11 de novembro de 2015

Resenha: Saiyuki Reload / Saiyuki Reload Gunlock / Saiyuki Reload Burial (OVA)


Continuações: se tem algo que costuma dar uma irritada de quem acompanha qualquer anime é quando ele acaba sem esclarecer o que vem depois. Neste caso, vamos ressaltar duas séries e um OVA que possuem a mesma fonte, mudando apenas alguns aspectos que já foram apresentados na primeira série da franquia, “Gensomaden Saiyuki”. Ao menos, mantiveram a personalidade dos personagens e o elenco de dubladores, pois um dos trunfos dessas obras são estes dois aspectos.

À primeira vista, o traço é diferente e a impressão que se dá é que meio que recomeçaram a história do zero, porém a resenha vai esclarecer este ponto. Gosto muito dessa franquia, tanto que acompanhei tudo que foi lançado e sim, me surpreendi demais com o penúltimo OVA, que recomendo bastante - pena que depois fizeram apenas mais um OVA e pararam. Estou na expectativa de que finalizem a franquia, apesar de ter noção de como vai terminar.


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Ano: 2003 (Reload) / 2004 (Gunlock) / 2007 (Burial)
Diretor: Tetsuya Endo (séries de TV) e Kouichi Ohaka (OVA)
Estúdio: Studio Pierrot
Episódios: 25 (Reload) / 26 (Gunlock) / 3 (Burial)
Gênero: Ação / Aventura / Comédia
De onde saiu: Mangá, 10 volumes, finalizado.



Por Escritora Otaku

Antes que perguntem, não é preciso assistir a primeira série da franquia, pois dá pra entender o que acontece na história. Para os desavisados de plantão que querem entender o contexto, basta acompanhar a resenha de “Gensomaden Saiyuki” que há no site pra ter noção do que a série oferece. Se não, pode seguir tranquilo que a resenha abaixo vai dar uma refrescada no intuito de entender melhor o enredo.

Saiyuki Reload” teve começo em mangá e foi publicado pela revista Comic Zero-Sum, portanto, todas as duas séries de TV e o OVA possuem sua origem bem definida, cada uma feita em anos diferentes e no mesmo estúdio. Claro que há fatos novos e mantém a estética vista na primeira série, o que não causa confusão se for com a cara de Sanzo e companhia. A primeira impressão é que parece que o pessoal tomou um banho de loja e mudou as roupas, pois não estranhe: as animações podem ser vistas como um reboot da série anterior e ao mesmo tempo, são continuações diretas, por isso pode ou não ver “Gensomaden Saiyuki” e tirar suas próprias conclusões.

Vamos por partes, começando pelas séries de TV...

Saiyuki Reload” prossegue na jornada de Sanzo e seus companheiros, com as briguinhas de sempre e as hordas de youkais os querendo mortos; no começo da história eles bem que tentam não chamar atenção, mas, não dá! A personalidade deles os impedem de passar despercebidos e é assim que prosseguem, indo por poucas e boas. A série trouxe algumas novidades, sendo as mais óbvias serem sobre os youkais: parte deles finalmente – e isto é sério! - decidiram usar a cabeça pra deter Sanzo e seu grupo. Então, além dos típicos youkais que os perseguem por onde andam, alguns quase conseguem atingir o que a maioria falha. Assistindo, dá pra ter uma noção do que acontece e os seus resultados... Se conhecem bem o nosso quarteto... se fosse os youkais, os deixaria em paz, isso sim!

Já em “Saiyuki Reload Gunlock”, a grande novidade fica por conta da entrada de dois personagens na segunda etapa do anime: seus nomes são Hazel e Gato. O primeiro é capaz de ressuscitar humanos e chama os youkais de monstros; o segundo é o guarda-costas dele, que o protege de qualquer coisa e utiliza duas pistolas como armas. Fora que colocam os protagonistas em uma saia justa, fazendo-os questionar sobre a missão e ao mesmo tempo, a razão de estarem juntos.

As duas animações continuam o que já havia sido visto em “Gensomaden Saiyuki”, apesar de não precisarem tanto do contexto da primeira série ao enredo delas. Pois dá pra saber que a meta deles é deter a volta de Gyumaoh, o youkai que tem ocasionado o descontrole dos youkais pelo mundo. Outra novidade é que há youkais que não perderam o controle, fato raramente explorado na primeira série, o que mostra que nem tudo está perdido nesta vida. E a comédia está mais forte do que nunca, principalmente na primeira etapa de ambas, com direito a gato que deixa o Sanzo bem mais ranzinza do que nunca; do mascote deles, o Hakuryuu com crianças e até mesmo do pessoal tendo de se virar sem o Hakkai: realmente momentos bem constrangedores e que trazem à tona o lado comédia da franquia.

Sobre o OVA, composta de três episódios de durações diferentes – o primeiro tem quase uma hora e os outros dois têm quase trinta minutos – se difere do estilo das séries de TV, ao apresentar um enredo mais sério e dramático. “Saiyuki Reload Burial” retrata a história antes das séries, de como os personagens interagiam antes de seguirem jornada. Aquele toque gótico da primeira série volta e um ar sombrio e solitário faz destes episódios uma experiência bem diferente da vista pela franquia. Por serem especiais de vídeo, o traço é um dos mais bem feitos – como manda na maioria dos OVAs que conhecemos por aí – e os personagens explorados revelam um fardo que muitos topariam negar, como há o desejo de mudar o seu redor.

Assim, o OVA traz uma nova imagem a franquia, uma que devia ter sido explorada com mais afinco, no entanto, é aquela velha história: séries de TV tem de ser mais dinâmicas e deixar os OVAs ir mais além dos fatos. Imagem que segue no último OVA – “Saiyuki Gaiden”, três episódios pra quem tiver interesse - e depois, não houve mais animações da saga de Sanzo e companhia.

Sobre a trilha sonora das séries de TV, “Reload” e “Gunlock” apresentam aberturas com batidas de rock, com seus diferenciais: na abertura de “Saiyuki Reload”, “Wild Rock” traz esta batida com mais intensidade e como o nome sugere, um toque selvagem com estilo eletrônico; já em “Saiyuki Reload Gunlock”, a música “Don’t Look Back Again” segue a estética apresentada na série, a de tomar decisões sem perder o embalo e tem um tom conclusivo. Os encerramentos de ambas têm tons mais tranquilos e mostram cenas dos personagens principais em mangá: “ID” / “Fukisusabu” em “Saiyuki Reload” e “Mitsumete Itai” / “Shiro no Jumon” em Saiyuki Reload Gunlock”.

Em “Saiyuki Reload Burial”, a abertura “Late Show” dá um tom solitário e das músicas entre todas a obras é a mais light de se ouvir; o encerramento “Shiny Moon” é sem dúvidas, o destaque entre os encerramentos da própria franquia, pois é o que consegue representar o tom existente dos OVAs. Este encerramento tem como destaque ser cantada por três dos quatro dubladores do quarteto principal, uma pena que não tem clipe durante sua execução, somente os créditos dos OVAs e vale a pena dar uma conferida.



E fica a dica: não é preciso assistir a primeira animação pra entender a essência da franquia, dá pra ver as séries de TV e o OVA numa boa. Caso queira seguir uma ordem, acompanhe o OVA primeiro e depois as séries de TV, pra que as histórias sejam assistidas com mais tranquilidade e quem sabe, você não torça para Sanzo e companhia darem um jeito de cumprir a missão?

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