Uma das coisas mais legais de escrever para um blog que é voltado a uma
de suas mídias favoritas, é começar a notar que muita coisa que você já
aprendeu é bastante útil quando se começa a abordar assuntos que os tangem.
Embora minha formação acadêmica seja voltada para o Direito, eu acabei passando
boa parte da minha vida estudando sobre escrita criativa e teoria literária -
com direito a acabar passando por algumas oficinas e cursos voltados nessas
áreas, tudo na expectativa de alcançar meu sonho ainda concreto de tornar-me um
escritor de livros juvenis e infanto-juvenis. O fato é que animes e mangás
ainda seguem conceitos narrativos básicos que podem ser analisados independente
da forma como são expressos, considerando obviamente que cada tipo de mídia
carrega consigo suas devidas características que não podem ser julgadas sem a
devida ponderação.
Desta forma, achei que talvez seria
legal fazer um texto abordando alguns conceitos e termos narrativos usados de
maneira abrangente por boa parte de escritores, redatores, blogueiros,
youtubers e vários outros formadores de opinião quando falamos dos quadrinhos e
das animações japonesas. É apenas uma pequena tentativa de deixar o público de
nossos trabalhos um pouco mais familiarizados com o que queremos dizer quando
entregamos nossos textos e roteiros analisando obras a fundo, falando de suas
características narrativas tanto positivas, quanto negativas.
Cenário ou Setting
Uma das primeiras coisas que você consegue absorver de
uma obra, muitas vezes antes mesmo do próprio enredo em si, é a setting. Através deste conceito básico
narrativo que constitui um dos elementos essenciais de uma história, nós temos
por definido tudo que podemos encontrar no mundo onde a trama acontece.
Responsável por ambientar o espectador ou o leitor, a setting estabelece os
parâmetros do mundo, quando falamos de uma história que se passa em algum
lugar muito diferente do mundo em que atualmente nós vivemos; ou mesmo trata também de dizer em qual cenário específico do mundo em que moramos nós
vamos encontrar o enredo principal da história.
Vale mencionar e destacar aqui que, se por um lado
muitos cenários podem ser gerados independente dos gêneros que eles vão
abordar, por outro lado nós também temos cenários que muitas vezes só podem existir por suas histórias
abordarem determinados tipos de gênero. Mundos de tecnologia avançada tendem a
depender da história abordar o cyberpunk
ou o sci-fi como um de seus gêneros
principais, conforme vemos em animações como "Ghost in The Shell" através de suas inovações robóticas em corpos humanos e "Planetes" no avanço da tecnologia
espacial. Gêneros de fantasia medieval também pedem cenários correspondentes,
como vemos em "Record of Lodoss War" e "Berserk".
A dedicação de um estúdio para demonstrar o cenário,
bem como a de um mangaká em expressá-lo nas falas e ações dos
personagens incidem diretamente no quanto uma pessoa consegue se sentir imersa naquela história. No quanto ela consegue senti-la com a organicidade necessária
para começar a correlacionar os fatos do lugar com as decisões dos
protagonistas. Como um dos elementos básicos de uma narrativa, a setting
precisa sempre ser estudada para que consigamos diferenciar ambientações boas e
ruins.
Enredo ou Plot
Enredo é o nome que nós damos aos principais eventos
que guiam uma história dentro do contexto. É geralmente o nexo que liga os
pontos entre os personagens, o cenário e o tema abordado. Numa figura um pouco
mais rústica e cheia de generalizações, o enredo de uma história, ou o seu plot
é a linha pela qual seguem todos os eventos que ocorrem com os personagens no
correr de uma narrativa. Caso você assista seus animes no computador, seria
como colocar toda a série animada em um único vídeo, e ver toda a distância do
início até o seu fim como uma série de acontecimentos.
- Introduction/Introdução:
Onde é apresentado os personagens de uma história e o cenário em que ela se
passa. Pode ser aqui o momentum onde surge o conflito do enredo.
- Rising Action/Ação
Crescente: Onde é geralmente apresentado o conflito do enredo principal, e
a história começa a retratar seus desafios e obstáculos.
- Climax: O
ponto de máximo interesse do espectador na história. Todo o crescimento do
enredo após a introdução e no crescer da trama e do conflito culminam para
os eventos deste momentum do plot, onde nós vemos a decisão de tudo que é posto
na balança. É a hora em que o espectador descobre qual será o resultado do
conflito.
- Falling
Action/Ação Decrescente: Após o clímax, começa a desencadear-se uma série
de efeitos pela superação ou não superação do conflito básico. É o instante em que
observamos o enredo e tentamos agora desvendar o que cada personagem fará de
agora em diante.
- Resolution/Resolução:
E finalmente chegamos ao momento em que a história captura a atenção de
quem a acompanha pela curiosidade deste querer saber como os personagens
terminaram após o clímax do conflito. Aqui sabemos os resultados reais do
enredo e como isso afetou a vida de cada personagem.
Em abordagem mais recente que a de Freytag, Joseph Campbell descreve outra forma de
roteirizar o enredo de uma história. Nasce, no seu livro O herói de Mil Faces, o Monomito (também conhecido como A Jornada do
Herói). Esta outra forma de estruturar um enredo é só mais uma das várias
maneiras de se construir as linhas que sua história irá abordar, e a de Campbell é
até bastante conhecida; vemos exemplos dela em muitos livros, filmes, seriados
e encenações. E claro, também em animes: acho que vocês vão conseguir notar que
vários animes e mangás de luta, ação e aventura de demografia Shounen seguem
este padrão. O vídeo abaixo esboça de
maneira bem efetiva e didática toda a jornada do herói (legendas podem ser ativadas
pelo próprio Youtube):
Como isso se aplica na prática? Vamos analisar alguns
casos por aqui: Em boa parte das animações da franquia de jogos Fate, conseguimos ver uma clara
idealização de para onde o enredo caminha. Geralmente é apresentado para nós
o(a) protagonista, quase ao mesmo tempo que surge ao espectador todo o
cenário da Guerra do Santo Graal. E, de repente, descobrimos a linha de enredo
quando o(a) personagem principal finalmente encontra um motivo válido para
lutar a guerra do santo graal e vencer, ou mesmo quando ele ingressa na guerra
antes de descobrir esse motivo. Animes
de esporte de maneira geral também são outros cujo enredo é bem
delineado:
1) Temos uma certa uniformidade em que vemos o
protagonista conhecendo ou começando o esporte em determinado lugar, não
necessariamente nesse último caso precisando ser novo no esporte – A introdução
do personagem e do cenário.
2) Começa a aprender a jogar ou a conhecer
melhor os ademais parceiros de jogo até o tempo em que visualiza o campeonato ou
torneio mais adiante – O início da ação crescente e a apresentação do enredo
central.
3) Passam então a encontrar os primeiros rivais nos
jogos oficiais. Ou, quem sabe, perdem no início e entram num arco de
treinamento para voltarem mais tarde – A ação crescente e o confronto aos
obstáculos.
4) Até que finalmente, após muita dedicação, chegam às finais, ou até encontram em partida os rivais principais da saga. E
depois de uma partida pesada e cheia de altos e baixos do clímax, chegamos ao
momento final, em que prendemos a respiração e descobrimos o desfecho do jogo
ou partida – O Clímax.
5) O jogo ou combate final então se encerra, e o
resultado dela começa a ativar por consequência as outras ações que derivam do
resultado dela, mas nada em um grau de tão grande importância quanto o jogo em
si – A ação decrescente.
6) Daí, seja após derrota ou vitória, nós temos os
efeitos do jogo em cada personagem, e para que fim é dado cada um deles aos
passos finais da histórica contada – A resolução.
Esta esquematização pode ser encontrada em quase
qualquer anime do gênero de esporte, sejam os colegiais como "Haikyuu!" e "Diamond no Ace", ou até animes que ultrapassam a esfera da adolescência
como "Hajime no Ippo" e "Major".
Todavia, como já mencionado logo no início do texto,
nós temos de considerar várias coisas enquanto analisamos com termos de
narratividade e escrita criativa uma mídia um pouco diferente, e neste ponto
podemos levantar algumas exceções e observações sobre a incidência deles na
indústria de quadrinhos e animações japonesas: Animes episódicos contêm dentro de cada turno de 24 minutos um
pequeno enredo próprio, que geralmente (mas não sempre) constroem a história
para o cenário principal da animação que abrange todo o conjunto. Um exemplo de
certa forma recente para ambas as
observações levantadas é "Young Black Jack" em sua série de 2015, que tem pequenos enredos episódicos ou que
constituem de dois a três episódios enquanto por trás vemos uma pequena
construção apresentada em torno do personagem principal e seu sonho de se
tornar médico para salvar vidas. E do outro lado temos "Mushishi" e "Kino no Tabi", que realmente não possuem bem um enredo tão grande além dos demonstrados
episodicamente - não que isso torne-os menos interessantes, tamanho o trabalho
feito em torno de cada pequeno enredo apresentado. É apenas que toda a
construção do cenário e do personagem foram feitos para que o anime funcionasse
desta maneira, e funcionasse bem.
Também vale falar sobre arcos e saga, dentro de
animes com enredos um pouco mais longos, e também entre aqueles que geralmente
ainda estão em publicação. É bom deixar claro que, nestes casos, nós vemos que
cada arco ou saga apresentado podem abordar um enredo próprio que pode ou não ser conexo diretamente ao enredo
principal da série. O anime "Rurouni Kenshin" caminha com a tentativa de Kenshin em viver a sua vida em paz enquanto enfrenta os duros pesares que seus ideais, atos e sua fama
passada causam nele, o fazendo voltar a combater inúmeras vezes por diversos motivos - cada saga constrói um passo de Kenshin rumo ao seu descanso como um
combatente. Animes e mangás de sobrevivência, tais como "Cage of Eden", geralmente possuem um enredo central voltado na
sobrevivência dos protagonistas e no retorno de cada um deles ao status quo inicial, onde voltam a
integrar a sociedade, mas dentro do enredo acabam enfrentando uma série de problemas que se tornam pequenos arcos, como o aparecimento de um
inimigo humano na floresta, o ataque de uma cobra envenenada a algum membro que
precisa de ajuda urgente ou o resgate de algum personagem que se perdeu ou está
distante e em extremo perigo. O anime "HunterxHunter" é outro exemplo claro de que em cada uma de suas sagas nós temos diferentes
enredos, ora enfrentando um exame de aprovação em várias fases, ora encarando
um torneio de lutas em vários níveis, ora uma trama mafiosa de proteção ou
mesmo tentando impedir o avanço das formigas-quimera que poderiam destruir o
mundo e ameaçavam o reino próximo. Em cada qual nós encontramos crescimento dos
personagens que ultrapassam a linha inicial, mas o enredo em si se mantém
dentro de cada uma das suas grandes sagas.
E, por fim, a última das peculiaridades que envolvem o
enredo de animes e mangás que preciso citar aqui (embora ainda existam várias coisas
a ser mencionadas de maneira geral), é quando falamos de animes e mangás que
tem o gênero Slice of Life como um de seus principais. Num geral, nós podemos
encontrar em várias destas animações apenas pequenos enredos episódicos, e às
vezes nem isso nós conseguimos localizar direito. E isso acontece porque o
gênero se foca justamente em não se
preocupar em ter um enredo principal de fundo tão significante, porque ela
volta seus olhos para o dia a dia e o cotidiano dos personagens. É claro, isso
depende do quanto esse gênero se consagra como o principal do anime, para
determinamos o quanto não enxergamos um enredo de fundo: "Genshiken" tem como enfoque de série apenas mostrar como se
desenvolve a vida acadêmica de um grupo de amigos que gostam de animes e mangás
no Japão, "Aria" se volta somente em
retratar o serviço das gondoleiras da Companhia Aria em Nova Veneza, e "Hanasaku Iroha" mostra muito de como é a
vida dos trabalhadores das antigas pousadas japonesas. Todas estas animações
possuem pequenos enredos e os personagens tem seus objetivos e problemas que
movimentam os episódios, mas o pacing
do anime mostra que a intenção do diretor e do autor original não é o destaque para o drama, ação, comédia ou romance, mas sim que possa conter um pouco de
tudo isso e ainda não perder o ar de vida cotidiana.
Muitas pessoas confundem plot com setting, e isso
é compreensível, uma vez que muitas vezes uma está diretamente ligada ao avanço
da outra e vice-versa. Mas é importante discernir que com frequência elas podem
caminhar distintas bem como podem ser claramente diferenciadas. Em resumo,
entendamos como setting a resposta para as perguntas “onde?” e “quando?”.
Enquanto o plot responde as perguntas “o
quê?” e “por que?”.
Personagem
Quando se pesquisa sobre os elementos básicos de uma
história na internet, você vai acabar se deparando com inúmeras composições
diferentes para esta base. Algumas abordam Estilo como um dos elementos
básicos, outros falam de Tema, de Ponto de Vista e até mesmo de Tonalidade.
Entretanto, se há uma unanimidade de entendimento entre todos eles, estes se concentram
na tríplice, em que vemos o cenário, o enredo e finda agora no Personagem. Se
nós já respondemos várias das perguntas básicas de um fato no último parágrafo
de cima, é função agora do personagem responder a questão “quem?”.
Do que é feito um bom personagem? A resposta é
simples: Empatia. Dentro dos
conceitos narrativos, este é o termo dado para a capacidade de uma pessoa
sentir e compreender o que outro ser está sentindo. De se colocar no lugar da
outra pessoa. Não que para isso, necessariamente este personagem tenha de ser
um espelho direto da pessoa que o vê para cativá-lo, mas sim que você consiga
identificar-se com as intenções, situações, vontades, motivações, aspectos do
passado, aspectos de escolhas e decisões dele.
Embora hajam exceções em toda regra, dentro das
histórias narradas em quadrinhos e desenhos nipônicos é possível traçar uma
linha visível de padrões para estruturação de personagens, principalmente
quando tratamos de Shounen e Shoujo - e muito embora estes aspectos não
pertençam unicamente a estas mídias, nota-se um claro exagero proposital em
suas construções. Prolixo demais? Explico com mais calma:
Uma das grandes críticas que são realizadas a animações derivadas de Light Novels, é que seu protagonista geralmente não tem
personalidade alguma. A história escolhe tornar o personagem principal apenas em um reflexo para o espectador se ver nas situações em que ele se depara, motivo
pelo qual muitas destas histórias envolvem um harém de belas mulheres em torno
do protagonista - bem como um poder excêntrico que o faz se destacar em combate
dos demais personagens da série. Porém, isso não acontece só com garotos: Em
muitos mangás shoujo pode se encontrar a outra versão deste supracitado apelo
para o personagem principal ser o reflexo do consumidor da obra. Isso ocorre em
histórias nas quais a personagem feminina se rodeia de um harém masculino de
lindos personagens que se afeiçoam a ela por algum motivo não tão válido. A
falta de uma personalidade mais forte nestes casos também é aparente, como
podemos ver em animes de idols em que
a protagonista é uma garota.
E o mais curioso é que, se por um lado encontramos
este tipo de caracterização de personagem nas animações japonesas, por outro
lado podemos achar estereótipos já fixos e cravados nestes tipos de mídias, com direito até mesmo a nomeações que a comunidade consumidora deu aos formatos
de personalidade: Tsunderes, Kuuderes, Genki e muitos outros. Uma boa dica de
alguns estereótipos bem comuns de animações japonesas você pode encontrar
neste link:
Ou seja, o exagero
nas construções dos personagens geralmente pendem MUITO para um dos lados da
equação, seja para que eles se mostrem apáticos demais a fim de que o consumidor se veja
nitidamente podendo ser correlacionado com o personagem, ou seja o mesmo sendo extremamente caracterizado com alguma emoção ou modus operandi de agir.
Sim, isso é algo que ocorre em quase qualquer tipo de mídia que conte uma
história, eu sei; mas o meu destaque é que, no caso dos nipônicos, essa
diferenciação se torna tão aparente que os personagens, para serem
caracterizados dentro de uma determinada esfera, tem de realizar certos atos por natureza bem como seguir certos padrões
de comportamento normais.
A definição de quanto
um personagem é bom ou mau construído deriva de sua evolução na história,
desde a sua introdução até o seu desenvolvimento no correr do enredo e sua
posterior final participação dentro do contexto. A empatia supracitada se
desenvolve no corre da linha narrativa e deriva de diversos fatores, como um
bom desenvolvimento de personagem no andar da história e a sua estruturação
física e psicológica, bem como o quão orgânico são suas reações.
*****
Dentro deste texto, foram abordadas apenas três temas:
Cenário (Setting), Enredo (Plot) e Personagem (Character). Existem muitos
outros conceitos narrativos que precisam ser abordados mais a fundo para que a
compreensão das análises seja mais coerente. Até mesmo dentro do próprio antro
dos resenhistas e reviewers existem erros na concepção destes termos ao criarem
seus textos e roteiros quando falam de obras que viram ou leram.
Dentre exemplos, temos: Desenvolvimento de Personagem,
Plot Twist, Flashback e Flashfoward, Foreshadow, Conflito, Tema, Mensagem. O
que vocês, leitores, acham destes assuntos? Caso for do interesse, eu posso
fazer outro texto falando de mais conceitos narrativos como estes. Deixem nos
comentários suas próprias opiniões sobre os abordados nesta edição, também. É
de muita valia para nós compreendermos o quanto vocês curtem determinados
assuntos sobre os quais escrevemos!
Me mantive ausente por um bom tempo de textos mais
elaborados como estes, mas tenham certeza que de agora em diante eles devem
voltar com uma frequência ao menos mensal. Por tanto, até o próximo texto, só
posso dizer...
Escritora ao dispor e muito feliz com este tipo de conteúdo. Na verdade, gosto muito deste enfoque do que é preciso para criar uma narrativa, pois desde nova gosto de escrever histórias.
ResponderExcluirVou resumir: aos meus oito/nove anos, passei a escrever pequenas histórias por pura brincadeira por causa de uma reportagem do "Fantástico"; o tempo passou, passei a ler mais livros e a ir além dos óbvios que escrevia, onde, na época do Ensino Médio fiz minhas duas histórias completas, Rosas Noturnas e Sigma Underground. Aí sim, passei a me preocupar em criar histórias próprias e as fanfics, que prefiro usar o termo adaptação. Portanto, quando uma história é boa, escrevo até o fim ou senão, abandono ou refaço, caso tenha me interessado. Tem uma postagem minha sobre fanfics de animes no site, se tiver interesse de dar uma conferida.
Quando se trata de animes e mangás, há alguns elementos que são importantes para ter o interesse de assistir: não sou exigente quando se trata de histórias, porque simples ou complexas, se estes me interessam, estou dentro! A narrativa, personagens e suas interações precisam me conquistar, ou seja, me simpatizar com o conteúdo. Se esta simpatia não acontecer, não importa: se o anime é conhecido ou não, pulo fora e não tem segunda chance.
Deve ser por isso que pulo demais os animes hypados pelo público, em maioria. Sei lá! Tenho a impressão de que se for ver, não vou me surpreender com o que tem, tipo, gosto de escolher animes que me interessam e não ser "Maria vai com as outras" por causa de fama/estúdio/produção. Se for bom, ótimo! Se não for, faço o possível pra entender o motivo da fama e não criticar demais quem goste desta ou daquela obra.
Espero não espantar com este comentário longo, apenas parabenizar por botar este assunto e abordá-lo de forma detalhada. Até mais!!!