mesma colocação.



1° Gegege no Kitarou (2018)

Sétima adaptação de uma obra clássica, que possui uma versão animada a cada década, vindo da mente de Shigeru Mizuki, o novo Kitarou veio com uma missão barra pesada: substituir o já famigerado “Dragon Ball Super” no seu horário. E certeza de que muitos torceram o nariz por isso, afinal, a nova temporada de “Dragon Ball” começou mal e terminou bem, para alegria de uns, tristeza para outros - portanto, muitos não quiseram conferir se o substituto de Goku segurava o barco e foram para outros animes. Agora, se foi como eu e deu a bendita chance, você entrou num barco sem volta. Sendo direta, a Toei Animation tem seus defeitos e isso não passa batido, nem mesmo nos animes que conseguem sobressair. E em 2018, dois animes dela me impressionaram: a temporada anual de “Precure”, “HUGtto Precure” e a versão atual de “Gegege no Kitarou”. A última foi um verdadeiro tapa na minha cara, tipo, como ia acreditar que quando tem vontade e deixam de lado o desleixo característico, o estúdio pode entregar algo de boa qualidade? E foi tapa duplo, se querem saber.

O uso das criaturas mais famosas dos animes, os youkais, que já vimos em tantas obras, e uma forte crítica social pra ninguém botar defeito, cortesia dos nossos tempos em seus episódios e abordando a relação de dois mundos, o nosso e o deles, são suas maiores qualidades. Fora que os designs recebidos pors alguns personagens nesta versão são um deleite aos nossos olhos - quem não amou a NekoMusume, e até mesmo o protagonista ganhou um up para melhor. Pode parecer injusto que um anime longo merece méritos assim, é verdade, acontece que a versão 2018 de Kitarou revelou que sim, animes com uma duração maior, quando a produção se esforça, podem ser muito bons. Por isso, esperava ter a chance de botar esta gracinha de anime nesta lista e bem, aconteceu.

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Natth

Olá, seres humaninhos! Aqui quem fala é a Natth, e tô aqui de novo como participação especial /o/ (a última vez que eu fiz isso foi em 2017). Infelizmente pela falta de tempo vi poucos animes, então o Erick me deu uma colher de chá e será apenas um TOP 3, vamos lá? =D



3º - Runway de Watatte

Eu sou leitora de "Runway" já há algum tempo junto com o @LukLucas_, e por isso posso afirmar com certeza, FOI RUSHADASSO. Na verdade, até uma pessoa que não conhece a obra original iria pensar que estava indo um pouco rápido, porém, ainda assim, foi uma experiência válida.

Não sou exatamente a pessoa mais entendida de moda (muito menos estou na moda), mas em geral gosto de programas nessa temática, estou habituada a alguns tipos: Aquele designer que consegue fazer qualquer coisa de olho, com facilidade, destreza, mesmo que transpareça uma simplicidade, a emoção está ali em cada peça que faz, ou aquela modelo que tem um andar diferente - afinal, na passarela o que é importante é a roupa, você deve se apagar para a roupa prevalecer, porém a forma como anda para enfatiza-la também é importante, e na animação nada disso foi nem milimetricamente referenciado, mas ao menos foi citado para que você entenda por que aquele personagem é especial.

Eu gosto da ideia de crescimento duo dos personagens, cada um crescendo em sua própria expertise, para um final em comum, já que o trabalho de um se completa com o trabalho do outro - para a Chiyuki brilhar ela tem que fazer as roupas do Ikuto brilhar, como as roupas do Ikuto precisam dar essa chance para a Chiyuki fazer seu trabalho. Dentro do anime não tivemos uma chance de fato para ver isso acontecer, mas com certeza instiga aquela vontade de querer saber o que o futuro os aguarda.

Acredito que o anime fez uma boa escolha em terminar no arco que terminou, eu não consegui pensar em nenhum ponto anterior para ocorrer um final impactante que envolvesse todos os personagens como esse envolveu.

Acho que o que mais me chateou em "Runway" foi a animação do recém chegado estúdio Ezόla ("Happy Sugar Life", "Sounan Desu ka?"), e também a simplificação das roupas na passarela, não que no mangá as roupas fossem incríveis (até porque só aparece algumas), mas considerando que é um mangá/anime sobre moda, que se esforçassem um pouco mais nas roupas que não estão em destaque também.



2º - Haikyuu!!: To the Top 

Quarta temporada de "Haikyuu!!"! Eu devo dizer a vocês que está obra como um todo está no meu top 5 animes de esporte com absoluta certeza, e gosto como as coisas são realistas, mesmo os “poderes” não são exatamente poderes, e sim habilidades, que podem ser replicadas no mundo real, algo que é palpável. Fora que os personagens são muito queridos, cada um deles.

Essa temporada o enfoque foi bem mais em treino (o que eu adoro =D), mas também em crescimento individual de certos personagens, um tempo longe do que já lhe é rotina realmente ajuda bastante a perceber coisas que você nunca tinha pensado antes, principalmente pro Hinata.

Houve uma mudança de character design, porém ele ainda está na responsabilidade de Takahiro Kishida igual nas temporadas anteriores. Esse novo design é mais redondo, e de certa forma mais dinâmico, eu gostei da mudança.

Acho que o único problema é que o Production I.G. tem a PACHORRA de terminar a temporada NO MEIO DO JOGO, CARA**O, ainda bem que a próxima parte já está anunciada senão eu iria pirar.



1º - Housekishou Richard-shi no Nazo Kantei 

O anime busca mostrar Richard e Seigi trabalhando aos fins de semana na Jewelry Étranger, fazendo analise de joias ou as vendendo, e explorando o que essas joias representam na vida de cada um dos clientes que passam por ali. Um anime que busca o significado de várias emoções humanas através de joias preciosas.

Pelos comentários que eu vi no Tumblr o anime trouxe a essência da obra escrita (baseado em light novel!), porém pecou em não desenvolver um pouco mais os dois protagonistas, no sentido que dentro da história há MUITAS cenas em que eles conversam abertamente sobre a relação que existe entre os dois (com diálogos com o mais puro duplo sentido para me matar do coração), porém o desenvolvimento dessa relação não é de fato mostrado, então muitas cenas parecem que acontecem do nada (não que eu esteja reclamando já que eu adoro o fanservice todo, mas né... É DO NADA).

Duplos sentidos tipo isso:



(É... mas ele falou no sentido de amizade, tá! Se é que ainda dá para chamar isso de amizade.)

E isso provavelmente se deve ao fato do anime ter feito a escolha de adaptar 5 novels em 12 episódios, então muita coisa simplesmente foi cortada - porém, igual a "Runway", eles escolheram correr exatamente para pegar os momentos mais emocionantes da obra que envolve os protagonistas, para não manter o estilo de "one shot" com os clientes de joias até o final. Foi a escolha certa a se fazer? Eu sinceramente não sei, mas se ele está aqui em primeiro lugar, talvez tenha sido mesmo.

A animação, que ficou a cargo do estúdio Shuka ("Durarara!!x2 Shou" em diante e "Natsume Yuunjichou Go"), não foi nada impressionante, houve deformações mas funcionou na medida do possível, até porque é um anime slice of life sem muita movimentação.

É o melhor anime da temporada? Não, não é, com certeza não. Mas esse foi o único anime que eu não esperava paraver aos sábado, eu assistia no dia de exibição, só isso mostra o quanto ele foi especial para mim.



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