A resenha vai trazer um animal
bem comum, uma gatinha que apesar da sua simplicidade e curiosidade infantil,
consegue conquistar aos que acompanham suas descobertas e sua visão do mundo ao
seu redor. Vamos ver o que ela é capaz...
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Ano: 2008 (Sweet Home) / 2009
(New Address)
Diretor:
Mitsuyuki Masuhara ("Kobato." "Shirokuma Cafe")
Estúdio:
Madhouse
Episódios: 104 (Sweet Home) / 104 (New
Address) - 3 min. por episódio
Gênero: Comédia
/ Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 11 volumes, em andamento.
Por Escritora Otaku
Todo mundo deve ter um bicho favorito: cachorro, gato, pássaro, hamster, rato, coelho e não importa se for um animal selvagem, desde que goste e os motivos pela escolha. Se for um dono de primeira viagem ou que tem experiência, o que sabemos é que quem tem um bichinho de estimação conhece os bons e os maus momentos. Agora que estamos mais entendidos, vamos ao que interessa, a resenha e não vamos surpreender se no final, você ficar todo sentimental perante a protagonista da série abordada.
“Chi’s Sweet Home” tem suas origens em mangá do
mesmo nome publicado pela Kodansha, criação da mangaká Kanata Konami, e o que
chama mais atenção são os traços bem simpáticos e o mangá ser colorido na
versão tankobon e não em preto e branco, lembrando um livro infantil. Nem
parece um mangá à primeira vista, mas é sim e não diga o contrário. Desse
formato para anime foi questão de tempo, e o que mais surpreende está no
estúdio que tratou da animação, pois quem conhece as animações que fizeram,
pode ser pego de surpresa, literalmente...
Na história conhecemos uma
gatinha muito fofa e simpática, que acaba se perdendo de sua família e é
acolhida por uma família humana, que mora em um apartamento onde animais não
são permitidos. A princípio
essa família tenta procurar um lar para a gatinha, no entanto acabam se
afeiçoando com ela e decidem ficar com a gatinha que é chamada de Chi. Há uma
razão por trás do nome do seu nome: num dos primeiros episódios da primeira
temporada, a gatinha não sabia fazer xixi no lugar certo e como reagia a palavra
“shikko”, que quer dizer urina em japonês, a chamam de Chi. E assim, Chi passa
a ser parte da família Yamada, composta pelo pai (designer gráfico e o que mais
se preocupa com a gatinha) a mãe típica dona-de-casa, e o filho Youhei, que foi
decisivo pra manterem Chi em casa.
Isto resume bem e a série traz
as descobertas e aventuras pela visão de Chi, que além de filhote tem atitudes
bem inocentes e infantis de uma criança. Ou não reparou que em certos
episódios, a maneira dela de enxergar o mundo é idêntica a de uma criança
pequena, mesmo sendo um animal? Personalidade que em nenhum momento muda,
apenas a forma de interagir com o mundo que a rodeia faz a total diferença.
Não fiquem surpresos com a
quantidade grande de episódios, pois o anime tem apenas três minutos de
duração, contendo a abertura e o episódio abordado. Pra ter uma ideia, são
precisos oito episódios para ter a duração de um episódio normal de um anime
que assistimos por aí. Só tomem o cuidado de não ser pego pela simplicidade,
porque quando menos esperar estará assistindo em maratona.
Isto é sério! “Chi’s Sweet Home”
/ “Chi’s New Address” são daqueles casos que você vai achar que vai assistir
apenas uma quantidade X de episódios e pronto! Só que não: quem se apegar a Chi
e companhia corre o risco de assistir sem parar. E fora a quantidade de vezes
que você vai falar “que gracinha!”, “que fofo!” ou usar o termo “kawaii”
infinitas vezes. Claro que tem seus pontos positivos, pois é um anime sem
restrições quanto a faixa etária e por ser infantil, pode ser visto por
qualquer um e sentir feliz após assistir. Se for pra mostrar um anime e quiser dar uma primeira impressão a quem não tem costume de acompanha-los, esta
seria uma boa opção.
Aos que tem um gato de
estimação, a história consegue mostrar como um gato deve ser tratado;
alimentação, cuidados e etc. E isto é mais ressaltado na primeira temporada, já
que a família Yamada nunca cuidou de um animal de estimação, sendo marinheiros
de primeira viagem. Juntando ao estilo curioso e inocente da Chi, temos um
prato cheio aí para explorar as descobertas desta gatinha tão fofa e simpática. O
único medo dos Yamadas é a gatinha ser descoberta pela síndica do prédio,
então, é comum eles fazerem até o impossível pra manter Chi segura e fora de
encrencas.
Tudo muda após o fim da
primeira temporada e início da segunda, quando após pensar no que fazer
com a Chi e ouvir a opinião de Youhei - o menino mostra o quanto se apegou a
Chi – tendo a sorte nipônica no lado deles, topam com um prédio que permite animais
e mudam pra lá. Se antes acompanhávamos o dia a dia da Chi, agora um mundo se
abre a ela e, com mais liberdade, pode andar por aí e conhecer outros animais,
novas situações e conquistar amigos, a maioria gatos é claro! Então, se pensava
que iria ver repetições como na fase anterior, pode te pegar desprevenido e se
divertir com as novas aventuras da Chi e quando menos esperar, vai notar que
acabou de ver tudo...
O destaque da série é a
própria Chi, que como dito, tem uma personalidade que te encanta, o que não
quer dizer que os demais personagens não tenham seus momentos. Pode-se ver o
entrosamento da família Yamada, sua rotina e como tratam da gatinha, seja nos
cuidados felinos, seja na hora das refeições e até mesmo nos momentos de
diversão. E se eles têm o dia a dia em
torno da gatinha, não fiquem chocados, porque na vida real acontece também. O
contato com Chi traz à família um novo sentido em ter um animal de estimação e
considerar como membro da família. Neste ponto, muitos de vocês devem estar
pensando em seus bichinhos de estimação ou o quanto um animal é importante,
seja com humanos ou livres na natureza. E é na segunda temporada que
isto se torna mais crucial e visível; não vamos ater a detalhes, mas, quem
acompanhar “Chi’s New Address” (“Chi’s Sweet Home Atarachii Ouchi” no original)
vai entender o significado do animal como parte da família ou se divertir com
as aventuras de Chi neste novo contexto.
A Madhouse – sim, são eles e
outro sim, dá pra ficar de queixo caído ao saber – foi a responsável pelas
animações e como de costume, a qualidade é excelente, mantendo o traço e a
estética da trama. Isto prova que o estúdio gosta de produzir animes com os
mais variados conteúdos e que não nega pegar algo menos underground. Mudando
para a trilha sonora, precisamente as aberturas das duas animações: em “Chi’s
Sweet Home” temos “Ouchi ga Ichiban” cantada pela Satomi Koorogi, a dubladora
por trás da voz da Chi e é uma música muito fofa; já em “Chi’s New Address”
temos “Chiisana Dai Bouken” cantada pela Rika Matsumoto (famosa dubladora e
cantora japonesa), que combina com a proposta que a trama propõe.
Sendo assim, quem quiser
acompanhar a Chi e suas desventuras, fique à vontade! Se gostar e ao mesmo
tempo perguntar o que uma gatinha pode oferecer, então, vai se sentir em casa.
E aos que curtem animais, não importando qual seja, “Chi’s Sweet Home” / “Chi’s
New Address” vão te conquistar ao primeiro miado desta gatinha tão fofa,
cuti-cuti e outros predicativos simpáticos.
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