Por Escritora Otaku
E este é mais uma caso do tipo “topei com um anime
que nunca ouvi falar” - mesmo que diga isso, tal possibilidade pode existir e ao
conferir, me simpatizei com a série e personagens. Só não assisti na época em que
gravei pois tinha outras para ver, mas como neste ano de 2017 acompanhei poucos animes semanais, voltei as atenções pra ele e digo apenas que acabou sendo um
anime bem legal de se assistir.
Enfim, com uma trama cheia de reviravoltas e mudança na ótica das origens de toda a série, “Onmyou Taisenki” pode aparentar ser mais um anime que pegou carona no estilo consagrado de “Pokémon”, que consegue cumprir com seu enredo. Um caso de série pra assistir de forma despreocupada, exceto por mim: acontece que a partir do episódio trinta em diante, maratonei o anime em pouco tempo e sabe como isso ocorre? Quando me apego demais com a trama e personagens, aí, não tem erro e vejo numa velocidade que pode dar inveja aos que assistem um monte de animes semanais. Vejamos como foi a sua trajetória do começo ao final.
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Ano: 2004
Diretor: Masakazu Hishida
Estúdio: Sunrise
Episódios: 52
Gênero: Aventura / Comédia / Fantasia
De onde saiu: Animação original
De onde saiu: Animação original
Quando uma temática de história funciona o comum é
a aparição de similares, uns mais, outros menos: no ramo do entretenimento é
normal haver cópias de obras famosas ou que trouxeram algo novo. Considerando
que é uma cópia, pode ser vista com maus olhos e até mesmo ignorada, como se
apenas a versão original fosse a melhor - porém o fato de ser cópia não quer dizer que
seja ruim, ao contrário, quando deixa de lado este detalhe, podemos ver certo
potencial quanto a obra. Há casos que esta versão tenha momentos que a original
não soube explorar, seguir rumos diferentes e até mesmo melhorar alguns pontos
que deixaram a desejar.
Um caso bem específico seria “Pokémon”, e
convenhamos: pense numa série famosa que se baseou em games que vendem muito, servindo como um dos meios para manter a popularidade do produto principal. O que
não dá pra desmerecer é a quantidade de animes que sigam, diretamente ou não, a fórmula de criaturas colecionáveis, uns ficando mais conhecidos e
outros sendo mandados pro limbo. E aqui chegamos na série a ser explorada, “Onmyou Taisenki”, que se encaixa no perfil de obras que
pegaram carona no estilo “Pokémon” de ser e foi posta de lado.
Antes de ir por enredo, vamos deixar claro quanto a
um ponto curioso que o anime apresenta: um passado antigo e esquecido, mostrado antes da abertura e conforme o andamento, os fatos antes conhecidos são alterados até termos uma ideia geral dos eventos - o que afeta o presente e a forma de pensar e agir dos personagens envolvidos na trama.
Tachibana Riku é um garoto de quinze anos que mora com seu avô numa cidade pequena, levando sua vida e que tem o estranho costume de
repetir movimentos com as mãos - costume esse que seu avô pede para que faça constantemente, sem
explicar o motivo pra isso. Durante um festival, acompanhado de outro garoto, ele o guia até um templo e aí, este revela ser parte dos usuários do Estilo Terrestre
e ataca tanto Riku quando o avô. Quando o velhinho se fere, incapacitado de
continuar se defendendo, ele pede ao neto para entrar e pegar um objeto, um drive; ao
toca-lo, eis que o garoto forma um contrato com um shikigami e pede sua ajuda, que
aceita e aí, sua vida vira de cabeça pra baixo, os pondo em muitas batalhas e
situações relacionadas a tais seres.
Shikigamis são criaturas invocadas por seus donos, estes chamados de toujinshis (termo usado na série), com o intuito de lutar; para atacar, seus donos fazem movimentos com o drive que
aumentam o ritmo destes e até mesmo executam golpes especiais, os hissatsus. Quando um shikigami é
derrotado, aquele que fez o contrato perde suas memórias - se tiver conhecido outras pessoas e vivenciado qualquer momento, simplesmente as esquece e volta ao patamar antes do contrato. Os toujinshis são divididos em dois clãs: o Estilo Terrestre e o
Estilo Celestial, ambos com uma história de lutas e rivalidades, sendo o
primeiro mais numeroso e o segundo com poucos membros e destes, onde fica o
protagonista. No seu andamento, vemos as motivações de terem o atacado e sua
relação com outros toujinshis, tendo de aprender a lutar e ter um contato melhor com
seu shikigami, Byakko no Kogenta.
Seu enredo envolve a rivalidade dos dois clãs; claro que vai mais além, ao explorar os motivos por trás desta rixa, uma
antiga história dos mesmos - algo que acaba influenciando no seu andamento e conclusão, indo a
uma direção diferente da revelada inicialmente. Isto é bem claro quanto aos
rumos dados ao seu elenco de personagens, uns mais e outros menos, envolvidos
nos embates e suas consequências. Dá pra destacar o protagonista e seu
shikigami: Riku e Kogenta começam com desavenças, sendo a principal delas a falta de
motivação do garoto em treinar, até que passam a entender mais um do outro e
a enfrentar as lutas que aparecem - quando finalmente se entendem, vemos uma
evolução em relação a personalidade e parceria dos dois.
Em termos técnicos, a animação mostrou-se bem
estável e até mesmo bastante colorida; a diversidade do design dos shikigamis e de suas
técnicas é colocada de forma sensata, fora que temos uma dublagem decente, nada
muito especial, apenas cumprindo o papel de dar voz aos seus personagens.
Destaque para as duas aberturas usadas na série, “Kimi to Nara” e “Pulse” que
em seus clipes mostram parte do contexto apresentado.
Portanto, mesmo tendo um estilo bem clichê e
fazendo parte da lista de animes que seguem uma temática já batida, “Onmyou
Taisenki” tem como seu maior trunfo uma história fechadinha e direta ao ponto.
Seguido de algumas reviravoltas e momentos que justificam a forma de ser dos
seus personagens, principalmente quando a real história por trás de tudo é
revelada.
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