Por Escritora Otaku
Saudações mais uma vez. Já viu alguma
série e se emocionou, chegando a torcer que tudo dê certo e, às vezes, não
contendo as lágrimas em certos momentos? Essa foi a minha experiência ao
acompanhar estes dois animes, que me fizeram gostar de ver uma história que
mistura o amor e amizade de uma forma bem incomum, com ou sem os clássicos
clichês presentes em animações desse estilo.
Ao ser apresentada a “Clannad”, a
pessoa que me passou tinha gravado apenas metade da série, e somente quando
retomei as gravações de animes é que tive acesso a esta e sua continuação,
“Clannad: After Story” - e aí pude entender o porquê de essas duas animações
terem chamado tanto a minha atenção. A maneira que a trama se apresenta, seus
personagens e a interação de cada um acabam nos envolvendo tanto, tanto... que
nem dá pra expressar, apenas assistindo para ver. Por isso a resenha vai
abordá-las e quem sabe, acabe gostando da história retratada a seguir.
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Ano: 2007 (primeira série) e 2008 (segunda série)
Diretor: Tatsuya Ishihara ("Air", "Chuunibyou
demo Koi ga Shitai!", "Hibike! Euphonium", "Kanon
2006")
Estúdio: Kyoto Animation
Episódios: 23 + 1 especial (Clannad) / 24 + 1 especial
(Clannad: After Story)
Gênero: Comédia
/ Drama / Romance / Slice-of-Life
De onde saiu: Visual novel
Vamos ser diretos: as duas séries
a serem citadas são adaptações de uma visual novel da famosa desenvolvedora Key,
onde o propósito é qual personagem feminino o protagonista irá ficar. E fora
este detalhe, “Clannad” / “Clannad: After Story” são animações cujo enredo pega
em temas como amizade e família de forma dramática e deveras emocionante - ao
contrário do que é mais comum em visual novels onde seu conteúdo é voltado para
o público adulto, “Clannad” foi desenvolvido para todas as idades, mas
posteriormente chegou a receber da Key um
spin-off de teor explícito baseado em uma de suas personagens mais
populares. Para alguns, as duas temporadas juntas desse anime compõem o chamado
“trio de ferro da Kyoto Animation” ao lado de “Kanon 2006” e “Air” (outras adaptações de
visual novels da Key), tendo como principais características a dramaticidade, o
romance e personagens marcantes - além de possuírem em comum o mesmo diretor, Tatsuya Ishihara,
que recentemente comandou a primeira temporada de "Hibike! Euphonium".
A história traz como destaque um
jovem que não possui metas na vida e tem problemas com a família, preferindo
viver com outro jovem, também sem metas - juntos, costumam cabular e sair no
meio da aula, sendo vistos como “delinquentes” por conta de seu comportamento.
Para Okazaki Tomoya,
protagonista, esta é sua vida e também detesta a cidade que vive, isso até o
dia que cruza com uma jovem garota chamada Furukawa Nagisa. Tendo
que repetir um ano letivo devido à sua saúde frágil que a afastou da escola por
vários meses, ela chama a atenção do rapaz ao ser vista murmurando e exclamando
palavras para si mesma; tal ação um tanto peculiar faz com que ambos se
conheçam e é aí que "Clannad" tem início. O fato dele ter contato com
Nagisa fará Tomoya enxergar a cidade e sua vida de tal forma, que influenciará
o seu modo de ser e de estar.
Pra sermos francos, Tomoya passa
a ajudar – e contra sua vontade ou não – Nagisa e outras pessoas,
transformando o ambiente que vive em algo a mais. Ele descobre sensações que
muitos jovens enfrentam como o amor, a superação de obstáculos e,
principalmente, a aproveitar as oportunidades que a vida traz, sejam elas boas
ou ruins.
Na primeira série e na seguinte, vemos Tomoya e companhia superando seus maiores medos e descobrindo que temos de esperar o melhor das pessoas, sejam conhecidas ou não - o modo que “Clannad” mostra estas histórias é através de pequenos arcos, cada um focando suas atenções nas personagens que fazem parte do dia a dia do rapaz. O começo não mostra muito de inovador, devido aos dois primeiros arcos terem sido mais longos, mas, depois do episódio 13, a série engata e envolve de tal maneira que torcemos que tudo dê certo entre Tomoya e Nagisa.
Na primeira série e na seguinte, vemos Tomoya e companhia superando seus maiores medos e descobrindo que temos de esperar o melhor das pessoas, sejam conhecidas ou não - o modo que “Clannad” mostra estas histórias é através de pequenos arcos, cada um focando suas atenções nas personagens que fazem parte do dia a dia do rapaz. O começo não mostra muito de inovador, devido aos dois primeiros arcos terem sido mais longos, mas, depois do episódio 13, a série engata e envolve de tal maneira que torcemos que tudo dê certo entre Tomoya e Nagisa.
Acertou se responder que são o
casal da série, pois é isto mesmo: a amizade deles se torna amor, namoram e
quando menos se espera, estão casados e vivendo juntos, enfoque esse que surge na
continuação “Clannad: After Story” - em seus primeiros episódios ainda existem
vestígios da fase anterior, antes da série realmente mostrar a que veio e
termos o momento em que Tomoya e Nagisa passam a viver juntos e o que enfrentam
um ao lado do outro. Não é bom dizer o que surge em seguida, porque seria um spoiler daqueles e iria estragar aos que ainda
não assistiram a trama.
“Clannad” e “Clannad: After
Story” possuem uma galeria bem variada de personagens, todos com o intuito de seguir suas vidas ou apoiando a vida dos outros. Bom ver o quanto cada um tem seus
problemas e, mesmo havendo as características típicas das visual novels,
acabamos nos identificando com a personalidade do elenco de ambas as animações.
Apesar de ter estética similar, as duas séries possuem uma característica bem
peculiar: a dramaticidade e esta, sua maior qualidade - principalmente em
“Clannad: After Story”; só quem assiste pode realmente sentir esta
característica com mais intensidade.
Em visual
novels, dependendo da história oferecida, elas podem virar o enredo
para vários caminhos; quando estas obras são adaptadas, geralmente apenas um destes caminhos é
mostrado e toda a história é influenciada pra seguir o roteiro oferecido ao
público. Portanto, não estranhem que o casal escolhido para “Clannad” /
“Clannad: After Story” tenha sido Tomoya e Nagisa, pois de todo modo o momento que um acaba reparando no outro traz em conjunto todas as demais histórias numa adaptação satisfatória. Ademais, junto a esta trama existe outra:
um mundo onde a única pessoa existente é uma garota, que vive sozinha até que
cria um robô de sucata – em forma de ursinho – e estes decidem sair e
explorar por aí. Estes personagens, mesmo vivendo fora da realidade da
história, são importantes por representar uma lenda contada em “Clannad”, no
qual uma esfera de luz surge quando um acontecimento feliz acontece. Caso seja
capaz de pega-la pode realizar um desejo...
Fato curioso está na quantidade
de episódios: os mais observadores vão reparar que as séries terminam no episódio
22, sendo os episódios seguintes algo como capítulos extras que complementam a
história em si - fora que temos dois especiais que trazem Tomoya namorando
outras garotas, no caso, as favoritas dos que acompanharam as visual novels
originais. Versões alternativas, se preferirem. Outro ponto está na animação,
bem-feita e que é característica das obras feitas pelo estúdio, por isso, mesmo
tendo passado alguns anos, continua encantadora aos nossos olhos.
Na trilha sonora, as duas
animações têm seus temas de abertura e encerramento bem definidos: em
“Clannad”, a abertura “Megumeru”
e o encerramento “Dango
Daikazoku” são cantados, respectivamente, por eufonius e Chata; já em “Clannad: After Story”, a
abertura “Toki wo Kizamu
Uta” e o encerramento “TORCH”
são protagonizados por Lia. As aberturas apresentam as personagens femininas e
o elenco, sendo as garotas o destaque, músicas que exercem o tom dramático da
história; os encerramentos seguem tons mais animados, lembrando dos momentos
mais cotidianos das duas animações.
Seguindo a tradição das animações
que o estúdio costuma exibir ao seu público, “Clannad” / “Clannad: After Story”
são interessantes em trazer uma história tocante, da qual temas como família,
amizade e amor são vistos de maneira única; acompanhá-las é entrar na vida dos
seus personagens e quem sabe, lembrar o quanto é importante compartilhar os
bons e maus momentos para com aqueles que nos querem bem.
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