Quem gosta de animes curtos? Admito que desde que
li postagens sobre animes curtos no Animecote, minha curiosidade de conhecer
tais séries atiçou e fui atrás: acabei vendo três e tem série que devo assistir
quando puder, é claro! Desta leva me encantei com as duas temporadas de “Chi’s
Sweet Home” e com o jeito gatinho-vampiro do “Nyanpire” (sim, esta redatora tem
queda por gatos, o que acham?) e chegamos a última, tema desta resenha, o fofo
e infantil “Chibi Devi!”. Diferentemente dos dois primeiros, a série tem um
enredo mais consistente e uma galeria fixa de personagens, seguindo certa
lógica em seus episódios. Sua fofura não é tão açucarada quanto a da Chi e
tampouco o do Nyanpire, mas, mesmo assim, me encantei do mesmo jeito.
Este é o efeito colateral que dá em ver animes
fofos: quem nunca viu um que atire a primeira pedra no seu colega ao lado. Vão
entender ao ler a resenha, porque nela terão as respostas.
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Ano: 2011
Diretor: Maki Kamiya
Estúdio: SynergySP
Episódios: 75
Gênero: Comédia / Infantil
De onde saiu: Mangá, 11 volumes, finalizado.
Por Escritora Otaku
Quando sua vidinha parece que vai ficar de um jeito, eis que algo surge do nada e simplesmente tudo ao seu redor muda da noite para o dia.
Na animação, seja ocidental ou oriental esta é uma
perspectiva bem comum e é um dos charmes para quem as assiste. Dentro das
animações ocidentais, vemos que este charme tem se perdido, pois a quantidade
de animações 3D e séries animadas com enredos comuns têm dado uma dor de cabeça
aos que acompanham suas obras favoritas. As animações orientais, em certos
pontos, seguem essa mesma tendência, mas, tem um grande diferencial: não há
medo de querer inovar ou ser clichê sem soar artificial a quem vê em sua
maioria. Em animes, contar uma história com começo, meio e
fim seja o ponto mais característico; ocidentalmente, este fator só tem havido
de uns anos pra cá, portanto, animações têm a chance de fechar as pontas e
encerrar o enredo de um jeito ou de outro.
O anime que vamos apresentar pode parecer batido
pelo conteúdo, há outros que retratam esta questão de forma mais sensível, só
não significa que não possa agradar. “Chibi Devi!” vem de um mangá shoujo
infantil, da mangaká Hiromu Shinozuka, que tem um contexto bem simples e ao
mesmo tempo, bem fofo de ser e de estar. Pra anime foi questão de tempo e pra
nossa surpresa, cada episódio tem apenas cinco minutos de duração, com abertura
e história: pra ter o tempo padrão de um anime, quatro episódios são o
suficiente.
Na história, Sawada Honoka é uma garota que vive
fazendo as tarefas de suas colegas de classe, sem recusar e é bem chorona; mora
praticamente sozinha – seus pais morreram ainda pequena e a tia fica
trabalhando fora - e não tem muita confiança em si mesma, até que numa noite, enquanto
dormia, surge um bebezinho com asas na cabeça e um rabinho pontudo. A reação? A
de “o que é isso, porque tinha de ser eu?” Mesmo não entendendo de onde veio o
bebezinho, Honoka decide tomar conta dele e descobre que o seu nome é Mao. Apesar
da estranheza, Mao é um bebezinho muito bonitinho e quando usava uma roupinha
de dinossauro, eis que num momento de “vamos atormentar a Honoka chorona”, ele
cospe fogo.
Quem realmente é o Mao? As respostas são dadas por
um cara bem estranho, de barba e de óculos que revela que ele é um bebê demônio
e que a garota teria de cuidar dele. O cara é dono de uma creche que toma
conta deste tipo de bebê, a Creche Chibi Devi e a partir daí, vemos o convívio
de Honoka e Mao durante a série.
“Chibi Devi!” se encaixa no tipo de história que temos
alguém tomando conta de uma criança e desenvolvendo sua personalidade com este
convívio. Animes como “Aishiteruze Baby” e “Usagi Drop”, pegando os exemplos
mais lembrados – entre outros animes e mangás – retratam esta faceta, uns com
mais sensibilidade e outros como algo comum. Claro que estamos falando de um anime infantil, portanto,
dramaticidade tem de ser bem suavizada e sem chocar a quem assiste.
E Honoka descobre que além dela,
mais duas garotas também tem um bebê demônio pra tomar conta, cada uma com um
bebezinho de personalidades bem definidas. Pra nossa graça, a série não fica
restrita aos bebês e mostra-os descobrindo o mundo, comendo e até mesmo andando
e falando, vivendo aventuras e superando medos e obstáculos, com ou sem os seus
pais adotivos. Temos em torno de cinco destes bebês, sendo que três deles são
os principais e os outros dois apenas aparecem esporadicamente.
São estes bebês que dão o ar da
graça em “Chibi Devi!”, cada um com sua personalidade e de certa forma,
moldados pelas suas famílias humanas. Vamos falar deles e quem sabe, se
identifique com um...
O Mao é o mais bonzinho, muito de
sua personalidade doce e simpatia se deve a sua relação com a Honoka e com o Shin (pai adotivo dele), ama panquecas e
seu poder é o elemento fogo usando a roupinha de dinossauro, sem esquecer que é
o protagonista da série. A Karin mesmo sendo uma menina, não se
comporta como uma; sua personalidade forte e deveras crítica é uma mistura do
lado independente da Natsuki (mãe) e do jeito sarcástico de Itsuki (pai); ama berinjelas e seu elemento é
o gelo ao usar uma roupa de pinguim. Por fim, o Rai é tipo o irmão mais velho dos três
bebês, bem independente e tem uma risadinha... que nem parece que é um bebê;
gosta de refrigerante de melão e quem o cuida é a Shiori e seu elemento é o trovão quando usa
uma roupinha de ogro.
Na maioria dos episódios vemos os
três na creche ou passando por situações bem rotineiras a uma criança; suas
famílias adotivas têm de se acostumar com o jeitinho de cada um e ao mesmo tempo,
enfrentam atritos sobre como cuidá-los ou superar certos problemas, tornando
suas relações mais próximas. O traço infantil da série é um mimo a quem vê e a
dublagem ajuda mais a se encantar com “Chibi Devi!”, quer seja adepto ao shoujo
ou a quem curte animes curtos.
Enfim, não importando qual seja a
sua praia, o estilo infantil e rotineiro de “Chibi Devi!” pode te levar a uma
experiência leve e descompromissada. Um anime pra passar o tempo e ver como
Honoka e companhia tomarão conta destes bebês tão fofos e incomuns.
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