29 de outubro de 2023

Gakuen Babysitters (TV)


Por Escritora Otaku

Desde 2014, tenho estado mais atenta nas temporadas de animes que são transmitidas e minha favorita até hoje é a de outono, o que não quer dizer que as demais eu não assista. Posso ser muito chata ou muito boazinha com animes de inverno, primavera e verão: a quantidade depende demais de identificação, recomendação e até experimentar para ver se vou ou não gostar. E foi assim que acabei entrando, por conta própria, nos posts de Fim de Temporada do Animecote e estou nessa até hoje, quando dá pra montar uma lista de animes de temporada sem receios.

Vamos para a Temporada de Inverno de 2018, onde tudo começou: como uns viram, montei minha primeira lista, seguindo os termos estabelecidos pelo site. Curioso que esta estreia minha veio com o fator de sem repetições de animes, ou seja, falei dos animes que mais curti acompanhar e o mesmo fez o Evilasio; outro caso foi que na lista dele, tinha animes que também tinha visto, “Mahoutsukai no Yome”, “Devilman Crybaby” e “Overlord II” e porque estes não entraram na lista minha, me perguntam? Porque um foi uma baita decepção, salva apenas a animação e a ambientação fantástica; o segundo só vi porque todo mundo estava falando e conferi, foi bom, só não é para mim, mesmo ciente de suas qualidades e do trabalho mais autoral do seu diretor e o terceiro teve uma disputa ferrenha com “Dagashi Kashi 2”, perdendo por não ter tido uma narrativa mais envolvente e pelo estúdio ter perdido seu charme mais característico, roteiro e animação impecáveis.

História contada, vamos ao que interessa: o anime que me deu muitas alegrias ao lado de “Miira no Kaikata” e que na lista ficou acima da fofinha múmia e seus amiguinhos; ambos acabei revendo episódios na época, algo que só fiz de novo em “Mairimashita! Iruma-kun”. E claro, meu personagem favorito, uma criança muito fofinha, quieta e amante de livros, o Kotarou. Que foi pra mim a criança mais fofa de 2018 nos animes que pude ver. Vão entender na resenha abaixo.

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Ano: 2018
Diretor: Shusei Morishita
Estúdio: Brain’s Base
Episódios: 12+especial
Gênero: slice of life/comédia
De onde saiu: mangá, 25 volumes, em andamento

Quando os pais têm filhos e não tem tempo de ficar de olho neles, as alternativas vêm: parentes, como avós e tios/tias; vizinhos de confiança; creches, escolinhas e jardins de infância são as que lembramos certo? Cada uma com suas vantagens e desvantagens, fora que temos as agências de babás ou aqueles que entram de babás para ganhar uma grana ou ter mais contato com crianças em geral.

Deste pessoal, a figura da babá é vista mais com famílias mais abastadas ou na ficção. Essas são jovens ou adultos que tem a responsabilidade de cuidar de bebês e crianças novas, enquanto os pais estão fora de casa. Esse contexto permite a contação de muitas histórias. Muitas narrativas de animes retratam a relação entre babás ou pessoas que tomam conta de crianças pequenas, bichos de estimação, ou seres/criaturas de todo tipo e espécie.

Muitos fatores devem ser considerados nesse contexto, como as necessidades, hábitos, alimentação e adaptação dos pequenos para estes sentirem felizes e crescer no ritmo de cada um. Fácil cuidar de crianças pequenas? Na maioria, não e nem todos têm a paciência ou afeto para cumprir o dever. A graça está em como a relação é construída e seus resultados, em curto e longo prazo.

Da cabeça de Hari Tokeino, nas páginas da revista Lala, desde 2009, “Gakuen Babysitters” traz uma ideia de um clube de babás cuidado por rapazes. Pergunta básica: A maioria das babás são moças? De fato! Porém isso não quer dizer que a ala masculina não possa encarar a mesma responsabilidade e ir tão bem quanto.

Os irmãos Kashima, Ryuuichi e Kotarou perdem seus pais num acidente e são adotados pela diretora do colégio, que também teve seu filho e nora mortos no mesmo acidente. Ela os adota e dá uma condição para mantê-los: para cuidar do irmão mais novo, Ryuuichi terá de entrar no clube de babás, no trato dos filhos/filhas pequenos das professoras do colégio que irá estudar.


Assim, Ryuuichi é conduzido à sala do clube e conhece os que farão parte de sua nova vida: o funcionário “responsável”, Usaida, e as crianças que deve tomar conta lá, Taka,o mais traquinas, que curte super sentai e anda com uma espadinha de brinquedo, Kirin, uma menininha muito simpática e compreensiva, os gêmeos Takuma e Kazuma, o primeiro sempre sorrindo e o outro com cara de choro (sempre unidos) e Midori, a bebê e caçulinha do grupo, que tem afeição pelo Usaida. Quando eles são apresentados, há um medo inicial dos pequeninos, mas logo aceitam as presenças dos dois irmãos. Em um momento futuro da história também, o irmão mais velho de Taka, Hayato, passa a freqüentar o lugar. Ele compartilha seu tempo fora da escola e de casa entre o clube de babás e o de beisebol.Durante o anime acompanhamos esta fase nova dos irmãos Kashima e a adaptação destes a ela, enquanto fazem novas amizades e se desenvolvem como pessoas.


Num tom direto, a narrativa segue muito dos aspectos comuns em obras sobre o cotidiano (slice-of-lifes) e escolares. Nada de mais à primeira vista, o que difere é como estas situações são mostradas ao longo da trama, revelando muito do perfil dos personagens apresentados perante situações quase comuns. Uma destas visões é referente às crianças, onde vemos suas relações a cada nova descoberta ou a maneira que enxergam o mundo ao redor das mesmas. Ao longo da dinâmica da maior parte da série acompanhamos a vida de Ryuuchi e Kotarou e adentramos com o novo circulo de amizades em que ambos são inseridos.

O anime em si é bem direto, com um traço simples e tipicamente comum da demografia shoujo, destaque ao visual das crianças, sendo baixinhas e fofas. Curiosamente, as músicas de abertura e encerramento são cantadas por seiyuus (atores de voz) da série. A música “Endless happy world”, interpretada pelo Daisuke Ono, é o tema da abertura. Essa música tem um tom calmo e relaxante, diferente do que estamos acostumados para esse seiyuu. Já “Oshiete yo”, tema de encerramento, é interpretada pelos seiyuus Koutarou Nishiyama e Yuuchirou Umehara. Essa música é bem animada e combina com o encerramento, onde destacam-se as crianças dançando numa fofura muito bem-vinda.


Simples, sem querer ir além, e direto em seu desenvolvimento, “Gakuen Babysitters” conquista pelo carisma e sim, pelas crianças fofinhas em suas descobertas. Mais um para minha lista de animes de quem cuida de crianças pequenas.

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