E mais uma vez entrei de cabeça na franquia
“Da Capo”: após uma boa experiência no primeiro ciclo, tomei coragem pra
acompanhar o segundo da franquia e me surpreendi com a narrativa da história. Apesar
da quantidade de episódios menor que o ciclo anterior eu diria que esse foi
menos enrolado e nos momentos finais, principalmente na segunda temporada, me
emocionou demais - e bati meu recorde de quanto tempo levo pra assistir um
anime, chegando a ver num pulo mais da metade da segunda temporada de “Da Capo
II” em um só dia.
Se por acaso alguém tiver visto o primeiro
ciclo, vai sentir-se em casa com este novo e quem sabe, entender o que “Da Capo”
tem que outras visual novels não possuem. Se há romance? Há sim. Ainda é
naquela ilha? É sim! Então, que embarque na magia e romance disponíveis em “Da
Capo II / Da Capo II Second Season” e mais uma vez, seja bem-vindo a
Hatsunejima e seus encantos...
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Ano: 2007 (1ª temp) / 2008 (2ª temp)
Diretor: Hideki Okamoto
Estúdio: feel.
Episódios: 13 (1ª temp) / 13 (2ª temp)
Gênero: Comédia
/ Drama / Romance
De onde saiu: Visual novel
Por Escritora Otaku
Esclarecimentos antes de tudo:
“Da Capo” é uma visual novel da qual originou os animes a serem abordados aqui
e quem quiser ter uma noção do que esperar tem a resenha do primeiro ciclo da
franquia - cliquem aqui para vê-la e assim compreender melhor a resenha abaixo. Afinal, nesse texto será abordado o segundo ciclo da franquia e qualquer semelhança
com a anterior é mais que mera coincidência: a fonte é a mesma, só mudando
apenas os personagens e as circunstâncias abordadas ao longo das duas animações.
“Da Capo II / Da Capo II Second
Season” sucedem aos fatos decorridos a “Da Capo / Da Capo Second Season” com um
diferencial de não depender do primeiro ciclo pra entender a história em si.
Como a fase anterior é mais antiga, pode haver estranheza quanto ao traço e
caso seja do tipo que tem certa aversão a animes antigos, pode assistir este
ciclo sem medo. O traço é o mesmo usado em “Da Capo Second Season”, devido a
ter sido feito no mesmo estúdio desta série e por ser mais “novo”, fica mais
fácil de acompanhar.
A ambientação é a mesma oferecida
pela franquia: Hatsunejima, a ilha em forma de meia-lua e cuja maior atração
são as cerejeiras que nunca murcham, dando um aspecto de primavera eterna aos
que vivem por lá. E novamente, esta lenda local nos leva pra mais uma história
e que diferente do ciclo anterior vai além do simples e complicado romance
nipônico que vemos em diversos animes- começando pela narrativa, onde não há
divisórias distintas, pois pela curta duração de ambas as séries, este fator
teve de ser menos enrolado, mais direto. O drama e as revelações por trás da
lenda local foram mantidos, só que, com o contexto mais tranquilo e sem rodeios. Isto pode desagradar a quem
acompanhou o primeiro ciclo, que tinha esta característica como ponto forte,
pois a exploração dos personagens e suas sequelas davam um charme a mais em “Da
Capo”. Por outro lado, esta simplicidade se torna algo positivo a este ciclo,
pois não depende demais em estar preso à história oferecida da franquia e dá
novas possibilidades pra acompanhar o novo enredo.
A história se passa mais de
cinquenta anos depois do primeiro ciclo, onde Hatsunejima volta a ter as
famosas cerejeiras eternas, na verdade, as cerejeiras voltaram a ser o que eram
uns dez anos atrás, se tornando novamente parte do encanto da ilha. Nosso
protagonista é Yoshiyuki Sakurai, um rapaz que tem uma vida tranquila e que
mora na casa onde “vivia” a Hoshino Sakura, personagem do ciclo anterior. Tem
como pessoas próximas as irmãs Otome e Yume Asakura – netas do casal principal
do primeiro ciclo – que são bem parecidas a Asakura Nemu e que conhecem o
Yoshiyuki desde crianças. Além delas, outros personagens, a maioria femininas e
colegas do mesmo colégio e dois rapazes – amigos e colegas do nosso
protagonista – se juntam a mais uma aventura neste segundo ciclo a ser
apresentado. E dá pra dizer que este elenco tem muita coisa similar aos
personagens anteriores a eles, pois parte tem características e físico que
lembram Junichi e companhia.
Voltando a história, “Da Capo II”
traz um argumento mais direto e isso é ressaltado nas duas animações: na
primeira temporada, a entrada de Amakase Minatsu traz uma abordagem pouco
explorada em “Da Capo”, no caso, dos robôs e se merecem ter uma vida, já que
robôs apenas são usados pra realizar as mais variadas tarefas e tem suas
personalidades pré-programadas; na segunda temporada, a trama apresenta os
mistérios relacionados ao novo florescimento das cerejeiras na ilha e sua
relação a certos personagens da trama, conseguindo encerrar a história e em
dados momentos, a emoção bate mais forte. Prepare os lencinhos de papel, porque
o desenrolar da segunda temporada de “Da Capo II” é dramático...
Em termos técnicos, “Da Capo II”
possui um visual mais agradável, em comparação com o primeiro ciclo e dito antes,
o traço é o mesmo usado em “Da Capo Second Season”, sendo mais moderninho sem
perder o charme existente das séries anteriores. Seus personagens, mesmo tendo
suas semelhanças com o os primeiro ciclo, não compromete o desenrolar da trama
abordada. O único ponto negativo desta fase seria a falta de um romance mais
desenvolvido, pois em “Da Capo II” somos jogados ao romance do protagonista por
uma das garotas bem no começo, mas, durou bem pouco. O mesmo houve na segunda
temporada da série, o que pode desagradar aos que esperavam o típico romance
nipônico; tirando este aspecto, os demais elementos que caracterizam o segundo
ciclo da franquia estão presentes e o ritmo mais simples acaba sendo o elo mais
forte destas animações.
“Da Capo II / Da Capo II Second
Season” seguem a proposta iniciada em “Da Capo / Da Capo Second Season” com
acertos e erros, sem perder o jeito inocente e simples de contar as desventuras
daqueles que viviem em Hatsunejima. Quem acompanhou o primeiro ciclo da franquia, vai
se sentir tecnicamente em casa; quem não conhece vale a pena pela sua curta
duração e narrativa direta e quem sabe conhecer o segredo das cerejeiras
eternas...
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Tenho todos da franquia aqui baixados há anos... preguiça de começar.
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