23 de julho de 2013

3 em 1: Cyclops Shoujo Saipuu, Kogepan e Out of Sight






Iniciando um novo tipo de postagem no AnimeCote, é hora de falar sobre uma garota que é apaixonada pelo irmão, uma menininha cega que perde seu cão-guia e um pão queimado que guarda rancor pela vida...

***

Com frequência surgem algumas animações das quais tenho vontade em abordar aqui, mas que, em contrapartida, são pequenas ou simples demais para render uma resenha de tamanho razoável, e sabe lá quando poderiam aparecer em um post da seção X-Dez – seção essa que está inativa, mas uma hora voltará, prometo. Logo, seja um anime de episódios curtinhos ou um OVA pequeno, estes agora terão espaço na nova seção “3 em 1”, onde em apenas um post sempre falarei a respeito de três animações. Diferente do X-Dez, elas não terão semelhança alguma entre si a não ser o fato de serem obras curtas, pequenos trabalhos que podem sem apreciados rapidamente.

Dessa forma, estreando essa seção, apresento o recente ecchi “Cyclops Shoujo Saipuu”, o inusitado “Kogepan” e o belíssimo “Out of Sight”;


**********










Ano: 2013
De onde saiu: Mangá, 2 volumes, em andamento.

Aos doze anos Fuuka, irmã de Hikaru, era uma pequena garotinha que idolatrava o irmão e prometia se casar com ele. Achando que era somente uma inocente afeição passageira, Hikaru não se importava com isso e apenas achava graça.

Entretanto, agora com 14 anos, Fuuka se tornou uma linda adolescente de altos 1,80m e busto avantajado, muito admirada por pessoas de ambos os sexos. Conhecida como "saipu" (ciclope) por conta de sua estatura e da franja que cobre um de seus olhos, Fuuka pode ter mudado muito fisicamente, porém ela não esqueceu nem desistiu da promessa de se tornar esposa de seu próprio irmão...

ONA com episódios de 2 minutos de duração cada exibido nesse ano, "Cyclops Shoujo Saipuu" é exatamente aquilo que a sinopse dá a entender; mais um anime ecchi que explora a fixação de uma garota pelo seu irmão bobão, sendo ela o tipo que não esconde e nem gagueja quando desconfiam de algo, mas sim declara abertamente sua paixão e faz diversas insinuações nada discretas para cima dele - pois, por mais desligados que possam ser esses personagens masculinos, creio que não dá para ficar em dúvida quando sua irmãzinha pergunta toda alegre "Vamos ter um bebê?", né...

A enorme e bobinha Fuuka ataca, Hikaru se desvia, ignora, lembra sensatamente quem ela é mas, às vezes, sabe, a tentação é grande demais e certas partes do corpo ficam fora de controle, porém é óbvio que não passa disso... Em resumo, o anime é um amontoado de cenas sugestivas, alguns mal entendidos e sequências e diálogos um tanto picantes, seja entre esses dois irmãos ou através de personagens secundários, pois Saipuu é amada por todos e uma de suas amigas parece até jogar no time oposto, de tanto que dá em cima de outras garotas... Quase todo episódio tem seus dois minutos preenchidos por 4 esquetes de cerca de vinte segundos cada (o resto é gasto em quadros de transição e propaganda da obra original), mostrando o quão a animação pobre é fiel às tirinhas 4-koma do mangá, não se importando em fazer uma adaptação mais fluida. No seu formato de origem tais historinhas são bem mais agradáveis e cômicas, mas, uma vez animadas sem qualquer modificação significativa suas piadas acabaram perdendo muito daquele timing que a tirinha de quatro quadros impõe nelas. 

Sendo o mais fraco do trio, "Cyclops" é indicado principalmente para quem deseja ver algo apelativo de rápida degustação ou que já tem predileção a um típico pseudo-incesto onde muito se fala, mas pouco se faz. Uma protagonista que esquece de colocar o sutiã ao ir para a escola, se esfrega no irmão para acorda-lo, toma banho com ele dizendo frases e fazendo gestos suspeitos, parece ter problemas para beber leite sem derrama-lo em si e provoca constantes sangramentos nasais nos outros, tanto em homens quanto em mulheres... Essa é a menina apelidada de "Ciclope", alguém que poderia ensinar a certas "imoutos" a como expressar melhor seus sentimentos - mas sem tanta perversão, claro.

+ Ecchi               − Animação pobre demais
                        Episódios “picotados”

Nota: 5


**********











Ano: 2001
De onde saiu: Animação original.

O que é felicidade para um pão?

Em 10 episódios de 4 minutos cada conhecemos a história de Kogepan, um pão que, coitado, teve o azar de ficar tempo demais no forno da padaria e desse modo acabou queimado. Sem ser comprado por ninguém, Kogepan agora vagueia pelo local se escondendo pelos cantos, amargurado e pessimista com a vida. Não é tão fácil quanto parece ser um pão, ainda mais um que ninguém quer levar embora.

E com essa premissa absurda se tem um anime inesperadamente sensível e afável, onde o protagonista ranzinza, apesar de resmungar toda hora "Por que o padeiro não me assou direito?", vai aprendendo uma ou duas lições e ensinando outras, também. Não desiste de ser vendido, não cansa de azucrinar e baixar o astral dos agitados e alegres pãezinhos novos (maldade revelar-lhes o que ocorre com eles fora da padaria!); mas, em outros momentos, se conforma com o que tem e passa valiosos conselhos àqueles que, em breve, serão vendidos - e devorados...

Ainda bem que, para enfrentar e amenizar essa vida dura, Kogepan possui outros pães companheiros do mesmo infortúnio, que junto a ele afogam suas mágoas em bebedeiras regadas a leite, desde o sábio e tolerante pão de creme ao doce - em todos os sentidos - pão de chocolate, o indeciso pão de maionese e o cabeçudo pão francês. De maneira infantil, mas competente, "Kogepan" aborda com sutileza temas como amizade, preconceito e competitividade, nesse mundo “cruel” onde o que importa a um pão é ficar bonito para os clientes e ser comprado. É engraçadinho, é sentimental e educativo, e passa a linda lição de que, no final, todos os pães são iguais, queimados ou não.


+ Originalidade
+ Sensibilidade                       

Nota: 7


**********


Out of Sight








Ano: 2008
De onde saiu: Animação original.

E o último título na verdade sequer é o que chamamos de anime, e sim uma obra feita por três estudantes de uma universidade de Artes do Taiwan como projeto de graduação. Ocasionalmente me darei ao direito de comentar aqui uma obra não japonesa, mas será algo bem esporádico mesmo.

Em cinco minutos é acompanhada a trajetória de uma garotinha cega pela cidade enquanto procura por seu cão-guia, que saiu correndo ao perseguir um ladrão que roubou a bolsa de sua dona. Desviando do caminho já conhecido enquanto segue o animal de estimação, e sem condições de visualizar o espaço estranho à sua volta, resta à menininha confiar em seus demais sentidos para se orientar, e "Out of Sight" mostra essa sua pequena grande aventura de maneira muito bonita e colorida. Aproveitando-se do tato, do olfato, da audição e de sua imaginação fértil, a garotinha vai "construindo" o mundo aos poucos, e a animação se desenvolve conforme são feitas estas descobertas. 

Um galho que na sua mente infantil é uma varinha mágica toca em tijolos e em seguida em um vidro e ela percebe que se trata de uma loja; a percepção dos odores vindos de dentro lhe dão a noção de que está diante de uma padaria, fazendo pães "brotarem" na vitrine; e o barulho de um sino e passos ouvidos ao lado indicam que a entrada é logo ali e que alguém acabara de sair. Dessa forma ela vai avançando pela cidade, onde uma bola ambulante "se transforma" em um gato ao miar e uma mulher tem pétalas de flor na cabeça devido ao doce perfume que usa. Com tons pastéis e um traço cartunesco, "Out of Sight" é uma obra que exala simpatia e criatividade.

+ Animação              
+ Criatividade

Nota: 9


**********


Sinais + e -: O que eu considero como pontos fortes e fracos do anime.


Meu perfil no MyAnimeList, com indicações semanais de matérias diversas sobre o mundo otaku feitas por este e outros sites;
http://myanimelist.net/profile/DarDrak




Comente com o Facebook:

Um comentário:

  1. Cyclops Shoujo é bem legalzinho, o do pão eu nunca vi e o terceiro, não sou um poço de sensibilidade hehe.

    ResponderExcluir

Copyright © 2016 Animecote , Todos os direitos reservados.
Design por INS