14 de julho de 2019

Fim de Temporada: Melhores Animes Primavera 2019

Por motivos pessoais a temporada de inverno passou em branco e não recebeu um top ao seu final, já que não tive condições de cuidar da postagem, porém cá estou após algum tempo do encerramento da temporada de primavera para trazer os animes que mais caíram no gosto por parte dos membros do Animecote.

Com apenas um anime repetido nos dois tops (e creio não se difícil deduzir qual, considerando a imagem de abertura), Evilasio Junior e Escritora Otaku são os participantes dessa edição e juntos abordaram 9 animações que terminaram recentemente, alternando desde a supremacia do moe até os níveis mais altos de drama e violência. De todo modo, segue abaixo os Top 5 feitos por eles sobre os animes finalizados nas últimas semanas, os quais esperamos que possam ser de alguma utilidade para quem tiver dúvidas quanto ao que assistir.

E como sugestão, clique aqui caso queira visitar as postagens de temporadas anteriores.


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Escritora Otaku


Saudações calorosas, e aí? Sei que houve um pulo desta postagem e para não deixar a temporada de inverno deste ano sem nada, eis os animes que me interessaram e suas rápidas impressões: 4° “Radiant”, anime vindo de um mangá francês e que terá segunda temporada neste ano, sendo um shounen de fantasia (espero que venha mais obras de outros países estrangeiros em animes); 3° “Doukyonin wa Hiza, Tokidoki, Atama no Ue.”, o anime do escritor e da gatinha, muito simpático de acompanhar e a Haru já está na minha listinha de gatos favoritos de animes; 2° “Teisei Shitara Slime Datta Ken”, série com segunda temporada já confirmada que foi muito legal de acompanhar e estou pouco me lixando se é um isekai, pois me diverti com a epopeia do nosso slime favorito, Rimuru é o cara; 1° “HUGtto Precure” e como se faz um mahou shoujo de qualidade e provando a força que a franquia “Precure” possui, sendo que falar disto de uma produção da Toei é milagre, acontece! 

Por fim, minha menção honrosa vai para o filme do “Oushitsu Kyoushi Haine”, que mesmo repetindo a fórmula da série de TV soube trazer uma história legal e manter a graça dos seus personagens. Curiosamente, olhando para a lista, a maioria dos títulos citados teve uma quantidade de episódios bem generosa.

Agora sim, vamos para o que teve de bom na Temporada de Primavera 2019 e olha, foi bem fácil montar a lista - o problema é que dos seis animes já finalizados que vi, só cinco podem entrar e aí, sabem como é... Alguém tem de ficar de fora, como menção honrosa e foi uma disputa ferrenha para dois animes. De resto, foi uma boa temporada e espero que curtam a lista abaixo.



4° - Sewayaki Kitsune no Senko-san



De costume ou não, um slice-of-life para relaxar os mais estressados, onde vemos o dia a dia de uma kitsune muito fofa (e imaginando esta figura cuidando do Erick, não deu pra não pensar nisso), que trata de cuidar de um funcionário padrão japonês, o mimando com agrados e sua convivência. Sendo direta, a proposta deste é das mais simples, não há nada que seja complicado ou difícil, é apenas uma rotina típica de um anime. Agora, se for para pensar melhor, dá para notar algumas nuances de fundo: a necessidade de conviver com alguém, seja próximo ou não de sua pessoa; da gratidão e favores de quem te quer o bem-estar; de aproveitar os momentos tranquilos no seu ritmo e quem sabe, melhorar a si mesmo.

Em termos técnicos, a Doga Kobo mandou muito bem, no estilo de história que são craques e as músicas de abertura e encerramento são bem divertidinhas. Vale citar o momento após o encerramento, "Senko-san Time", onde a personagem tenta agradar a nós, espectadores com suas ações e algumas delas funcionam, outras nem tanto.



3° - Sarazanmai

Bizarrice aos extremos em alguns momentos, maluco em outros e ao mesmo tempo, consegue ser o mais entendido possível, assim resumo este anime. Por ser original e pela ideia que foi, em partes, me lembrei de “Zombieland Saga” e que coincidência... o mesmo estúdio, pode isso produção? Pode e deve, afinal de contas, animes originais é amar ou odiar, depende do seu gosto pessoal, é claro!

Apesar da minha familiaridade com a figura dos kappas, aqui a criatura tem toda uma mitologia que é uma mescla do já descrito com o usado pelo anime. Também há as conexões e sonhos, pontos chave para toda a trama e seus personagens, uns que tive de ser muito aberta pra aceitar e em outros, entender o que rolava por aí. Fora que foi minha primeira incursão a um anime do Ikuhara e bem, dos que dirigiu, vai que eu veja “Utena”, de resto, melhor não dar falsas esperanças. Dizer da parte visual é chover molhado quando são produções do MAPPA, eles lembram a Madhouse dos velhos tempos e o clipe de encerramento é lindo demais, a montagem entre paisagens reais e os protagonistas é mais que bem-vinda.



3° - Kenja no Mago


Fazendo as contas, este é o sexto anime de temática isekai que peguei pra ver, se for pensar nos recentes. Olha, foi uma treta entre este e o que obteve menção honrosa, pois qualquer um ficaria bem nesta colocação. A escolha para este anime ter entrado se deu por dois motivos simples e diretos: a comédia dele é muito bacana, onde as caras e bocas dos personagens compensam, algo que é louvável e que me agradou e a outra, o romance do casal principal ter sido oficializado antes do final da série - e principalmente em animes de temporada, este tipo de situação é mais rara ainda, o que ganha pontos. De costume, o encerramento é bem bacana, há quem diga que era pra ter sido a abertura no lugar da que puseram.

De resto, me diverti com Shin e companhia, que me empolgou em seus episódios. Se rola continuação, vai depender dos japoneses...



(Nota, Erick: A Escritora não errou as posições, ela que colocou mesmo dois animes empatados em terceiro. E ser cuidado por lolis raposas de 800 anos não soa uma má ideia.)




2° - Karakuri Circus

Penso que Kazuhiro Fugita seja um mangaká de muita sorte: em exatos quatro anos, teve dois dos seus mangás ganhando versões em anime, o primeiro foi “Ushio to Tora”, sua obra mais famosa e em 2018, veio “Karakuri Circus”. Será que vai rolar a adaptação de seu mangá mais recente, “Souboutei Kowasubeshi”? Vamos torcer que sim, não custa sonhar, né!

Esta obra vale dizer que, fizeram muito em botar a trama toda; teve de rushar, teve; teve de focar nos momentos mais relevantes, teve e fora a parte de produção ser de pessoal que curte o autor e suas obras, só assim pra entender uma parte do seu charme. Levando em consideração o desafio, diria que o Studio VOLN soube sim adaptar a trama e suas múltiplas narrativas. Ao meu ver foram duas as mais relevantes: a que foca no trio de protagonistas, seja individualmente ou juntos e as memórias que evocam o presente da história e esclarecem muito dos acontecimentos vistos. O enredo começa de forma simples, dos personagens centrais se encontrando para ajudar um deles, visado pela herança que adquiriu e após os eventos do quarto episódio, vemos que há coisas além; os autômatos, bonecos vivos com consciência que são responsáveis por espalhar a Síndrome de ZONAPHA, uma doença que causa danos aos infectados, que podem até morrer; seus algozes, os shiroganes, que com suas marionetes/bonecos os enfrentam e são caracterizados pelos cabelos e olhos prateados, fora possuírem certa vitalidade acima da média e, chegando ao grande vilão – e que me fez tomar raiva declarada –, Faceless.

Não tão noventista quanto o anime anterior do Fujita, mais simples nos traços e mesmo assim, dá pra ver o estilo do mangaká bem presente na animação, havendo ainda boas escolhas de aberturas e encerramentos e o envolvimento do autor como um dos roteiristas - a primeira abertura é simplesmente sensacional, e espero a full dela quando lançarem. Dá para dizer que o anime em si foi muito interessante, apesar das limitações. E um detalhe: tirando o trio de protagonistas, tente não apegar a nenhum personagem que interaja com eles, estamos entendidos?



1° - Dororo (2019)

A maneira que posso resumir a trajetória deste anime seria a junção quase perfeita de releitura e reimaginação, como houve com uma das obras do Go Nagai, “Devilman”, anime dos anos 70  e sua adaptação mais recente da qual me identifiquei e ando escrevendo uma fanfic "Devilman: Crybaby", que reinventa todo o conceito da obra, a pondo nos nossos tempos e a apresentando  para o público de maneira que mantém a essência com seu estilo próprio de ser. Temos assim, mais uma obra do Osamu Tezuka que faz isso e ao mesmo tempo, nos faz pensar em como adaptar uma obra antiga sem apelar demais ao tom nostálgico de tantos animes que temos tido contato, principalmente nos últimos anos.

Diria que foi muita ousadia da parte da produção e é funcional, quando levado em conta os bastidores da obra original para o seu mangaká, que não ficou contente com o andamento e terminou de maneira abrupta, inacabada em partes. Ficar no limiar que exemplifiquei acima, é louvável e espero que outros animes nesta pegada sigam tal experiência - e isto é bem visto no Hyakkimaru, que foi o personagem que mais diferiu das suas versões mangá e do anime dos anos 60, vendo sua evolução ao longo dos episódios.

Podia até falar mais da trama e personagens, acontece que, como o anime ficou e muito em destaque, digo somente que cumpriu o seu papel, trazendo uma história não tão evidente do seu autor. E quais outras obras do Tezuka gostaria que tivessem animes? Penso numa nova série do “Kimba, o leão branco” e do “Black Jack”, afinal, amei este último por causa do “Young Black Jack”.


Menção honrosa vai para “Tate no Yuusha no Nariagari”. Foi equilibrada a disputa entre este e “Kenja no Mago” e no fim, como não dava para botar seis animes numa listagem destas, fica pro Naofumi e companhia estas linhas. A epopeia do herói do escudo foi bacana de acompanhar e diria que me entreteve durante sua exibição. Se vou voltar aqui, vai ficar por conta dos animes e tenhamos dito!


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Evilasio Junior


Olá a todos! Já faz tempo, hein?! De qualquer jeito, cá estou mais uma vez para comentar os meus animes preferidos da última temporada, que no momento desse post foi a temporada de primavera (ou outono, se preferir seguir o calendário do hemisfério sul) de 2019. Sem mais delongas, vamos em frente.



5º - Mayonaka no Occult Koumuin

Começamos a lista com um anime sobre o trabalho feito pelos empregados de uma repartição pública, vejam só! Porém, essa não é uma repartição pública comum, pois os seus funcionários trabalham no período da noite e madrugada e a função principal é promover a convivência saudável com os youkais.

A ideia de "Mayonaka" já me agrada desde o princípio, pois o conceito de se trabalhar a vivência de youkais na sociedade moderna me chama muito a atenção. Outro anime que faz o mesmo e que adoro é "Uchouten Kazoku", embora nesse tenhamos uma veia mais puxada para comédia, enquanto que "Mayonaka" é um tanto mais sério, ou melhor, sóbrio - ele é quase um slice-of-life, porém com uma pitada de fantasia e mistério, o que traz uma mistura bastante incomum para os animes.

O ritmo, típico de um slice-of-life, atrelado a um visual nada mais que comum, em minha opinião, tira alguns pontos da animação. Abertura e encerramento são também completamente esquecíveis, mas a trilha sonora traz bons temas e combina bastante com os acontecimentos que vemos em tela.

Tratar da relação entre humanos, youkais, deuses e outros seres sobrenaturais sempre me agrada e por isso esse anime acabou caindo muito em meu gosto. Infelizmente, o ritmo e a qualidade técnica mediana (para boa) não fazem dele um título inesquecível, mas ainda assim é um bom anime e merece o destaque nessa lista.



4º - Bungou Stray Dogs (3ª temporada)

A terceira temporada de "Bungou" começa, tal como na segunda, com o que de melhor esse anime tem, um flashback. E quando digo isso, não estou querendo ser irônico, mas, de fato, os flashbacks são os momentos em que essa série brilha mais. Não me entendam mal, a história atual é interessante, no entanto, os flashbacks de "Bungou" vão muito além.

Dito isso, como um todo, a última temporada de Bungou segue basicamente o mesmo caminho que conhecemos nas duas temporadas anteriores, embora essa tenha sido levemente superior em comparação à anterior. Em resumo, ele continua sendo um bom anime de ação, com detetives, super poderes e uma forma divertida de homenagear grandes autores da literatura mundial. (PS.: Se você não sabe nada sobre o plot de "Bungou Stray Dogs", confira o texto "Especial: Temporada de Primavera 2016")



3º - One Punch Man (2ª temporada)

Após o trabalho espetacular feito pela MadHouse na primeira temporada desse anime, muito se desconfiou de como seria a continuação de "One Punch Man" pelo o estúdio J.C. Staff. Eu defendo firmemente a ideia de que era demais esperar uma qualidade similar ao que foi feito com a primeira temporada, pois a MadHouse entregou muito além do esperado e do que o orçamento do anime permitia, de modo que seria muito inocente pensar que outro estúdio qualquer faria igual.

No entanto, a J.C. Staff foi bastante aquém do que poderíamos esperar. Está claro na tela o pouco orçamento gasto com essa temporada de OPM, quase parecendo má vontade. A arte não é de se destacar, nem para o lado positivo e nem negativo, embora o design de personagens chame a atenção negativamente em algumas cenas, mas a animação e os efeitos, tanto visuais, quanto sonoros são fracos, especialmente os efeitos sonoros (quase todos os golpes desferidos no anime parecem ter o mesmo som de uma arma disparando). Dos aspectos técnicos, apenas a dublagem se sobressai aos meus ouvidos.

Dito isso, o único motivo para esse anime estar nessa lista é o fato de, apesar de tudo, ainda ser "One Punch Man". O humor, a ação, os personagens e a sátira feita às obras de heróis ainda me agrada enormemente. Com isso, mesmo com o mal trabalho feito pelo estúdio J.C. Staff, esse anime me agradou.



2º - 7seeds

"7seeds" é um anime pós-apocalíptico, baseado no mangá homônimo, que conta a história de grupos de pessoas tentando viver no planeta Terra, mais especificamente no Japão, anos depois de um meteoro ter atingido o planeta e dizimado quase todos os seres humanos. Os protagonistas são pertencentes a cinco grupos de sete pessoas (7 sementes) que foram colocadas em sono criogênico, e agora que acordaram tem a missão de reconstruir a sociedade humana - no entanto, vários novos perigos os espreitam como insetos gigantes, animais ferozes, plantas venenosas e desastres naturais, ainda que no final o maior perigo mesmo sejam os próprios humanos sobreviventes.

No começo é um tanto difícil gostar de grande parte dos personagens, mas a construção, ou desconstrução, dos mesmos é de longe o ponto mais alto desse anime. O roteiro é no mínimo visceral e não tem medo de chocar, embora possa passar do ponto em alguns momentos, mas mesmo assim ele consegue balancear os instantes de estabilidade e, por que não felicidade, com os momentos de tensão, que são muitos.

Sem dúvida a temática pós-apocalíptica é o que mais chama atenção a princípio, porém o que mantém a história são os personagens e as relações entre eles. É claro que devido a violência, esse anime pode afastar algumas pessoas, mas ao menos em minha visão esta não é uma violência injustificada em momento nenhum - contudo ainda fica difícil recomenda-lo. Vale ressaltar que vi o mesmo dublado em português e... a dublagem brasileira não ficou muito boa não, mas com o tempo eu até comecei a me acostumar com as vozes.

Finalizando, o que me fez gostar tanto desse anime a ponto de colocá-lo acima de "One Punch Man" foi a construção de personagens e a tensão e expectativa que me causou. Esse é aquele tipo de anime que você fica falando pra tela coisas como: “Não faz isso!”, “Não vai por aí!”, “Alguém pare essa pessoa”, “Como assim?”, “Ufa” e etc. Para mim foi uma excelente experiência, infelizmente o final termina muito aberto, mas também me deixa ansioso por uma nova temporada, ou quem sabe, para ler o mangá. 



1º - Dororo (2019)


Vale começar explicando que esse anime não é apenas uma adaptação do mangá "Dororo" de Osamu Tezuka, mas ele vai além, pois propôs dar um fim novo ao mangá, que por sua vez se encerra de maneira abrupta. Além disso, o anime toma liberdade de adaptar certos elementos, por exemplo, no mangá o protagonista Hyakkimaru fala com os demais personagens usando seus poderes mentais, enquanto que na animação ele passa boa parte do tempo sem falar, o que muda apenas quando recupera as cordas vocais. Ainda assim, o anime é uma adaptação bastante fiel do original e apresenta toda a história desse em seus primeiros 12 episódios.

"Dororo" é um mangá que influenciou muito o gênero shounen, muito mais do que poderia ser esperado. Ademais, a obra de Tezuka já foi adaptada várias vezes para anime, filme e peças de teatro - por isso, tomar a liberdade de mudar tanto a obra ao ponto de criar do zero metade da nova história foi bastante arriscado. E foi bem assustador ver que o início da segunda parte da série, a parte original, não foi boa, contudo a persistência valeu a pena e uma vez que os bons episódios da segunda parte do anime começaram ele seguiu em uma crescente e culminou em um final muito melhor e muito mais digno que o do mangá.

O maior problema do anime, na minha opinião, é a inconsistência da arte e da animação em uma pequena parte dele, chegando a causar ojeriza em alguns momentos. Curiosamente isso acontece nos piores trechos do roteiro, que felizmente são poucos.

No fim, "Dororo (2019)" facilmente figurará na lista das grandes adaptações para anime já feitas e já figura na lista dos meus animes favoritos. Vale um destaque final para os dois excelentes encerramentos e para a maravilhosa primeira abertura, sem dúvida uma das melhores de anime que já vi.


Por ora é isso, espero que tenham gostado do texto e até um próximo momento.


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Um comentário:

  1. A temporada passada foi bem fraca em comparação à atual. Único anime relevante, que dispensa comentários, é Dororo. E olha que se trata de uma releitura. Até o popular One punch entregou uma temporada aquém da expectativa. Impressão inicial que teremos uma safra bem superior nessa season.

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