A temporada de outono já estreou boa parte de seus animes, mas antes de imergimos nela o Animecote segue com suas últimas postagens a respeito da recém acabada temporada de verão, neste caso trazendo as listas em conjunto de alguns membros do blog.
Após duas edições seguidas valendo mão de convidados para montar esse post, dessa vez foi possível reunir os integrantes "originais" de quando tal publicação foi retomada no ano passado, que são Evilasio Junior, Tadashi Katsuren e eu, Erick Dias. Cada qual apresenta logo abaixo seu Top 5 de animes finalizados nas últimas semanas, os quais esperamos que possam ser de alguma utilidade para quem tiver dúvidas quanto ao que assistir, e clique aqui caso queira visitar as postagens de temporadas anteriores.
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Erick Dias
5º – Nana Maru San Batsu
Mesmo que "Sakura Quest" tenha sido melhor pra mim quanto ao desenvolvimento de seu elenco e
desfecho, "Nana Maru San Batsu" acabou pegando o quinto lugar de
raspão simplesmente porque... Foi bem divertido assisti-lo, simples assim.
Se de início fiquei meio ressabiado com o protagonista lerdo e hesitante demais, a dublagem capenga da personagem feminina principal – feita por uma novata – e algumas cenas bobinhas de fanservice que, ainda bem, rapidamente saíram de foco e foram esquecidas, após isso terminei me interessando e gostando bastante dessa, digamos, versão japonesa do "Passa ou Repassa" estrelada por integrantes de clubes do ensino médio. Funcionou de maneira satisfatória usar nessa história uma narrativa típica de shounen esportivo onde o protagonista masculino chamado Shiki Koshiyama, um nerd que lê de tudo e que de repente é apresentado e mostra grande potencial nesse jogo de perguntas e respostas devido à sua enorme carga de conhecimento geral, vai se aprofundando e aprendendo várias técnicas e truques para aperfeiçoar seu desempenho – tais como os padrões nas montagens das perguntas, saber ouvir e reconhecer o momento certo para apertar o botão e interromper a leitura das mesmas assim que for possível prever sua resposta (dando atenção até mesmo para a entonação na voz do perguntador) e inclusive o que ler para ampliar seu conhecimento trivial em diversas áreas de modo mais prático e rápido, dentre outros métodos. O seu "senpai" líder do clube e veterano no ramo, os colegas menos experientes e inclusive adversários que encontra pelo caminho - tendo o clássico "rival" principal que a história insiste em classifica-lo assim de modo um tanto forçado - também se mostram primordiais para a construção de caráter de Koshiyama, que em 12 episódios tem lá seus altos e baixos e instantes de insegurança, porém no fim torna-se apaixonado por essa disputa entre cérebros e dedos mais rápidos.
Pelo menos pra mim o
anime chegou até a causar pequenas surpresas ao não deixar a tarefa tão fácil
assim para o rapaz conseguir alguns trunfos, mas no geral "Nana
Maru San Batsu" é bem formulaico em seu desenrolar – o que talvez limite o
tema proposto em certos momentos, mas aqui não se torna exatamente um ponto a
ser criticado visto o bom tratamento dado a isso, e dessa forma testemunhamos
empolgantes disputas de jovens respondendo perguntas em rodadas com as mais
variadas regras e modalidades (contudo nenhuma delas tem torta na cara!) e, no
meio disso, acabamos ainda aprendendo algumas interessantes inutilidades aqui e
ali seja sobre artes, religião, história japonesa ou literatura, apesar de que
passados alguns dias já teremos esquecido de quase tudo que foi ouvido...
4º - Kakegurui
Sendo franco,
"Kakegurui" foi um dos meus "guilty pleasure" da temporada
porque, ao mesmo tempo que trata-se de um anime do qual teria muito a criticar
e desdenhar, ele também acabou me comprando facilmente graças às suas várias
reviravoltas aliadas a uma narrativa frenética e de estilo atraente. Posso dizer que aquele anime curto da mulher que se relaciona com um crossdresser é outro
que se encaixaria nesse grupo, apesar de que, gostos pessoais à parte, ele foi
de fato ruim em qualquer aspecto...
Para uma premissa louca
de escola particular onde jovens riquinhos fazem apostas à vontade e colocam
fortunas inteiras em jogo, uma protagonista igualmente desvairada como a estudante
Jabami Yumeko caiu como uma luva: Sua obsessão por apostas, a ponto de sequer
se importar caso perca tudo em troca de alguns minutos de total excitação e
tensão, pode deixar a trama um tanto anticlimática na resolução de certos
conflitos, mas ainda assim o comportamento e perspicácia dela durante os jogos
- sejam estes os mais habituais como algum de cartas com regras normais ou
outros envolvendo condições e itens bem inusitados e por vezes perigosos –,
junto a adversários tão ou mais caricatos e sagazes quanto ela (todos exibindo
linhas de raciocínio quase humanamente impossíveis de serem seguidos...)
são elementos vitais para transformar "Kakegurui" em uma excêntrica e
divertida obra, por mais que eu questione em como os personagens refletem e
executam suas ações, em como os argumentos e conceitos exibidos no andar da
história são tolos ou exagerados e, principalmente, em como as expressões
faciais de todo mundo nos momentos mais emocionalmente críticos me causam
irritação de tão feias – e isso não só na animação, mas também no mangá. Em
suma, é um anime idiota em vários pontos, mas um anime idiota que soube me
entreter por meio de jogatinas durante 11 de seus 12 episódios.
E já explicando essa
ressalva para fechar este texto e irmos ao próximo, é que o último episódio foi o único a não ser
baseado no mangá, trazendo um argumento que, mesmo tendo sido criado pelo
próprio autor da obra original, se mostrou bastante pífio e desanimador como
conclusão do anime – até deixa um gostinho amargo (muito amargo!) na boca, mas
não mancha totalmente o exótico espetáculo exibido antes disso.
3º - Youkoso Jitsuryoku
Shijou Shugi no Kyoushitsu e
Mais uma escola com
estrutura diferenciada, esta separando os alunos em quatro salas de A a D, com
regalias e status social crescentes, que disputam entre si para poderem trocar de lugar uma com
a outra – sendo que cada aluno ainda recebe mensalmente em seus celulares uma certa
quantidade de pontos que podem ser usados como dinheiro nas dependências dessa
instituição de elite, porém a sala toda tem de se esforçar para conquista-los
das mais variadas formas, seja por meio de boas notas nos exames ou outros feitos individuais ou coletivos. Ao contrário de um "Baka to Test to Shoukanjuu" da vida que trouxe ideia semelhante em tons humorísticos e
fantasiosos, "Youkoso..." apresenta uma lado mais "serious
business" repleto de intrigas, falsidade, traições e um protagonista
inexpressivo e à primeira vista inofensivo que prefere não chamar a atenção
enquanto, na verdade, acaba discretamente se tornando a peça central dos
principais conflitos do anime.
Confesso que de início não fui com a cara desse personagem, chamado Ayanokouji, contudo suas inteligentes falas e tomadas de decisão me fizeram mudar de ideia ao longo dos episódios. Não podendo falar muito dos eventos em si sem esbarrar em spoils consideráveis, digo apenas que "Youkoso..." pode ter me soado às vezes um tanto pedante e exagerado com esse cenário envolvendo sistema de pontuação, pseudo hierarquias sociais e tudo o mais pincelados com tremenda seriedade e drama, porém este foi outro caso de anime que soube me fazer aceitar seus conceitos talvez duvidosos em prol de um bom entretenimento – sendo esse bem mais complexo do que "Kakegurui", é claro. A série pode ter tido dificuldades em adaptar uma light novel com narrativa e textos explicativos tão longos (sabem a expressão "wall of text"? Bem, aqui verão isso literalmente em algumas cenas), e o diretor Seiji Kishi cedeu à sua confessa paixonite pela orgulhosa e antissocial líder feminina Suzune Horikita ao alterar eventos e conceder a ela mais tempo de tela em detrimento das demais garotas – algo que será indiferente pra quem não leu a obra original -, mas fora isso "Youkoso..." executou bem essa ideia de alunos se aproveitando do cérebro, lábia, dinheiro ou contatos para poder galgar alguns degraus em sua "grandiosa" carreira estudantil, cujo sucesso ou fracasso nessa conceituada escola ditará seus respectivos futuros. Perdão por, creio eu, soar tão vago nos comentários uma vez que quero evitar spoils, mas tenham ao menos noção de que não será apenas fazendo provinhas ou não perdendo uma só aula que o "cara de peixe morto" Ayanokouji e seus colegas alcançarão tal objetivo.
É bom, é bem pensado,
apresentou um final marcante e muito gostaria de uma sequência para assim
continuar a ver essa empreitada e descobrir a resposta de algumas perguntas
deixadas no ar (sendo que não tem muito material traduzido da light novel caso
eu queira apelar a ela), mas agora o deixarei um pouco de lado para rasgar seda
ao segundo e primeiro colocados desse meu Top.
2º - Tsurezure Children
Comediazinha fofa da
temporada, "Tsurezure Children" me encantou com seus vários casais
juvenis em situações diversas, onde a inocência e a ingenuidade ditaram o ritmo
tanto daqueles já inseridos em um relacionamento (mesmo que em fase inicial), quanto de outros que ainda
"batem cabeça" e sofrem com a própria falta de experiência para
chegar a algo satisfatoriamente próximo de uma relação amorosa. A série em si abordou as idas e vindas de 6 casais e um bagunçado quadrado amoroso (!), porém o mangá de tirinhas possui pelo menos o dobro disso no momento, tendo ficado de fora pares como o formado por um professor desligado e sua aluna que o ama, ou então o da rígida capitã do clube de karatê que acaba se interessando pelo seu novo "kouhai", um garoto fraco e de aparência efeminada, dentre outros.
Sendo rápido nesse aqui pois já gastei quase todo o meu espaço previamente combinado para cada participante do post, "Tsurezure Children" cai um tanto de nível nos episódios finais ao vermos que a maior parte dos casais dão voltas e voltas em seus probleminhas (geralmente de comunicação mesmo) por um tempo excessivo, caindo em certa previsibilidade e monotonia, contudo isso não me impede de elogiar o quão até pouco mais de sua metade o anime me surpreendeu e causou risos com seu humor leve e caloroso, retratando um bom punhado de diálogos e eventos que, normalmente, histórias de comédia romântica raramente chegam a alcançar ou o fazem após muita enrolação e volumes. Seja um rapaz extrema e hilariamente direto nas suas confissões e declarações de amor à sua amada, uma garota tímida que ao lado de seu novo namorado sofre um pouco em torno de fofos e engraçadinhos mal entendidos, ou então as dificuldades de antes um casal de amigos que de tão íntimos e em sincronia parecia uma dupla de comediantes, mas agora se tornaram namorados que falham miseravelmente em manter esse novo status (seja por culpa de avanços físicos mal calculados ou mães os interrompendo na hora H!), "Tsurezure Children" poderá de todo modo ser visto por alguns como meio "bobinho" e sem sal devido a essa tamanha ingenuidade e inexperiência adolescente que permeia seu vasto elenco apesar de certos notáveis avanços de um ou outro personagem, o que acho natural, mas no meu caso acabei adorando ver esses jovens se "digladiando" com seus sentimentos e embaraço, acarretando em muitas cenas onde senti pena ou vergonha alheia do(a) pobre pessoa, ri com a reação inesperada da outra parte ou apenas terminei pensando - pensando, não falando! - um manjado "aaahhh, que fofo"...
Desculpe, é a idade.
Sendo rápido nesse aqui pois já gastei quase todo o meu espaço previamente combinado para cada participante do post, "Tsurezure Children" cai um tanto de nível nos episódios finais ao vermos que a maior parte dos casais dão voltas e voltas em seus probleminhas (geralmente de comunicação mesmo) por um tempo excessivo, caindo em certa previsibilidade e monotonia, contudo isso não me impede de elogiar o quão até pouco mais de sua metade o anime me surpreendeu e causou risos com seu humor leve e caloroso, retratando um bom punhado de diálogos e eventos que, normalmente, histórias de comédia romântica raramente chegam a alcançar ou o fazem após muita enrolação e volumes. Seja um rapaz extrema e hilariamente direto nas suas confissões e declarações de amor à sua amada, uma garota tímida que ao lado de seu novo namorado sofre um pouco em torno de fofos e engraçadinhos mal entendidos, ou então as dificuldades de antes um casal de amigos que de tão íntimos e em sincronia parecia uma dupla de comediantes, mas agora se tornaram namorados que falham miseravelmente em manter esse novo status (seja por culpa de avanços físicos mal calculados ou mães os interrompendo na hora H!), "Tsurezure Children" poderá de todo modo ser visto por alguns como meio "bobinho" e sem sal devido a essa tamanha ingenuidade e inexperiência adolescente que permeia seu vasto elenco apesar de certos notáveis avanços de um ou outro personagem, o que acho natural, mas no meu caso acabei adorando ver esses jovens se "digladiando" com seus sentimentos e embaraço, acarretando em muitas cenas onde senti pena ou vergonha alheia do(a) pobre pessoa, ri com a reação inesperada da outra parte ou apenas terminei pensando - pensando, não falando! - um manjado "aaahhh, que fofo"...
Desculpe, é a idade.
1º - Made in Abyss
Sobre "Made in Abyss" é complicado discorrer muito em um texto cujo propósito não é analisar a obra de ponta a ponta sem se preocupar em dar spoils, porque tirando isso é preferível ter pouco conhecimento de seus desdobramentos visto que um dos charmes da história é descobrir, junto com os protagonistas Riko e Regu, as criaturas, particularidades e mistérios que rondam as diferentes camadas do abismo que a dupla desbrava em busca de pistas sobre o paradeiro da mãe da garota.
Não falei isso no texto anterior, contudo acho o anime de "Tsurezure Children" melhor que o mangá pois considero as tirinhas bastante "cruas", simples - já no caso de "Made in Abyss" também prefiro sua fiel adaptação animada, mas não por conta de seu ótimo mangá ter qualquer grande defeito na minha visão, e sim porque o anime produzido pelo estúdio Kinema Citrus e dirigido por Masayuki Kojima ("Monster") aproveita muito bem os atributos dessa mídia, trazendo uma trilha sonora realmente bonita e impactante nas cenas mais vitais e cenários bastante caprichados e atrativos - nisso, somando-se a um harmonioso e simpático casal principal, bons coadjuvantes com funções relevantes na estrutura do enredo, e um frequente suspense e crescente drama quanto ao que vai acontecendo em cada novo trecho dessa viagem num local nada hospitaleiro para humanos, fez de "Made in Abyss" com folga o melhor anime pra mim nessa temporada, mesmo que em alguns momentos sua narrativa se torne um tanto arrastada (pra não dizer chatinha, vai) na tentativa de construir terreno e preparar os personagens e espectador para o próximo evento relevante. Claro, não estou dizendo que são trechos dispensáveis, apenas quis ressaltar que a narrativa por vezes diminui seu ritmo consideravelmente a fim de manter um enredo mais encorpado, algo que acaba sendo recompensador mais tarde.
Sendo ainda uma obra da qual dá pra discutir alguns conceitos e diálogos devido às diferentes interpretações em torno deles, "Made in Abyss" foi uma fantasia aventureira cujas ideias de seu mundo me cativaram em sua maior parte e cujo drama e suspense realmente me prenderam e me emocionaram em um bom número de cenas, visto que não é muito difícil se afeiçoar por Riko e Regu e ficar tenso por conta dos progressivos desafios prenunciados para cada camada do abismo - pois bem, não nego que dá vontade de esmiuçar certos elementos do anime com o intuito de explicar melhor o motivo de tê-lo gostado tanto, mas aí os spoils correrão solto...
Chega, passo a vez pro Evilasio e em seguida o Tadashi.
Não falei isso no texto anterior, contudo acho o anime de "Tsurezure Children" melhor que o mangá pois considero as tirinhas bastante "cruas", simples - já no caso de "Made in Abyss" também prefiro sua fiel adaptação animada, mas não por conta de seu ótimo mangá ter qualquer grande defeito na minha visão, e sim porque o anime produzido pelo estúdio Kinema Citrus e dirigido por Masayuki Kojima ("Monster") aproveita muito bem os atributos dessa mídia, trazendo uma trilha sonora realmente bonita e impactante nas cenas mais vitais e cenários bastante caprichados e atrativos - nisso, somando-se a um harmonioso e simpático casal principal, bons coadjuvantes com funções relevantes na estrutura do enredo, e um frequente suspense e crescente drama quanto ao que vai acontecendo em cada novo trecho dessa viagem num local nada hospitaleiro para humanos, fez de "Made in Abyss" com folga o melhor anime pra mim nessa temporada, mesmo que em alguns momentos sua narrativa se torne um tanto arrastada (pra não dizer chatinha, vai) na tentativa de construir terreno e preparar os personagens e espectador para o próximo evento relevante. Claro, não estou dizendo que são trechos dispensáveis, apenas quis ressaltar que a narrativa por vezes diminui seu ritmo consideravelmente a fim de manter um enredo mais encorpado, algo que acaba sendo recompensador mais tarde.
Sendo ainda uma obra da qual dá pra discutir alguns conceitos e diálogos devido às diferentes interpretações em torno deles, "Made in Abyss" foi uma fantasia aventureira cujas ideias de seu mundo me cativaram em sua maior parte e cujo drama e suspense realmente me prenderam e me emocionaram em um bom número de cenas, visto que não é muito difícil se afeiçoar por Riko e Regu e ficar tenso por conta dos progressivos desafios prenunciados para cada camada do abismo - pois bem, não nego que dá vontade de esmiuçar certos elementos do anime com o intuito de explicar melhor o motivo de tê-lo gostado tanto, mas aí os spoils correrão solto...
Chega, passo a vez pro Evilasio e em seguida o Tadashi.
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Enquanto a primavera chega por aqui, o verão está dando
lugar àquele outono gostoso que anuncia que o ano que vem está bem aí - e então
a última temporada de animes do ano começa, mas antes de se iniciar de vez é bom destacar
um pouco quais animes interessantes terminaram na última temporada. Admito que
não vi muitas séries nas últimas duas, então essa lista não é apenas
dos meus cinco animes preferidos que acabaram na temporada de verão, mas dos
únicos cinco animes que eu cheguei a ver o fim na última temporada. Sem mais
delongas, vamos aos meus animes.
5º - Tsurezure
Children
Em "Tsurezure" Children acompanhamos diversos adolescentes,
que frequentam a mesma escola, descobrindo o amor. Cada episódio do anime dura
cerca de onze a treze minutos e conta geralmente três histórias sobre
diferentes casais, que se repetem em episódios futuros, e que podem ou não já
estarem juntos - alguns ainda se encontram naquela indecisão sobre começar ou não a
relação e aqui temos vários adolescentes com dificuldade de se declarar, porém
o charme do anime não está necessariamente no romance em si, mas nas situações
inusitadas, divertidas e até cotidianas que são geradas a partir de uma
declaração, um primeiro beijo, uma ida ao cinema ou até uma mensagem de texto.
O anime não vai agradar a todos e o “lenga lenga” de
alguns casais se torna meio cansativo com o tempo, mas no geral sua comédia pode e deve cativar aqueles que gostam de humor leve e cotidiano (e que
ainda conseguem ver animes sobre colegiais). Para mim, assistir "Tsurezure Children" foi um bom passatempo para mitigar aquele stress que a vida adulta reserva a
todos, e por isso convido qualquer um que não o viu a fazê-lo, afinal “vai que você gosta?”.
4º - Re:Creators
O que dizer de "Re:Creators", esse anime que tenta brincar com algo que não é novo, mas que é sempre curioso, fazendo o caminho inverso de muitas obras por aí - afinal, nessa série não é o protagonista que vai para dentro do jogo, ou do livro, ou do mangá, mas os personagens dessas obras que vêm ao mundo do protagonista, e lidar com garotas mágicas, pessoas com habilidades especiais, robôs gigantes e “roteirismo” numa cidade comum não é tão simples assim.
O que dizer de "Re:Creators", esse anime que tenta brincar com algo que não é novo, mas que é sempre curioso, fazendo o caminho inverso de muitas obras por aí - afinal, nessa série não é o protagonista que vai para dentro do jogo, ou do livro, ou do mangá, mas os personagens dessas obras que vêm ao mundo do protagonista, e lidar com garotas mágicas, pessoas com habilidades especiais, robôs gigantes e “roteirismo” numa cidade comum não é tão simples assim.
Acho que o grande mérito de "Re:Creators" está muito mais no carisma e nos subplots dos personagens do que na história principal. Não é difícil você encontrar furos de roteiro ou decisões minimamente questionáveis sobre os acontecimentos da série, porém ela como um todo mantêm coerência o bastante para garantir a diversão nos momentos mais marcantes, especialmente no seu clímax, em que há um crossover que lhe faz pensar: E se os personagens de outros animes, mangás, novels e jogos que eu gosto estivessem num crossover desses, podia ser até bem m%$#@, mas seria muito “massa véi”!
Finalmente, "Re:Creators" é um daqueles animes que, sim, eu
recomendo para todos. Um pouco de suspensão de crença e boa vontade é tudo que
é preciso para se divertir e muito com ele. Ah! E um grupo de amigos
para ver junto também ajuda. Agora a pergunta a ser feita é, cadê o jogo de
luta de "Re:Creators"? (por favor façam e lancem para o Switch!)
3º Mahoutsukai
no Yome: Hoshi Matsu Hito
Eu sei que você não esperava ver um OVA por aqui, mas é o
que temos na temporada. E se você é do tipo que não vê OVAs (se é que esse
tipo existe), saiba que está perdendo grandes obras e essa é uma delas, afinal "Mahoutsukai
no Yome: Hoshi Matsu Hito" é um daqueles OVAs que conta uma história que não está presente
no mangá e ainda assim é boa e faz todo sentido incluí-la na cronologia da série,
que nem os OVAs de "Samurai X" (não o do Enishi adulto, porque essa parte até
tem no mangá). Aqui acompanhamos uma pequena história do passado sofrido da
protagonista Hatori Chise, quando por um pequeno momento em sua infância ela, que tem a habilidade de ver youkais, yureis e outros espíritos,
encontra um local onde se sente confortável, uma mágica biblioteca visitada por
espíritos bons e com um gentil bibliotecário.
Não cheguei a ler "Mahoutsukai no Yome", mas pretendo
acompanhar o anime que vai sair nesse outono, pois o OVA foi o bastante para me
deixar fascinado com o cenário de fantasia contemporânea que há nessa série - e a Production I.G. está de parabéns também, pois que anime bonito, visualmente
impecável. A história é simples, mas profunda o bastante para prender a atenção
do espectador e fazê-lo se importar com os personagens, ou ao menos comigo foi
assim. Finalmente, o OVA não serve apenas para chamar atenção para o mangá e
para a série de anime que será lançada nesse outono, mas também conta uma
história realmente interessante e até meio tocante, por isso ainda que decida
não ver a série de anime ou ler o mangá, eu recomendo "Mahoutsukai no Yome: Hoshi Matsu Hito". E lembrem sempre de
continuar buscando a luz.
2º - Made
in Abyss
Serei bem breve com relação ao anime mais bonito e mais
chocante da temporada, pois acredito que quem for vê-lo, deve aproveitar ao
máximo cada descoberta nova junto com os dois protagonistas. Primeiramente, por favor vejam esse anime! Em
segundo lugar, por mais que a história em si seja muito boa, tente também
reparar no subtexto e nas camadas a mais da série, a experiência de pensar
sobre o anime torna ele ainda melhor - vale destacar que a trama principal só
começa no terceiro episódio, apesar de os dois primeiros serem bons também. Também compensa muito a pena colocar entre suas playlist a OST dele, que possui uma trilha
incrível. E finalmente, por favor, vejam esse anime! E depois vamos conversar,
pode ser nos comentários, Twitter ou Discord.
1º Boku
no Hero Academias 2nd Season
Agora familiarizados com os personagens e as
habilidades de cada um, a segunda temporada foi numa crescente bem
interessante. Ela já começa com um torneio bacana, para mim pareceu
meio que um torneio de amadores com muito potencial - o ponto mais legal do
primeiro arco para mim foi a aparição de outros estudantes da UA, alguns com mais
destaque, outros com menos, porém foi bom lembrar que a UA não é uma
escola de uma turma só. Já o segundo arco foi marcado por uma evolução
acelerada do protagonista, embora tenha sido um pontapé inicial para que o
Midoriya passe a controlar bem os poderes. No entanto, a melhor coisa desse
arco foi o final com a aparição do... Por último, um arco mais leve também
focado em desenvolvimento de alguns personagens, embora de forma bem mais
rápida e até meio rasa, porém divertida.
Encaro essa temporada não apenas como uma melhor que a primeira, mas sim como uma temporada de evolução dos personagens, e também dos vilões mais para o fim, o que me fez sem dúvida pensar em quão melhor essa série ainda pode ficar. Um destaque especial para os temas de abertura e encerramento de "Boku no Hero Academia" que são sempre muito bons, mas a segunda abertura e o segundo encerramento dessa temporada, em conjunto vídeo e música, foram de longe os melhores até agora.
"Boku no Hero" Academia é tudo que um bom shonen de ação
precisa ser: Tem uma história simples, porém interessante; sabe lidar bem com
os clichês do gênero; tem personagens carismáticos, tanto heróis, quanto vilões; e consegue ser divertida e empolgante sem precisar estar sempre apresentando um
novo problema gigante, mas tornando o confronto com ameaças que deveriam ser pequenas, tipo uma aula de campo, em situações impressionantes e ameças grandes em
situações que te provocam a ficar na pontinha da cadeira se segurando (eu
inclusive ficava lá torcendo, mesmo sabendo que o resultado já foi apresentado
no mangá). Aliás, vale aqui parabenizar o estúdio Bones, que tem um costume de
fazer boas séries, mas em "Boku no Hero Academia" me parece que está tendo um
desafio do tamanho que teve apenas com "Full Metal Alchemist" em se tratando de
shonens, e está mostrando que ainda é capaz de contar muito bem essas
histórias - por isso, ainda que eu goste do (pouco que li do) mangá de "Boku no
Hero Academia", o anime me agrada muito mais.
Enfim, é isso, estou bem empolgado para a temporada de outono, e espero que no próximo texto possa ter dificuldades em escolher cinco animes,
por ter uma quantidade bem maior de títulos que me interessaram. Por ora, eu
só adianto que muito provavelmente no texto do fim da temporada de outono vai
ter "Mahoujin Guru Guru".
Mais um final de
temporada, e o final do ano em si também já está agora no horizonte. Muita
loucura me aconteceu durante o período de tempo desta season e eu podia jurar
que não conseguiria entregar minha parte neste post que já está se tornando
tradicional no blog, mas acabou que os animes me ajudaram a esquecer um pouco
meus problemas e ocupar a minha mente. Antes de entrar nos meus escolhidos, eu
só gostaria de dizer que teve muito guilty pleasure meu nesta temporada, e fiz força para que "Hajimete no Gal" e "Symphogear" não estivessem presentes dentro
do top, hahahaha. Enfim, vamos lá!
5º – Youkoso Jitsuryoku Shijou Shugi no Kyoushitsu e
Geralmente eu tenho a mente um pouco mais
aberta com relação a animes colegiais que alguns colegas meus de redação, mas penso que este seja uma exceção até mesmo para estes - a ideia de um colégio
que se embasa em notas não só para a questão financeira, mas para realmente
montar um arquétipo de pirâmide social nu e cru é bem interessante. A
personagem Horikita é bem sem sal, uma vez que é simples entender todo o background
dela logo no segundo episódio. Entretanto, eu achei o protagonista um tanto
curioso em vários aspectos, e o fato de você ir entendendo aos poucos que o personagem é
mais do que parece é muito mais cativante para se assistir o anime do que caso
fosse de fato explicado o que ele realmente é logo no início da série. Em
quesitos técnicos, nada muito importante a se mencionar; talvez com exceção aos
súbitos cortes na edição das OSTs que me chamaram bastante a atenção e são
interessantes. O anime fica nesta posição pela união de uma boa proposta com
personagens interessantes, embora às vezes o desenrolar não seja em mesmo nível.
4º – Isekai Shokudou
Restaurante
interdimensional contando histórias de seus clientes em cada episódio, não tem
como eu não gostar da proposta desse anime - primeiro porque eu amo animes
sobre culinária e gerencio um restaurante na vida real, e segundo pois o enredo
é contado como se fossem pequenos contos correlatos ao ponto principal, o
restaurante. Depois que se compreende a pegada básica dessa série, é bem fácil
você conseguir assistir ele quase que em episódios aleatórios sem perder muito
da compreensão dos personagens. Isso é meio que uma faca de dois gumes, porque
pra um anime assim funcionar, os personagens tem de ser interessantes e
conquistar o espectador a cada novo episódio, mas uma vez que isso dá certo,
você fica ansioso para ver o desenrolar da história até o encontro com o
restaurante.
3º – Tsurezure Children
Eu JURAVA que esse anime
aqui seria o meu Top 1 na temporada - e ele realmente tem todos os elementos
para isso: Uma história bastante leve e recheada de slice-of-life, vários
pequenos casais com romances fofos, cenas de comédia gostosas de se assistir e
um desenrolar bem montado pra contar uma adaptação de um mangá 4-koma. Era
engraçado assistir "Tsurezure", porque ele tinha apenas doze minutos por
episódio, mas estes passavam tão rápidos pra mim que pareciam ser apenas cinco!
Eu não tenho muitas críticas a ele, talvez apenas gostaria que tivessem dado um
pouco mais de enfoque em outros casais, senão os escolhidos para os episódios
finais, ou quem sabe até mesmo que pudessem apresentar alguns outros pares que
só aparecem no mangá. "Tsurezure Children" não possui falhas que me
fariam coloca-lo em terceiro lugar, ele só está aqui porque eu considero os
animes seguintes melhores do que ele.
2º – Made in Abyss
Ah, e novamente eu devo
ser uma contradição dentro do top, pois prevejo que o Erick e o Evilasio vão
colocar "Made in Abyss" como primeiro lugar em suas listas - e eles
estão bem certos em tomarem essa decisão! (Erick: Infelizmente você errou!) Este anime tem muita coisa que faltou
no ano todo, como uma ideia de enredo mais séria e centrada que não se perdeu
durante a sua execução. "Made" foi a união de um ótimo enredo com uma
excelente produção, o Kinema Citrus está de parabéns pelo art concept, pela
animação e também pela adaptação do roteiro em si. Nós comentamos um tanto sobre
essa parte técnica no podcast de temporada, então fica a dica de o que ouvir
após terminar de ler este texto! Hahaha
No que se diz respeito
aos fatores de enredo, os elementos que mais me deixaram fixados com este anime
foram todos relacionados a uma só coisa: A expectativa. Eu tive muita
expectativa para conhecer cada uma das camadas do abismo que foram mostradas no
correr da aventura dos protagonistas. Muita expectativa para a história que
estava aos poucos se montando, contando do passado da mãe de Riko e do próprio
Regu, e, principalmente para mim, muita expectativa e medo sobre qual seria o
sofrimento e os problemas que eles enfrentariam nesta aventura que só parecia
piorar em dificuldade a cada nova camada. "Made in Abyss" é completo,
e só não está em primeiro lugar neste top porque eu sou um verme. Hahahahaha
1º – Boku no Hero
Academia 2nd Season
É! O shounen battle,
cheio de clichês, que segue exatamente toda a jornada do herói ganhou meu
primeiro lugar. Muitas coisas dentro desse anime são previsíveis e você já viu
elas acontecendo antes inúmeras vezes em inúmeros animes de mesmo gênero e
demografia, mas isso nem de longe faz com que "Boku no Hero" seja
ruim, muito pelo contrário; é incrível que ele continue sendo tão bom, mesmo
você já estando preparado pra um anime assim. É exatamente essa sensação que me
faz colocar a segunda temporada de "Boku no Hero" em primeiro lugar.
Eu nunca poderia negar
que o Studio Bones é o meu preferido dentro de toda a indústria japonesa, e que
isso por si só já fizesse eu olhar essa série com outros olhos - porém, muitas
outras coisas me fizeram ficar esperando pelos episódios desse anime mais do
que qualquer outro durante a semana. Se for pra falar de enredo, preciso dizer
como eu amo quando animações com vários personagens conseguem dar ao menos um
mínimo de boa atenção para cada um deles, e do quanto isso acontecia nessa
série. Também preciso mencionar que personagens protagonistas com tons de
determinação e humildade em igual escala sempre me agradam, fazendo Midoriya
ser um ótimo personagem para se acompanhar durante o seu crescimento, bem como
devo elogiar ainda todo o universo criado para "Boku no Hero" - mesmo
que seja muito idiota imaginar que um mundo com super poderes funcionasse quase
igual ao nosso, ainda assim é muito bem construído todo o sistema da profissão
herói. Tais quesitos de enredo me fazem ficar muito contente com o
desenvolvimento desta segunda temporada de "Boku no Hero".
Já no que se diz em
relação à parte técnica, eu acho que posso elencar alguns vários tópicos fortes
que me fazem ficar contente com esse anime. Caso pesquise “You say run goes with everything” no Youtube você já descobre que a trilha Sonora de "Boku
no Hero" foi muito bem montada e acabou até mesmo virando um meme; se
procurar por Yutaka Nakamura verá o quanto a equipe de animadores da Bones é
competente, uma vez que toda a animação desse anime parece sofrer influência
deste animador, que é um dos grandes nomes atuais da indústria japonesa dentro
do seu escopo e atua como um dos cabeças no estúdio que produziu a série. E
pela adaptação em si, basta ler o mangá para se comprovar que o enredo está
extremamente coerente com o que o
original propõe de início. Enfim, "Boku no Hero" é mais do mesmo, mas
é mais de um mesmo extremamente bem executado e empolgante, o que me faz
coloca-lo sem peso na consciência em primeiro lugar na minha lista.
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Erick colocou a best girl Tsuyu na minha parte. Agradecido pela consideração. <3333
ResponderExcluirPor nada, a coloquei justamente devido à sua adoração por ela, ha.
ExcluirNão curti muito o mangá a ponto de continua-lo após 2 volumes, mas a personagem é legal.