Amores nipônicos são tão complicados quanto as
animações que ocorrem suas histórias: afinal de contas, você teve de esperar
que o casal ou casais principais chegassem a declarar seu amor ao outro, não
foi? E como estas séries se diferenciam dependerá de certos fatores, como os
que existem nas que serão abordadas.
Quando comecei a assistir
“Da Capo” / “Da Capo Second Season” achei um tanto chatinha de acompanhar,
principalmente a primeira série, mas insisti e acabei gostando do que vi. Uma
ilha em forma de meia lua e uma lenda local são parte da história que envolve
as duas animações, integrantes do primeiro ciclo da franquia “Da Capo”. Por
isso, o post fará a apresentação de ambas e antes de qualquer coisa, cheguei
a elas graças a uma resenha da primeira série feita no site Netoin!, que tem
boas resenhas de animes desse estilo. Assim dá pra variar na escolha de animes,
fora dos que já estamos acostumados a acompanhar.
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Ano: 2003 (primeira série), 2005 (segunda série)
Diretor: Nagisa Miyazaki (primeira série), Munenori Nawa (segunda série)
Diretor: Nagisa Miyazaki (primeira série), Munenori Nawa (segunda série)
Estúdio: ZEXCS (primeira série), feel. (segunda série)
Episódios: 26 (primeira série), 26 (segunda série)
Gênero: Comédia / Drama / Romance
De onde saiu: Visual novel.
Por Escritora Otaku
Já parou pra pensar como é o romance entre duas pessoas? A maioria topa com a fórmula de que existe o “amor à primeira vista”; outras, que esforçando consegue chegar a este ou esta pessoa; em certos casos, o casal se conhecia desde crianças e existem os que procuram aquele príncipe ou princesa dos seus sonhos. Não importa qual seja a alternativa, os romances fictícios ou reais podem ter um toque imaginativo se parar pra pensar.
Em animações japonesas, as fórmulas românticas
rendem e apesar da constante enrolação em mais de noventa por cento delas, não
podemos negar que fazemos torcida para este casal ou outro aceitarem namorar.
Paralelamente, um estilo de game também tem o enfoque – na maioria dos casos –
conhecidos como “visual novels”; nelas, o jogador decide o caminho do
personagem masculino ao escolher uma das garotas oferecidas no game. Parte
destes games tem conteúdo adulto, mas, conforme adquiriam sucesso outras
versões foram desenvolvidas para o público em geral, o que inclui versões que
oferecem as personagens mais populares. Adaptar games em animes é bem comum,
principalmente quando é pra divulgar o jogo em si; para as “visual novels”, as
versões animadas servem sim pra conhecer o original, no entanto, ganharam vida
própria e passaram a fazer parte da programação de animes, umas mais destacadas
e outras passando despercebidas.
Pra começar, o ambiente da série é bem diferente
das animações que seguem o estilo “visual novel”: ao invés de uma cidade, temos
uma ilha no meio do mar em forma de meia-lua e com uma história que influencia
o padrão de vida de seus habitantes. Antes de ir com a história em si, vamos
explorar a respeito da ilha, que acaba se tornando uma personagem de destaque
na animação. Em Hatsunegima, cenário da franquia, existe uma lenda local que a
tornou famosa, que são as cerejeiras. Como a árvore símbolo do Japão pode ter
este porte? Simples: as cerejeiras florescem o ano inteiro, dando um ambiente
de primavera eterna e dizem que isto se deve a cerejeira que fica no meio da
ilha. Esta árvore tem um poder de realizar os desejos de qualquer um, o que
justifica alguns fenômenos estranhos no local; ela foi plantada por uma senhora
que tinha poderes mágicos, com a intenção de manter os desejos e sentimentos
dos que vivem em Hatsunegima. Muitos fatos incomuns ocorrem por causa da planta
e estes são o palco deste primeiro ciclo da franquia “Da Capo”, que volta e
meia transforma vidas comuns em algo mágico e deveras sobrenatural.
Na primeira série, os protagonistas são Asakura Junuchi e Asakura Nemu, dois irmãos (porém Nemu é adotada) que possuem uma relação deveras íntima, sendo que muitas vezes os vemos discutindo e brigando quase como se fossem namorados. Desde pequeno, Asakura Junichi é capaz de entrar nos sonhos das pessoas que conhece e isto se deve ao
fato de ser descendente da senhora que plantou a cerejeira no meio da ilha.
Suas vidas se resumem a ir à escola, encontrar com os amigos e conviver o
dia-a-dia, até aí nada de mais; porém, tudo muda com a entrada de Hoshino Sakura, irmã caçula de Junichi, que retorna a Hatsunegima para cumprir uma
promessa e que passa a querer a atenção do irmão, para raiva de Nemu. Deste
ponto em diante, “Da Capo” toma dois rumos: o primeiro é a interação de Junichi
com as personagens e o segundo as consequências dos sonhos feitos pela
cerejeira do meio da ilha.
Os personagens das duas séries são em maioria
garotas, todas com suas vidas e personalidades que acabam se tornando amigas de
Junichi; claro que no fundo, todas elas têm vontade de namorar com o rapaz e aí,
confusões são bem comuns entre eles, tornando a vida mais divertida. De certa
maneira, elas se envolvem por algo incomum e que está relacionada a tal
cerejeira central, influenciando na forma de viver de cada um deles. Por isso,
Hatsunegima também se transforma em personagem e sua importância faz “Da Capo”
/ “Da Capo Second Season” diferente das “visual novels” que conhecemos por aí.
O traço das animações são parecidas, ao fator de
ambas terem sido produzidas em estúdios diferentes: a primeira série tem um
traço bem destacado com um toque antigo, muito comum em animes da mesma época
que foi feito; a segunda possui um traço mais definido e moderno, sem perder o
design da fase anterior e com definição melhor das aparências físicas das
personagens da trama. Além disto, o contexto de ambas também passa por duas
partes, sendo a primeira etapa como uma apresentação dos personagens e do local
e a segunda etapa, o lado dramático e mágico se destaca e não se surpreenda caso
acabe soltando algumas lágrimas em certas situações. Fora isso, a dublagem traz
um destaque interessante, dando ênfase a personalidade e maneira de falar de
cada um dos personagens envolvidos.
Portanto, se for um fissurado em “visual novels”
ou que curte um destes romances “Made in Japan”, “Da Capo” / “Da Capo Second
Season” podem servir pra você. Ou se estiver enjoado dos animes de rotina, dê
ao menos uma chance nesta singela e mágica história de amor.
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Foi escolha aleatória, cliquei no anime só pelo nome e fui vendo, isso a primeira temporada, e mesmo fazendo piadas de vários momentos por conta de alguns diálogos sem nexo - até salvei algumas prints para rir pela eternidade, mas infelizmente (para o meu bolso) meu notebook antigo não foi eterno =/ -, até pq vi a série com 8 anos de atraso e isso deve justificar o estranhamento com alguns diálogos - vai ver fosse o moe da época -, ainda gostei bastante do anime.
ResponderExcluirA segunda ainda não vi, e acho pouco provável que isso venha acontecer por questão de prioridades para séries mais atuais, mas tenho vontade.
Saudações
ResponderExcluirAgradeço pela indicação de minha review de Da Capo, nobre Erick.
Lhe asseguro que, por ter sido um dos primeiros animes que vi em minha [era da internet] tal obra acabou me marcando muito. A primeira temporada, em específico, com suas metades bem definidas entre apresentação com humor (o início) e o drama com o encerramento (o fim).
No mais, a Yoriko é a personagem que mais aprecio de tal obra.
Muito bom, nobre.
Até mais!
Obrigado pelo comentário, Carlírio, mas devo fazer uma correção aqui; esse post não é meu ^^
ExcluirTudo aqui foi obra da redatora Escritora Otaku, como pode ver o nick no início; eu reviso e faço seus posts, e não coloco nada a não ser o que for me passado. Logo, até a introdução foi escrito por ela.