15 de setembro de 2014

Especial: Temporada de Outono 2014





Hora de conhecer as estreias da temporada com a maior taxa de continuações populares no ano, e que, geralmente, traz as séries mais lucrativas (não, não copiei isso do guia de outono do ano passado, só aconteceu de eu ter o mesmo pensamento e com as mesmíssimas palavras!).



Existem várias formas de se enfrentar alienígenas, pois para cada espécie deve ser usada uma arma específica. Baratas gigantes humanoides? Passe por uma cirurgia de alto risco que lhe dará as habilidades de outros insetos (por que não logo de baratas também para ficar de igual para igual, hein?). Criaturas amorfas imensas? Use armas feitas com a própria tecnologia delas, e procure por adolescentes que sejam compatíveis no seu manuseio, pois adultos não vale. Parasitas? Só a sua mão direita é o suficiente para combatê-los. Agora, tem um tipo de alienígena que exige algo mais especial e poderoso, pois eles só podem ser derrotados... Por um esquadrão de garotas onde todas usem marias-chiquinhas. Não, não faça perguntas, apenas continue a leitura.


Na área romântica teremos o de sempre: um rapaz e 4 garotas em um clube de astronomia desvendando mistérios; um rapaz e 5 garotas em um clube de literatura desvendando mistérios (?); um rapaz apalpando peitos e 7 garotas tendo seus peitos apalpados numa escola de magia; um rapaz e 28 garotas na adaptação de um jogo para celular?! Não, espera... Parece que algumas comédias românticas dessa temporada estão um tanto mais "extravagantes" do que de costume, pois a história de um rapaz e 4 garotas em um clube de literatura (de novo?) tem super-poderes no meio, enquanto que para boa parte do público feminino não deverá ser tão fácil digerir e acompanhar um shoujo onde a protagonista, submissa, é maltratada a todo instante pelo garoto do qual gosta e finge ser namorada. Harém de lindos rapazes que preparam doces? Alguém deve achar essa receita boa...

De qualquer forma, entre um sereio bishounen vivendo na banheira de um jovem estudante, uma garotinha cabeçuda e sem emoções rodeada de belos espíritos e mulheres pilotando mechas para enfrentarem dragões vindos de outra dimensão, temos junto o retorno de rostos e franquias conhecidas, seja após uma década e com visual todo remodelado e sendo usado como pretexto para turismo, seja após "longos" três meses. As aventuras perigosas de uma simpática garota de cabelos brancos! As pedaladas de um jovem e eletrizante grupo de ciclistas! Os embates incríveis entre humanos e heróis em busca de poder! Meninas arriscando sua vida para realizarem seus desejos! Um grupo de aventureiros guerreiros em um agitado mundo virtual de fantasia! Uma trama policial cheia de suspense e ação alucinantes! Comentários que parecem chamadas da Sessão da Tarde! E, para alongar a piada e terminar logo com isso, as travessuras e azarações de uma turma trabalhando em uma livraria, o triste drama de uma linda princesa em busca de vingança, as aventuras (palavra mais usada de todos os tempos por essas chamadas) emocionantes (seguida por essa) de uma turma (e essa...) de guerreiros querendo derrotar o mal, e por fim as travessuras de uma menina em uma terra de sonhos e, e... Aventuras! Ah, chega!


Consoles da Sega transformados em garotinhas moe que vão pra escola? Tsc, disso nem preciso fazer piada - porém nunca imaginei que eu teria lá no fundo do meu armário, esquecida e pegando pó, uma loli de cabelos loiros que usa óculos...



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São por enquanto 35 estreias, porém esse número aumentará, no mínimo, para 46. A razão disso é que há mais 11 animações já confirmadas (além de outras incertas quanto a data de estreia) que preferi ir adicionando aos poucos nos próximos dias, para que o post não atrasasse mais do que já atrasou (previa posta-lo dia 12) - tomei cuidado para dessa vez não deixar grandes títulos de fora da abertura do guia, e talvez a maior falta por ora será a de "Grisaia no Kajitsu", adaptação de uma visual novel bem conhecida no ocidente. Na tabela do Neregate tem listada a maioria deles, mas segue abaixo a relação de todos os títulos faltantes:

Donten ni Warau (adicionado)
Garo: Honoo no Koukin (adicionado)
Grisaia no Kajitsu (adicionado)
Kaitou Joker (adicionado)
Madan no Ou to Vanadis (adicionado)
Magic Kaito (adicionado)
Shirobako (adicionado)
Sora no Method (adicionado)

Como de praxe, a cartela do Neregate ainda tem à disposição, para quem quiser, os anúncios de OVAs, Movies, Specials e OADs que virão nos próximos meses. Já para séries de TV e ONAs, continuarei com comentários pessoais meus em boa parte dos animes, principalmente naqueles cuja obra original eu pude conhecer um pouco - nessa temporada puder ser mais eclético, indo desde mangás e light novels (2 ou 3 volumes no máximo para cada um) até visual novels e tokusatsus, como verão nas adições que farei nos próximos dias. Certamente um anime que estou aguardando muito agora poderá ser uma droga, ou um que só menosprezei poderá se mostrar muito bom (e às vezes eu também acerto, vai!); mas enfim, são apenas especulações, de acordo com a visão que tive do material original ou da equipe envolvida na produção.


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Como esse post está sendo feito com certa antecedência, muitos dados novos surgirão ou terão de ser corrigidos; desse modo, manterei logo a frente uma relação das atualizações realizadas aqui. A propósito, todos os animes possuem em seu título um link que o leva às suas respectivas páginas no MyAnimeList.

Concluindo, as datas de estreia se referem ao dia exato da primeira exibição do anime (excluindo pré-estreias), não importando o horário. Ex: em alguns sites colocam que anime X estreará dia 6 de outubro, sendo que sua estreia será à 1:00 da manhã já do dia 7; mas aqui a data estará como dia 7 de outubro mesmo.

PS: Comentários são bem-vindos; ou, para ser exato, eu quero que comentem! Claro, só estou sendo um pouco exagerado, mas feedbacks para algo que levou um mês para ser montado (e que nem chegou ao fim ainda) é, assim, um ótimo "pagamento", que me motiva a continuar com essa postagem em temporadas futuras. Não se preocupe com o tamanho ou conteúdo do comentário, somente deixar seu suporte, crítica ou sugestão já me será o suficiente.

PS (2): Dê o seu voto: No final do post há uma enquete perguntando quais animes você pretende ver nessa temporada, apenas para ver qual é a predileção do público do Animecote. O resultado será divulgado no início de outubro. 




Como colocar o link direto da imagem causava lentidão no carregamento do post e problemas na hora de realizar atualizações, clique aqui para ser direcionado à página do site Neregate, onde pode visualizar ou baixar a cartela nos formatos JPEG e PNG.

Para quem quiser ver os animes listados de acordo com suas respectivas datas de estreia, clique aqui para acessar uma planilha que montei no Google Drive.


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Atualizações:

17/10: Adicionado o anime "GuraP & Rodeo".
17/10: Adicionado o anime "Cardfight!! Vanguard G".
09/10: ATUALIZAÇÕES ENCERRADAS. Possíveis correções de informações ou links quebrados, se houver, serão feitas sem aviso. A exceção fica para animes que ainda vierem a ser adicionados.
09/10: Adicionado o anime "Grisaia no Kajitsu".
08/10: Corrigida a informação "Formato" do anime "Hi☆sCoool! Seha Girls".
06/10: Corrigida a informação "Data de estreia" do anime "Amagi Brilliant Park".
06/10: Corrigida a informação "Formato" do anime "Orenchi no Furo Jijou".
05/10: Corrigida a informação "Formato" do anime "Danna ga Nani wo Itteiru ka Wakaranai Ken".
03/10: Adicionado novo trailer de "Madan no Ou to Vanadis".
03/10: Outro lançamento anunciado para essa temporada em alguns sites, o ONA "Karen Senki", animação original criada por Kosuke Fujishima (autor do mangá de "Aa! Megami-sama!"), também não será adicionado no guia porque está sendo produzido não por um estúdio do Japão, mas sim do Taiwan, o Next Media Animation. Ele, contudo, tem página no MyAnimeList porque o site permite a inclusão de obras chinesas e sul-coreanas.
03/10: Adicionado novo trailer de "Sanzoku no Musume Ronja".
03/10: Adicionado o anime "Garo: Honoo no Koukin".
01/10: Trocado o link do primeiro trailer de "Ore, Twintails ni Narimasu.", pois o vídeo anterior havia sido removido.
01/10: Votações encerradas: veja no final do post um ranking com o número de votos para cada anime.
30/09: Hoje é o último dia para votar na enquete, e dois animes seguem empatados na liderança!
30/09: Adicionado o anime "Konna Watashitachi ga Nariyuki de Heroine ni Natta Kekka www (TV)".
30/09: Com exceção do MyAnimeList, tem alguns sites (como por exemplo o Neregate e o Anime News Network) que listam "Calimero (2014)" no meio das estreias dessa temporada. Possuindo como protagonista um pintinho negro, personagem criado originalmente para uma propaganda de sabão na Itália, houveram dois animes antigos produzidos pela Toei Animation nas décadas de 70 e 90, que inclusive chegaram a passar no Brasil (o primeiro) pela TV Cultura e Globo. Porém, como essa continuação se trata de um projeto envolvendo Itália, França e Japão, mas apenas com estúdios italianos e franceses cuidado diretamente da animação, o MyAnimeList sequer o adicionou, e pelo mesmo motivo não o colocarei aqui.





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Ai Tenchi Muyo! 
Formato: TV (5 min. por episódio)
Data de estreia: 06/10
Estúdio: AIC
Diretor: Hiroshi Negishi ("Amazing Nurse Nanako", "Divergence Eve")
Gênero: Comédia / Sci-fi
De onde saiu: Spin-off da franquia "Tenchi Muyo!".
Site oficial: Clique aqui

Iniciada em 1992 como uma série de 6 OVAs (a primeira versão em mangá só viria dois anos depois, em 1994), a franquia da comédia romântica e aventureira "Tenchi Muyo" rendeu ao longo de duas décadas 4 séries de TV, 7 séries em OVAs, 3 filmes e alguns especiais - aqui no Brasil o principal canal a exibi-lo foi a BAND, que transmitiu de forma meio bagunçada duas séries de TV e alguns OVAs nas seguidas idas e vindas do falecido "Band Kids", para futuramente usa-lo de vez em quando como tapa-buraco na programação, nunca garantindo sua exibição completa. Agora, para comemorar os 20 (ou 22 já...) anos desde sua criação, um novo anime com previsão de ter 50 episódios será lançado... Porém com 5 minutos de duração cada e uma história toda original.

Pois é, que homenagem é essa...

Na verdade trata-se de um projeto bancado pela cidade de Takahashi, que fica na prefeitura de Okayama (terra natal de um dos criadores de "Tenchi Muyo!", Kajishima Masaki, e também cenário de vários títulos da franquia), que planeja com isso promover o turismo local, priorizando os fãs que queiram visitar os pontos em que se passa o anime, e tendo junto a isso a venda de produtos e a organização de eventos - sequer preciso dizer que a historinha de "Ai Tenchi Muyo" ocorrerá exatamente em Takahashi, né? Isso nem chega a ser novidade, de um anime ser usado para esse intuito, mas é a primeira vez que vejo se aproveitarem de uma marca já famosa (o comum é apelarem para animações originais). Quanto ao seu conteúdo, tirando uma provável preocupação em destacar o ambiente em volta, não foi dito muito ainda a não ser a descrição breve de alguns personagens, no qual, além de ter várias garotas inéditas (veja aqui imagens prévias delas) e o retorno de rostos conhecidos - somente Ayeka terá uma nova dubladora -, o "dono" do harém e protagonista de boa parte das animações Tenchi Masaki se tornou mais velho e agora deve se disfarçar como professor, em uma escola feminina, para impedir que Washu cause novos problemas ao mundo... 

O estúdio AIC, que produziu todas as animações de "Tenchi Muyo!" (e curiosamente só o fez a pedido da empresa de eletrônicos Pioneer, que queria algo original para divulgar o ancestral e desengonçado laserdisc), comandará a produção desse pequeno anime, com o "dinossauro" Hiroshi Negishi na direção - seu último trabalho foi o obscuro "Bakegyamon" em 2006, sendo que na década de 90 comandou dois filmes e uma série de TV de "Tenchi Muyo!" - e Suzuhito Yasuda no "character design", autor do mangá de "Yozakura Quartet" e responsável pela arte da light novel de "Durarara!".


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Formato: TV
Data de estreia: 02/10
Estúdio: Sunrise
Diretor: Ryuichi Kimura
Gênero: Musical
De onde saiu: Continuação do anime de 2013, que é originado de um jogo arcade.

Terceira temporada de "Aikatsu!", anime musical voltado ao público infantil que se originou de um jogo de cartas da Bandai, onde o objetivo é fazer sua personagem se tornar uma idol popular. A franquia ainda pode ser encontrada em jogos para Nintendo 3DS e versões em light novel e mangá.

A direção segue com o mesmo nome, Ryuichi Kimura, e com Yoichi Kato na supervisão de roteiros. Para esse ano, em 13 de dezembro, está previsto também o lançamento do primeiro filme da série.

Obs: O link que eu coloquei no título do anime é da primeira animação, de 2012, porque por algum motivo o MyAnimeList não permitiu a criação de páginas próprias para as temporadas seguintes, ao contrário de outros sites que são usados como base de dados.


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Formato: TV
Data de estreia: 07/10
Estúdio: Studio Pierrot
Diretor: Kazuhiro Yoneda
Gênero: Ação / Comédia / Fantasia / Romance
De onde saiu: Mangá, 14 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Um pai carinhoso, itens de luxo, súditos que lhe amam; Yona, a única princesa do reino de Kouka, leva uma vida feliz e invejável, tendo como maiores preocupações o seu rebelde cabelo ruivo e as constantes discussões com Son Hak, servo da família real que ela conhece desde pequena e que sempre a importuna - além disso, Yona também suspira e sofre com o amor não correspondido pelo primo Soo-won, que ainda lhe enxerga como uma criança. O pacífico rei de Kouka atende a todos os pedidos da filha, porém não cede diante do desejo dela em querer se casar com Soon-won.

Insistente, na noite de seu décimo sexto aniversário Yona decide conversar mais uma vez com seu pai sobre tal assunto; contudo, ao entrar no quarto real, ela flagra o rei ser assassinado justamente por Soon-won, que lhe revela seu desejo de vingança por fatos ocorridos anos atrás, além de pretender agora se tornar o novo rei de Kouka. Soon-won e seu grupo tentam captura-la, mas Son Hak termina por salva-la e os dois fogem do reino.

Transtornada e deixando para trás o único lugar que conhecia, Yona é levada a terra natal de Son Hak, a Vila do Vento, e a partir desse ponto terá a ajuda dele e de outros aliados para tentar desmascarar e tirar Soon-won do poder.

Lendas fantásticas, profecias, uma aventura típica num mundo de fantasia em busca de aliados e um pouco de comédia pontual seguida por uma dose de romance. Adaptação do mangá shoujo escrito pela popular Mizuho Kusanagi ("NG Life"), "Akatsuki no Yona" narra o amadurecimento forçado que uma garota terá de passar após a perda do pai e de seu lar, visto que antes disso ela levava uma vida reclusa de princesa mimada. Para Yona, que tem dificuldades até para responder um "obrigado" a alguém, quanto mais para fazer qualquer coisa sozinha, essa será uma jornada sofrível e repleta de descobertas - mas, ao menos, ela terá um atraente e extenso elenco masculino a apoiando nessa complicada fase...

Vemos nesse caso um harém às avessas, e numa proporção surreal, seja entre os mocinhos ou os vilões; porém, considerando os 4 volumes que li do mangá, o único conflito amoroso destacado por enquanto foi entre Yona e Son Hak, mas para azar desse último a garota está, nesse momento, distante de perceber qualquer investida sua sem antes cometer um mal entendido ou pensar que se trata de uma brincadeira (não desista, Son Hak!) - mas convenhamos, não ajuda muito a visão nada positiva que ela tem do rapaz e nem seu comportamento por vezes indelicado e infantil... É óbvio que com o tempo a intimidade entre os dois aumentará mesmo havendo a sombra do amor quase platônico de Yona por Soon-won, que não consegue esquecê-lo totalmente, e assim olhar pro outro lado, apesar do que ele fez; mas é bastante provável que deverá surgir algum "rival" nesse campo, o que não seria nenhuma surpresa.

Dentre os mangás e light novels que pude ler para esse guia, não hesito em dizer que Yona foi uma das personagens femininas mais simpáticas que pude encontrar, e certamente a de maior desenvolvimento e presença. Ter que andar com seus próprios pés, deixar de depender totalmente dos outros, aprender a manejar armas e a refletir melhor quanto aos seus atos; a (meio chatinha) menina chorona e ingênua do começo da história vai aos poucos dando espaço para uma jovem mais decidida e esperta - e já não com tanto ênfase, mas igual competência, Son Hak e Soon-won são outros dois que possuem uma construção significativa e de maior profundidade, porém mesmo havendo todos esses dramas e conflitos externos e internos o mangá consegue inserir em vários trechos cenas casuais e cômicas para descontrair um pouco o ambiente, nem que você esteja totalmente cercado pelo inimigo em um penhasco. Saber que o estúdio Pierrot está envolvido em sua produção ainda é uma ducha de água fria quanto a qualidade técnica e fidelidade a obra original independente da equipe reunida, mas as artes e trailer divulgados têm exibido uma animação satisfatória para um anime desse gênero; ademais, levando em conta alguns personagens apresentados rapidamente no trailer, que no mangá só estreiam no sétimo, oitavo volume pelos spoils que tive o desprazer de ler, as possibilidades são altíssimas de haver aqui uma animação de 24-26 episódios, boa quantidade para um trabalho prestes a lançar seu 15º volume.

Dentre os dubladores, destaque para Chiwa Saito no papel de Yuna, tendo junto alguns habituais nomes masculinos de peso quando há um harém reverso envolvido, dentre eles Junichi Suwabe, Hiro Shimono, Masakazu Morita e Nobuhiko Okamoto. Da equipe de produção, ao lado do estreante diretor Kazuhiro Yoneda, tem-se Kunihiko Ryo ("Level E") na trilha sonora e Maho Yoshikawa ("Amnesia") no "character design".


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Amagi Brilliant Park 
Formato: TV
Data de estreia: 07/10
Estúdio: Kyoto Animation
Diretor: Yasuhiro Takemoto ("Full Metal Panic! The Second Raid", "Hyouka", "Lucky Star")
Gênero: Comédia / Drama / Fantasia / Romance
De onde saiu: Light novel, 4 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Não é a quarta temporada de "Full Metal Panic!", mas esse anime deverá ser o mais próximo disso que chegaremos.

Lindo. Inteligente. Atlético. PERFEITO. Seiya Kanie é de tal forma narcisista que sequer se rebaixa ao ponto de flertar com uma garota - mas, como recusar um pedido de encontro quando se trata da estudante mais cobiçada da escola, Sento Isuzu, isso enquanto ela lhe ameaça com um mosquete no meio da sala de aula? Seika acaba cedendo ao seu "pedido", e dessa forma é levado a um parque de diversões decadente conhecido como "Amagi Brilliant Park".

Lá, após um passeio nada divertido e lutas com mascotes, é revelado ao rapaz o motivo de ter sido chamado; caso não tenha nas próximas duas semanas ao menos 100 mil visitantes o parque será tomado por empresários e demolido, e Latifa Fleuranza, garota cega que é gerente do local, pede sua ajuda para que isso não ocorra. Em um primeiro momento Seita se recusa a tomar parte do problema, mas alguns incidentes o farão mudar de ideia, jogando em suas costas o futuro de um parque de diversões e seus funcionários incomuns.

Por que citei "Full Metal Panic!" no início do texto? Não tem a ver com o bom diretor Yasuhiro Takemoto, que cuidou da segunda e terceira temporada desse anime, mas sim com o fato de "Amagi Brilliant Park" ser uma light novel de Shoji Gatoh, criador da obra original de "Full Metal Panic!" (também light novel) que teve 23 volumes publicados entre 1998 e 2011. Em fóruns e redes sociais fãs suplicam e lamentam há anos a falta de uma quarta temporada animada para sua maior obra, porém essa nova produção do Kyoto Animation - a primeira desde "Hyouka" em 2012 que não é original ou baseada numa light novel lançada com a própria marca do estúdio - matará um pouco a saudade de vários viúvos ao trazer de volta um certo mascote que era usado como arma pelo impagável Sousuke em "FMP" - e ao que parece nesse anime ele também não será muito amigável...

Essas e outras imagens que estou linkando, aliás, são da versão em mangá, visto que não se tem disponível traduções da light novel pela internet. Lendo apenas os poucos 5 primeiros capítulos não fui além do que narrei na sinopse acima, mas, se a primeira impressão não foi muito boa ao conhecer um protagonista tão impecável e cheio de si que chega a se admirar quando vê o próprio reflexo no espelho (porém ele é um pobre solitário na escola exatamente devido a tal comportamento), isso passou rapidamente quando foi melhor apresentado o colorido e misterioso palco da história, um parque de diversões caindo aos pedaços onde nada é o que parece. Mascotes de verdade e não pessoas vestindo uma fantasia, gerente declarando ser rainha de um mundo mágico - e o parque é território deles na Terra, a propósito -, uma cavaleira que anda por aí armada de mosquete e um jovem protagonista ganhando poderes após beijar a gerente (meu Deus, KyoAni vai mesmo mostrar uma cena de beijo!?!) ? A mistura de comédia pastelão, uma pitada de drama e um toque de fantasia nesse ambiente, admito, me está muito convidativa, ainda mais quando se encontra nas mãos de um estúdio cuja qualidade técnica é indiscutível - infelizmente, desde o sem sal "Tamako Market" que eu não consigo terminar um anime deles, entretanto espero dessa vez quebrar tal sina.

Claro, estou me baseando em uma adaptação do original, mas pelo menos a introdução não deve fugir muito do que pude ver - só me espantei mesmo com a quantidade razoável de fanservice que há no mangá, algo que no anime deve passar longe. Da equipe reunida pelo estúdio, junto a Yasuhiro na direção, destaque principal para Fumihiko Shimo na supervisão de roteiros, função desempenhada em animes do Kyoto como a "trindade" "Air TV", "Clannad" e "Kanon 2006" (tendo ainda "Kokoro Connect" e "Golden Time" através de outros estúdios), além de Shinkichi Mitsumune na trilha sonora ("Furi Kuri", "Rozen Maiden") e Miku Kadowaki ("Kyoukai no Kanata") adaptando o "character design" da light novel. 



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Formato: ONA (5 min. por episódio)
Data de estreia: 11/10
Estúdio: Connect / Silver Link
Diretor: Noriyaki Akitaya
Gênero: Romance / Slice-of-Life
De onde saiu: Jogo para celular.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Homens bonitos e doces, o que mais as mulheres poderiam querer (a não ser que não tivesse uma garota no meio) ?

Baseado em um jogo para celular que ainda está em desenvolvimento e que unirá gerenciamento de negócios com romance, "Bonjour Koiaji Pâtisserie" tem como personagem principal Sayuri Haruno, garota que obtém uma bolsa de estudos para frequentar a escola de confeitaria de elite conhecida como Fleur. Enquanto persegue o sonho de abrir sua própria loja de doces, Sayuri conhecerá nesse local diversos e charmosos rapazes.

Um professor que se parece com um príncipe com seu comportamento e modo de falar polidos; o ruivo de temperamento mais rude e enérgico; o loirinho alegre e amigo de todos; e o de poucas palavras que é frio por fora. Quatro bishounens ao redor de uma garota que, pelo menos nas artes divulgadas por enquanto, parece ser bem mais viva e simpática do que o normal para mocinhas em histórias dessa espécie. A ser exibido pela internet, a principal nota nisso tudo é o fato de que "Bonjour" terá seu "character design" feito por Utako Yukihiro, desenhista de "Makai Ouji: Devils and Realist" (mangá que teve um anime em 2013) e autora de "Issho ni Gohan", obra que fala justamente sobre culinária e que possui um vasto e atraente elenco masculino - pensem em 9 rapazes de estilos variados, e agora imaginem (ou não) todos eles vivendo debaixo do mesmo teto!

Adaptação de jogo para celular; ah, essa é uma das fontes menos inspiradoras e promissoras possíveis, não há muito o que dizer. Como trivialidade total que não vai interferir em nada no anime, a desenvolvedora do jogo, a empresa Cyber Agent, já criou antes título semelhante, chamado "Itoshi no Chocolatier", que era sobre quatro irmãos cuidando de uma loja de chocolates - e acho que para muitas mulheres isso serve de resposta à pergunta que fiz no início do texto...



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Formato: TV
Data de estreia: 26/10
Estúdio: TMS Entertainment
Diretor: Hatsuki Tsuji ("Yu-Gi-Oh! Duel Monster GX")
Gênero: Ação / Aventura
De onde saiu: Continuação do anime de 2014, originado de um projeto multimídia.
Site oficial: Clique aqui

Quinta temporada de "Cardfight!! Vanguard", projeto multimídia formado por Akira Itou (desenhista do mangá "Yu-Gi-Oh! R"), Satoshi Nakamura (exímio jogador de "Magic: The Gathering" que auxiliou na criação de "Duel Masters") e a empresa Bushiroad. O anime teve início em janeiro de 2011, o jogo de cartas veio um mês depois e um mangá é publicado até hoje - mangá esse que continuará com a história do protagonista das temporadas anteriores, Aichi, pois "Vanguard G" terá novos personagens principais. 

A direção segue com Hatsuki Tsuji, tendo Tatsuhiko Urahata na supervisão de roteiros. Além desse novo anime, o presidente da Bushiroad, Takaaki Kidani, afirmou que já estão previstas as sexta e sétima temporadas da franquia. 


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Formato: TV
Data de estreia: 05/10
Estúdio: Sunrise
Diretor: Yoshiharu Ashino
Gênero: Ação / Sci-fi
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Porque, lá no fundo, você queria ver um dia garotas com trajes reveladores pilotando mechas para lutar contra dragões.

E essa é a nova animação original do estúdio Sunrise, que dessa vez deixa um pouco de lado protagonistas masculinos rivais e de relações duvidosas e traz um vasto elenco de garotas atraentes com potencial de venderem figures como água. "Cross Ange" nos apresenta um mundo no qual a humanidade evoluiu a tal ponto que obteve uma espécie de tecnologia batizada de "Mana", cujo poder similar à magia erradicou as guerras, a fome, a poluição e outros problemas da Terra, o tornando um planeta pacífico.

Sendo a primeira princesa do Império Misurugi, Angelize é adorada pelo povo e não tem preocupações; contudo, ao ser descoberto que ela é uma "Norma" (termo dado àqueles que não possuem a capacidade de usar o Mana e, por conta disso, são tratados como seres inferiores) Angelize perde tudo o que possuía e acaba se isolando em uma ilha longe da população, onde conhece um grupo de garotas que também são Normas. Sabendo apenas batalhar, elas gastam seus dias pilotando robôs chamados "Barameiru" para enfrentar dragões gigantes vindos de outra dimensão, e esse encontro fará a ex-princesa Angelize, mas agora soldado Ange, questionar o mundo à sua volta e ter algum propósito em sua vida.

Nem reflita sobre os trajes delas, que possuem aberturas demais e até algo semelhante a uma cauda, e sequer pergunte de onde afinal vem esses dragões e por que se dão ao trabalho de defenderem uma nação que, ao que parece, só as despreza; "Cross Ange" está com cara de ser o mais novo "Kakumeiki Valvrave" da Sunrise, outro anime original produzido pelo estúdio em 2013 cujo enredo (se é que tinha um) era cheio de furos e extremamente nonsense - com a diferença de que aqui não haverá vários bishounens para atrair o público feminino, e sim garotas dubladas por seiyuus de peso como Nana Mizuki, Kitamura Eri, Ami Koshimizu, Ogura Yui e Horie Yui. Parece, enfim, uma grande "zoação", entretenimento puro uma vez que seja aceitado de braços abertos os absurdos que virão, igual ao ocorrido justamente com "Kakumeiki" - tipo, quantas vezes você já viu um mecha atirar no automático enquanto sua pilota está do lado de fora atirando junto? Eu compro essa ideia sem problemas, só me basta um bom punhado de cenas de ação em CGI decente e as sempre impactantes trilhas sonoras constantes nos animes da Sunrise (em "Cross Ange" isso ficará a cargo da cantora Akiko Shikata, mais conhecida pelas trilhas que fez para jogos das séries "Air Tonelico" e "Shadow Hearts"). Ah, e também não precisam exagerar muito no apelo sexual em cima das garotas em detrito de todo o restante do anime, se bem que isso já seria pedir demais...

Por fim, Tatsuto Higuchi ("Bakumatsu Gijinden Roman") supervisionará os roteiros, Sayaka Ono (diretora de animação em "Valvrave") cuidará do "character design" e Junichi Akutsu (um dos criadores dos mechas Knightmare de "Code Geass: Hangyaku no Lelouch") será designer dos mechas.


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Formato: TV
Data de estreia: 09/10
Estúdio: Hoods Entertainment
Gênero: Drama / Romance
De onde saiu: Visual novel para PC.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Quando jovem, Kyoutarou tinha o desejo de ler todos os livros de magia que existiam, porém estes se encontravam guardados em uma livraria mágica. Alguém lhe disse que para visita-la ele deveria ser gentil e trazer felicidade para todo mundo, e assim acabou recebendo um marcador de páginas, que lhe garantia acesso à livraria.

Mais a frente, em um dia qualquer enquanto ia pra escola Kyoutarou recebe uma mensagem de alguém conhecido como "pastor", lhe revelando que seu destino estava prestes a mudar; nisso, ele tem a visão de um acidente ocorrendo numa estação de trem, e dessa forma corre até o local e evita que uma garota, chamada Tsugumi, sofresse qualquer ferimento. Ela posteriormente surge no Clube de Literatura, do qual Kyoutaoru é membro, para agradecê-lo, e em seguida pede sua ajuda na tarefa de tornar a Academia Shiomi em um lugar melhor: ao que parece, Tsugumi também recebeu uma mensagem do pastor, cujos rumores dizem que ele surge somente para aqueles que fazem de tudo para realizar seus desejos. Após isso, uma a uma, outras estudantes se juntam aos dois com a interferência do pastor.

Não olhem assim pra mim (ou para a tela do computador, né); sentindo que as sinopses vistas em sites e blogs de animes eram um tanto vagas, me voltei a páginas dedicadas a visual novels para ver se conseguia achar um texto que fosse mais detalhado e claro, e... Bem, detalhado até é, mas digamos que só fiquei com muito mais dúvidas sobre a premissa desse anime...

Mas, vamos ignorar essas firulas de magia e eventos sobrenaturais e sermos francos: teremos aqui um harém e pronto, com um rapaz, cinco garotas principais pelo que vi de vídeos promocionais e CGs do jogo e uma historinha cheia de furos e acontecimentos sem muita explicação coerente. Sua origem ainda é uma visual novel adulta, produzida pela August (famosa empresa criadora de jogos como "Yoake Mae yori Ruriiro na" e "Fortune Arterial", que também já tiveram suas versões para TV animadas em 2006 e 2010, respectivamente), e, considerando a presença do estúdio Hoods Entertainment na produção de seu anime, as chances são absurdamente altas de se ter algo de baixo orçamento e forte teor ecchi, visto que dois terços de seus trabalhos desde sua fundação em 2009 foram desse tipo.

Com roteiros de Kiyoko Yoshimura ("Akuma no Riddle") e diretor ainda não divulgado, não pensem que fui impaciente nesse texto, apenas quis ser resumido para algo que seguirá um velho roteiro quase nunca desrespeitado: a fraqueza do enredo ficará exposta sem o conteúdo erótico do jogo que tem isso como seu maior atributo - na maioria das situações -, fãs do mesmo reclamarão da animação ruim (Hoods é "especialista" nisso) e da adaptação cheia de cortes e mudanças e, no fim, o anime só prestará mesmo para divulgar sua fonte de origem - além de incitar marmanjos a discutirem pela internet sobre qual garota é a melhor (não para o protagonista, óbvio, porque esse não deverá pegar ninguém).

Clique aqui caso queira ver um vídeo promocional do jogo, e aqui para visualizar uma montagem que fiz com algumas CGs dele - aprendam pela primeira imagem a como não agarrar uma garota ao salva-la de uma queda...



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Formato: TV (3 min. por episódio)
Data de estreia: 03/10
Estúdio: Seven
Diretor: Shinpei Nagai ("Inugami-san to Nekoyama-san")
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 4 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Novo anime do estúdio Seven, possivelmente curto (isso ainda não está confirmado, mas por ora todas as suas dez séries de TV foram assim) que narrará o dia-a-dia de uma dedicada funcionária de escritório chamada Kaoru ao lado de seu marido Hajime, um otaku frequentador assíduo do famoso fórum japonês 2chan. Sua origem é um mangá em tirinhas 4-koma publicado desde 2011 na internet, que possui acabamento tão cru que parece mais uma sequência de esboços, como podem ver nessa imagem, por exemplo (meu "sensor moe" não é tão afiado quanto o dele, mas aquilo ali tão bem desenhado é a Konata, né?)

Com o engraçadinho e certeiro título "Eu não consigo entender o que meu marido está dizendo", se verá aqui uma profusão de piadinhas, gírias e referências otakus em um nível mais hardcore, com Hajime sendo a síntese de todos os estereótipos possíveis para quem é desse nicho. Casada com alguém antissocial, preguiçoso, acomodado e perdido em seus devaneios pelo maravilhoso mundo 2D, e tendo inclusive que dividir a atenção dele ora com doujins, ora com outras "esposas", é de se perguntar, afinal, o que raios Kaoru viu nesse rapaz para tê-lo como seu marido - e, bem, concluir que gosta do seu lado não otaku já é alguma coisa, talvez? Só falta explicar melhor quando que esse lado chega a aparecer...

Pois bem, não há muito o que dizer aqui; trata-se simplesmente de uma comediazinha de situação um tanto exagerada, que devido ao seu formato ficará nisso de alternar momentos de algazarra onde esse casal não chega a concordar em nada, e outros mais suaves no qual é mostrado que, apesar das grandes diferenças, eles ainda se gostam, se entendem de algum modo e ponto final - nem que às vezes seja necessário se aproveitar das ferramentas do "inimigo" que é o hobby de seu marido para conseguir o que deseja. Com bons dubladores como Yukari Tamura, Kenichi Suzumura e Kugimiya Rie no elenco, "Danna ga Nani...", mesmo tendo algumas pequenas loucuras, parece que dará um fim a sequência de produções nonsense e pífias que o estúdio Seven vinha trazendo já há dois anos - e puxa, como eu agradeço por isso...


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Formato: TV
Data de estreia: 02/10
Estúdio: Shin-Ei Aimation
Diretor: Masafumi Sato
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 7 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Novo funcionário na loja de mangás "Horse's Bone" (ou Umanohone, referência à famosa loja Toranoana), Umio é um rapaz reservado que tem, em seu emprego, maiores dificuldades em lidar com seus próprios colegas de trabalho do que com os clientes. Eles são boas pessoas, são seus melhores amigos, um grupo fechado que chama um ao outro através de apelidos; porém, seja através de uma loli adoradora de zumbis, uma aspirante a mangaká nada feminina ou uma "senpai" no trabalho que é mais nova - e muito mais atrapalhada! - do que ele, Umio passará por uma rotina de seguidas, estressantes e prazerosas horas extras e poucos momentos de sono ao lado de um grupo excêntrico de funcionários que podem não ter o emprego dos sonhos, contudo adoram o que fazem.

Saindo da Comic Flapper, uma revista seinen de médio porte - e que inclusive já teve nesse ano outra obra sua adaptada pela Shin-Ei Animation, nesse caso o ótimo "Tonari no Seki-kun" -, "Denki-gai no Honya-san" me pareceu, pelos 4 volumes que li dele, praticamente uma mescla de estereótipos de personagens vistos em outros animes recentes que se passam em locais de trabalho, especialmente o divertido "Working!". Protagonista de óculos que é o "normal" nem tão normal assim do grupo, senpai baixinha, peituda e atrapalhada que mais aprende com o novo colega do que ensina, garota demasiado tímida, rapaz de poucas palavras... Se algo o difere desse que citei e outros é o detalhe de possuir uma linguagem muito mais picante e agressiva - afinal, eu, você e todo o mundo somos grandes amantes de pornografia, não? (não!?)

Calma, "Denki-gai no Honya-san" é até bem leve visualmente falando; todavia, como se trata de um ambiente onde há doujins e diversos produtos para otakus à venda, claro que com frequência surgem diálogos exagerados abordando esse nicho nada puro e inofensivo, a ponto de uma conversa entre amigos a respeito de mangás com abundância em calcinhas chegar a fazer uma analogia delas com o famoso paradoxo do Gato de Schrödinger, por exemplo (olha só que cult!). Brincadeiras constantes com o mundo BL, piadas sobre os costumes e gostos do público com o qual lidam, idas a eventos; o mangá pode ter esse tema como principal atrativo inicial, e realmente se foca bastante nisso, contudo o outro ponto onde seu anime deverá chamar a atenção será no leve teor romântico existente no elenco de personagens. Para esse tipo de trabalho, logicamente, o romance é claudicante e se perde com facilidade em bobos diálogos sugestivos e mal entendidos (oras, mas também o que há de se pensar quando a garota vem e lhe pergunta se você quer ver sua calcinha?), porém cá e lá surgirão delicadas e engraçadinhas cenas que nos mostrarão como esse grupo de funcionários está quase que totalmente formado por casais de sentimentos mútuos, faltando apenas um ou dois ou vinte empurrõezinhos para que algo de mais concreto ocorra entre eles. Não dá para esperar conclusões e definições, muito menos na versão animada, entretanto flagrar uma garota chorando copiosamente ao descobrir que o garoto do qual gosta está interessada em outra pessoa foi, sinceramente, bem além de qualquer draminha que eu esperava ver nessa obra. Mas ainda é uma comédia em primeiro lugar, apesar de tudo.

Conheça - e fique longe dela! - uma loli aficionada em excesso por zumbis, venere um rapaz "sommelier" capaz de recomendar o mangá ideal para cada pessoa, tenha pena de uma nerd aspirante a mangaká sofrendo com sua falta de feminilidade, ou, somente, se simpatize com um garoto normal de óculos tentando lidar com seus novos e problemáticos amigos: "Denki-gai no Honya-san" me cativou antes pelo tema do que pelo humor em si, que achei mediano, mas com o passar dos capítulos a interação entre seus agradáveis personagens me prendeu tanto que li (e continuo lendo) o mangá mais do que o normal quando é para montar os guias de temporadas - geralmente não passo de 2 ou 3 volumes para cada obra a fim de economizar tempo.

Porém, caso queira comprar algum doujin, recomendo que vá fazer isso na loja rival deles...



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Formato: TV
Data de estreia: 04/10
Estúdio: Dogakobo
Diretor: Hiroshi Haragushi
Gênero: Ação / Drama / Fantasia
De onde saiu: Mangá, 6 volumes, finalizado.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

A história ocorre no décimo primeiro ano da Era Meiji, período em que o Japão passa por intensas mudanças políticas, sociais e econômicas, sofrendo nesse processo grande influência estrangeira. Com a modernização veio junto o aumento nas taxas de criminalidade, ocasionando na construção de uma prisão de segurança máxima no centro do lago Biwa, o maior lago do país. Os únicos autorizados e encarregados de transportar prisioneiros para dentro e fora dela, através de uma balsa, são os três irmãos da família Kumo, que aos poucos se veem inseridos em um suspense envolvendo um dos prisioneiros da prisão e uma maldição que ocorre a cada 300 anos.

O estúdio Dogakobo dá um tempo nas adaptações de 4-koma e retorna a uma obra voltada ao público feminino, dessa vez um mangá shoujo com 6 volumes publicados entre 2010 e 2013 que possui um grande e lindíssimo elenco masculino em proporção absurda. Porém, no meio de tantos bishounens, ao contrário do que o preconceito de muitos poderia supor, tem-se uma trama até que satisfatória e bem contada – mas claro que muitas vezes ela fica meio ofuscada ora pelo reflexo dos belos olhos de um rapaz, ora pelos cabelos longos e sedosos de outro, ora pelo corpo semi... Okay, chega.

Havendo como plano de fundo, não muito esmiuçado apesar de tão comentado, um Japão em plena modernização e constantes mudanças, acompanhamos de início um enredo que segue por dois caminhos, sendo um deles o mistério em volta de um condenado na peculiar prisão instalada no meio do lago Biwa, e o outro sobre a ”maldição do Orochi”, uma serpente, um espírito, que ressuscita a cada 300 anos no corpo de alguém para trazer caos ao mundo. Nisso, os três irmãos responsáveis pelas viagens até a prisão (o caçula ingênuo Chuutarou, o inseguro Soramaru e o mais velho meio imaturo e enigmático Tenka) se envolvem nesses dois eventos, principalmente pelo fato de a família deles ser uma das que se opõem a Orochi – pois há grupos que são favoráveis à sua ressurreição. Eu estou, claro, dando um resumo bem por cima de tudo, para evitar spoils avançados ou reveladores demais de uma obra tão curta, porém creio com isso já ter-lhes dado alguma noção de que o anime será uma espécie de fantasia de época com um pouco de ação - e rapazes lindos de doer, não esqueçam disso! Como é de praxe, o time de dubladores traz nomes bastante populares entre as mulheres, indo de Yuuichi Nakamura a Takahiro Sakurai, Shinichiro Miki, Kenichi Suzumura e o “adorado” Yuki Kaji (fominha, três protagonistas numa mesma temporada...), que em “Donten ni Warau” dará voz a Soramaru, o irmão de maior destaque cuja personalidade seguirá o padrão dos papéis que tornaram Yuki o queridinho dos haters. Não culpem e joguem pedras no dublador, que é competente, e sim na sua maldita agência que empurra esses trabalhos para ele!

Não que Soramaru seja assim alguém detestável, mas também não é muito simpático com seu jeito chorão de garoto complexado que idolatra o irmão mais velho e se aflige por não se sentir reconhecido e achar-se incapaz de acompanhar os passos dele por mais que se esforce, além de se ressentir por vê-lo esconder certos segredos e fatos de ti mesmo que seja para o seu bem – é, enfim, um personagem que naturalmente se fortalecerá e crescerá com o tempo, mas para isso será preciso uma boa dose de paciência para aturar seus frequentes "pitis" e atos impulsivos que só causarão problemas. Já têm previstos 12 episódios nessa adaptação do Dogakobo, o que dá para abordar toda a trama sem grandes problemas, pois o mangá, em se tratando de acontecimentos, possui um desenvolvimento vagaroso - no anime deverá haver maior dinamismo. Bem que gostaria de aprofundar-me um pouco mais sobre a história, contudo por motivo já citado isso não seria tão recomendável; viram que há o predomínio avassalador de um só sexo e apresentei algumas explicações que vão bem além das existentes em outros sites, logo isso deve ser o suficiente - senão daqui a pouco estarei falando de eventos que no anime só serão mostrados lá pela metade.  

Com o estreante Hiroshi Haragushi na direção, "Donten ni Warau" terá ainda Yuuya Takahashi (alguns episódios de "Tiger & Bunny") na supervisão de roteiros, Shuichiro Fukuhiro ("Genshiken Nidaime") na trilha sonora e Takao Maki no "character design".


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Formato: TV
Data de estreia: 04/10
Estúdio: ufotable
Diretor: Takahiro Miura
Gênero: Ação / Drama / Fantasia
De onde saiu: Spin-off de "Fate stay/night".
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui (Leg.em inglês)

Baseado em "Fate/stay night", visual novel criada pela endeusada desenvolvedora Type-Moon, essa nova animação da franquia focará na segunda das três rotas existentes na obra, precisamente a "Unlimited Blade Works" - história que já teve, inclusive, uma pessimamente resumida adaptação em filme produzida em 2010 pelo Studio Deen. Aqui, diferente da versão de 2006 (que se baseou na primeira rota da visual novel, "Fate"), a personagem tsundere Tohsaka Rin possui maior destaque junto ao "querido" Emiya Shirou.

Dividida em duas temporadas, com uma a estrear agora em outubro e a outra prevista para abril de 2015, "Fate/stay night: Unlimited Blade Works" trará o mesmo elenco de dubladores das animações anteriores da franquia, com Takahiro Miura na direção (ele foi atuante em diversas áreas nas duas temporadas de "Fate/Zero", série que narra fatos anteriores ao que é visto no anime de 2006 e nesse), Hideyuki Fukasawa na trilha sonora e ufotable na produção, estúdio que esteve a cargo de "Fate/Zero" e que futuramente adaptará em filme a terceira e última rota da visual novel, "Heaven's Feel" (focada em Shirou e Sakura). 



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Formato: TV (5 min. por episódio)
Data de estreia: 26/09
Gênero: Aventura
De onde saiu: Livro infantil.
Site oficial: Clique aqui

Novo anime curtinho com histórias repletas de lições de moral a ser exibido no canal público NHK, "Fuusen Inu Tiny" se baseia em um livro infantil que conta a história de um cachorro - o que seria normal, se não fosse o detalhe de ele constantemente sair voando acima das nuvens usando um balão. E parece que, pelas imagens de divulgação, esse é um hobby bastante difundido entre seus amigos animais...


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Formato: TV (5 min. por episódio)
Data de estreia: 25/09
Estúdio: Fanworks
Diretor: Yuuji Umoto
Gênero: Comédia / Slice-of-Life 
De onde saiu: Continuação do anime de 2013, vindo de um livro infantil.
Site oficial: Clique aqui

Dobradinha da NHK, nesse caso agora a segunda temporada de "Ganbare! Lulu Lolo", anime de 2013 baseado em um livro infantil que narra a vida de dois irmãos ursos trabalhadores, o de cor laranja Lulu e o de cor amarela Lolo. Esse mesmo livro também rendeu um curta-metragem em 2010.

A produção segue nas mãos do estúdio Fanworks ("Medamayaki no kimi Itsu Tsubusu?").


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Formato: TV
Data de estreia: 04/10
Estúdio: MAPPA
Diretor: Yuichiro Hayashi
Gênero: Ação / Drama
De onde saiu: Tokusatsu.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

A história tem início quando Mendosa, conselheiro do rei de Valiante, começa uma campanha de "caça às bruxas" no reino, que resulta na morte de vários cavaleiros e sacerdotisas Makai, guerreiros que usam magia para proteger o povo. Uma dessas vítimas, a sacerdotisa Anna, dá a luz antes de ser executada; porém seu marido, o cavaleiro Herman Lewis, consegue fugir com o bebê, passando a cria-lo sozinho.

Os anos avançam, e agora o filho de Herman, Leon, recebe de seu pai a "Golden Armor", uma armadura mítica de imensos poderes que é passada de geração em geração na família. Já a população de Valiante viu seu líder adoecer e o poder cair sobre as mãos de Mendosa, que expulsa do reino o príncipe Alfonso e sua mãe. Querendo vingança, Alfonso parte em busca do herdeiro da "Golden Armor", a fim de usar sua força para retomar o que lhe é de direito.

"Garo" teve início em 2005 como um tokusatsu de 25 episódios, e ao longo dos anos inspirou um grande número de sequências, filmes e spin-offs (os últimos bem recentes, de alguns meses atrás), porém isso não tem tanta importância visto que "Garo: Honoo no Kokuin" virá com história e personagens inéditos, sem - em um primeiro momento - ligação alguma com outras obras da franquia a não ser o mito dos cavaleiros Makai e a tal armadura dourada. Enquanto aqui haverá como plano de fundo a Idade Média, na primeira temporada do tokusatsu (ao qual tive a paciência de assistir alguns episódios) temos de cenário o Japão atual, onde um protagonista chamado Kouga é usuário dessa armadura e a usa para enfrentar os Horrors, bestas que se aproveitam dos pecados e maldades existentes no coração dos humanos para os possuírem e assim causar pânico na Terra (sendo que ele quando criança os presenciou matarem seu pai, e desde então busca se vingar por isso). Ao estilo "monstro da semana" em um tom mais dark, há também no meio um pouco de romance causado pelo surgimento de Kaoru, uma garota aspirante a artista que, ao ser salva do ataque de um Horror, mas ser atingida pelo seu sangue, começa a atrair com facilidade outras criaturas à sua volta, e Kouga decide mantê-la viva para usá-la como isca e assim facilitar seu trabalho, segundo ele mesmo afirma várias vezes - mas é claro que o rapaz, do tipo "badass" riquinho e de coração frio, vai aos poucos se interessando por ela, algo que mais a frente lhe causará alguns problemas óbvios. Em alguns títulos o principal é outro, como por exemplo o filho do protagonista anterior, mostrando sempre a armadura dourada em períodos e mãos diferentes.

Bem gostaria de ser mais imparcial, mas a questão é que não gosto nada do gênero tokusatsu, porém admito que "Garo" foi de certo modo mais interessante de se ver do que eu imaginava, mesmo havendo historinhas tão chulas (um monstro vagando por aí possuindo relógios para devorar humanos, sério?), efeitos especiais tão toscos - clique aqui para ver screenshots dos primeiros episódios - e algumas atuações sofríveis, como a do próprio ator de Kouga. No geral, o que chegou a me agradar mais foi o desenvolvimento da relação entre a bonitinha Kaoru (interpretada pela atriz Mika Hijii) e o protagonista, enquanto que os trailers de sua versão animada me pegaram mesmo pela expectativa de se ver ótimas sequências de ação com a arte de encher os olhos do estúdio MAPPA - desde que não exagerem no CGI, né...

Com o novato Yuichiro Hayashi na direção, a integrante de maior impacto na equipe é Yasuko Kobayashi ("Jojo's Bizarre Adventure", "Shakugan no Shana", "Shingeki no Kyojin"), roteirista que tem passagens por vários tokusatsus, inclusive os da franquia de "Garo". Além desses dois, Toshiyuki Kanno fará o "character design", o estúdio MONACA ("Hanayamata", "Servant x Service") cuidará da trilha sonora e Makoto Kanemoto será diretor de CGI.


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Formato: TV
Data de estreia: 13/10
Estúdio: Silver Link
Diretor: Naotaka Hayashi
Gênero: Romance
De onde saiu: Jogo para celular.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Lançado em 2012 para smartphones pela desenvolvedora Cyber Agent (sim, a mesma de "Bonjour Koiaji Pâtisserie" logo acima) para a popular rede social Ameba, "Girl Friend BETA" é um jogo que possui - uau! - mais de cem garotas à disposição para os jogadores conquistarem, sendo que cada uma tem sua própria dubladora - e muitas delas são conhecidas, tais como Haruka Tomatsu, Rina SatouKugimiya Rie, Aoi Yuuki, Maaya Uchida, Yui Ogura, Aki Toyosaki, Kanae ItouKaori Mizuhashi e Kaori Ishihara, isso só para ficar nas que estão confirmadas a repetirem seus papéis no anime. Já no jogo ainda temos de nomes populares Asumi Kana, Ayana TaketatsuHorie Yui e por aí vai (curiosamente essa última, aliás, dubla uma personagem que ela mesma criou, a Miss Monochrome, androide que "faz shows" de vez em quando e que até protagonizou um anime curtinho em 2013). Enfim, haverá dubladoras... Digo, garotas, para todos os gostos! (veja aqui uma cartela com as, por ora, vinte e oito personagens garantidas na animação)

Com um jogo que mescla elementos de "dating sim" com batalhas de cartas online (oras, colecionar cartas das meninas com quem namorou é algo extremamente romântico...) e com mais de 5 milhões de usuários cadastrados, a versão animada de "Girl Friend BETA" virá com um diretor novato no comando, Naotaka Hayashi, mas com o experiente trio feminino Michiko Yokote ("Genshiken", "Love Stage!", "xxxHolic") na supervisão de roteiros - detalhe, que, na verdade, não deverá fazer tanta diferença, visto a precariedade do material de origem. Considerando o trailer e o forte e enorme elenco de seiyuus, parece muito provável que teremos uma animação dividida em arcos focando numa garota por vez, visto que seria uma baita dor de cabeça para um só pobre rapaz estudante tomar conta ao mesmo tempo de pelo menos vinte e oito pretendentes - de todo modo, independente do que farão, está com cara de ser uma grande e previsível bomba...

A propósito, caso esteja interessado - e disposto a sentir um pouco de vergonha alheia -, clique aqui para ver uma compilação de comerciais do jogo.



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Formato: TV
Data de estreia: 05/10
Estúdio: 8bit
Diretor: Tensho
Gênero: Drama / Romance
De onde saiu: Visual novel.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Eu bem que tentei; se as outras duas visual novels que estão tendo animes nessa temporada ("Daitoshokan" e "Ushinawareta") não possuíam versões traduzidas e por conta disso não poderia falar tanto delas, de "Grisaia no Kajitsu", ao menos, imaginei que seria diferente, visto que há uma versão não oficial em inglês. A ideia era joga-la por inteiro para obter uma melhor noção do que poderia vir no anime, mas, não esperava estar diante de um título que tem previstas mais de 50 horas de duração, isso se você não enrolar muito...

Quem acompanhou o primeiro episódio no fim da semana passada presenciou uma introdução crua e típica de visual novel (mas com uma animação espantosamente caprichada e fiel ao original do pequeno estúdio 8bit), na qual o protagonista vai conhecendo uma a uma as integrantes de seu novo harém. Aqui, o rapaz Yuuji Kazami passa a estudar na Mihama Academy, uma escola que tem apenas outras cinco alunas - estranho? Sim, nada é o que parece nesse ambiente. Mas também aconselho a não caírem na expectativa criada pelo final desse primeiro episódio, onde muitos tem achado que verão algo do tipo "Higurashi no Naku Koro Ni".

Eu adoraria ser mais detalhado para compensar as longas 19 horas de jogo que tive até agora em uma visual novel de diálogos e monólogos extensos demais (a estreia do anime inclusive já revelou alguns detalhes que levei muito tempo para descobrir, muito mesmo), mas obviamente acabaria estragando boa parte da graça que a série virá a ter por suas revelações. Só digo, para dar um esclarecimento mínimo, que "Grisaia no Kajitsu" traz um elenco de garotas "levemente problemático", digamos assim, mas porque cada qual carrega um passado terrível em suas costas - e o mesmo ocorre com Yuuji. Ele é posto em um ambiente fechado no qual pessoas com histórias traumáticas foram reunidas para poderem viver tranquilamente, uma vez que por motivos diversos o mundo do outro lado dos altos muros da escola não é lá convidativo para elas. Com o passar do tempo, Yuuji vai descobrindo fragmentos dolorosos das vidas dessas garotas e de algum modo tentará ajuda-las, enquanto que simultaneamente cuidará dos seus próprios - e grandes - problemas.

Essa construção seria normal em um enredo de visual novel; porém, como já devem supor, "Grisaia no Kajitsu" (originalmente lançado para PC e depois PSP e PS Vita) possui um conteúdo mais pesado, com temas como morte, suicídio, abuso, acidentes de grandes dimensões, personagens com transtornos mentais e por aí vai - o primeiro episódio chegou a dar um vislumbre disso. Dessa forma, estou curioso tanto para ver a maneira que o anime abordará tais assuntos, quanto para saber quais ele de fato abordará, pois o material de origem é tão extenso que 12 episódios (ainda não foi confirmado) não seriam nada suficientes para apresentar e adaptar tudo sem causar uma enorme confusão - algo bem possível de acontecer nas mãos de um roteirista que considero tão fraco que é Hideyuki Kurata ("Tokyo ESP", "Ryuugajou Nanana no Maizoukin") -, a não ser que peguem e resumem somente a rota de uma ou duas garotas no máximo. Além de Kurata, tem-se ainda na equipe Akio Watanabe ("Bakemonogatari", "Kami Nomi zo Shiru Sekai") no "character design" e o grupo Elements Garden ("Uta no Prince-sama", "Kimi to Boku.") na trilha sonora.

Independente do que e como farão, julgo que os ânimos em volta de "Grisaia no Kajitsu" esfriarão consideravelmente após uma introdução tão instigante e a percepção do público quanto ao seu verdadeiro rumo; mas, apesar disso, por fugir um pouco do convencional em obras desse tipo ele certamente será de longe a adaptação de visual novel mais bem sucedida da temporada - "Daitoshokan" e "Ushinawareta" tiveram até o momento recepções nada calorosas com suas tramas banais sem grandes e futuras surpresas aparentes. Porém, deixo claro que não estou com isso elogiando e colocando a obra em um bom nível: pelo contrário, minha experiência com o prolixo jogo de "Grisaia no Kajitsu" foi terrivelmente tediosa, onde sequer sei dizer qual personagem me foi mais irritante, se a loli de voz rouca, a pseudo-empregada que não possui senso comum ou a pseudo-tsundere burrinha e loira, cujos argumentos para terem tais personalidades são muito forçados, pouco convincentes - o enredo como um todo soa grotescamente artificial, na verdade. Tentam colocar alguns ingredientes novos para modificar o sabor, contudo o resultado é bastante amador e decepcionante. 


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Formato: TV
Data de estreia: 06/10
Estúdio: TMS Entertainment
Diretor: Yoshimasa Hiraike ("AKB0048", "Working!!")
Gênero: Comédia / Romance
De onde saiu: Mangá, 6 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

A história tem como protagonista a garota Kohina, que um dia invoca Kokkuri-san, um espírito de baixo nível do folclore japonês. Com a aparência de um lindo homem de longos cabelos brancos, Kokkuri-san de início planejava assombrar Kohina, mas termina por se tornar uma espécie de guardião e amigo dela ao se compadecer com seu estilo de vida nada saudável. Para piorar, em pouco um cachorro espírito, Inugami, e um malicioso tanuki, Shiragaki, se juntam aos dois debaixo do mesmo teto.

Uma garota rodeada de espíritos bishounens? Isso não seria novidade, mas ao invés daquela mocinha delicada e romântica típica de shoujos "Gugure! Kokkuri-san" trará, baseado em um mangá shounen em tirinhas 4-koma, uma menina baixinha de olhos vazios que, sabe lá por qual motivo, insiste em dizer que é uma boneca - e por isso não precisa comer direito, ter amigos e muito menos sente algo quando vê um belo macho seminu de orelhinhas na sua frente (pelo contrário, ela chama a polícia para levá-lo embora!), se bem que basta ficar sem se alimentar por algum tempo para precisar "repor as energias"... Basicamente, será aquela comediazinha barulhenta de piadas e diálogos rápidos; porém, como não há quase nada traduzido do material de origem, fico curioso para saber onde que se encaixará o gênero "Romance" nesse slice-of-life com protagonista tão esquisitinha, pois em diversos sites seu mangá é classificado dessa forma.

Dublada por Ryou Hiroashi ("Working!!", "Baccano!"), a garota auto-intitulada boneca terá como companhia três rapazes cujas vozes são conhecidíssimas no ramo, em principal pelo público feminino: Takahiro SakuraiJouji Nakata e Ono Daisuke, sendo esse último no papel de Kokkuri-san, que odeia falar sobre sua idade e do qual é fácil - e divertido - provocar a todo momento. Por fim, Miwa Oshima ("Baka to Test to Shoukanjuu", "GJ-bu") cuidará do fofo "character design".


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Formato: TV
Data de estreia: 02/10
Estúdio: Sunrise
Diretor: Yoshiyuki Tomino ("Mobile Suit Gundam")
Gênero: Ação / Mecha / Sci-fi
De onde saiu: Spin-off da franquia "Mobile Suit Gundam".
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui, aqui e aqui

Iniciada em 1979, a franquia de "Mobile Suit Gundam" completou em abril 35 anos de vida, e "Gundam: G no Reconguista" é um dos três projetos que fazem parte da comemoração de seu aniversário - os outros dois são uma peça de teatro encenada em maio adaptando o episódio 7 de "Mobile Suit Gundam Unicorn" e uma série em OVAs intitulada "Mobile Suit Gundam: The Origin" prevista para 2015, que se baseia no primeiro anime. A diferença de "Reconguista" para as demais obras de "Gundam" que são produzidas com grande frequência é que essa será dirigida por Yoshiyuki Tomino, criador da franquia que, contudo, não comandava uma série de TV de "Gundam" desde 1999, quando esteve à frente de "Turn A Gundam" - e seu último envolvimento no geral com sua cria foi a não muito bem recebida trilogia de filmes "Mobile Suit Zeta Gundam", lançada entre 2005 e 2006.

"Reconguista" se passará na "Regild Century", uma linha temporal muito distante da "Universal Century", a principal da franquia. No ano de 1014 dessa era será acompanhada a história do piloto novato Beliri Zenam, membro da "Capital Guard", uma organização encarregada de proteger o elevador orbital "Capital Tower". Em certo dia, o local é atacado por piratas espaciais, e, usando uma unidade móvel de manutenção, Beliri consegue capturar a invasora Aida Surgan, que controlava uma máquina altamente avançada conhecida como "G-Self"; entretanto, além de se interessar à primeira vista pela garota, Beliri sente alguma espécie de conexão com o "G-Self", conseguindo pilotá-lo apesar de isso em tese ser pouco provável. Tal acontecimento fará o rapaz se juntar aos piratas espaciais, dando início a um período agitado nessa antes pacífica era.

Como destacado em alguns vídeos promocionais, não é somente um "garoto conhece robô", mas sim "garoto conhece robô e uma garota", e curiosamente será a primeira vez que uma animação tradicional de "Gundam" passará de madrugada na televisão. Além de Yoshiyuki Tomino como diretor, Yuugo Kanno ("Psycho-Pass") fará a trilha sonora, Kenichi Yoshida ("Eureka Seven") o "character design" e Akira Yasuda ("Code Geass: Hangyaku no Lelouch"), Ippei Gyoubu e Kimitoshi Yamane ("Eureka Seven AO", "Cowboy Bebop" e diversas séries de "Gundam") os desenhos mecânicos.

Clique aqui caso queira ver um preview de 10 minutos do primeiro episódio (sem legendas) com comentários de Yoshiyuki.


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Formato: TV
Data de estreia: 08/10
Estúdio: Sunrise
Diretor: Shinya Watada
Gênero: Ação / Mecha
De onde saiu: Continuação do anime de 2013, que é spin-off da franquia "Mobile Suit Gundam".
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Segunda temporada de "Gundam Build Fighters", animação criada inicialmente como meio de divulgação dos "Gunpla", linha de modelos de plástico da franquia de "Gundam" lançada pela Bandai. O que parecia ser só mais um projeto caça-níquel aproveitando a marca acabou se mostrando um anime bem sucedido tanto comercialmente quanto na qualidade da animação, e não é difícil achar pela internet textos em diversos blogs e fóruns elogiando o anime e se mostrando surpresos pelo quão ele conseguiu ser divertido e bem feito.

Yousuke Kuroda continua na supervisão de roteiros, porém o diretor Kenji Nagasaki ("No. 6") dará espaço a Shinya Watada, novato que na primeira temporada dirigiu 4 episódios.


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Formato: TV
Data de estreia: 19/10
Estúdio: Pie in The Sky
Diretor: Taketo Shinkai
Gênero: Comédia
De onde saiu: Animação original baseada numa dupla de j-rock.
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Dupla de j-rock formada em 2005 pelo dublador Taniyama Kishou (Jean Kirstein em "Shingeki no Kyojin") e o compositor Iizuka Masaaki ("Mai-HiME"), GRANRODEO possui como participações recentes em animes as aberturas das duas temporadas de "Kuroko no Basket" e a de "Karneval", e agora terá um próprio que "contará" a história de sua formação - ou algo "um pouco" próximo a isso. Em "GuraP & Rodeo" o estudante Rodeo é um grande fã da dupla GRANRODEO, e almeja ser igual a eles; nisso, surge GuraP, um monstrinho autoproclamado produtor musical que veio do futuro e que promete ajuda-lo a realizar seu sonho. Será que GuraP conseguirá transformar Rodeo em uma estrela do rock que nem GRANRODEO?!

Ai, chega. A propósito, Taniyama dará voz ao garoto, enquanto comediantes diversos dublarão os demais personagens.


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Formato: TV (11 min. por episódio)
Data de estreia: 08/10
Estúdio: Jinnis's Animation Studios / TMS Entertainment
Diretor: Souta Sugahara ("Boku no Imouto wa Osaka Okan", "gdgd Fairies 2")
Gênero: Comédia
De onde saiu: Animação original.
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Antropomorfização moe de consoles. De novo.

Criador da personagem Hatsune Miku, o desenhista Kei é também "pai" das 17 garotas que representarão nesse anime consoles da empresa Sega - o argumento da animação é original, porém algumas personagens mais famosas já apareceram em um jogo para PS Vita e outras mídias. Aqui, Dream Cast, Sega Saturn e Mega Drive são três jovens que se transferem para a "Sega Hard Academy" em Tóquio, e uma vez nesse lugar elas só poderão se graduar após realizar uma tarefa passada por um misterioso professor, que as manda para o mundo dos jogos da Sega - ou algo assim, sinopses desse anime se contradizem, mas, quem se importa?


Vendo as imagens das três principais acima, mais das outras 14 personagens nessa montagem profissional via Paint que eu fiz, não dá para negar que a arte é bonita, atraente, estilosa... Contudo, isso não se repetirá em um anime curto produzido em pobre CGI como podem reparar pelo trailer (cujo "character design" feito por Souta Sugahara está parecidíssimo com o que ele fez em "gdgd Fairies"), e certamente a comédia só prestará mesmo pelas inúmeras referências que surgirão de jogos da Sega, não se sustentando sozinha sem esse artifício. Vale dar uma olhada por curiosidade, mas só.


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Formato: TV
Data de estreia: 09/10
Estúdio: Bones
Diretor: Soichi Masui ("Scrapped Princess")
Gênero: Ação / Aventura / Comédia / Fantasia / Romance
De onde saiu: Continuação do anime de 2014, vindo de uma light novel com atuais 9 volumes.
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Trailer: Clique aqui (metade do vídeo mostra mesmo cenas do primeiro anime, depois é que começa o trailer do segundo)

Segunda temporada de "Hitsugi no Chaika", anime baseado na light novel do conhecido Ishirou Sakai, autor de obras como "Scrapped Princess" e "Outbreak Company" - esse último também teve uma adaptação animada há pouco tempo, em 2013. A continuação da aventura da adorável e monossilábica Chaika segue com a mesmíssima equipe de produção, tendo Soichi Masui de diretor e Touko Machida ("Hamatora", "Wake Up, Girls!") na supervisão de roteiros.


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Formato: TV
Data de estreia: 07/10
Estúdio: Trigger
Diretor: Masahiko Otsuka ("Mahoromatic")
Gênero: Ação / Comédia / Fantasia / Romance
De onde saiu: Light novel, 7 volumes, em andamento.
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Trailer: Clique aqui e aqui

Outro protagonista que sofre de "chunibyou", mas ao menos esse possui (fracos) poderes de verdade...

Já se passaram seis meses desde que os quatro membros do Clube de Literatura, mais a sobrinha do conselheiro deles, receberam misteriosamente poderes sobrenaturais. O único garoto do clube, Ando Jurai, se tornou capaz de produzir chamas negras; Tomoyo consegue controlar o tempo, ao diminuir ou aumentar sua velocidade, além de poder para-lo totalmente; Hatoko é hábil no controle de cinco elementos (terra, água, fogo, ar e luz); a pequena Chifuyu possui o dom de criar qualquer coisa, não importa o que seja; e Sayumi carrega em si a habilidade de "consertar" objetos e pessoas, ao retorna-las para seu estado original. 

Apesar disso, mesmo após ocorrido tal fenômeno, nada mudou na vida deles: não surgiram monstros vindos de outra dimensão, nenhuma organização criminosa se apresentou e tampouco chegaram invasores vindos do espaço. Esses jovens, na companhia de Chifuyu, continuam com sua rotina de clube com poucos membros que sempre sofre ameaças de ser fechado - e será que, de fato, a aquisição sem explicações de tais poderes não terá utilidade alguma?

Fundado em 2011 pelos ex-funcionários do Gainax Hiroyuki Imaishi (diretor de "Tengen Toppa Gurren Laggan" e "Kill la Kill") e Masahiko Otsuka - que aqui dirigirá por completo sua segunda animação, sendo que a primeira foi "Puchi Puri Yuushi" em 2002 -, o novinho estúdio Trigger tem em mãos seu primeiro trabalho de adaptação após os originais "Kill la Kill", "Little Witch Academia" e "Inferno Cop". Não foi difícil achar por aí comentários receosos, ou negativos mesmo, sobre essa mudança: depois de algumas preciosidades de autoria própria, Trigger já está apelando para uma light novel com visual genérico que, tirando a curiosa premissa, parece mostrar somente mais uma trama de comédia romântica com clube e um rapaz cercado por várias garotas? Não, isso está errado, é a decadência do estúdio, morre mais um que prometia salvar a indústria dos animes!

Tolices à parte, Trigger só está seguindo um trajeto comum que todo estúdio acaba percorrendo; seus projetos futuros contam com novas produções originais, porém não dá para ficar só nelas, e se uma produtora vem e oferece uma soma razoável para adaptar uma obra que está bancando, por que se recusar a fazer? Não sou fã cego deles, porém admiro a criatividade que possuem quanto a efeitos, animação e estilo narrativo; e esses atributos certamente não serão tão proeminentes numa obra desse gênero, além de crer que "Inou-Battle" realmente não traz da fonte nada de espetacular e único, mas, sendo bem feitinho e entretendo, que diferença faz? Acho que daqui devemos só esperar mesmo, em um primeiro momento, por piadas potencialmente mais exageradas e imprevisíveis devido a essa mistura de "slice-of-life" com poderes mágicos. Ação ou um enredo com alguma consistência são detalhes secundários por enquanto.

E é uma pena não haver traduções da light novel, ao passo que da versão em mangá há somente 1 único capítulo disponível pela internet - que é igual a nada, pois em 50 páginas só somos apresentados ordenadamente aos personagens e seus poderes na sala do clube, com destaque a várias referências otakus sobre animes e ao protagonista cuja síndrome de "chunibyou" é de um nível muito mais extremo, a ponto de irritar, do que a de um tal "Dark Flame Master"... De todo modo, chega de especulações: junto a Masahiko Otsuka que será diretor chefe e supervisor de roteiros, Masanori Takahashi surge como diretor assistente, o grupo de compositores Elements Garden ("Kimi to Boku." "Senki Zesshou Symphogear") produzirá a trilha sonora e Satoshi Yamaguchi adaptará o "character design" da light novel feito por 029 (o mesmo desenhista de "Hataraku Maou-sama!", anime que coincidentemente eu julgo ser um bom exemplo, mas talvez não tão frenético, do que poderemos ver por aqui).



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Formato: TV
Data de estreia: 06/10
Estúdio: Shin-Ei Animation
Diretor: Yukiyo Teramoto (alguns filmes de "Doraemon")
Gênero: Aventura / Comédia / Suspense
De onde saiu: Mangá, 12 volumes, em andamento.
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Trailer: Clique aqui e aqui

Parecendo um "Magic Kaito" infantilizado, "Kaitou Joker" conta a história do ladrão fantasma Joker, um jovem que é capaz de roubar qualquer coisa usando truques que desafiam a lógica. E é isso. Estou escrevendo e adicionando esse texto às 4 da manhã, então não tenho lá ânimo de me alongar sobre um anime que quase ninguém verá...

Mas, falando sério, se considerar sua demografia o mangá é bom; publicado desde 2007, ele foi vencedor em 2012 do "Shogakukan Manga Award" na categoria infantil - e digamos que esse seria justamente seu maior "defeito" para muitos, já que as historinhas e personagens, apesar de bem humorados, são de uma simplicidade e mesmice gigantescas. Joker anuncia que vai roubar tal item em tal lugar e a tal hora; o chefe de polícia responsável em capturá-lo, um careca baixinho e estressado, se prepara de todos os modos possíveis para frustrar seu plano; Joker chega no local, geralmente com seu assistente ninja atrapalhado, e consegue roubar o que desejava com extrema facilidade, nem que seja uma estátua de 5 toneladas exposta numa torre a 250 metros de altura - claro que a tarefa fica mais fácil usando bugigangas do tipo gomas que disfarçam sua aparência, por exemplo. O policial, perplexo e dando pulos de raiva por ter sido passado para trás (de novo), promete que na próxima vez não o deixará escapar, e assim Joker faz alguma piadinha qualquer enquanto vai embora com seu prêmio. Os próximos roteiros poderão acrescentar ocasionalmente um personagem ou elemento surpresa, mas a parte central não mudará.

Ah, tem ainda outros bandidos de visual extravagante, que vão desde Spade, o rival de Joker (e que será dublado pelo especialista em personagens "losers" Hiro Shimono) a Queen (essa terá a voz doce de Miyuki Sawashiro), sua parceira de crime - todos eles, aliás, foram treinados por Silver Heart, um lendário ladrão fantasma que atualmente sofre de dores crônicas nas costas que o incomodam nos piores momentos. A questão, enfim, é que em um mangá composto por capítulos de 25-30 páginas "Kaitou Joker" acabou sendo uma leitura rapidíssima e até satisfatória; agora, em um anime com episódios de vinte minutos, confesso que eu já não teria muita paciência para acompanha-lo do início ao fim mesmo não o achando ruim. Culpa, simplesmente, da maldita e considerável diferença entre a minha idade e a do público-alvo original.

Junto a diretora Yukiyo Teramoto, Dai Sato ("Eureka Seven") será supervisor de roteiros, e Miho Shimogasa ("Ultra Maniac", "Demashitaa! Powerpuff Girls Z") cuidará do "character design".



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Formato: TV
Data de estreia: 09/10
Estúdio: Madhouse
Diretor: Kenichi Shimizu 
Gênero: Ação / Drama / Horror
De onde saiu: Mangá, 10 volumes, finalizado.
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Com 17 anos, Izumi Shinichi é um estudante que mora com seus pais em uma vizinhança pacata de Tóquio. Certa noite, alienígenas no formato de vermes invadem a Terra e começam a tomar controle do cérebro de hospedeiros humanos ao entrar por suas orelhas ou nariz. Um desses parasitas tenta se arrastar para dentro do cérebro de Shinichi enquanto ele dormia, contudo acaba sendo pego e no fim consegue tomar posse apenas de sua mão direita.

Graças a isso, tanto Shinichi quanto o parasita (que futuramente receberia o nome de Migi) permanecem cada qual com sua própria consciência, ao contrário do que ocorre com quem tem o cérebro invadido. Apesar do susto inicial, conforme os dias passam Shinichi vai aos poucos criando certo grau de confiança com Migi, ao mesmo tempo em que encontra outros parasitas contrários a essa relação e que tentarão matá-lo.

Depois de várias light novels e até garotinhas fofas fazendo coisas fofas o estúdio Madhouse aposta dessa vez em algo mais underground, nesse caso um mangá de terror já finalizado que teve 10 volumes publicados entre 1988 e 1995 por Hitoshi Iwaaki, mangaká renomado que ostenta uma boa diversidade em suas obras, indo desde o terror escrachado ou psicológico ao romance e inclusive tramas históricas que se passam seja no Japão feudal, seja na Roma Antiga. "Kiseijuu" em particular, ou "Parasyte" como deverá ficar mais conhecido, se apresenta de início com a capa de uma história de terror bem trash ao abusar de piadinhas baratas e imaturas para introduzir a estranha relação entre Shinichi e sua mão direita alienígena - afinal, ele sente todas as suas emoções e necessidades, TODAS mesmo, e como estamos falando de uma forma de vida que nada sabe das condutas sociais entre os humanos e que possui imensa curiosidade em aprender, é inevitável que ocorrerão alguns incidentes aqui e ali, tipo ele pedir para ver seu pênis no banheiro da escola ou se transformar em um no meio de uma lanchonete (detalhe que na versão americana desenharam uma cobra no lugar, palmas pra quem teve essa ideia...).

Porém, se tal senso de humor bobalhão jamais abandona totalmente o mangá, o tom do mesmo rapidamente fica mais dark quando Shinichi e Migi vão conhecendo outros parasitas (alguns inimigos, outros aliados e uns terceiros em posição neutra) pela cidade de Tóquio, isso num mundo que de repente se vê diante de uma série de assassinatos misteriosos e horríveis cujos corpos das vítimas são sempre encontrados aos pedaços - culpa, claro, dos alienígenas, pois quem usa humanos como hospedeiros também os têm como sua fonte de alimento. "Parasyte" joga a ideia de que, na visão desses seres, nada está sendo feito de errado; destituídos de qualquer emoção, eles somente enxergam instintivamente a raça humana como um meio de sobreviverem, não tendo noção sequer de suas origens ou de como foram parar na Terra. Shinichi teve sorte de ter se encontrado com um parasita que não foi tão ágil em sua captura, e assim inicia com ele uma interação dúbia que passará por diversos conflitos devido a como os dois lidam diante da situação em que se encontram, visto que um quer tentar a seu modo impedir essa carnificina extraterrestre, enquanto o outro pode ajuda-lo nisso porque lhe convém (já que se seu hospedeiro morrer ele morre junto), porém não consegue entender completamente a razão para tanta preocupação e nem se importa com as consequências de suas ações, como querer sacrificar um grupo de alunos a fim de se proteger do ataque de outro parasita - apesar disso, o convívio prolongado e tão íntimo com o garoto, junto a seu grande interesse pelo comportamento dos humanos, fatalmente o fará ganhar uma consciência levemente sensível, o diferenciando dos demais de sua espécie. Por outro lado, Shinichi passará por transformação oposta, ao sentir-se uma pessoa cada vez mais fria e indiferente, se aproximando mentalmente daqueles que deseja aniquilar.

Possuindo um bom desenvolvimento no caráter de seu protagonista e um enredo elogiado pela maneira como encerra tal argumento, é bom saber que o anime já tem 24 episódios garantidos, adaptando assim todos os 10 volumes do mangá. Por ora um dos únicos receios feitos em cima da animação por parte dos fãs é quanto à modernização no visual dos personagens, que nas mãos de Tadashi Hiramatsu ganharam traços mais suaves e de menor impacto, ou foram "moedificados" como alguns estão ironizando - e só os poucos segundos do trailer denunciam que o anime reescreverá certos eventos do original para deixa-los mais atualizados, conduta que poderá interferir inclusive em determinadas revelações da trama que, hoje, estariam um tanto datadas. E, se o diretor Kenichi Shimizu e o roteirista Shoji Yonemura são dois nomes sem grande apelo na equipe, o que tem causado maior barulho é a presença da "polêmica" (oh, ela fez sexo!) Hirano Aya no elenco de dubladores, que após ser afastada e dar sinais de que sua carreira nesse ramo estaria encerrada, voltando apenas para reprisar papéis aos quais já estava vinculada antes do escândalo envolvendo sua banda (a Luck Heartfilia de "Fairy Tail", por exemplo), tem desde 2013 pego alguns trabalhos novos, a grande maioria pequeninos, mas em "Parasyte" ela será uma das protagonistas - e se a ex-Haruhi já chegou a dublar um alienígena ranzinza e cabeçudo em "Gatchaman Crowds" certamente fará uma atuação invejável na (mão do Shinichi) pele de Migi! Nobunaka Shimazaki, Miyuki Sawashiro e Hanazawa Kana são outros integrantes de peso - adoro essa última, mas me desapontei ao ver que ela dublará justamente uma personagem que, no mangá, achei chatinha e incômoda...

Seguindo o anime, há ainda a previsão de dois filmes live-action a serem lançados em dezembro de 2014 e início de 2015.


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Formato: TV (15 min. por episódio)
Data de estreia: 07/10
Estúdio: Strawberry Meets Pictures
Diretor: Souta Sugahara ("Boku no Imouto wa Osaka Okan", "gdgd Fairies 2")
Gênero: Comédia / Fantasia
De onde saiu: Animação original.
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Outro anime do diretor Souta Sugahara, que fará ainda nessa temporada a pérola "Hi☆sCoool! Seha Girls". Esse aqui, para ser exato, já teve um filme lançado agora em setembro nos cinemas, em conjunto com o longa de "gdgd Fairies", também criação de Sugahara. 

Não consegui achar informações completas sobre sua história - se é que tem uma - a não ser que os nomes das três protagonistas irmãs farão alusão a antigos filósofos gregos: Alice Soyogi (Aristóteles), a ser dublada por Maaya Uchida, Sokura Soyogi (Sócrates) e Purato Soyogi (Platão). E, assim, vamos fingir que nem adicionei esse anime, okay?


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Formato: TV
Data de estreia: 04/10
Estúdio: Studio Deen
Diretor: Shinji Ishihira ("Fairy Tail")
Gênero: Ação / Aventura / Fantasia
De onde saiu: Continuação do anime de 2013, vindo de uma novel com atuais 7 volumes.
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Segunda temporada de "Log Horizon", anime baseado na série de livros de Mamare Touno ("Maoyuu Maou Yuusha") que começou a ser publicada em 2010 pela internet para só no ano seguinte, em 2011, chegar ao papel. Shinji Ishihara permanece na direção, com Toshizo Nemoto (Inu x Boku SS) na supervisão de roteiros, porém Tetsuya Kumagai ("Skip Beat!") substituirá Mariko Ito no "character design" e o estúdio Satelight abandona a franquia e o deixará nas mãos do Studio Deen.

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Formato: TV
Data de estreia: 04/10
Estúdio: A-1 Pictures
Diretor: Susumo Kudo ("Coppelion", "K", filmes de "Mardock Scramble")
Gênero: Aventura/ Comédia / Drama
De onde saiu: Mangá, 4 volumes, em andamento.
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Kaito Kuroba é um jovem de dezessete anos capaz de realizar engenhosos truques de magia, sendo que tal hobby surgiu graças à influência de seu pai, Toichi Kuroba, um mágico famoso cuja morte misteriosa oito anos atrás nunca foi explicada. Em certa noite, porém, enquanto relembrava o passado, Kaito acha uma porta secreta em seu quarto que o leva a uma sala com trajes e acessórios semelhantes aos usados por Kaito Kid, ladrão mundialmente conhecido que há oito anos não cometia crimes, mas que, nos últimos dias, reapareceu roubando uma joia. Descobrindo dessa forma a identidade secreta de seu pai, Kaito resolve vestir as roupas de Kaito Kid para chamar a atenção daquele que está encenando o retorno do ladrão.

Ele logo se encontra com essa pessoa e percebe que se trata de Konosuke Jii, antigo ajudante no trabalho de Toichi, que após anos teve a ideia de se fantasiar de Kaito Kid como uma tentativa de achar os assassinos de seu ex-patrão. Tendo mais essa revelação diante de si, Kaito decide se tornar o substituto de seu pai a fim de solucionar o mistério por trás de sua morte.

Eu até diria para tomarem cuidado com as sinopses que há por aí ligadas ao anime de "Magic Kaito", pois elas se estendem e revelam muito mais do que o necessário sobre a trama original - o que escrevi acima é mostrado no primeiro capítulo do mangá. Contudo, como foi anunciado que essa série de TV será um trabalho "totalmente novo", acho que nem seria preciso dar esse aviso - logo, tudo o que foi lido até agora não serviu de nada? É, talvez...

Deixando de enrolação, 
primeiro tenho de citar Gosho Aoyama, mangaká que tem como obra prima o célebre "Detective Conan", mangá iniciado em 1994 na "Weekly Shounen Sunday" que possui, atualmente, incríveis 85 volumes publicados. Sempre aparecendo entre os animes de maior audiência, sua série de TV é exibida desde 1996 e é formada hoje por mais de 750 episódios, havendo também um catálogo imenso de filmes, OVAs e especiais - é, enfim, uma franquia de números absurdos, um trabalho de reconhecimento nacional, sendo que é quase impossível qualquer um de vocês não já ter esbarrado em pelo menos uma referência dele em animes de quinze, dez ou dois anos atrás. "Magic Kaito", por sua vez, é outro mangá criado por Aoyama, esse em 1987, contudo ele está oficialmente em hiato desde 1988 e possui poucos 4 volumes publicados de maneira irregular até hoje (o último data de 2007). A primeira série de TV desse título será uma forma de comemoração pelos vinte anos de seu primo mais popular (e que façanha celebrar duas décadas de existência no ano exato, né, "Tenchi Muyo" e "Sailor Moon"?), pois o personagem principal, Kaito Kid, se juntou depois ao elenco de "Detective Conan", se tornando assim um coadjuvante, uma espécie de rival do protagonista detetive, que ele nunca consegue pegar. Já foi anunciado que aqui haverá, inclusive, a participação de Conan, algo que não ocorre no mangá próprio de "Magic Kaito".

Quanto ao seu conteúdo, ah, vão ler o texto de "Kaitou Joker" lá em cima, entendam que será menos infantil, especialmente no humor, por conta da diferença de público-alvo e pronto, fechamos aqui. Digo isso pois as principais fórmulas entre os dois são as mesmas, sem tirar nem colocar muita coisa, a não ser, talvez, mais cabelo e altura no policial obcecado em capturar Kaito Kid que sempre é passado pra trás com seus truques, uma vez que o policial obstinado em pegar Kaitou Joker é um baixinho careca...
 Roubos com data e hora anunciados antecipadamente, uso de artifícios diversos para cometer cada crime - seja um boneco, disfarces perfeitos ou uma simples granada de fumaça -, inimigos caricatos e de visual extravagante; tudo ainda bem bobalhão e exagerado, mas com a diferença de que "Magic Kaito" aborda isso com uma comédia e estilo mais apropriados à demografia shounen, tanto no teor dos diálogos quanto das cenas. E isso, junto aos traços agradáveis do mangá, o pseudo-romance engraçadinho entre Kaito e sua amiga de infância Aoko Nakamori - aquele eterno chove e não molha onde os dois brigam a todo instante, mas também mostram grande afeição um pelo outro em vários momentos - e a capacidade de Aoyama para abordar, em certas historinhas, temas mais sérios com uma modéstia e leveza admirável (como por exemplo o caso do desaparecimento do Primeiro Ministro, que forjou seu próprio sumiço porque não aguentava mais as reuniões repletas de brigas entre outros líderes) me fez gostar de "Magic Kaito" bem mais do que esperava, jogando fora o preconceito que tinha, e que me fez adiar o quanto pude para lê-lo, em cima dele por parecer tonto demais - e é tonto mesmo, entretanto bastante prazeroso de se acompanhar, e ao contrário do infantil "Kaitou Joker" eu conseguiria "atura-lo" sem problemas numa versão animada...

Vale lembrar que essa pode ser a primeira série de TV de "Magic Kaito", porém 
entre 2010 e 2012 foram produzidos 12 episódios especiais pelo estúdio TMS Entertainment (o mesmo de "Detective Conan") que adaptaram os primeiros capítulos do mangá de modo desordenado, visto que se tratam de histórias fechadas sem tanta ligação entre uma e outra, com exceção dos ocasionais capítulos que avançam um pouquinho o tema central, envolvendo a razão do pai de Kaito ter sido assassinado anos atrás. Agora nas mãos do estúdio A-1 Pictures, com nova equipe, novos dubladores em alguns papéis (caso mais extremo é o da personagem Aoko, que já terá sua quarta dubladora diferente contando as aparições dela em "Detective Conan"!) e uma promessa de criarem material inédito tem causado certo receio nos fãs mesclado à expectativa do resultado final disso, especialmente por não terem liberado vídeos promocionais a respeito. Trazendo o fraco Susumu Kudo ("Coppelion", "K", filmes de "Mardock Scramble") na direção, Toshiya Ono ("Gatchaman Crowds", "Tsuritama") como um dos roteiristas e Taku Iwasaki ("Akame ga Kill!", "Noragami") na trilha sonora, muito me parece que veremos aqui uma tentativa de "modernizar" as aventuras de Kaito Kid, decisão que até compreendo devido a alguns temas datados por conta da idade da obra, porém não concordo uma vez que me simpatizei tanto com o mangá - mas muito espero que esse meu pessimismo seja em vão.


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Formato: TV
Data de estreia: 04/10
Estúdio: Satelight
Diretor: Tatsuo Sato ("Cat Soup", "Martian Sucessor Nadesico", "Mouretsu Pirates", "Rinne no Lagrange")
Gênero: Aventura / Fantasia
De onde saiu: Light novel, 9 volumes, em andamento.
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Trailer: Clique aqui e aqui

No país de Zhcted existem as Vanadis, sete belas guerreiras que comandam sete territórios e carregam poderosas armas possuidoras das almas de dragões. No início da história uma delas, Eleanora Viltaria, lidera uma batalha com o país vizinho de Brune, derrotando facilmente todo o exército inimigo da pequena terra de Alsace, com quem Zhcted faz fronteira; porém, ao invés de matar o senhor feudal Tigrevurmund Vorn, Eleanora se impressiona com suas habilidades no arco e flecha e decide levá-lo como prisioneiro de guerra.

Enquanto aguarda pelo pagamento de seu resgate e se recusa a servir o exército daquela que o derrotou, Tigre descobre que em Brune teve início um conflito interno pela sucessão do trono, sendo que Alsace será em breve invadida pelas tropas de um dos nobres locais, que pretende aproveitar sua ausência. Não havendo outra alternativa, ele pede o auxílio de Eleanora nesse confronto garantindo em troca as terras de Alsace, o que o fará entrar em um clima de guerra com seu próprio país.

Uma das maiores surpresas que tive ao ler "Madan no Ou to Vanadis" foi ver como o tema de guerras em um período medieval não é mero enfeite na trama. Com seguidas batalhas descritas minuciosamente, além de constantes discussões (mesmo que superficiais) sobre estratégias de combate e logística militar, a light novel mostrou-me que, se ela tem um fanservice mais descarado de vez em quando em alguns cantos, parece antes obrigação (pois nunca se pode esquecer quem é o público-alvo) do que algo visto como o "prato principal" da obra, igual é o caso de outras estreias dessa temporada - "Trinity Seven" para ser mais preciso. Claro, é totalmente dispensável, durante um treino amigável, o protagonista se empolgar demais e agarrar em cheio o seio da heroína, tal como, mais adiante, ele sugar o veneno de uma cobra que - coincidência, coincidência! - mordeu logo nesse mesmo lugar outra garota; mas felizmente "Madan no Ou to Vanadis" consegue conciliar na maior parte do tempo esses artifícios com a boa historinha e personagens que possui, apesar dos ocasionais desvios de atenção que alguns desses momentos causam (pois uma coisa é a básica cena de banho ao ar livre durante um descanso da trama principal, e outra totalmente diferente é essa da cobra bem quando Tigre e companhia estavam em menor número sendo atacados; como eu poderia imergir na leitura e voltar à tensão de antes após ver isso, como?). Resta saber, contudo, qual será a posição do anime quanto a esse detalhe, pois a versão mangá mesmo, para se ter ideia, já exagera ao acrescentar closes e ângulos questionáveis a todo instante, sem discriminação - na light novel tal situação não ocorre justamente porque há poucas imagens, então o erotismo visual é inevitavelmente muito menor, se restringindo a fatos que em si só já são apelativos.

Deixando isso para trás, digo também que me agradou consideravelmente, de início, o casal principal em "Madan no Ou to Vanadis". Não temos, nesse caso, uma tsundere meio chatinha e insincera com seus sentimentos ou um líder sem graça de ideais elevados e força incomum, mas sim uma heroína (a ser dublada por Haruka Tomatsu) provocante de forte personalidade e um rapaz decidido que geralmente mostra sensatez e inteligência em seus atos - e é interessante notar como aos poucos se cria uma tensão romântica natural e discreta entre os dois, sem parecer que estamos vendo um par de adolescentes em sua inócua vidinha estudantil. São tipos mais condizentes com o cenário em que se encontram, apesar de não poder dizer o mesmo de todo o resto do elenco, especialmente o feminino, que devido ao alto número (só as tais Vanadis são 7) fará surgir algumas de construção bastante rasa e comum. Enfim, como mencionado lá em cima, "Madan no Ou to Vanadis" se diferencia de outras light novels que colocam guerras no seu interior porque ele dá uma atenção esmerada a isso - o quanto pode para o seu estilo -, tornando possível ver um capítulo narrando tanto as longas discussões entre os personagens sobre as preparações para uma batalha, quanto todo o andamento dela e as consequências políticas em relação ao seu desfecho, em um mundo de países e nobres com nomes estranhos formando e cortando laços, perdendo e vencendo confrontos, lutando por aquele ou esse motivo. No anime é provável que esses trechos sejam densamente resumidos, mas por outro lado as sequências de ação deverão ser abundantes.

Só que não tão bem animadas, uma vez que o fraquíssimo estúdio Satelight ("Nobunaga the Fool", "Arata Kangatari", "AKB0048") estará encarregado de sua produção, havendo ainda boatos de que a série não passará dos 12 episódios - o que não seria suficiente sequer para fechar a primeira parte da light novel, causando assim um final deveras frustrante. Ver a palavrinha Satelight no meio é mais desanimador do que a própria equipe mediana reunida por ele para o anime, com destaque para o inconstante Tatsuo Sato na direção e supervisão de roteiros. "Madan no Ou to Vanadis" não deixa de ter vários defeitinhos que até relevei em citar todos aqui para não me alongar mais; porém, seja pela possível baixa qualidade técnica que terá, o receio quanto à sua abordagem e a certeza do quão simplificarão diversos trechos por diferenças de mídia e falta de tempo, ela faz parte daquele grupo de obras que, desde o início, já dá pra sentir que sua adaptação mal chegará perto do original - e nesse caso em particular duvido até mesmo se o anime, sozinho e sem comparações, chegará a algum lugar.
 
 
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Formato: TV
Data de estreia: 19/10
Estúdio: Artland
Diretor: Hiroshi Nagahama ("Aku no Hana", "Detroit Metal City")
Gênero: Aventura / Drama
De onde saiu: Continuação do anime de 2014, vindo de um mangá com atuais 10 volumes.
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"Segunda temporada da segunda temporada", ou terceira considerando o anime de 2005, de "Mushishi", anime cultuadíssimo que tem como único protagonista Ginko, um homem que viaja pelo mundo atrás de rumores relacionados a "mushis", a forma de vida mais básica que existe. Estes seres vivem sem um aparente significado, em formas variadas e capazes de imitar elementos do mundo natural; e constantemente, mesmo que sem querer, suas interações com humanos causam fenômenos estranhos e incompreensíveis àqueles que não podem enxerga-los, e Ginko é uma das poucas pessoas que possui esse dom.

Em forma de contos, com cada episódio possuindo uma história em separado e sem haver definição exata de tempo e local, sua primeira temporada teve 26 episódios; a segunda, exibida na temporada de primavera desse ano, apenas 10 (sendo antecedida por um especial, "Mushishi Special: Hihamukage"); e essa terceira, que também virá após mais outro especial transmitido em agosto, "Mushishi Zoku Shou Special", ainda não teve seu tamanho definido oficialmente (mas deverá ser 12), porém traz os mesmos nomes na produção, com Hiroshi Nagahama na direção e supervisão de roteiros, além do estúdio Artland na animação. 


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Formato: TV
Data de estreia: 05/10
Estúdio: A-1 Pictures
Diretor: Tensai Okamura ("Ao no Exorcist", "Darker than Black", "Wolf's Rain")
Gênero: Ação / Aventura / Fantasia
De onde saiu: Mangá, 10 volumes, em andamento.
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Acusados de armarem uma conspiração contra o reino de Brittania, é dito que o malvado grupo "Seven Deadly Sins" foi aniquilado pelos "Holy Knight", contudo outros dizem que eles continuam vivos passados dez anos. A história tem início nesse ponto, após os "Holy Knight" terem aplicado um golpe de Estado e assassinarem o rei, instaurando assim uma era de tirania em Brittania. 

Sem ter a quem mais recorrer, Elizabeth, filha do rei assassinado, parte em uma jornada em busca dos membros do "Seven Deadly Sins" a fim de pedir-lhes seu apoio para tirar os "Holy Knight" do poder. É desse modo que ela esbarra em um aparente garoto dono de um bar, que lhe ajudará muito em sua missão.

Publicado na Weekly Shounen Magazine ("Fairy Tail", "Hajime no Ippo", "Baby Steps"), antiga revista semanal que em vendas hoje perde apenas para a Weekly Shounen Jump, "Nanatsu no Taizai" vem como uma das maiores promessas da temporada com seu enredo abundante de elementos típicos em obras de seu gênero e público-alvo. Amigos rivais, desafetos que se tornam grandes companheiros, lutas de proporções épicas e crescentes, uma longa jornada em um mundo de fantasia enfrentando inimigos caricatos e apelativos... Ele pode ser um battle shounen bem padrão em seu desenvolvimento, ter piadas estupidamente machistas em algumas ocasiões e ser exagerado quanto a, não importa a situação, sempre aparecer alguém mais poderoso com um golpe mais forte ainda para acabar com a luta (e metade do ambiente em volta), mas... Oras, é divertido; bobão, mas divertido, e pronto.

Seja pela idade ou pura frescura mesmo, confesso que hoje em dia é bem difícil eu me apegar a esses mangás de estilo tão tradicional. Posso achá-lo legal e bem-humorado, porém geralmente sua história não me atrai a ponto de querer acompanhá-lo até o fim, e com “Nanatsu no Taizai” enfrentei a mesma situação; esbarrar em inimigos estranhos como por exemplo os quatro “Weird Fangs", ter personagens praticamente imortais e existir golpes que destroem tudo em um raio de quilômetros? Foi uma aventura que empolgou-me por alguns volumes, admito, mas o enjoo veio rápido, e pretendo só ficar no anime mesmo - entretanto, deixo claro que não estou nesse trecho falando mal de "Nanatsu no Taizai", somente quis registrar uma opinião mais íntima a respeito de minha experiência com mangás desse tipo. O que temos aqui, em resumo, é um punhado de personagens excêntricos, distintos e cômicos numa obra que mescla com bom equilíbrio comédia e ação em um cenário onde tudo é possível de se acontecer. Grupo de cavaleiros cujos nomes e personalidades são ligados aos sete pecados capitais, um porco falante, mulher gigante, uma princesa ingênua e atrapalhada cujo maior propósito é ser aquela heroína que provoca algum fanservice de vez em quando, protagonista baixinho, atrevido e malicioso que é extremamente confiante... Enfim, um elenco simpático, no meio de uma trama fácil de cair nas graças de um público mais casual devido ao seu tema aventureiro simples e ritmo frenético. E ter o A-1 Pictures, estúdio popular tão afeiçoado em obras mainstream, cuidando de sua adaptação é garantia de que seu alcance - e por consequência seu êxito - será ainda maior.

Destaque na equipe reunida pelo estúdio, além do bom diretor Tensai Okamura, para nomes de grande popularidade, dentre eles o "ame ou odeie" Yuki Kaji dublando o protagonista loirinho Meliodas, Jun Fukuyama se passando por King, Mamoru Miyano como Gilthunder, Aoi Yuuki no papel de Diane e a novata Sora Amamiya dando voz à princesa Elizabeth - o nome dessa última na verdade continua desconhecido, mas você não deve ter escapado de sua voz nessa temporada, pois ela dublou três personagens principais de três animes de grande público, "Tokyo Ghoul", "Akame ga Kill" e "Aldnoah.Zero". Encerrando, Shoutarou Suga ("Uchouten Kazoku") estará encarregado da supervisão de roteiros, o hoje muito requisitado Hiroyuki Sawano ("Shingeki no Kyojin", "Kill la Kill", "Guilty Crown", "Aldnoah.Zero") cuidará da trilha sonora, Keigo Sasaki ("Ao no Exorcist", "Sekai Seifuku") do "character design" - já tem fãs do mangá chiando devido aos seus traços redondinhos e meio infantis demais, como se o mangá de "Nanatsu" tivesse um desenho tão diferente de seu estilo - e, antes como curiosidade e chamariz do que algo que interferirá na produção do anime, a famosa banda FLOW estrelará uma das músicas de encerramento.

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Formato: TV
Data de estreia: 05/10
Estúdio: TYO Animations
Diretor: Kenichi Kasai ("Aoi Hana", "Bakuman.", "Honey and Clover", "Love Stage!", "Major", "Nodame Cantabile")
Gênero: Comédia / Romance
De onde saiu: Mangá, 7 volumes, em andamento.
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Ah, o amor tem um sorriso sedutor, cabelos loiros... E é um completo canalha.

A fútil Erika Shinohara adora se exibir aos outros narrando suas proezas românticas; uma pena que essa mentirosa garota de 16 anos, na realidade, nunca sequer teve uma relação amorosa com alguém. Mas, ao descobrir que suas amigas estão começando a ficar desconfiadas quanto a jamais terem visto o seu suposto namorado atual, Erika, num ato de desespero, tira sem permissão a foto de um bonito rapaz na rua para apresentá-la como prova. O que parecia resolvido acaba por se complicar ainda mais, porque quem aparece na foto é Kyouya Sata, um aluno de sua escola que é bastante admirado pelas garotas...

Não vendo outra opção Erika pede para Kyouya levar adiante a mentira que criou; ele aceita, mas, apesar de por fora parecer um pessoa doce, um "príncipe", no fundo Kyouya possui um forte lado temperamental e sádico, que aproveitará a situação para maltratar Erika enquanto participa dessa farsa.

Nova adaptação shoujo cuja origem é a Bessatsu Margaret, revista de onde saiu "Ao Haru Ride", anime que estreou nessa última temporada de verão. Romancezinho juvenil cheio de firulas, idas e vindas, entendidos mal entendidos, garota de 16 anos que tenta se passar pelo que não é e rapaz bonitão cujo comportamento não é dos mais exemplares; sim, sim, os argumentos entre "Ao Haru Ride" e "Ookami Shoujo" são semelhantes. Mas os resultados de cada um...

No guia da temporada de verão confessei ter-me identificado com a heroína Yoshioka de "Ao Haru Ride", tanto pelo lado bom quanto mau, devido ao que ela fazia e falava; já com Erika Shinohara em "Ookami Shoujo" eu vejo como ligação entre nós o nome parecido e somente isso. A questão é que a trama de Yoshioka me pareceu mais preocupada e delicada com o psicológico dos personagens do que "Ookami Shoujo", no qual, em 2 volumes lidos, vi uma participação expressiva da comédia por culpa da premissa - isso de o par romântico ser uma espécie de "príncipe de coração negro" é rotineiro em qualquer mídia, mas quantos tratariam a garota como um bichinho de estimação e pediriam logo de cara, em troca de fingir ser seu namorado, que desse em público três giros e latisse em seguida? E ela obedece! Orgulho próprio? Ah, Essa minha xará não sabe o significado disso.

Um pessoa gentil, de sorriso doce e radiante, que junto a sua garota forma um casal meloso e apaixonado... Só que não. Ao invés de responder quanto a se gosta dela, Kyouya prefere apenas deixar a dúvida no ar para angustiá-la, chegando ao ponto de às vezes fingir algum interesse somente para brincar com seus sentimentos - mas, okay, se no final ele "pede desculpas" dando-lhe um presente e dizendo que isso é nada além de um símbolo para mostrar que ela é sua, claro que tudo pode ser esquecido, não é? (quer dizer, até o próximo ataque de ignorância por parte de Kyouya, que pode vir a qualquer momento...) De qualquer forma, Erika não desiste: não importa quantos "coices" e palavras ácidas receba de volta ela continuará na luta de fazê-lo gostar dela, pois creio que a esse ponto devem ter entendido que, previsível, o que era para ser um falso namorado se tornou rapidamente seu grande interesse amoroso - e Kyouya, uma hora ou outra, também deverá sentir o mesmo. Sinceramente, achei "Ookami Shoujo" uma boa comédia romântica para rir um pouco com as desavenças entre o casal principal, visto o quão a Erika sofre nas mãos do loiro sádico; contudo, por mais que mostrassem frases e atos dele exibindo um lado sensível (a maioria com o raciocínio arrogante e desviado "Você me pertence e ninguém tem o direito de lhe fazer isso a não ser eu"), não pude em instante algum engolir tal desenvolvimento. Erika foi quem começou errado ao querer mentir e usá-lo? Sim, não é nenhuma santa, mas digamos que em certa hora a "punição" dada por Kyouya atinge um nível desproporcional, absurdo, e isso só piora ao observar uma protagonista submissa e sem atitude, que aceita tudo e cai apaixonada e chorona por esporádicas ações "menos grosseiras" do rapaz. 

Imagino que se continuasse a leitura do mangá eu acabaria naturalmente me afeiçoando melhor a esses dois passados alguns volumes, mas como sua história começou tão (não sei se esse seria o termo certo) errada, tão exagerada, é possível que sequer me arrisque a assistir o anime, mesmo estando nas mãos do conceituado diretor Kenichi Kasai, que trabalhou em ótimos romances como "Aoi Hana", "Honey and Clover", "Nodame Cantabile" e recentemente "Love Stage!" - considero um dos melhores diretores quanto a adaptações de mangás, mas se a obra original por si só já não me agrada, não há razão de criar expectativas sobre o anime... Produzido pelo novato estúdio TYO Animations, "Ookami Shoujo" terá ainda Sawako Hirabayashi ("Tonari no Kaibutsu-kun") na supervisão de roteiros, Go Sakabe ("Date A Live") na trilha sonora e Maki Fujiona ("Kiniro no Corda", "Itazura na Kiss") no "character design". À algumas mulheres será uma comédia romântica perfeita para sentirem raiva do sexo masculino (e da garota também!), enquanto outras conhecerão aqui (vá entender!) o seu melhor "husband" da temporada...



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Formato: TV
Data de estreia: 10/10
Estúdio: Production IMS
Diretor: Hiroyuki Kanbe ("Ore no Imouto")
Gênero: Ação / Comédia / Fantasia / Romance
De onde saiu: Light novel, 6 volumes, em andamento.
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Eu ia fazer aqui uma ironia a respeito de todo o plot, mas julguei que seria mais interessante se descobrissem sobre ele aos poucos, lendo a sinopse abaixo...

Mitsuka Souji é um estudante que adora, é obcecado, por marias-chiquinhas. Certo dia, uma garota usando esse penteado, chamada Thouars, aparece na sua frente dizendo ter vindo de outro mundo, e ao mesmo tempo surgem monstros que invadem a cidade de Souji declarando que todas as mulheres usuárias de marias-chiquinhas os pertencem. 

Eles se alimentam do poder espiritual dos humanos, o "Element Energy", e Thouars, que luta contra essas criaturas, passa para Souji um traje imaginário especial que ele consegue ativar e assim se transformar na TailRed, uma jovem de longas e vermelhas marias-chiquinhas. Tendo ainda a sua amiga de infância, que se torna a TailBlue, eles unirão forças e lutarão contra esse inimigo para proteger a paz na Terra.

A ser produzido pelo novato estúdio Production IMS ("Date A Live II", "Mushibugyou"), é daqueles animes que achei uma pena não ter por ora nada de seu material de origem traduzido para ver até onde vai esse absurdo, de um rapaz vidrado em marias-chiquinhas se tornar uma garota com esse mesmo penteado para, ao lado de outras meninas, enfrentar uma organização de monstros vilões e seus lacaios que parecem ter saído de tokusatsus - e olha que isso que você acabou de ler já ganhou até prêmio, nesse caso na sexta edição do "Shogakukan Light Novel Awards" (talvez porque estavam saturados de temas com clubes ou escolas de magia!). Soa tão estúpido, soa tão retardado, tão falho, que... Eu quero ver. Sei que me arrependerei, acharei ruim e posteriormente falarei mal dele no podcast do Animecote sobre a temporada de outono, mas não importa; tem a cara de ser um anime ótimo para se fazer piadas a cada semana... Ou será que a ação e a comédia compensarão e não se verá aqui um novo "Kampfer
"? 

Na companhia de Hiroyuki Kanbe na direção há outro nome que esteve envolvido com "Ore no Imouto", precisamente Kazuaki Morita no "character designer", ao passo que Naruhisa Arakawa ("Jinsei", "Kingdom", "Yosuga no Sora") fará a supervisão de roteiros e o bom Yasuharu Takanashi ("Fairy Tail", "Log Horizon", "Jigoku Shoujo") a trilha sonora. E uma curiosidade inútil: os novatos e populares dubladores Nobunaga Shimazaki (Haruka em "Free!") e Sumire Uesaka (Dekomori em "Chuunibyou demo Koi ga Shitai!") darão voz, respectivamente, às versões masculina e feminina do protagonista - ah, quantos marmanjos não entrarão em conflito com essas trocas de sexo! Mas é pelo bem da Terra! E das usuárias de marias-chiquinhas, principalmente.

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Formato: TV (4 min. por episódio)
Data de estreia: 06/10
Estúdio: Asahi Production
Diretor: Sayo Aoi
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 3 volumes, em andamento.
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Bate-papo e piadinhas ao redor de uma banheira.

Adaptação de um mangá shoujo em 4-koma publicado desde 2011, "Orenchi no Furo Jijou" conta a história de Tatsumi, um estudante que morava sozinho até, em certo dia, trazer para casa um sereio que encontrou debilitado à beira de um rio. Chamado Wakasa, ele agora passa a morar na banheira de Tatsumi, que tem de aturar diariamente seus caprichos e egocentrismo.

Creio que vale fazer uma ressalva quanto à primeira impressão que possa dar a sinopse e algumas imagens de "Orenchi no Furo Jijou", do qual pude ler bom número de interpretações errôneas por aí; não se trata, de modo algum, de um yaoi ou shounen-ai (achariam estranho ver isso entre um humano e um sereio? Bem, lhes apresento essa animação, só para ficar num exemplo recente...); contudo, claro, o que não faltará serão rapazes bonitos, sejam eles humanos ou não, e ainda por cima juntos de vez em quando numa banheira apertada – mas isso é para economizar água, obviamente, porque não pensem que é barato manter um sereio em casa!

No mangá o bishounen Wakaza é constantemente retratado de forma infantilizada, todo bonitinho, engraçadinho e imaturo, raramente aparecendo com ar mais grave e adulto; e ter um homem (ou metade de um...) de longos cabelos loiros e corpo esbelto no seu banheiro 24 horas por dia, e agindo de um modo brincalhão, afetado e grudento é realmente um ambiente bastante propício para alguns momentos de fanservice direcionados ao público-alvo feminino - sejamos sinceros, esses dois são completamente "shipáveis" -, entretanto eles sempre terminam isso com muito bom humor. Pegando emprestado e modificando de leve o termo que virou chavão para designar animes slice-of-life de garotinhas, "Orenchi" é basicamente um "cute boys doing cute things", onde um estudante meio reservado que não sabe se expressar direito leva uma vida cômica (e com contas de água e gás cada vez mais caras) ao lado de um sereio mimado e crianção, que fica todo feliz ao ganhar um patinho velho de borracha - e por algum motivo inventaram de coloca-lo como narrador do anime! -, faz grande escárceu ao descobrir que não terá hambúrguer no jantar por questões orçamentárias e mostra inveja ao ver um velho amigo peixe na televisão - mas calma, Wakaza, ele foi pescado, está mor... Não, deixa, melhor não falar isso pra ele... Ah, claro, com o tempo outros personagens, alguns mais bizarros que um sereio bishounen, surgirão na casa de Tatsumi querendo ele ou não, como um homem-polvo, um homem água-viva ou simplesmente a irmãzinha do protagonista, que tem inveja imensa do Wakaza - pois é, ela sofre de "complexo de irmão", para variar.

O mangá começou a ser traduzido há pouco tempo, pude ler apenas 10 curtíssimos capítulos, mas, como se tratam de tirinhas, não faria muita questão ter visto 1 ou 5 volumes; são piadas rápidas, seguindo um mesmo padrão, em diálogos bobinhos em um cenário imutável e inusitado, que é ao redor de uma banheira. E, considerando o estilo da obra e as animações recentes do modesto Asahi Production, é bem provável que o estúdio faça mais um anime de episódios curtos, o que pessoalmente acharia o ideal para "Orenchi".

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Formato: TV (5 min. por episódio)
Data de estreia: 06/10
Estúdio: Kinema Citrus
Diretor: Masayuki Kojima ("Abenobashi Mahou Shoutengai", "Monster", "Piano no Mori") / Masatsugu Arakawa
Gênero: Comédia
De onde saiu: Continuação do anime de 2013, baseado em uma música infantil.
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Terceira temporada de "Oshiri Kajiri Mushi", anime voltado ao público infantil que narra a vida de Oshiri Kajiri Mushi XVIII, um mosquito de dez anos que frequenta a escola para se tornar um bom inseto picador e, assim, herdar a loja de mordidas da família.

Saído originalmente de uma musiquinha de grande sucesso entre as crianças, Masayuki Kojima permanece na direção, mas dessa vez com Masatsugu Arakawa de codiretor.

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Formato: TV
Data de estreia: 10/10
Estúdio: Tatsunoko Production
Diretor: Naoyoshi Shiotani ("Tokyo Marble Chocolate")
Gênero: Ação / Policial / Sci-fi
De onde saiu: Continuação do anime de 2012, uma produção original.
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Segunda temporada de "Psycho-Pass", animação original que entre 2012 e 2013 teve 22 episódios exibidos no bloco noitaminA - mesmo bloco que o está reexibindo nessa temporada, mas dessa vez em 11 episódios de quase uma hora e com cenas extras.

Nomes como o diretor Naoyoshi Shiotani, o compositor Yuugo Kanno e o "character designer" Kyoji Asano ("Shingeki no Kyojin") permanecem na equipe, porém o estúdio Production I.G sai de cena e entra o Tatsunoko Production ("Ping Pong The Animation", "Gatchaman Crowds"), enquanto que o badalado Gen Urobuchi não reprisará seu cargo na supervisão de roteiros - porém estará numa função menor -, deixando isso nas mãos de Tow Ubukata, famoso autor de light novels e mangás (a maior parte sci-fi), dentre eles "Le Chevalier d'Eon" e "Mardock Scramble" - isso para ficar apenas nas obras que chegaram a ganhar versões animadas. Na produção de animes Ubukata não só cuidou dos roteiros de suas próprias obras como ainda fez o mesmo em "Soukyuu no Fafner: Dead Agressor", na nova série de filmes de "Ghost in the Shell: Arise" e em "Heroic Age", cujo conceito original é de sua autoria.

Ademais, seguindo a série de TV está previsto também, para janeiro de 2015, o longa "Psycho-Pass Movie".




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Formato: TV
Data de estreia: 11/10
Estúdio: POLYGON PICTURES
Diretor: Goro Miyazaki ("Gedo Senki", "Kokurikozaka kara") 
Gênero: Aventura
De onde saiu: Livro infantil.
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Primeira série de TV a ser dirigida por Goro Miyazaki, filho do famoso diretor do Studio Ghibli Hayao Miyazaki, "Sanzoku no Musume Ronja" é baseado em um livro infantil publicado em 1981 pela escritora sueca Astrid Lindgren, livro esse que teve adaptações tanto para o cinema, quanto para peças teatrais e aqui no Brasil foi lançado com o nome "Ronja, Filha de Ladrão". Sua história tem como protagonista Ronja, garota filha de um chefe de ladrões (é, eu sei, o título já deixou isso claro) que mora em um grande castelo localizado em uma floresta. Em 235 páginas acompanhamos pequenas aventuras dela conforme conhece algumas criaturas místicas, faz amizade com outra criança de sua idade e enfrenta alguns perigos envolvendo um clã de bandidos rival.

A escritora Astrid Lindgren faleceu em 2002 aos 94 anos, deixando como legado uma rica bibliografia infanto-juvenil traduzida para mais de cem países e transformada em mais de 50 longa-metragens, sendo que atualmente há inclusive um generoso prêmio literário para obras desse gênero, promovido pelo governo sueco, que leva seu nome. Ironicamente, se Goro Miyazaki tem sido no geral tão duramente criticado pelos seus filmes e comparado constantemente ao seu pai, ao menos aqui podemos dizer que ele conseguiu algo que o hoje aposentado diretor (ah, espera, parece ele já saiu da auto aposentadoria, de novo!) foi incapaz de obter; em 1971 Hayao Miyazaki e Isao Takahata, outro profissional de grande renome na indústria e um dos fundadores do Studio Ghibli, tentaram produzir uma versão animada da série de livros mais famosa de Astrid, Pippi Longstock ("Pippi Meialonga" no Brasil), mas acabaram ouvindo um não da escritora, que rejeitou o material inicial apresentado por eles - e somente décadas depois é que vieram a público esboços desse filme nunca saído do papel, mas que, em 1972, foram aproveitados no longa "Panda Kopanda", dirigido por Isao Takahata (só reparem na garotinha). Nunca foi dito o porque da rejeição de Astrid, mas boatos falam que ela não aceitou as várias mudanças de enredo e cenário que Hayao e Takahata haviam proposto.

Uma protagonista feminina irreverente e de forte personalidade, laços e conflitos familiares, amizade, romance pueril, desafios em um mundo de fantasia com a natureza como plano de fundo... É a cara do Studio Ghibli, e segundo Goro Miyazaki seu intuito é criar "um trabalho que todo mundo, de crianças a adultos, possam desfrutar", algo que seu próprio pai alcançou em quase todas as suas obras. Porém, apesar de haver outros nomes do estúdio envolvidos no anime, a destacar Katsuya Kondo no "character design" ("Kiki's Delivery Service", "Gake no Ue no Ponyo"), Ghibli será apenas colaborador nesse projeto, e quem estará encarregado da animação é o POLYGON PICTURES, que aqui produzirá sua segunda série de TV japonesa, sendo também a segunda toda em 3D CG - a primeira foi "Sidonia no Kishi" na temporada de primavera desse ano. Tal estúdio é especializado nessa técnica, tendo ganho prêmios internacionais com produções como "Tron: Uprising" e "Star Wars: The Clone Wars", além de criar animações para diversos jogos e comerciais; mas, oras, série de TV é outra questão, tanto que "Sidonia no Kishi" foi um tanto incômodo de se ver com seus personagens de rostos praticamente iguais e movimentação "travada" e artificial - mas ao menos a ótima história compensou isso facilmente. O resultado dessa escolha, que pode ser visto nos trailers divulgados por ora, tem causado justificável descrença em muita gente, o que só piora de início a posição de Goro Miyazaki, homem fadado a permanecer à sombra do pai por mais que se esforce em seus trabalhos.


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Formato: TV
Data de estreia: 04/10
Estúdio: J.C. Staff
Diretor: Takuya Satou ("Steins;Gate, "Seitokai no Ichizon")
Gênero: Drama
De onde saiu: Continuação do anime de 2014, uma produção original.
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Segunda temporada de "Selector Infected WIXOSS", animação original de cartas criada pelo estúdio J.C. Staff em parceria com as empresas Warner Entertainment Japan e Takara Tomy (uma fabricante de brinquedos), tendo a adorada Mari Okada como roteirista. O diretor Takuya Satou e o "character designer" Kyuta Sakai ("Sakura Trick", "Steins;Gate") também permanecem na equipe.



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Formato: TV
Data de estreia: 10/10
Estúdio: A-1 Pictures
Diretor: Kyouhei Ishiguro 
Gênero: Drama / Música / Romance
De onde saiu: Mangá, 8 volumes, em andamento.
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Trailer: Clique aqui, aquiaquiaqui e aqui

Vencedor de diversas competições, quando criança Arima Kousei era conhecido no cenário musical graças ao seu talento no piano. Porém, após sua mãe, que também era sua instrutora, falecer, ele acabou sofrendo um colapso mental durante um recital e, desde então, se tornou incapaz de ouvir o som de suas próprias composições mesmo não havendo problema algum de audição. E, dessa forma, dois anos se passaram sem que Arima retornasse ao piano.

Apesar de querer simplesmente levar uma rotina comum de estudante ao lado de seus amigos Tsubaki e Watari, o surgimento de uma garota violinista chamada Miyazono Kaori dará início a uma brusca mudança em sua vida. Seu jeito livre e espontâneo de tocar influenciará o estilo rígido de Arima ensinado por sua mãe, e o ajudará a retornar ao mundo da música clássica.

É a cara do bloco noitaminA, ao mesmo tempo que não é; vencedor em 2013 do "Kodansha Manga Awards" na categoria shounen ("Shingeki no Kyojin" venceu em 2011, e "Baby Steps" ganhou esse ano), "Shigatsu wa Kimi no Uso" é publicado desde 2011 na revista "Monthly Shounen Magazine" ("Noragami"), e essa será a primeira vez que o bloco noitaminA, anos atrás lar de adaptações josei e hoje abrindo espaço para todas as demografias e gêneros, exibirá um romance shounen - entretanto, se o público-alvo é outro, a abordagem não será tão diferente assim, e "Shigatsu" promete apresentar uma pegada mais dramática e introspectiva comum em muitas obras da revista de onde saiu.

Arima abandonou os Beethoven, Chopin e Bach da vida por causa do trauma sofrido pelo falecimento de sua mãe, mulher severa e impaciente com o filho que tentou empurrar nele a carreira que não pôde continuar devido a sua doença. Ele diz a todo momento que o mundo ao redor ficou sem cor, e suas composições sem som, mas então ocorre o fatídico evento "boy meets girl" na figura de uma bizarra e espirituosa garota de longos cabelos loiros - foi um encontro marcante, seja pela cena de vê-la tocando com crianças no parquinho, seja porque um pequeno mal entendido envolvendo saias e vento forte resultou em uma agressão física por parte dessa beldade não tão angelical quanto parecia. Coincidências aqui e ali empurram Arima de volta ao mundo da música por alguns instantes, e quando menos percebe ele tem no seu encalço uma violinista de natureza impulsiva querendo, forçando (e com táticas nada sutis ou inofensivas!), que se torne seu acompanhador em um concurso e, depois, volte a praticar piano sozinho.

Romance iminente? Não, a equação aqui é mais complicada, e dessa vez não por haver o fator harém no meio e sim o oposto, ao ter um elenco equilibrado na distribuição de gêneros. A violinista Kaori sente desde o começo atração pelo melhor amigo de Arima, Watari, que por sua vez até dá bons conselhos na hora certa, mas não é lá muito confiável; já do outro lado temos Tsubaki, amiga de infância do protagonista, que fica dividida entre a satisfação de ver Arima retornando lentamente a tocar piano e a angústia por senti-lo cada vez mais distante de si com a chegada de uma certa garota loira - e novas dúvidas invadem sua cabecinha com a volta de um ex-aluno que a rejeitou antes de se formar e que, agora, se arrepende do que fez. Ufa! Quando se vê um capítulo inteiro dedicado aos conflitos da amiga de infância, por exemplo, é que notamos o quão "Ushigatsu" possui uma estrutura narrativa que foge do convencional para a sua demografia, sem contudo abrir mão de outros artifícios dela, como o estilo de humor, a forma na qual alguns argumentos se apresentam e se desenrolam e um fanservice bobo muito suave em cenas isoladas, quase nulas. Por isso digo que é a cara do noitaminA. E por isso, também, digo que não é.

O "destinado" encontro clichê entre um menino meticuloso e inseguro e a menina confiante que é uma montanha russa de emoções, uma pequena diva ao tocar seu violino que fará o protagonista levantar a cabeça e enxergar um novo jeito de encarar a música - ou então chutar a mesma e gritar de raiva ao ouvir o motivo de ele não tocar mais, difícil acreditar que é mesma pessoa nessas imagens! "Ushigatsu" é um dos poucos títulos cujo mangá continuarei a ler depois de feito esse guia, pois me foi uma história realmente interessante, mas o público-alvo da obra original me parece um obstáculo que mais a frente limitará consideravelmente a evolução da história, ou pelo menos é isso que passei a sentir após ter lido os 4 volumes por ora traduzidos - frescura minha? Talvez, porém não nego que, considerando unicamente para quem a obra é direcionada e nada mais, o resultado tem se mostrado ótimo.

Na companhia do popular estúdio A-1 Pictures e sua animação de cores tão fortes tem-se Kyouhei Ishiguro estreando como diretor, com o fraco Takao Yoshioka ("Elfen Lied", "Working! 2", "WATAMOTE", "Seirei Tsukai no Blade Dance") na supervisão de roteiros - sério, acho muito ruins quase todas as adaptações que ele fez -, Masaru Yokoyama na trilha sonora ("Arakawa Under the Bridge") e Yukiko Aikei no "character design" ("Accel World"). Não tenho como não pensar que a equipe desse anime seria melhor se não houvesse "Nanatsu no Taizai" (outra estreia do A-1 Pictures) na mesma temporada...


Atualização, 28/09: Foi anunciado, durante um evento de exibição dos dois primeiros episódios do anime, que o mangá de "Shigatsu" terminará na temporada de primavera de 2015, e que a série de TV acabará adaptando todo o seu material.


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Formato: TV
Data de estreia: 06/10
Estúdio: MAPPA
Diretor: Keiichi Satou ("Karas", Tiger & Bunny")
Gênero: Ação / Fantasia
De onde saiu: Jogo para celular.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Uau, que trailer! Sem dúvida um dos mais empolgantes dentre as estreias, que, apesar de haver algumas bobagens do tipo cavalos correndo pelos telhados das casas (como que... Ah, esquece), ele mostra uma grande riqueza de detalhes na animação e uso moderado de CGI - pena que ler "baseado em um jogo de cartas para celulares" esfria um pouco os ânimos...

Lançado em 2012 pela desenvolvedora Cygames, "Shingeki no Bahamut: Genesis" é adaptação de "Rage of Bahamut", jogo para aparelhos com sistema iOS e Android no qual, basicamente, você inicia sua aventura com somente uma carta e passa a vagar por um mundo de fantasia enfrentando monstros, realizando quests e fortalecendo seu deck - mas também é possível, lógico, duelar contra outros jogadores. Clique aqui para acompanhar o vídeo de alguém passando pelo tutorial do jogo e algumas missões, ou aqui caso queira apenas ver uma galeria de cartas dele.
  
Em sua versão animada, Mistarcia é um mundo onde humanos, deuses e demônios se misturam. No passado, a besta alada Bahamut ameaçou destruir toda Mistarcia, mas esses três grupos superaram suas diferenças e lutaram juntas para selar o poder inimigo; em seguida, para que não houvesse o risco de Bahamut ser libertado, a chave que selou seu poder foi dividida em duas, tendo ficado uma metade com os deuses e a outra nas mãos dos demônios.

Dois mil anos se passaram com relativa paz; porém, isso está prestes a acabar após uma mulher humana roubar a metade da chave que estava em posse dos deuses.

Eu nem vou questionar isso de humanos estarem em pé de igualdade com deuses e demônios, nem vou... Com uma premissa que, sejamos francos, não é nada inspiradora (o que seria de se esperar considerando a fonte), “Shingeki no Bahamut” só não é mais uma adaptação de jogo para celular ou outro dispositivo móvel fadada ao fracasso desde o começo porque, junto à ótima animação do estúdio MAPPA, tem-se reunida uma notável equipe de profissionais experientes em animações de teor mais maduro, com Keiichi Sato, criador do elogiado OVA sci-fi “Karas”, na direção, Keiichi Hasegawa ("The Big O", "Devil Lady") na supervisão de roteiros, Yoshihiro Ike (“Ergo Proxy”, “Freedom”, “Tiger & Bunny”) na trilha sonora, Naoyuki Onda (“Ergo Proxy”, filmes de “Berserk”) no marcante “character design” e Shin'ya Sugai (“Evangelion 3.0”, “Higashi no Eden”) como diretor de CGI. Já quebrei a cara antes com animes vindos de jogos de cartas, que prometiam uma pegada mais "serious business" e no fim foram terríveis ("Z/X: Ignition", aham), mas... Okay, vou arriscar de novo.


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Formato: TV
Data de estreia: 09/10
Estúdio: P.A. Works
Diretor: Tsutomu Mizushima ("Another", "Girls und Panzer", "Joshiraku", "xxxHolic")
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Em sua quinta obra original o estúdio P.A. Works abandona os romances e dramas enroscados e traz “Shirobako”, que terá ele mesmo como tema ao mostrar cinco garotas trabalhando na indústria da animação (desde uma roteirista a dubladora a até uma produtora de 3D CG) e passando pelos habituais desafios, decepções e alegrias do ramo ao lado de outros profissionais – mas tudo caloroso e leve, segundo o que as próprias protagonistas falam no trailer. A propósito, outro detalhe que citam no vídeo com orgulho é que “Shirobako” será o segundo anime do P.A. Works a narrar a rotina de garotas em seu local de trabalho, lembrando o “coming-of-age” “Hanasaku Iroha”, de 2011, que exibia o dia-a-dia das funcionárias de uma hospedaria mesclado a muito drama e um romance bastante capenga.

Da equipe principal temos três nomes – ou cinco, para ser exato - que já passaram por outras obras do estúdio, precisamente o diretor Tsutomu Mizushima (“Another” em 2012) e o trio feminino Michiko Yokote (o terrível “Red Data Girl” em 2013) – esse trio, aliás, é formado por uma roteirista de cenas, outra de diálogos e uma terceira que lidera tudo chamada Michiko. Tal dupla (quarteto?) é por enquanto o que parece ser mais promissor em “Shirobako”, uma vez que eles trabalharam juntos, nas mesmas funções, em “xxxHolic”, “Shinryaku! Ika Musume”, “Joshiraku” e “Genshiken Nidaime” (esse último também abordando o nicho otaku de animes e mangás), animações que, a meu ver, tem um equilíbrio elogiável e agradável entre bom humor e desenvolvimento de personagens – única exceção é “Joshiraku”, puro “slice-of-life” de piadas e conversas aleatórias. O último nome recorrente nas animações do P.A. Works é a de Kanami Sekiguchi no "character design" ("Hanasaku Iroha", "Tari Tari"), que adaptará a arte original criada por Ponkan8 (“Ore no Seishun...”). Eu já disse em outros guias que desgosto da maior parte dos animes do P.A. Works; porém, admito também que há tempos não ficava tão interessado com estou agora por uma nova produção desse estúdio, tanto pela “mudança de ares”, digamos assim, quanto principalmente pela boa equipe envolvida.

De trivialidade final, a palavra “Shirobako” se refere a uma caixa branca onde se coloca a fita de um filme finalizado, que pode ser visto como o resultado do esforço conjunto entre várias pessoas. Bom título para um anime que, mais do que se preocupar em ser fiel e preciso quanto às técnicas e normas desse ramo, parece que focará antes em um grupo de garotas lutando para alcançarem seus sonhos, e apoiando-se uma na outra nos vários imprevistos e reveses que terão pela frente, seja no campo profissional, seja no pessoal – só espero que o drama não alcance tons tão agudos no meio desse processo, um dos pontos que mais me desagrada nos animes recentes do P.A. Works.


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Formato: TV
Data de estreia: 05/10
Estúdio: Studio 3Hz
Diretor: Masayuki Sakoi ("Kamen no Maid Guy" "Needless", "Strawberry Panic")
Gênero: Fantasia / Slice-of-Life
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aquiaqui e aqui

A história de "Sora no Method" começa em um dia de inverno quando o desejo de um grupo de garotas se torna realidade graças a um milagre, modificando drasticamente a paisagem de uma cidade - "No céu acima dessa cidade há um disco sempre à vista".

E é isso. Adiei o quanto pude para adicionar esse anime porque esperava mais revelações de sua trama, porém há meses não se tem novidades a seu respeito. Boa noite, porque já são quatro horas da manhã (pois é, de novo) e eu ainda tenho de jogar Counter-Strike antes de ir dormir, então...

Okay, piadas sem graça à parte, o conceito de "Sora no Method" veio da mente de Naoki Hisaya, roteirista que já passou por diversas desenvolvedoras de jogos e que é mais conhecido devido aos roteiros criados para a visual novel de Kanon (especificamente as rotas de Ayu, Nayuki e Shiori) e também por "Sola", anime de 2007 que tinha, olha que coisa, o céu como um de seus temas, por assim dizer (sola = céu). No seu caso, era um romance dramático e sobrenatural bem inocente sobre um garoto apaixonado em observar e tirar fotos do céu que conhece, na cidadezinha onde mora, uma garota misteriosa que logo descobre se tratar de um ser imortal - ou quase, pois sua fraqueza é a luz do sol (não é vampira!). Comparando o elenco dele com o por ora divulgado de "Sora no Method" há obviamente algumas mudanças leves na sua formação, contudo a temática não deverá ser tão diferente, e não me espantaria se houverem inclusive ligações suaves entre um e outro. Li muitos comentários que sentiram "feelings" yuri nos trailers e imaginam (ou torcem mesmo) que haverá algo indo para esse caminho, principalmente porque o estável diretor Masayuki Sakoi já dirigiu um anime desse gênero, "Strawberry Panic"; mas como os roteiros de Naoki Hisaya são sempre de uma pureza tremenda, seria exagero pensar dessa forma.

Além desses dois nomes na equipe, tem-se ainda o Studio 3Hz na produção - estúdio recém fundado por ex-membros do Kinema Citrus ("Barakamon", "Black Bullet") -, QP:flapper ("MM!") no "character designer" e Tatsuya Katou ("Gingitsune", "Free!") na trilha sonora.


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Formato: TV
Data de estreia: 27/09
Estúdio: LIDEN FILMS
Diretor: Hiroshi Hamasaki ("Blade & Soul", "Shigurui", "Steins;Gate", "Texhnolyze")
Gênero: Ação / Horror / Sci-fi
De onde saiu: Mangá, 10 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui (na verdade é um trailer do OVA, para que tenham uma noção de como será a animação), aqui e aqui (esses sim são previews curtos da série de TV)


Visando a colonização de Marte devido às condições cada vez mais precárias da Terra por conta de sua crescente população, cientistas do século 21 criaram um plano de terraformagem do planeta vermelho para garantir nele a sobrevivência humana. A ideia usada foi enviar uma grande quantidade de baratas e algas para povoa-lo, pois com o tempo a interação entre esses dois organismos modificaria os gases presentes na atmosfera, tornando o planeta um local habitável para o homem.

Séculos depois, no ano de 2577, a primeira missão tripulada aterrissou em Marte com seis astronautas, que possuíam a tarefa de analisar a situação do planeta e desinfestá-lo de seus moradores insetos; porém, uma vez lá eles se viram diante de gigantes e hostis baratas mutantes de aparência humana e incrível força física, que os aniquilaram com extrema facilidade. Agora, passados mais alguns anos, uma nova missão tripulada, dessa vez com pessoas dotadas de habilidades especiais, chega no planeta para continuar o que não pôde ser feito pela equipe anterior.

Publicado desde 2011 na revista seinen "Weekly Young Jump" ("Tokyo Ghoul"), e tendo sido o décimo mangá mais vendido no Japão em 2013, a versão animada de "Terra Formars" chega com uma expectativa que, creio eu, não será atendida - e nem falo isso me baseando nos diversos furos no enredo e suas explicações simplórias sobre algumas tecnologias e acontecimentos, pois isso já seria o esperado numa obra sci-fi cujo foco é a ação e o terror mesclado a um drama raso. Antes da estreia desse anime o pequenino estúdio LINDEN FILMS (que até o momento só tinha produzido séries de TV curtas, como os ótimos "Aiura" e "Senyuu.") lançou em agosto um OVA de 23 minutos que condensou de forma desastrosa e involuntariamente cômica os três primeiros capítulos do mangá - junto a uma cena mais avançada, do volume 2, nos primeiros segundos -, mostrando assim um trabalho inicial péssimo por parte do diretor Hiroshi Hamasaki e o roteirista Shogo Yasukawa ("Choujigen Game Neptunia", "Rokujouma no Shinryakusha!?"). Resumo ruim, narrador canastrão que consegue converter em comédia diversas cenas e explicações e uma animação irregular munida de alguns efeitos de gosto duvidoso esfriaram os ânimos da maioria que ousou assistir esse OVA, criando compreensíveis dúvidas quanto a possível qualidade da série de TV – afinal, se Hiroshi e Yasukawa terão uma segunda chance e espaço de tempo bem maior para se redimirem do estrago que fizeram logo no começo, ao menos as escolhas artísticas da animação não deverão mudar muito.

Ignorando esses fatores “Terra Formars”, em seu conteúdo original, tem maior mérito pelo seu sucesso devido a uma boa historinha sci-fi não tão complexa ou original, porém bem contada, e uma violência gráfica excessiva que é o que mais justifica sua demografia. Agora, citando o que é de suma importância... Baratas! Grandes, musculosas, cascudas, inteligentes, ultrarresistentes e ainda por cima com asas! Se antes nós humanos poderíamos manifestar todo o nosso ódio e desgosto por elas com a ajuda de chinelos, venenos ou apenas gritos (…), agora, bem, a saída mais racional é pegar um grupo de pessoas miseráveis e fazê-las passar por uma cirurgia com altas chances de falha (3 a cada 10 sobrevivem) para desse modo transforma-las em seres com habilidades retiradas de vários outros insetos! Um “homem-formiga”parece sem graça? Então imagine a força da espécie mais perigosa do mundo aumentada proporcionalmente no corpo de um humano - e o mesmo vale para louva-deuses, gafanhotos, vespas, besouros... “Terra Formars” viaja e extravasa nesse quesito, garantindo várias sequências de ação bizarras e de grandes proporções e impacto visual. Nisso, perdidos no meio de jogos políticos entre grandes instituições e países que possuem cada qual seu interesse no que há em Marte, acompanhamos seguidos grupos de personagens indo e vindo, que se apresentam e podem morrer a qualquer segundo sem deixar muita saudade, contando suas histórias patéticas, imorais e infelizes de vida. São pessoas, de extremo azar ou reles criminosas, párias da sociedade para ser direto, que se arriscam numa missão de tal perigo não por ideologias nobres ou a realização de um sonho infantil, mas porque não possuem mais nada a perder na Terra e a recompensa financeira, caso sejam bem sucedidas, é tentadora.


Enfim, nós temos nojo delas, e ao que parece elas também sentem o mesmo pelos humanos; “Terra Formars” retrata duas espécies que podem se odiar e guerrear entre si (ou sendo franco, na maior parte do tempo se assemelha antes a um conflito unilateral), mas que, ironicamente e por tão estranho que isso possa soar a quem não conhece a obra, possuem muito em comum. Frenético, visualmente forte - mas na TV deverá sofrer bastante com a censura -, atrativo por sua temática abundante em reviravoltas e revelações e inclusive um pouco reflexivo em alguns momentos sem parecer artificial, eu apostaria sem hesitar no anime caso não houvesse um cartão de visitas tão mal adaptado como foi o OVA. Resta esperar que ele tenha sido um caso isolado, visto que é curiosamente comum o lançamento de OVAs cuja qualidade fica bem abaixo do que é visto depois na série de TV.  



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Formato: TV
Data de estreia: 28/09
Estúdio: Sunrise
Diretor: Masaya Fujimori
Gênero: Música
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui (é uma página do site oficial, verão o vídeo em uma pequena janela do lado direito; trocarei o link caso o ache em outro lugar)

É o estúdio Sunrise apostando em mais um anime com tema musical após os estrondosos sucessos de "Aikatsu!" e "Love Live", mas ao invés das habituais idols teremos agora hip hop!

Não foi dito muito de sua sinopse, a não ser o típico encontro entre um garoto e uma garota, nesse caso quando o baixinho protagonista Haneru conhece Kanon, uma estudante que pratica dança de rua em um centro de treinamento secreto. Os dois experimentam pela primeira vez a alegria de dançarem com outra pessoa, e dessa forma tem início uma historinha "coming-of-age" onde amizades serão criadas e rivais serão feitos com o auxílio da dança. Sunrise ainda declara que é o primeiro anime na história a focar exclusivamente nesse tema, a dança, mas devem ter se esquecido que houve um tal de "Princess Tutu" em 2002, né...

É uma animação voltada ao público infantil, algo que fica evidente ao reparar no horário que será exibida na televisão - domingo de manhã -, substituindo outra franquia de sucesso do mesmo estúdio e criador (Hajime Yatate, autor de diversas séries de "Gundam"), "Battle Spirits" - que só deu uma pausa, pois voltará ano que vem. Pessoalmente, me simpatizei com o "character design" de Yoshiaki Yanagida ("Genshiken 2", "Kujibiki Unbalance") nesse cenário de tons tão fortes, mas as danças em CGI mostradas no trailer, por outro lado...

Além de Masaya Fujimori como diretor, Atsuhiro Tomioka ("Blade & Soul", séries de Battle Spirits") será o supervisor de roteiros e Tadao Kodaka ("Tiger & Bunny", "Kakumeiki Valvrave") ficará a cargo do CGI.


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Formato: TV
Data de estreia: 08/10
Estúdio: Seven Arcs
Diretor: Hiroshi Nishikiori ("Angelic Layer", "Azumanga DaioH", "Jyu-Oh-Sei", "Toaru Majutsu no index")
Gênero: Ação / Aventura / Fantasia
De onde saiu: Mangá, 9 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aquiaqui e aqui

Magia, harém e alguns (senão vários) peitos sendo apalpados.

Kasuga Arata levava uma vida normal de estudante ao lado de sua prima e amiga de infância Hijiri; porém, em um dia qualquer ele repara que no céu há um sol negro que ninguém mais nota, enquanto na escola uma garota lhe dá estranhos avisos. Em pouco, Kasuga descobre a verdade: três dias atrás sua região foi devastada por um fenômeno chamado "Breakdown Phenomen", no qual um sol negro sugou e transformou em partículas tudo e todos à sua volta. Desde então Kasuga passou a viver em um mundo artificial criado pelo grimório de Hijiri, que era usuária de magia e foi levada para um universo paralelo durante o acidente.

Com um poderoso artefato em mãos, e tendo sua vida poupada por Lilith Asami, garota professora de uma escola de magia que veio investigar o ocorrido, Kasuga decide se matricular na "Royal Biblia Academy" com o intuito de achar um meio de resgatar Hajiri.

Às vezes esse guia segue em frente com enorme sacrifício; tem algumas estreias que adio o quanto posso para ler o material de origem, se houver disponível, apenas porque o tema inicial não me agrada nem um pouco - e quando finalmente começo a lê-lo o faço carregando um punhado de pedras em mãos para apedrejar os mínimos defeitos. Lógico, com "Trinity Seven" foi assim; peguei o mangá pronto para falar mal de tudo, e não ajudou nada de nada a primeira página, colorida, mostrar logo de cara um rapaz sonolento apalpando por acidente o seio da prima; é um cartão de visitas honesto, pois esse tipo de cena é o que mais vi em 3 volumes. Três volumes cuja linha de raciocínio foi torta e carente de inteligência e bom senso. Três volumes que não li no trabalho, igual fiz com outros mangás daqui, pois não queria correr o risco de ser flagrado exatamente no momento em que estivesse vendo um garota seminua. Três volumes que, droga, tiveram um humor que valeu muito a pena lê-los (sozinho no meu quarto).

Reiterando, a história é desorientada, e a qualquer momento surge no seu campo de visão peitos sendo agarrados ou roupas se desintegrando (pois no início esse é o abençoado resultado do poder de Kasuga, o de anular a magia dos outros, já que ele não consegue controlá-lo direito), mas, vejam isso: no MyAnimeList, em uma obra com harém formado por 7 garotas da tal escola de magia, o sortudo personagem principal é disparado o mais querido, tendo hoje 89 usuários o favoritando - bem atrás em segundo vem a provocante e divertidinha garota ninja, com 20 usuários. São números modestos (por enquanto, já que o anime deverá aumentá-los bastante), mas servem de exemplo para mostrar que estamos diante de um dos raríssimos casos onde o líder masculino, de uma história desse tipo, é quem possui o maior carisma entre os fãs, deixando em segundo plano o bonitinho e diversificado elenco feminino. E é justamente por conta desse detalhe que "Trinity Seven" acaba se tornando uma experiência bem mais agradável do que se poderia supor com sua premissa genérica, ao ter um protagonista que, oras, possui personalidade e sabe, graças a Deus, se aproveitar do fato de ter um bando de garotas à sua volta!

Okay, ele ainda é virgem, e quando o ambiente esquenta demais ou uma das meninas tem a iniciativa é revelado o quão o garoto é inexperiente e sensível; mas, na maior parte do tempo Kasuga se apresenta como um enorme cara-de-pau e garanhão, que é capaz de convidar a mocinha principal para se juntar a ele na cama ou pedi-la em casamento como se fosse algo corriqueiro - ele, enfim, igual diz sua autointitulada "esposa" nessa última imagem, definitivamente adora seu harém, em um nível semelhante ao do tonto Sugisaki em "Seitokai no Ichizon", outra comédia romântica na qual o rapaz é mais popular do que as meninas. E, junto a outros elementos em boa dose como a ocasional quebra da quarta parede e os diálogos rápidos e cenas bem humoradas "Trinity Seven" vai, sim, fisgar muita gente querendo somente peitos, bundas e piadinhas machistas de cunho sexual, mas ao menos essa perversão toda é apoiada fortemente por uma comédia mais esperta e personagens atraentes -  fiquei só falando do garoto, entretanto suas colegas de escola possuem em tons variados alguma graça em particular, seja a imprescindível tsundere, a loli peituda ou a maliciosa ninja. História, enredo, plot? Não esqueci-me disso ao contrário de Kasuga ao admirar o busto alheio durante uma batalha, mas é que os 3 primeiros volumes meio que "se perderam" de fato nisso que destaquei, a comédia e conversas e cenas ecchi em alto grau, deixando num ritmo lento o desenvolvimento do argumento lido na sinopse acima. Kasuga aprendeu um pouco sobre esse mundo de magia que acabou de conhecer, é candidato a ser uma espécie de "rei mágico" (oohhh), descobre-se que ele possui habilidades incomuns, e... Pois é, o de costume, nisso "Trinity Seven" chegará a ser frustrante para muitos. A interação engraçadinha do elenco e o próprio protagonista é o que realmente mais valem a pena.

Com a produção a cargo do pequeno estúdio Seven Arcs Pictures ("Mushibugyou"), a equipe encabeçada pelo bom diretor Hiroshi Nishikiori terá o não muito adorado Hiroyuki Yoshino ("Guilty Crown", "Magi", "Strike the Blood") na supervisão de roteiros, além de Tomooka Shinpei ("Sekirei") no "character design" e nomes como Yoshitsugu Matsuoka (Kirito em "Sword Art Online") e Yoko Hikasa (Akiyama Mio em "K-ON!") no grupo de dubladores.


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Formato: TV
Data de estreia: 04/10
Estúdio: feel.
Diretor: Naoto Hosoda ("Hataraku Maou-sama!", "Koe de Oshigoto!", "Minami-ke: Okawari", "Mirai Nikki", "Shuffle!")
Gênero: Drama / Romance
De onde saiu: Visual novel para PC.
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Trailer: Clique aqui

A Academia Uchihama tem recebido um número crescente de alunos e, como resultado disso, um novo prédio acabou de ser construído. Antes de fazerem a mudança a escola decide realizar um último festival de clubes no antigo prédio, no qual todos decidem dar o seu melhor para que ele faça sucesso.

Nisso, há o protagonista Akiyama Sou, que é membro do Clube de Astronomia, famoso por resolver vários problemas no lugar do conselho estudantil. Em certo dia, Akiyama fica até mais tarde na escola por ter permanecido em repouso na enfermaria devido a um pequeno acidente; de repente, é sentido um abalo no local, e ao se dirigir para onde ele parecia ter começado Akiyama encontra uma misteriosa garota, nua, que dá a entender que lhe conhece. No dia seguinte essa mesma garota, chamada Yui Furukawa, visita o Clube de Astronomia querendo se juntar a eles, ao mesmo tempo que eventos estranhos se passam no antigo prédio da escola.

Terceira e última animação inédita vinda de uma visual novel, e digo que essa se assemelha a "Daitoshokan no Hitsujikai" em diversos pontos, pois; ambas mostram acontecimentos sobrenaturais como premissa, possuem clubes, serão feitas por estúdios (essa o feel., que na temporada atual veio com os fraquinhos "Jinsei" e "Futsuu no Joshikousei") conhecidos mais através de obras com teor ecchi e, ao contrário de "Grisaia no Kajitsu" (anime ainda a ser adicionado no guia), por não poder dar uma olhada em seus respectivos jogos para ver melhor o conteúdo de cada um, não há como em um primeiro instante não ter grande descrença e pré-conceito em relação a qualidade que elas terão por conta do questionável material de origem - e desse modo também fico impossibilitado de escrever com exatidão suas sinopses, já que textos sobre os dois encontrados pela internet são confusos ou se contradizem em alguns trechos. Mas, puxa, precisaria de uma reviravolta abissal para se capaz de defender um argumento do tipo "garota nua surge do nada e se junta a um clube"...

"Ushinawareta Mirai wo Motomete" é o "patinho feio" entre as três novas adaptações de visual novels da temporada; fóruns e sites japoneses já falavam mal do jogo em si, e a recepção para seu anime não tem sido nada calorosa. Pesquisando um pouco a respeito, além de haver desde garota yandere a outra cabecinha-oca formando o harém do protagonista, tem-se no enredo elementos de ficção como viagens no tempo aliados a uma série de finais que precisam seguir uma ordem específica para serem abertos e assim habilitar o "final verdadeiro" - traduzindo, se trata de uma estrutura que em anime dá dor de cabeça demais para ser ajustada, gerando diversas inconsistências e perguntas sem respostas. O irregular diretor Naoto Hosoda seria um bom salva-vidas nessa situação, mas ter como "parceiros" o desconhecido Rie Kawamata estreando na supervisão de roteiros, e um estúdio que nunca produziu séries de TV que passassem dos 13 episódios (ou seja, não haverá tempo para se criar algo mais elaborado e completo que cubra todas as rotas do jogo) é sinal iminente de ocorrer uma adaptação que será bastante contestada - pra variar - seja por abordar apenas algumas rotas e deixar muita coisa sem explicação, seja por criar um desenvolvimento todo original para o anime...

O que vier é lucro, desde que funcione para divulgar o jogo! Se interessar, clique aqui para ver um vídeo promocional da visual novel, e aqui para visualizar uma montagem que fiz com algumas CGs dela (lindas, por sinal, inclusive naquelas cenas que você terá de pesquisar sozinho se quiser ver...).



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Formato: ONA (3 min. por episódio)
Data de estreia: 05/09 (já estreou)
Estúdio: Ordet / Studio Moriken
Diretor: Kenshirou Morii
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Spin-off do anime original "Wake Up, Girls!".
Site oficial: Clique aqui

Cópia de Puchimas... Digo, "spin-off" de "Wake Up, Girls!", anime original de idols exibido no início desse ano que foi dirigido pelo "salvador da indústria animística" Yutaka Yamamoto

Em "Wake Up, Girl Zoo!" as sete protagonistas da série de TV surgirão com visual chibi e fantasiadas de animais, isso porque um pequeno zoológico localizado em Sendai estava prestes a fechar por falta de atrações - o único animal que sobrou acabara de morrer! -, e o tratador Matsuda, ao ser forçado a sair em busca de novos habitantes, rapidamente encontra sete animais fêmeas bonitinhas dispostas a viverem no local desde que tenham três refeições ao dia (quem conhece a série de TV vai notar como as premissas de ambos são similares).

A direção agora ficará por conta do novato Kenshirou Morii. Já o estúdio Ordet permanece na produção, mas dessa vez terá o auxílio do Studio Moriken, especialista em animações curtas.



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Formato: TV
Data de estreia: 05/10
Estúdio: Toei Animation
Diretor: Mitsuru Hongo ("Deltora Quest")
Gênero: Ação / Comédia / Sci-fi 
De onde saiu: Mangá, 6 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Em um dia qualquer, na cidade de Mikado, surge uma espécie de portal que traz de outra dimensão criaturas gigantes que são chamadas de "Neighbors". Seu poder de destruição é devastador, não podendo a tecnologia humana atual lidar com essa invasão; entretanto, em pouco tempo é criada a organização "Border", que se beneficia da própria tecnologia do mundo dos "Neighbors" para combatê-los. Desde então a população de Mikado, apesar das constantes aparições de portais trazendo essas criaturas, se acostumou com tal cenário graças ao bom trabalho desses agentes.

Quatro anos e meio após o início disso tudo, Osamu Mikumo, um estudante membro da organização Border que prefere manter sua identidade em segredo, vê ser apresentado em sua sala um novo aluno que diz vir de outro país. Ele logo descobre que o garoto, de nome Yuuma Kuga, é na verdade um "Neighbor" humanoide, que veio ao Japão por indicação de seu pai, e esse fato ocasionará uma reviravolta na carreira de Osamu como agente.

Adaptação de um mangá que estreou em 2013 na grande revista Weekly Shounen Jump ("One Piece, "Naruto", "Death Note"), "World Trigger" é exatamente isso que dá a entender a sinopse: monstrengos vindos de outra dimensão causando pânico, uma organização formada em sua maioria por jovens de 14 a 19 anos que os combatem usando armas especiais e moderninhas (as "triggers", que, claro, devem ser compatíveis com seus usuários), um garoto enigmático e baixinho que à primeira vista parece inofensivo e ingênuo demais, porém se mostra demasiado forte e esperto... Pois é, se verá aqui uma historinha padrão shounen de ação com monstros e elementos sci-fi, não esquecendo ainda que ela estará nas mãos do econômico estúdio Toei Animation. É um baita arroz com feijão, que não é ruim, mas sequer tem algum tempero especial para dar um gostinho diferente.

Li o mangá, passei dos 3 volumes "por culpa" das malditas e costumeiras artimanhas de sempre encerrarem o capítulo com uma revelação bombástica ou suspense no ar, o que me fazia ter vontade de ler o seguinte para ver como isso se desenrolaria (e me decepcionava na maioria da vezes ao descobrir), contudo, estive longe de em qualquer momento achar "World Trigger" mais do que razoável, mediano. Parei a leitura tendo somente visto alguma graça mesmo no personagem Yuuma, que quase sempre fazendo caretas gerava diversos momentos embaraçosos e cômicos devido à sua total franqueza e a falta de conhecimento em relação ao modo dos humanos se socializarem. Fora isso, tem-se o outro protagonista, Osamu, tentando lidar com os atos imprevisíveis e diversos problemas que o novo amigo lhe traz enquanto ele próprio passa por alguns conflitos no seu trabalho por conta de sua conduta tão certinha e honesta, ao mesmo tempo em que conhecemos aos poucos outros agentes da “Border” e suas intrigas internas, a aparição de criaturas "Neighbor" cada vez mais fortes, o mistério em volta delas, o segredo sobre o passado de Yuuma... Tudo amarradinho, bem aparado, merece um vistinho de "OK" por seguir a cartilha "battle shounen" fielmente, só que, por soar tão “déjà vu” tanto na sua ambientação, quanto no seu desenvolvimento e personagens, o mangá acabou se tornando pra mim um pouco, hum... Chato, simples assim. Reconheço que não ajuda muito eu estar a cada ano - que tristeza! - mais distante do principal público-alvo dessas histórias (cerca de 63% dos leitores da Weekly Shounen Jump têm 14 anos), mas, ah, que abuso mais sem sal de fórmula atrás de fórmula... E olha que para ser franco isso nem é tanta birra minha, pois o mangá de "World Trigger", desde que estreou, fica oscilando na parte de baixo dos rankings da revista, praticamente implorando para ser cancelado - sendo que o anime será uma nova tentativa da "Weekly Shounen Jump" querendo emplacar um hit que substitua suas obras de longa data que estão chegando ao fim.

E isso explica, certamente, a razão de haver um estelar elenco de dubladores reunidos em torno da produção da Toei, com nomes como Yuuichi Nakamura, Yuki Kaji (de novo!), Nobuhiko Okamoto, Fukuyama Jun, Kugimiya Rie, Masakazu Morita e Hanazawa Kana – de novo essa última surge dublando uma personagem que desde o início, já na obra original, eu não gostei (pôxa, HanaKana!)... Por outro lado, se o diretor Mitsuru Hongo não tem uma carreira de grandes destaques a não ser “Deltora Quest” e alguns filmes de “Crayon Shin-chan”, o supervisor de roteiros Hiroyuki Yoshino passou por muitas séries conhecidas... E cujos roteiros, sejam originais ou adaptações, não foram tão elogiados, dentre elas “Guilty Crown”, a primeira temporada de “Magi”, “Dance in the Vampire Bund”, “Accel World” e “Strike the Blood” - e ele ainda é autor do pervertido mangá de peitos “Seikon no Qwaser”. Menos contestado, tem-se por fim Kenji Kawai como compositor da trilha sonora, função que exerceu em “Barakamon”, “Higashi no Eden” e “Higurashi no Naku Koro Ni”.


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Yowamushi Pedal: Grande Road 
Formato: TV
Data de estreia: 07/10
Estúdio: TMS Entertainment
Diretor: Osamu Nabeshima ("D. Gray-man", "Hamtaro", "Zetman")
Gênero: Comédia / Drama / Esporte
De onde saiu: Continuação do anime de 2013, vindo de um mangá com atuais 35 volumes.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Segunda temporada de "Yowamushi Pedal", anime de esporte que entre 2013 e 2014 teve 38 episódios baseados no longo mangá homônimo de Wataru Watanabe - inclusive, nessa temporada de verão ele está vendo outra obra sua ser adaptada, a comediazinha ecchi "Majimoji Rurumo".

Osamu Nabeshima permanece na direção, com a prestigiada Reiko Yoshida ("Bakuman.", "K-ON!", "Non Non Biyori") na supervisão de roteiros. Alem disso, está previsto o lançamento de um longa para esse mês de setembro, chamado "Yowamushi Pedal: Re:RIDE", que resumirá o arco "Inter High" da primeira série de TV e acrescentará cenas inéditas.



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Yuuki Yuuna wa Yuusha de Aru 
Formato: TV
Data de estreia: 17/10
Estúdio: Studio Gokumi
Diretor: Seiji Kishi ("Angel Beats!", "Aoki Hagane no Arpeggio", "Hamatora", "Jinrui wa Suitai Shimashita", "Seto no Hanayome")
Gênero: Slice-of-Life
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Animação original do Studio Gokumi ("Kiniro Mosaic", "Dansai Bunri no Crime Edge") que terá o muito contestado Seiji Kishi como diretor, seu parceiro em várias animações Makoto Uezu ("D-Frag!", "School Days") na supervisão de roteiros e conceito original de Takahiro, autor do sangrento mangá "Akame ga Kill" - esse anime é a etapa final, aliás, de seu projeto pessoal "Takahiro IV Project", formado ainda pelo jogo para PC "Shoujo-tachi wa Kou o Mezasu" (ao qual a ideia original é sua), a adaptação animada de "Akame ga Kill" que terminará em dezembro e o enredo de uma light novel chamada "Washio Sumi wa Yuusha de Aru". Quanto a "Yuuki Yuuna", por ora só foi dito que a trama se passa numa tal de "era dos deuses", no ano de 300; nela, a protagonista Yuuna leva uma vida comum de estudante do segundo ano no ensino médio, participando do "Clube do Herói", cujas atividades envolvem lidar com criaturas misteriosas conhecidas como "Vertex".

Hã? Apesar dessa sinopse, se eu tivesse visto apenas os trailers (o linkado acima e aqueles curtinhos, deixados de fora, que só apresentam as personagens) eu pensaria que se trata somente de um slice-of-life de garotinhas como outro qualquer, com o diferencial de elas parecerem ter uma imaginação bem fértil (chunibyou again) ou, no máximo, estarem inseridas de fato num mundo de fantasia com historinhas episódicas sem tanta complexidade. Não custo a acreditar, igual ao que muitos esperam, que Takahiro surpreenderá com algum enredo mirabolante ou mais dark, mesmo porque ele só é criador do conceito original, enquanto a dupla Seiji Kishi (diretor que não é do meu agrado, pois enquanto possui um estilo muito bom para cenas de humor é irregular demais no restante) e Makoto Uezu é quem realmente ficará diretamente responsável pelo seu desenvolvimento. Não parece o seu "cute girls doing cute things" tradicional, contudo também não deverá ir muito além disso.


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TOTAL:

51 estreias

15 novas adaptações de mangás
15 continuações / spin-offs
novas animações originais
novas adaptações de jogos (Celular: 3; PC: 3)***
novas adaptações de light novels
novas adaptações de livros infantis
nova adaptação de tokusatsu

*** Por padrão "visual novels" agora serão sempre incluídas nesse tipo de adaptação, pois não fazia muito sentido deixá-las em separado já que, apesar do formato, ainda são jogos.




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Animações mais - e também menos, por que não - esperadas pela comunidade do MyAnimeList (de acordo com o total de usuários que já adicionaram cada anime às suas listas) (números do dia 15/09):

 Psycho-Pass 2 - 27,044
2º Log Horizon 2nd Season  - 23,728
3º Fate/stay night: Unlimited Blade Works (TV) - 19,794
4º Hitsugi no Chaika: Avenging Battle - 10,938
5º Kiseijuu: Sei no Kakuritsu- 8,290
6º Amagi Brilliant Park - 7,878
7º Grisaia no Kajitsu - 7,081
8º Shigatsu wa Kimi no Uso - 6,910
9º Ookami Shoujo to Kuro Ouji - 6,640
10º Terra Formars - 6,067
...
...
...
41º Hi☆sCoool! SeHa Girls - 600
42º Bonjour♪ Koiaji Pâtisserie - 521
43º Kaitou Joker - 333
44º Fuusen Inu Tinny - 22
45º Ganbare! Lulo Lolo 2nd Season - 12


O post começou com 35 animes, e esse ranking vai até 45º, porém isso não significa que falta adicionar apenas 10 animações no guia, pois há títulos que ainda não possuem páginas cadastradas no MyAnimeList - e no caso de "Aikatsu! 3" nem haverá uma, como deixei explicado no texto dele.

**Ainda não adicionados no guia.



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Resultado da enquete "Quais animes você pretende ver nessa temporada?":




Desse resultado eu posso concluir que:

* Não temos muitas crianças frequentando o Animecote (ah, sério?).

* Nem muitos fãs da Sega, se bem que para quem gosta de Sonic e companhia o melhor talvez seja ficar longe desse anime de consoles que viram garotinhas moe.

Um trailer bonitão cria muita expectativa ainda que o anime venha de um mero jogo de cartas para celular, né, “Shingeki no Bahamut”?

Mesmo sem ter restrições, não houve exageros: foram 129 votos únicos, que tiveram uma média de quase 7 animes escolhidos em cada – o mais “fominha” selecionou 32 títulos, mas duvido que veja tudo, duvido! Por conta disso, em enquetes futuras continuarei a não impor limites no número de escolhas.

* Agradeço a todos que participaram dessa enquete; caso tenham alguma sugestão ou crítica a respeito é só comentar logo abaixo.


Por fim, como comparação, veja o resultado de uma enquete feita duas semanas atrás no site Anime News Network, cuja diferença na montagem era que cada pessoa só poderia escolher UM anime na lista (e eles só divulgaram depois os que tiveram mais de 1% dos votos):










  • Psycho Pass 2 - 20.6%
  • Fate/stay night: Unlimited Blade Works (TV) - 18.9%
  • Log Horizon 2nd Season - 11.8%
  • Kiseijuu: Sei no Kakuritsu - 5.2%
  • Yowamushi Pedal: Grande Road - 4.8%
  • Hitsugi no Chaika: Avenging Battle - 4.4%
  • Ai: Tenchi Muyo! - 4.1%
  • Gundam: Reconguista in G - 3.8%
  • Nanatsu no Taizai - 3.8%
  • Sanzoku no Musume Ronja - 2.8%
  • Magic Kaito 1412 - 2.6%
  • World Trigger - 1.7%
  • Amagi Brilliant Park - 1.4%
  • Danna ga Nani o Itte Iru ka Wakaranai ken - 1.4%
  • Akatsuki no Yona - 1.3%
  • Grisaia no Kajitsu - 1.1%
  • Gundam Build Fighters Try - 1.1%
  • Trinity Seven - 1.1%
  • Shigatsu wa Kimi no Uso - 1.0%




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    Meus perfis:


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    21 comentários:

    1. Acho que tem um engano no trailer de Terra Formars

      2º temporada de Mushishi, 2º temporada de Chaika, 2º temporada de Log Horizon, 2º Psycho Pass. Mais alguma que eu esqueci agora, talvez. Fate stay Night apesar de não ter muita afinidade com a franquia >.<.

      + Os dois trash (terra e parasyte) e kyoani (se tiver alguma relação entre os citados aqui não foi 100% intencional) que sempre marco para ver, mas nem sempre vejo (na verdade nunca vejo os trash mesmo).

      Tive impressão que proporção de harém ecchi calcinha tá um pouco maior que o normal, embora possa ser só impressão (talvez tenha sentido falta de mais animes infantis pra equilibrar a balança e nos dar esperança para o futuro), ou então por ainda faltar 11 obras como falou, ou ainda por causa das imagens selecionadas... mas enfim, marquei um monte pra ver.

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      1. Hum, Terra Formars nem teria trailer agora =F! E comecei a acha-lo meio zoado demais depois de um tempo, mas curto pelo tema sci-fi e violência... Já Parasyte tenho achado ótimo seu desenvolvimento.

        Não consigo visualizar isso no trabalho, mas esse link deve ser então do anime da temporada passada que usei como base para a montagem dos dados principais, "Akame ga Kill!". Vlw por avisar.

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    2. Com as continuações de Log Horizon, Mushishi, Psycho-Pass, Yowamushi Pedal e Fate/stay night já da pra ser bastante feliz nesta temporada. Estava ansioso por ela :B

      Vários animes novos que aparentam ser interessantes também, acabei separando vários pra ver, fiquei especialmente curioso sobre a série dirigida pelo filho do Miyazaki. Além de Kiseijuu: Sei no Kakuritsu & Shigatsu wa Kimi no Uso. Vejamos o que esta temporada tem a me oferecer xD

      Mais uma vez: excelente guia Erick! Sem você minhas temporadas seriam muito menos aproveitadas, pois sabe-se lá como eu filtraria o que assistir hahahaha.

      Parabéns pelo bom trabalho!

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      1. Cristiano, desculpa pela demora em responder-lhe (sou enrolado demais nisso), mas agradeço muito por continuar acompanhando o guia do Animecote e, ainda mais, por deixar seu comentário =); por certos motivos parece que o post dessa temporada será fraco em acessos e feedback, mas é ótimo rever velhos leitores do blog.

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    3. Caprichada essa temporada, viu. E a ideia da enquete foi ótima, pois pra preenchê-la tive que anotar os animes que vou acompanhar. Agora não vou os esqueço.

      Depois pode utilizar os dados da enquete e fazer um ranking de expectativa hahah

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      1. Ha, pode deixar que no início de outubro colocarei um ranking com o número de votos para cada anime - por enquanto dois títulos bem óbvios estão empatados na liderança, com mais de vinte votos.

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    4. ótima temporada, desses uns 15 devo ver.
      acho q ficou show o questionário, ser der pra colocar o campo de macacão do lado de cada descrição iria ser ótimo.
      sempre visito o site pois me ajuda mt na organização dos q vou ver, o site estar de parabéns.

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      1. Obrigado pelo elogio, Thiago =), só não entendi bem o seu pedido; como assim colocar o "campo de macacão (marcação?) do lado de cada descrição"?

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    5. seria o campo de marcação do questionário do q pretendemos ver, seria bom se ficasse abaixo do nome do anime.
      tb seria interessante no final da lista dos animes uma descrição de quantos e quais animes a pessoa marcou no questionário.
      claro q isso seria apenas um complemento a já boa descrição dos anime.

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      1. Entendi, mas isso pelo menos o Google Drive (onde montei a planilha) não dá de bandeja, eu teria de fazer alterações em scripts e etc, algo que não tenho a mínima experiência =F. Farei testes e verei o que pode ser aprimorado nessa questão (igual ao número de opções para votar que comentei abaixo), mas se eu conseguir chegar a algum lugar isso só será feito no guia da próxima temporada.

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    6. A descrição do Parasyte devia ser mais breve possível. Assim está entregando uma parte essencial da história. Deve evitar, por exemplo, dizer o que vai acontecer ao Shiniji no futuro de forma tão descarada.

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      1. Desculpe, "forma tão descarada" é uma afirmação muito forte, talvez de "forma tão clara".
        Não obrigando a mexer em nada, contudo, fica como sugestão para resenhas futuras. Não sou um leitor habitual por isso não sei se isto é recorrente e... normal.

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      2. Também, no caso da enquete, deve limitar as escolhas de animes mais esperados para 3 animes ou 5, para o ranking ser mais fiável.
        Continuação de bom trabalho.

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      3. Ah, Sr. Anônimo, eu leio ao menos 2 volumes da obra original, quando possível, justamente para ter mais o que falar. De Parasyte foi a mesma coisa, li só dois volumes para fazer o texto, o que ainda acho uma quantidade razoável para alguns spoilers, e ainda nem passei disso, e se você tivesse conhecimento dos mangás ou light novels de outros animes que estrearão também veria situações parecidas em seus respectivos textos.

        Mas, comparando com outros animes aqui e ali, talvez eu tenha sido mesmo muito explícito nos fatos? Só assim para eu achar que exagerei, pois vendo-o em separado julgava ser o bastante.

        ...

        Isso da enquete levei bons minutos para decidir se colocava limite (de 3 ou 5 opções mesmo, igual ao que você sugeriu) ou se deixava pro pessoal votar à vontade. Escolhi a segunda porque mudei a pergunta e queria saber realmente quais animes cada um veria, independente da quantidade. Se fosse questão de querer saber quais são os mais aguardados, quais a pessoa tem mais expectativa, aí sim teria de impor no máximo 5 escolhas por voto.

        Porém isso pode ser mudado sem problemas para o próximo guia de temporada, de acordo com o resultado dessa enquete. Por ora a tenho achado satisfatória, pois mesmo sem limites cada voto tem tido uma média de 10 animes escolhidos.

        Obrigado pelo(s) seu(s) comentário(s), ha =p

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    7. Yay-san de volta para o comentário nos especiais!!!

      Erick, como sempre, um excelente trabalho, no qual se nota dedicação e empenho. O teu trabalho árduo continua a ser o guia mais completo que encontro na internet, traduzido para o espetacular português. O guia continua extremamente bem composto, com tudo arrumado e com aquela corzinha famosa nas partes mais interessantes do texto (embora ele todo seja algo bastante curioso de se ler).

      Achei bastante interessante o facto de teres colocado um questionário no final e tenho-te a informar em primeira mão que só vou ver 7 :p (Tenho que diminuir a quantidade, a escola não me permite mais!!! XD)

      Muitos parabéns Erick e uma excelente continuação desse trabalho que tu tão bem fazes e que eu adoro (embora ache que não falo só por mim).

      PS: O que é daquela imagem que vinha nos especiais antigos, que tinha um fundo preto e os animes todos empilhados e tinha os filmes e as OVAS e coisas assim, tudo em inglês?

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    8. Yay, Yay-san, obrigado pelo apoio em mais essa temporada =p, e no meu caso seria o trabalho e o estudo para futuros concursos que atrapalham um pouco meu hobby - mesmo assim, em um primeiro momento, gostaria de ver 33 animes dessa temporada, um absurdo uma vez que sequer consegui deixar em dia "apenas" 20, 25 nas temporadas anteriores...

      A montagem dos guias também têm sido cada vez mais prejudicadas por causa desses fatores, mas enfim, é melhor deixar isso pra lá e pensar em uma temporada por vez =F

      Quanto a imagem (que ainda posto sua página de origem lá em cima, e não deixo mais como link direto porque o seu tamanho pesava na hora de salvar atualizações), ela é uma cartela que alguns sites americanos fazem a cada temporada com informações básicas de todas as estreias em séries de TV, OVAs, OADs, filmes e especiais - a que eu divulgo vem do site Neregate > http://neregate.com/blog/. É boa para quem deseja ter uma visão rápida das novidades, bem como ter noção de tudo o que virá nos próximos três meses além das séries de TV.

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      1. Obrigado pelo esclarecimento e boa sorte com todos os seus assuntos!!! :D

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    9. Por onde começo rsrs, antes de tudo quero agradecer por ter se dedicado a escrever o post.

      Agora as séries que verei quando estiverem completas claro, é cansativo acompanhar semanalmente, seguindo a lista: Fate/stay night: Unlimited Blade Works (gosto da franquia), Garo (achei interessante seu resumo e por ser medieval), Kiseijuu (pretendia ler o mangá, mas tava parado, talvez agora eu leia), Magic Kaito 1412 (vou dá uma chance), Mushishi (verei a 2ª season), Ookami Shoujo to Kuro Ouji (o shoujo dessa temporada) e Psycho Pass (dispensa comentários).

      A cada trimestre eu venho aqui só pra ler o especial que vale muito a pena pq não é só a sinopse que se encontra, mas outros detalhes como estúdio, diretor, a sinopse (resumo na vdd) e a opinião que eu acho a melhor parte. Fica aqui meu OBRIGADO por mais esse especial Erick!

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      1. Obrigado pelo apoio, Douglas. Até a próxima temporada, ha...

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    10. Mais uma vez parabéns pelo blog, já estou tão acostumado com as listas com ótimas sinopses, que não sei oque faria sem ele.

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      1. Obrigado pelo comentário e apoio, Cláudio, e até a próxima temporada =)

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