12 de junho de 2015

Especial: Temporada de Verão 2015




Nova edição do guia de temporada realmente mais completo e prolixo da internet que, contudo, quase sofreu atraso para ser postado porque seu autor gastou mais de 50 horas de sua vida nos últimos dias em um jogo onde garotinhas representam consoles (e ele ainda está jogando isso!)



Falando em garotas, nessa temporada elas estão um tanto, eu diria, “diferentes”. Sim, temos os habituais grupinhos femininos vivendo sossegadamente seja no interior ou na área urbana do Japão, outras iniciando ou prosseguindo com o sonho de se tornar idols famosas e mais algumas continuando com sua extenuante profissão de mahou shoujo; porém, dessa vez duas delas lutarão contra a repressão sexual – uma usando uma calcinha na cabeça, a outra exibindo a sua por debaixo da saia em toda cena -, quatro chegarão a enfrentar zumbis (e dentro de uma escola!), e uma dúzia serão garotas com certos atributos físicos não tão normais, indo desde apenas uma vampirinha tonta com seus dentes afiados e asas de morcegos a até uma centauro orgulhosa, uma harpia infantil ou então uma garota aracnídea com oito patas, oito olhos e um apetite sexual não lá muito saudável para o pobre líder masculino de seu anime. E nessa brincadeira poderia eu me estender por mais quinze linhas porque elas fazem e protagonizam de tudo hoje em dia, acrescentando aqui jogadoras insanas de tênis (ué, de novo?), praticante séria de airsoft, farmacêutica destemida que não leva desaforo para casa, integrantes de uma família real com superpoderes e por aí vai, mas já está bom.

(viram, me segurei e sequer mencionei as famigeradas guerreiras com armaduras de biquínis que enfrentarão um rei demônio)

Continuando e encerrando rapidamente porque devo me preparar para viajar nesse fim de semana - e esse texto de introdução é o último trecho a ser adicionado -, apesar do domínio do sexo feminino os homens também terão seus momentos para aparecer. Alguns surgirão como imponentes guerreiros de um jogo online ou prestimosos soldados das forças armadas do Japão (aquela que nunca foi usada à vera, mas não falem isso perto do autor dessa obra!), outros representarão novamente os arquétipos de várias nações ou então só aparecerão dormindo (o quê?), e tem aqueles que farão baderna seja em Ikebukuro, seja numa pseudo Itália; contudo, meu destaque, ou minhas condolências, irá especialmente para certos nobres rapazes que nos próximos três meses serão vítimas constantes de abusos morais, físicos e mentais de... Garotas (!), vindos tanto de alunas de uma ex escola feminina que não aprovam a presença de homens no local, irmãzinhas mandonas e falsas e colegas de trabalho que lhe batem só por você não possuir dois cromossomos X – quanta intolerância, quanto feminismo, quanta hipocrisia de quem está escrevendo isso!


Ih, acabei voltando para as garotas. Há ainda menininhas aspirantes a dubladoras e...



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São por enquanto 46 estreias, porém esse número aumentará, no mínimo, para 50. A razão disso é que há mais 4 animações já confirmadas que preferi ir adicionando aos poucos nos próximos dias, a fim de que o post não atrasasse - para ser exato farei isso apenas a partir do dia 16 ou 17, que é quando voltarei de viagem. Na tabela do Neregate tem listada quase todas elas, mas segue abaixo a relação dos títulos faltantes:

Kurayami Santa (adicionado)
Rokka no Yuusha (adicionado)
Ushio to Tora (TV) (adicionado)


Como de praxe, a cartela do Neregate ainda tem à disposição, para quem quiser, os anúncios de OVAs, Movies, Specials e OADs que virão nos próximos meses. Já para séries de TV e ONAs, continuarei com comentários pessoais meus em boa parte dos animes, principalmente naqueles cuja obra original eu pude conhecer um pouco. Certamente um anime que estou aguardando muito agora poderá ser uma droga, ou um que só menosprezei poderá se mostrar muito bom (e às vezes eu também acerto, vai!); mas enfim, são apenas especulações, de acordo com a visão que tive do material original ou da equipe envolvida na produção. Como esse post está sendo feito com certa antecedência, muitos dados novos surgirão ou terão de ser corrigidos; desse modo, manterei logo a frente uma relação das atualizações realizadas aqui.


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Concluindo, as datas de estreia se referem ao dia exato da primeira exibição do anime (excluindo pré-estreias), não importando o horário. Ex: alguns sites colocam que anime X estreará dia 6 de julho, sendo que sua estreia será à 1:00 da manhã já do dia 7; aqui, a data estará como dia 7 de julho mesmo.

PS: Comentários são bem-vindos; ou, para ser exato, eu quero que comentem! Claro, só estou sendo um pouco exagerado, mas feedbacks para algo que levou quase um mês para ser montado (e que nem chegou ao fim ainda) é, assim, um ótimo "pagamento", que me motiva a continuar com essa postagem em temporadas futuras. Não se preocupe com o tamanho ou conteúdo do comentário, somente deixar seu suporte, crítica ou sugestão já me será o suficiente.


PS (2): Dê o seu voto: No final do post há uma enquete perguntando quais animes você pretende ver nessa temporada, apenas para ver qual é a predileção do público do Animecote. O resultado será divulgado no início de julho.


PS (3): Notarão que adicionei uma nova categoria de informação dos animes, chamado "Tema"; ele será usado quando for necessário acrescentar termos que complementem o conteúdo do anime, e que antes ou eu os colocava em "Gênero" erroneamente (ecchi ou mecha, por exemplo), ou então sequer os mencionava.


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Como colocar o link direto da imagem causava lentidão no carregamento do post e problemas na hora de realizar atualizações, clique aqui para ser direcionado à página do site Neregate, onde pode visualizar ou baixar a cartela nos formatos JPEG e PNG.

Para quem quiser ver os animes listados de acordo com suas respectivas datas de estreia, clique aqui para acessar uma planilha que montei no Google Drive.


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ATUALIZAÇÕES:

28/07: Adicionado o anime "Yakyuubu Aruaru".
28/07: Adicionado o anime "PikkaPika Summer".
13/06: Adicionada a informação "Data de estreia" do anime "Imabari Barysan".
10/07: Corrigida a informação "Formato" do anime "Wooser no Sono Higurashi: Mugen-hen".
10/07: Corrigida a informação "Formato" do anime "Wakako-zake".
10/07: Corrigida a informação "Formato" do anime "Wakaba*Girl".
10/07: Corrigida a informação "Formato" do anime "Suzakinishi the Animation".
10/07: Corrigida a informação "Formato" do anime "Okusama ga Seito Kaichou!".
10/07: Corrigida a informação "Formato" do anime "Miss Monochrome: The Animation 2nd Season".
10/07: Corrigida a informação "Formato" do anime "Million Doll".
10/07: Corrigida a informação "Formato" do anime "Danchigai".
10/07: Corrigida a informação "Formato" do anime "Bikini Warriors".
10/07: Corrigida a informação "Data de estreia" do anime "God Eater".
03/07: E com isso, anuncio que AS ATUALIZAÇÕES ESTÃO ENCERRADAS; possíveis correções de informações ou links quebrados, se houver, serão feitas sem aviso - a exceção fica para animes que ainda vierem a ser adicionados ou atualizações que eu julgar importante destacar aqui, como alterações em datas de estreia, por exemplo.  03/07: Há alguns dias foi anunciada, para o dia 20 de julho, a estreia do anime "Pikkapika Summer"; porém, como não há nenhuma informação concreta a seu respeito, esperarei mais alguns dias antes de adiciona-la - cliquem aqui caso queiram visitar sua página no MyAnimeList.
03/07: No momento apenas o anime "Imabari Barysan" não divulgou ainda a sua data de estreia.
03/07: Veja no final do post um ranking com o número de votos para cada anime na enquete.
01/07: Adicionada uma informação extra no final do texto do anime "God Eater".
29/06: Adicionada a informação "Trailer" do anime "Suzakinishi the Animation".
28/06: Com todas as estreias por ora conhecidas já adicionadas, e não havendo no momento informações relevantes a serem acrescentadas, anuncio o pré encerramento das atualizações. Caso passe alguns dias sem novidades as atualizações serão encerradas de vez.

28/06: Em alguns sites está sendo listada "Chu Feng: BEE", uma animação chinesa que será exibida nessa temporada no Japão (estreia marcada para 23 de julho) com dublagem também japonesa - Hanazawa Kana dará voz a personagem principal. Como não se trata de um anime propriamente (animação que tenha um estúdio do Japão no comando da produção), não o adicionarei no guia, porém achei melhor pelo menos avisar sobre isso. Cliquem aqui caso queiram ver um trailer da versão dublada em japonês.
28/06: Adicionado o anime "Ushio to Tora".
28/06: Adicionado o anime "Imabari Barysan".
27/06: Adicionada a informação "Trailer" do anime "Aoharu x Kikanjuu".
27/06: Adicionado novo trailer de "Charlotte".
27/06: Adicionado novo trailer de "ClassroomCrisis".
26/06: Corrigida a informação "Site oficial" do anime "Suzakinishi the Animation".
26/06: Adicionada a informação "Data de estreia" do anime "Suzakinishi the Animation".
26/06: Adicionada a informação "Trailer" do anime "Gakkou Gurashi!".
26/06: Adicionado novo trailer de "Dragon Ball Super".
26/06: Adicionado novo trailer de "Overlord".
26/06: Adicionado dois novos trailers de "Monster Musume no iru Nichijou" (no mesmo estilo do anterior)
25/06: Adicionado novo trailer de "Monster Musume no iru Nichijou" (na verdade é só um comercial de 15 segundos que de novidade mesmo possui apenas uma generosa cena de fanservice).
25/06: Adicionado novo trailer de "Ranpo Kidan: Game of Laplace".
24/06: Adicionado o anime "Rokka no Yuusha".
23/06: Adicionado novo trailer de "Working!!!".
23/06: Adicionado novo trailer de "Himouto! Umaru-chan".
23/06: Adicionado novo trailer de "Non Non Biyori Repeat".
21/06: Adicionada a informação "Trailer" do anime "To LOVE-ru Darkness 2nd".
21/06: Adicionada a informação "Data de estreia" do anime "Charlotte".
21/06: Desculpem-me pela demora em adicionar os dois animes que faltam, porém prevejo colocar o texto de "Rokka no Yuusha" até terça-feira, e "Ushio to Tora" até sexta. Animes pequenos cujas estreias sejam anunciadas só agora podem ser adicionados a qualquer momento.
20/06: Adicionado novo trailer de "Charlotte".
20/06: Adicionada a informação "Trailer" do anime "Okusama ga Seitokaichou!".
19/06: Adicionada a informação "Trailer" do anime "Miss Monochrome: The Animation 2nd Season".
19/06: Adicionado o anime "Suzakinishi the Animation".
18/06: Adicionada uma planilha do Google Drive listando todos os animes de acordo com a data de estreia de cada um, para que fique mais fácil acompanhar o início da temporada. O link para ela se encontra no texto acima destacado em azul.

18/06: Só explicando o ocorrido, com exceção de "Danchigai" as demais correções quanto a datas de estreia foram de apenas um dia de diferença, por conta de enganos cometidos por mim e outros sites com o formato de data que o Japão usa nas suas programações (falar que anime X estreará dia 7 às 26:00 horas quando na realidade já seriam 2:00 da manhã do dia 8, por exemplo).
18/06: Corrigida a informação "Data de estreia" do anime "The iDOLM@STER Cinderella Girls 2nd Season".
18/06: Corrigida a informação "Data de estreia" do anime "Teekyuu 5".
18/06: Corrigida a informação "Data de estreia" do anime "Okusama ga Seitokaichou!".
18/06: Corrigida a informação "Data de estreia" do anime "Non Non Biyori Repeat".
18/06: Corrigida a informação "Data de estreia" do anime "Million Doll".
18/06: Corrigida a informação "Data de estreia" do anime "Fate/kaleid liner PrismaIllya 2wei Herz!".
18/06: Corrigida a informação "Data de estreia" do anime "Danchigai".
18/06: Adicionada a informação "Data de estreia" do anime "Monster Musume no Iru Nichijou".
18/06: Adicionada a informação "Data de estreia" do anime "Makura no Danchi".
18/06: Adicionado novo trailer de "Chaos Dragon: Sekiryuu Senyaku".
18/06: Adicionado novo trailer de "Aquarion Logos".
16/06: Adicionado o anime "Kurayami Santa".
15/06: Adicionada a informação "Trailer" do anime "Dragon Ball Super".
15/06: Adicionado novo trailer de "Kuusen Madoushi Kouhousei no Kyoukan".
15/06: Adicionada a informação "Trailer" do anime "Wakako-zake".
15/06: Adicionado novo trailer de "Working!!!".
13/06: Apenas avisando novamente, os animes faltantes no guia só serão adicionados a partir da próxima terça-feira dia 16, pelo menos.
13/06: Adicionada uma informação extra no final do texto do anime "Charlotte".
12/06: Revisão de todo o post em andamento.



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Akagami no Shirayuki-hime
Formato: TV 
Data de estreia: 07/07
Estúdio: Bones
Diretor: Masahiro Ando ("Hanasaku Iroha", "Zetsuen no Tempest")
Gênero: Drama / Fantasia / Romance
Tema: Histórico
De onde saiu: Mangá, 13 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

A farmacêutica Shirayuki é uma cidadã comum do reino de Tanbarun que, contudo, possui um traço único: seus longos e chamativos cabelos ruivos. Por conta de tal aparência o príncipe de Tanbarun, Raji, ordena que ela se torne sua amante, e para evitar que isso ocorra Shirayuki corta seu cabelo e foge com destino a um reino vizinho. Entretanto, no meio do caminho, em uma floresta, a garota conhece e ajuda a tratar uma ferida de Zen, príncipe de Clarines; esse, por sua vez, após ser envenenado por uma maçã enviada por um serviçal de Raji para Shirayuki, acaba por auxiliar a garota a se livrar de seu compromisso forçado. A partir disso a jovem passa a morar e trabalhar no reino de Clarines, onde cria amizade com Zen e alguns membros de sua corte, enquanto que outros não veem com bons olhos sua presença.

Vindo de um mangá shoujo publicado desde 2006 na LaLa DX ("Natsume Yuunjichou"), revista irmã da popular LaLa, "Akagami no Shirayuki-hime" até faz no começo (pra ser exato apenas no primeiro capítulo) alguns paralelos com a fábula da Branca de Neve, como a questão do nome da protagonista - "Branca de Neve" numa tradução literal -, o uso da maçã envenenada e outros detalhes, porém as coincidências para por aí e de resto tem-se uma historinha romântica cheia de enrolos, momentos doces e uma heroína de espírito forte e decidido.

Confesso que, nos 3 volumes que li do mangá, fiquei encantado pela personalidade de Shirayuki. Se o esboço inicial é a relação entre um príncipe e uma cidadã sem status algum, é de se esperar, para conferir uma tensão na trama, aqueles habituais conflitos onde nobres ou parentes do rapaz se oporão a isso, seja através de chacotas e dizeres maldosos para lhe abalar moralmente ou, pior, atos que colocam em risco sua segurança. Enfim, isso seria o de praxe: porém, o que eu não esperava era ver uma garota de belos cabelos ruivos ser quase atingida por uma flecha com um bilhete "pedindo" para que saia do palácio do príncipe e esta, simplesmente, ignorar o amigável aviso e continuar seguindo em frente; não imaginava ver uma heroína em tal situação ser sequestrada por alguém e, antes que surgisse qualquer ajuda, ela mesma ser capaz de enfrentar e fugir daquele que a raptou usando de seus conhecimentos de profissão; e também não previa flagrar uma jovem de berço tão humilde encarar e desafiar de peito aberto um nobre empunhando sua espada enquanto ameaça ataca-la caso não se afaste do príncipe. Vá saber o que já teria ocorrido a essa moça na vida real tendo uma postura tão destemida na época em que se passa a história, mas aqui isso tudo serve para fortalecer a visão de uma protagonista que, sim, mostrará seus momentos de fraqueza, de choro e dúvidas quando o clima for pesado demais, contudo nessas horas ela terá o apoio de outro personagem de elogiável destaque que é o próprio príncipe Zen, rapaz de comportamento bastante altruísta e modesto que não condiz com sua posição e tampouco com o estereótipo normalmente usado para esse tipo de personagem. E óbvia e inevitavelmente, essa amizade tão íntima e confidente vai aos poucos evoluindo para um sentimento maior nos dois lados; quanto a isso "Akagami no Shirayuki-hime" é bem convencional, e se é justo dizer que eu adorei ver cenas tão agradáveis e delicadas entre o casal principal através dos bons traços da jovem Sorata Akizuki - mangaká que ainda era menor de idade no início da publicação dessa obra e tinha inclusive a ajuda da mãe na edição dos capítulos -, não nego ter certas vezes ficado exausto com tanta repetição numa história que dava voltas nos mesmos tópicos (e que insistência chata na surpresa e admiração de qualquer um ao ver os cabelos ruivos dela!), apesar de, ao menos, não haver exagero em relação ao drama - no fim esse é o único ponto que tenho a reclamar do mangá, e sinceramente não julgo que vou lá ter muita paciência de ver isso novamente no anime.

Um dos responsáveis por trás do projeto "Under the Dog", o diretor Masahiro Ando terá a companhia de Deko Akao ("Noragami", "Nazo no Kanojo X") na supervisão de roteiros, além de de Michiru Oshima ("Fullmetal Alchemist", "Yojouhan Shinwa Taikei") na trilha sonora e Kumiko Takahashi ("Cardcaptor Sakura") no "character design".


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Aoharu x Kikanjuu
Formato: TV 
Data de estreia: 03/07
Estúdio: Brains Base
Diretor: Hideaki Nakano
Gênero: Ação / Comédia
De onde saiu: Mangá, 6 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

"Aoharu x Kikanjuu" teve início como um one-shot publicado em 2011; nele vemos a breve história de Masamune Matsuoka e Tooru Yukimura, dois amigos separados pelo tempo que quando jovens sonhavam em se tornar jogadores de futebol, porém, passados alguns anos, o primeiro acabou arranjando um emprego de host ("anfitrião" em inglês, homem pago para conversar e entreter as mulheres em clubes) e o segundo virou um popular mangaká de obras eróticas. Os dois se reencontram agora adultos e Tooru apresenta ao velho amigo o seu hobby: airsoft. Em um primeiro instante Masamune não vê graça nesse tipo de esporte, contudo, após participar de uma partida e se empolgar com seu desenrolar, ele forma um time com Tooru e passa a jogar airsoft constantemente.

Já o mangá, cuja premissa deve ser o ponto de partida do anime, teve seis volumes publicados desde 2012, e ele traz um novo protagonista, a garota "tomboy" Hotaru Tachibana. De temperamento explosivo, ela interpreta mal algo ocorrido entre uma amiga sua e Masamune, que é seu novo vizinho, e, após causar confusão e danos no clube onde ele trabalha Hotaru se vê obrigada a aceitar a estranha condição imposta por Masamune para pagar pelo estrago que fez, que seria participar do time de airsoft dele junto com Tooru. Relutante no começo, Hotaru é outra que aos poucos se encanta pela prática de airsoft, e mesmo com a dívida sendo paga rapidamente ela continua na equipe, mas há um porém: por conta de seu modo de se vestir e agir nem Masamune, nem Tooru, percebem que ela é na verdade uma garota, o que impossibilitaria sua participação no time, e conforme o tempo passa vai lhe ficando mais difícil revelar isso para eles.

Bem, depois dessa sinopse tão detalhada (para compensar as originais que são incompletas ou errôneas), não sobrou praticamente mais nada para eu dizer desse título, uma vez que o mangá possui somente 5 capítulos traduzidos, contando o one-shot. É simplesmente uma garota de visual e comportamento bastante masculinos no meio de dois rapazes jogando airsoft com extrema seriedade, não esquecendo também que, pelo que foi mostrado no começo, surgirão vários outros homens praticando esse esporte - notei que "Aoharu x Kikanjuu" possui uma parcela significativa de fãs do sexo feminino, apesar de estar sendo publicado numa revista shounen, devido a esse elenco de rapazes mais velhos e por de vez em quando haver mesmo alguns diálogos e cenas (a maioria bem humoradas) um tanto sugestivas, mas nada que fará o público masculino em geral chiar a respeito. Tendo como protagonistas uma garota de pavio curto, um rapaz bonitão que perde a cabeça quando dizem que ele é "só um rostinho bonito" e um otaku que faz sucesso com um mangá chamado "Minha Irmãzinha é uma Predadora" ("Eu quero que meu irmão seja minha presa!"), eu até gostei do humor do mangá e sua visão tão apaixonada do airsoft, que garante cenas de ação "falsas" muito bem desenhadas e movimentadas. Não será o primeiro anime focado nesse esporte (que de fato cresceu de popularidade no Japão) ou em pessoas aficionadas por armas, contudo - que milagre! - será o primeiro a ter homens em destaque, após haver tantas garotinhas fofas fazendo isso - "Stella Jogakuin Koutou-ka C³-bu" e "Sabagebu!" são dois exemplos recentes.

Normalmente, quando acho necessário, eu jogaria pelo texto links de imagens do mangá para apoiar minhas opiniões, mas aproveitarei que ele teve um bom vídeo de divulgação lançado no ano passado e o colocarei aqui; nele são vistas várias páginas com cenas de ação, dando uma amostra do que surgirá no anime. Com um diretor debutante, Hideaki Nakano, "Aoharu x Kikanjuu" terá ainda Kenji Konuta ("Ace of Diamond", "Blood Lad") na supervisão de roteiros e Junko Yamanaka ("Aishiteruze Baby", "Detective Conan") no "character design".

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Aquarion Logos
Formato: TV 
Data de estreia: 03/07
Estúdio: C2C / Satelight
Diretor: Eiichi Sato ("Nobunaga The Fool", "The Slayers Next", "X TV")
Gênero: Ação / Comédia / Drama / Romance / Sci-fi
Tema: Mecha
De onde saiu: Continuação do anime de 2012, vindo de uma produção original.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Comemorando 10 anos de existência da franquia, essa será a terceira temporada de "Sousei no Aquarion", animação original de 2005 criada por Shoji Kawamori, autor da famosa franquia de mechas "Macross". 

Apesar de ter dirigido esse primeiro anime e o de 2012, "Aquarion Evol", dessa vez Kawamori não estará presente na equipe de produção, que terá Eiichi Sato como diretor (ele já esteve no comando de outra produção original de Kawamori, a bomba "Nobunaga The Fool"), R.O.N ("Juuou Mujin no Fafnir") na trilha sonora, Takashi Mamezuka ("Outbreak Company") no "character design" e Stanislas Brunet ("AKB0048"), mais Yukio Ikeda ("Mouretsu Pirates"), nos desenhos mecânicos.

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Bikini Warriors
Formato: TV (4 min. por episódio)
Data de estreia: 08/07
Estúdio: feel. / PRA
Diretor: Naoyuki Kuzuya
Gênero: Ação / Fantasia
Tema: Ecchi
De onde saiu: Linha de figures.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Biquínis prontos para enfrentar o temível Rei Demônio!

"Bikini Warrior" será baseado numa linha de figures idealizada por Hobby Japan e Megahouse, empresas que trabalham na criação de brinquedos e artigos diversos de entretenimento e colecionismo. Logo, é de se imaginar que sequer há alguma história de verdade para contar no anime, e no site oficial mesmo é dito apenas que ele se passará num mundo de fantasia ao estilo RPG onde um grupo de guerreiras se reunirá para enfrentar um tal rei demônio - mas, que nem a sinopse oficial também destaca, e com ponto de exclamação ainda por cima por talvez ser isso algo relevante ao enredo, todas elas estarão usando as clássicas e super protetoras armaduras de biquínis!

Megahouse nem tanto, porém Hobby Japan tem experiência no assunto; também possuindo um braço editorial, eles são os criadores originais da light novel de "Hyakka Ryouran: Samurai Girls" (produzida na época para comemorar os 40 anos de existência da empresa) e dos livros-jogos de "Queen's Blade", versão japonesa de um livro-jogo famoso chamado "Lost Worlds". Quem conhece ou ouviu falar das versões animadas dessas obras, ambas produzidas pelo famigerado estúdio Arms, bem sabe que elas podem ser resumidas a garotas lutando com roupas e armaduras de baixa qualidade, uma vez que se despedaçam e se destroem facilmente para deixar à mostra seus corpos de proporções generosíssimas. Já "Bikini Warriors", a ser animado pelo feel., outro estúdio que é constantemente escolhido para trabalhar em animes de teor ecchi considerável, obviamente seguirá o mesmo caminho como podem ver pelo trailer, principalmente por ser basear em figures de personagens tão, hum, "voluptuosas" - mas com um agravante, se é que posso chamar assim: os episódios terão somente poucos 5 minutos de duração cada um, e isso me preocupa bastante, pois não haverá espaço o suficiente para a trama central se desenvolver adequadamente, entendem...

Um detalhe curioso é que as figures de todas as personagens - que não possuem nomes divulgados, apenas suas classes ou raças - foram desenhadas por artistas diferentes: A Guerreira é criação de Hisasi, mangaká de obras hentai mais conhecido por "Koakuma Kanojo", que já até se tornou anime; a Paladina foi feita por Onigiri-kun, ilustrador da Alice Soft, empresa de jogos eroge; a Feiticeira saiu das mãos de saitom, outro mangaká de obras hentai que criou o "character design" para "Ninja Slayer From Animation", anime que estreou na última temporada; a Elfa Negra é de autoria de Non Oda, mais um mangaká de hentai que cuidou dos traços do elenco de "Queen's Blade"; a Caçadora é idealização de Rei Hiroe, autor do cultuado mangá de "Black Lagoon"; e, por fim, a Valquíria possui os traços marcantes de Tony Taka, ilustrador cujo "character design" pode ser visto em jogos como o RPG "Shining Hearts" e a visual novel "Fault!!" - o responsável pelo redesenho delas para o anime será Kosuke Murayama (hentai "Resort Boin"). Após isso tudo nem tem graça em citar o restante da equipe, que se limita a um diretor que terá aqui sua segunda série de TV e um supervisor de roteiros (Go Tamai) estreante no cargo, então sigamos em frente que já foi gasto texto demais para uma animação desse tipo.


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Boo Boo Boy
Formato: TV (2 min. por episódio)
Data de estreia: 04/07
Estúdio: DLE
Diretor: Benpineko
Gênero: Aventura
De onde saiu: Revista infantil.
Site oficial: Clique aqui

Éé... Aventuras de um garoto com seu carro vivo que se transforma, é isso. 

Vindo de uma revista infantil (não achei informações detalhadas sobre seu estado de publicação), o anime será produzido em flash pelo onipresente em todas as temporadas estúdio DLE, terá 2 minutinhos de duração por episódio e no site oficial do mesmo, fora os textos que exaltam o "bom histórico e confiabilidade do DLE no ramo da animação" e os potenciais atributos da revista infantil publicada pela editora Shogakukan, que planeja iniciar uma linha de produtos diversos tendo o anime como ponto inicial, é destacado apenas que os demais personagens de "Boo Boo Boy" também dirigirão carros vivos - pensei em umas três piadinhas bestas para fazer aqui mas, não, não, pulem logo pro anime seguinte.

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Chaos Dragon: Sekiryuu Senyaku
Formato: TV 
Data de estreia: 02/07
Estúdio: Connect / Silver Link
Diretor: Masato Matsune
Gênero: Ação / Fantasia
De onde saiu: RPG de mesa.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aquiaquiaquiaqui e aqui


A história se passa em Huanli (o Ano do Deslumbramento) 3015. Donatia e Kouran, dois países lutando por supremacia, estão causando grandes danos ao mundo devido a uma constante guerra. Em meio a essa discórdia se encontra Nil Kamui, um país ilha que perdeu sua independência e cujo deus guardião, Red Dragon, se encontra fora de controle. Será que Nil Kamui conseguirá recuperar sua independência?

Essa é a sinopse truncada divulgada até então, mas o interessante mesmo aqui é que se trata de mais um anime cuja criação de personagens envolveu um grupo de artistas (mas dessa vez sem armaduras de biquínis!); "Chaos Dragon" é baseado numa sessão de RPG de mesa ocorrida em 2012, intitulada "Red Dragon", que durante seis noites foi comandada por Makoto Sanda, autor da light novel de "Rental Magica"- o mundo da história foi uma realização conjunta dele com Kiyomune Miwa (designer) e Ukyou Kodachi (autor da light novel de "Macross Frontier"), havendo mais de mil páginas e duas mil ilustrações disponíveis para o jogo. Cinco pessoas participaram dessa sessão, e cada uma montou seu próprio personagem; Gen Urobuchi ("Mahou Shoujo Madoka Magica", "Psycho-Pass") criou Ro Chenfa, uma assassina de uma organização religiosa do país de Kouran; Kinoko Nasu (autor da light novel de "Kara no Kyoukai") veio com Soirot Clasbari, membro de um grupo de cavaleiros de Donatia; Ryohgo Narita (autor das light novels de "Baccano!" e "Durarara!!") projetou Kagraba, um misterioso comerciante imortal da cidade independente de Haiga; Simadoriru (ilustrador e membro de um círculo de doujin popular chamado "Stripe Pattern") deu vida a Ibuki, descendente da família real de Nil Kamui; e encerrando, Iduki Kougyoku (autor da light novel cult "Mimizuku to Yoru no Ou") idealizou Eiha, garota guardiã de Ibuki que se fundiu com um demônio. Ufa! Resta saber que anime sairá disso tudo, porém é bom deixar claro que, com exceção de um, os demais nomes citados acima não terão envolvimento algum nessa adaptação, e "Chaos Dragon" trará uma equipe formada pelo novato Masato Matsune na direção, Shou Aikawa (30 episódios de "Fullmetal Alchemist") e Ukyou Kodachi na supervisão de roteiros e Hitoshi Sakimoto ("Romeo x Juliet") na trilha sonora - mas, apesar disso, algumas peças publicitárias do anime tem citado nomes como os de Urobuchi e Narita somente para atrair a atenção de seus respectivos fãs.

Aliás, essa jogatina gerou depois uma light novel de 7 volumes onde foi transcrito todo o seu desenrolar, e como informação final não será a primeira vez que um anime sai de tal fonte: na década de 80 o mesmo Makoto Sanda fez parte do grupo que criou um mundo de RPG de mesa que originou a muito bem sucedida franquia "Record of Lodoss War", de onde saíram light novels, mangás, animes e jogos. "Chaos Dragon" ambiciona o mesmo trajeto, pois para esse ano já estão previstos também o lançamento de um jogo de tabuleiro para até sete jogadores e outro jogo para smartphones, com a colaboração de alguns novos ilustradores e mangakás de certo renome. Pois é, agora, indo ao que importa no nosso caso, falta "apenas" o anime ser bom.

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Charlotte
Formato: TV 
Data de estreia: 05/07
Estúdio: P.A. Works
Diretor: Yoshiyuki Asai
Gênero: Drama
Tema: Escolar
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aquiaqui e aqui

"Charlotte" será a segunda animação original a ser produzida pelo estúdio P.A. Works em parceria com Jun Maeda - a primeira foi "Angel Beats!", em 2010. Para quem não o conhece, Jun é cofundador da Key, empresa desenvolvedora de visual novels prestigiada por títulos como "Clannad", "Air", "Kanon" e "Little Busters!" (esses citados já receberam cada qual sua adaptação em série de TV), sendo que ele tem grande participação nos roteiros e trilhas sonoras de quase todos os projetos. Juntando então a fama que ele carrega na indústria de visual novels, mais o sucesso que foi "Angel Beats!" na parceria com P.A. Works cinco anos trás, não é por menos que as expectativas em cima desse novo anime sejam imensas.

Já do conteúdo em si de "Charlotte", a sinopse oficial não revela muito, informando que a história é centrada nas habilidades especiais que uma pequena porcentagem de garotos e garotas adquire na puberdade. O protagonista Yuu Otosaka é um jovem que usa seus poderes sem o conhecimento dos outros, e fora isso ele leva uma vida escolar normal; entretanto, após conhecer uma garota de nome Nao Tomori, o destino dos usuários de poderes especiais será exposto - segundo palavras retiradas da própria sinopse. 

Só isso?

Pois é, não atrai tanto a atenção. Pessoalmente, "Charlotte" só me empolgou mais depois que li breves descrições dos limitadíssimos poderes dos personagens principais, todos membros do conselho estudantil de uma escola chamada Hoshinoumi: Yuu Otosaka (que, segundo o site oficial, será o protagonista "mais pervertido da história da Key" e pode ser definido em uma só palavra como "estúpido") é capaz de possuir o corpo de outras pessoas, porém ele pode fazer isso por apenas 5 segundos; Nao Tamori possui o dom da invisibilidade, mas somente uma pessoa por vez, a sua escolha, não será capaz de enxerga-la; Joujirou Takajou possui supervelocidade, todavia ele não consegue controla-la totalmente, o que lhe causa constantes ferimentos; e Yusa Nishimori tem a habilidade de se comunicar com os mortos, contudo de vez em quando, sem ela querer, sua falecida irmã toma controle de seu corpo. Ainda há algumas informações triviais de cada um, mas de resto é esperar pelo anime mesmo, já que nem o trailer apresenta algo relevante.

Responsável pelos roteiros de alguns episódios em outros animes do P.A. Works como "CANAAN", "Tari Tari" e "True Tears", essa será a primeira vez que Yoshiyuki Asai atuará como diretor principal. Jun Maeda, óbvio, surge como supervisor de roteiros e também cuidará da trilha sonora ao lado da dupla ANANT-GARDE EYES, que trabalhou com ele em "Angel Beats!". Por fim, Na-Ga, um ilustrador e desenhista gráfico da Key, é o autor do "character design" original de "Charlotte" (ele fez o mesmo em "Little Busters!" e "Angel Beats!"), enquanto que Kanami Sekiguchi ("Hanasaku Iroha", "Tari Tari", "True Tears") ficará a cargo de adaptar sua arte para o anime.


Atualização, 13/06: Anunciaram hoje que, antes da estreia de "Charlotte" em julho (cuja data exata ainda não informaram), será exibido no próximo dia 21 um especial sobre o anime que apresentará melhor os personagens e a história, e que também mostrará as dependências do estúdio P.A. Works e mensagens da equipe de produção.



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Classroom☆Crisis
Formato: TV 
Data de estreia: 04/07
Estúdio: Lay-duce
Diretor: Kenji Nagasaki ("Gundam Build Fighters", "No.6")
Gênero: Comédia / Romance / Sci-fi / Slice-of-Life
Tema: Escolar
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui
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E continuando com a sequência de animações originais, agora é a vez do novato estúdio Lay-duce ("Magi: Sinbad no Bokuen"), fundado em 2013, vir com "Classroom☆Girls", anime que será, pelas informações divulgadas até o momento, uma espécie de slice-of-life sci-fi com pitadas de comédia romântica - não esquecendo ainda o onipresente tema escolar, claro.

O cenário de "Classroom☆Girls" é um futuro onde a humanidade colonizou todos os planetas do sistema solar (ah, tá), e almeja ir além. Sua história é centrada no dia a dia e nos sonhos de um grupo de jovens que mora na Quarta Tóquio em uma prefeitura japonesa localizada em Marte, dentre eles Iris Shirasaki, uma estudante do terceiro ano piloto de testes da A-TEC; Mizuki Sera, mecânica que auxilia Shirasaki; e Mizuki Kaito, irmão de Sera, que é um jovem professor delas e diretor do programa que desenvolve seus talentos.

As sinopses oficiais se resumem a isso, e lendo descrições de todos os personagens listados no site oficial (11 ao todo), mais essa página falando sobre a ambientação do anime, deu para entender que A-TEC seria um departamento especial de uma escola cujos integrantes são também funcionários de uma empresa espacial chamada Kirishina - ou seja, teremos mesmo dedicados adolescentes estudando e trabalhando. Além disso, no texto de alguns personagens são mencionados leves conflitos amorosos, mas é cedo dizer se o romance (ou qualquer outro gênero, há várias possibilidades aqui) terá de fato algum destaque.

Por ora o principal produto de venda de "Classroom☆Girls" é a presença de Hiro Kanzaki no "character design", ilustrador da light novel "Ore no Imouto ga Konnani Kawaii Wake ga Nai" e autor também dos traços de personagens dos animes "Eureka Seven" e "Go! Go! 575" - esse último uma animação curtinha que até então era a única série de TV produzida pelo Ley-duce. Em segundo plano vem o diretor Kenji Nagasaki, profissional que atuou em apenas dois animes nesse cargo, porém tem passagens no tratamento de episódios isolados em diversas animações de mecha ou sci-fi, tais como "Mobile Suit Gundam 00", "Robotics;Notes", "Star Driver" e "Guilty Crown". Encerrando, Fumiaki Maruto (autor da light novel de "Saenai Heroine no Sodatekata") será o supervisor de roteiros, Yuuki Hayashi ("Robotics;Notes", "Death Parade") criará a trilha sonora e Toshinari Tanaka ("Heroman") ficará responsável pelos desenhos mecânicos.


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Danchigai
Formato: TV (3 min. por episódio)
Data de estreia: 10/07
Estúdio: Creators in Pack TOKYO
Diretor: Hiroshi Kimura ("Haitai Nanafa", "Military!", "Recorder to Randoseru")
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
Tema: Escolar
De onde saiu: Mangá, 2 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui

Baseado em um mangá ao estilo 4-koma (tirinhas de quatro quadros), "Danchigai" seguirá a rotina de cinco irmãos que moram em um apartamento "danchi" - palavra usada no Japão para designar uma espécie de conjunto habitacional, geralmente financiada pelo governo, cujos apartamentos possuem aluguéis e impostos baixos e (nos casos dos danchis públicos) as pessoas interessadas em viver nele têm de participar de sorteios. Serão quatro garotas - Mutsuki, Yayoi, Uzuki e Satsuki - e um rapaz, Haruki, vivendo juntos. E é isso.

Nessa temporada houveram apenas quatro animes onde não me foi possível encontrar traduzido em inglês um capítulo que fosse de seus respectivos mangás ou light novels, e o curioso nisso é que todos eles são adaptações de tirinhas 4-koma - em dois casos eu pude ao menos achar o mangá em japonês e assim ter breves noções de seu conteúdo, mas para outros dois títulos nem isso foi possível, e "Danchigai" se encontra no segundo grupo. Fica a incerteza se veremos um anime pseudo incestuoso devido ao cenário inicial ou, se é somente um slice-of-life suave e bem humorado, mas vale notar que os mangás da revista que publica "Danchigai", a seinen Manga 4-koma Palette (sim, dedicada exclusivamente a tirinhas), normalmente possuem conteúdo ameno, sendo "Mikakunin de Shinkoukei" e "Futsuu no Joshikousei ga [Locodol] Yatte Mita." dois títulos seus que ganharam versões animadas recentemente - mas não em episódios curtos, que será o caso desse.

A ser feito pelo nanico Creators in Pack TOKYO, estúdio que em janeiro desse ano produziu sua primeira animação por conta própria, o também curto "Military!" (esse sim bastante ecchi), a direção de "Danchigai" ficará por conta de Hiroshi Kimura, profissional experiente em animações desse tamanho, e terá "character design" de Eriko Itou.


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Deban Desu Yo! Onigirizu
Formato: ONA (5 min. por episódio)
Data de estreia: 01/06
Estúdio: Production Reed / Nikkatsu
Gênero: Comédia
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui

Animação curta criada para comemorar o aniversário de 25 anos do NECO, canal televisivo japonês dedicado a exibição de filmes. Não sei o que isso tem a ver, porém ela mostrará as conversas de bastidores e concertos de uma banda chamada Onigirizu. Próximo...


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Dragon Ball Super
Formato: TV 
Data de estreia: 05/07
Estúdio: Toei Animation
Diretor: Kimitoshi Chioka ("Kamisama Kazoku")
Gênero: Ação / Aventura / Comédia
Tema: Super poderes
De onde saiu: Continuação do anime de 1996.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Nova série de TV da franquia de "Dragon Ball" em dezoito anos (que tenha material inédito, desconsiderando os remakes "Dragon Ball Kai"), a história de "Dragon Ball Super" se passará após a saga de Majin Buu vista em "Dragon Ball Z", série exibida originalmente entre os anos de 1989 e 1996 - tal saga ocorre durante os episódios 232 e 253 da versão original, e do 116 ao 133 no remake "Dragon Ball Kai". Sim, sim, "Dragon Ball GT", único anime não baseado no mangá de Akira Toriyama, será totalmente ignorado.

Fora isso, foi informado apenas que surgirá um novo vilão, mais forte que Frieza e Majin Buu, para enfrentar Goku - entretanto, antes da estreia do anime em julho já será possível ter uma noção de seu conteúdo, pois por volta do dia 21 de junho iniciarão uma versão em mangá dele na revista mensal "V Jump". A ser animado pela Toei Animation, "Dragon Ball Super" terá história original e personagens criados pelo próprio Akira Toriyama, com direção de Kimitoshi Chioka e trilha sonora de Nohirito Sumitomo ("Dragon Ball Kai 2014").

A propósito, um novo filme da franquia foi lançado em abril, "Dragon Ball Z Movie 15: Fukkatsu no F", e ele também se passou após a saga de Majin Buu, narrando nesse caso a ressurreição de Frieza com o auxílio das Esferas do Dragão.

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Durarara!!x2 Ten
Formato: TV 
Data de estreia: 04/07
Estúdio: Studio Shuka
Diretor: Takahiro Omori ("Baccano!", "Kuragehime", "Natsume Yuunjichou")
Gênero: Ação / Suspense
Tema: Sobrenatural
De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo de uma light novel finalizada com 13 volumes.
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Terceira temporada de "Durarara!!", anime de 2010 do estúdio Brains Base que narra a conturbada rotina do distrito de Ikebukuro, em Tóquio, onde ocorrem diversos eventos sobrenaturais e conflitos entre gangues. Baseado em uma light novel encerrada em janeiro de 2014 com 13 volumes escrita por Ryohgo Narita - autor que teve outra excelente obra sua, "Baccano!", também adaptada pelo Brains Base em 2007 -, "Durarara!!x2 Ten" é a segunda de três novas séries que estão sendo produzidas pelo Shuka, estúdio recém fundado por um produtor do primeiro anime responsável pelos projetos do diretor Takahiro Omori, que segue no comando da franquia. A primeira, "Durarara!!x2 Shou", foi exibida na temporada de inverno desse ano, enquanto que a terceira, "Durarara!!x2 Ketsu", está prevista para a temporada de inverno de 2016.

Junto a Takahiro Omori todo o restante da equipe segue em frente, com 
Noboru Takagi ("Sankarea", "Tonari no Kaibutsu-kun") na supervisão de roteiros, Yoshimori Makoto ("Natsume Yuunjichou", "Baccano!") na trilha sonora e Kishida Takahiro ("Haikyuu!!") no "character design". 


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Fate/kaleid liner Prisma☆Illya 2wei Herz!
Formato: TV
Data de estreia: 25/07 
Estúdio: Silver Link
Diretor: Shin Oonuma (Baka to Test to Shoukanjuu", "ef: a tale of memories", "Kokoro Connect", "WATAMOTE")
Gênero: Ação / Comédia / Fantasia
Tema: Ecchi / Mahou shoujo
De onde saiu: Continuação do anime de 2014, baseado em uma série de mangás com atuais 12 volumes.
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Terceira temporada de "Fate/kaleid Prisma Illya", spin-off da franquia Fate/stay Night que pega uma personagem coadjuvante, Illyasviel von Einzbern, e a rejuvenesce em nove anos, a deixa mais dócil e atrapalhada e a transforma em uma "mahou shoujo", isso tudo numa historinha satírica do gênero que tem o bom humor de não se levar muito a sério. O primeiro anime, de 2013, se baseou em um mangá com somente 2 volumes publicados, enquanto que o de 2014 adaptou metade do material de "Fate/kaleid Iiner PrismaIllya 2wei!!", um segundo mangá que teve 5 volumes lançados entre 2009 e 2012 - e esse novo anime adaptará o que falta dele. Há por fim um terceiro título em publicação, "Fate/kaleid Line Prisma Illya 3rei!!", que está hoje com 5 volumes.

A equipe segue a mesma da segunda temporada após algumas mudanças em relação a primeira, com Shin Oonuma na direção principal, Masato Jinbo de diretor-assistente e Kenji Inou na supervisão de roteiros.

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Gakkou Gurashi!
Formato: TV 
Data de estreia: 09/07
Estúdio: Lerche
Diretor: Masaomi Ando ("White Album 2")
Gênero: Slice-of-Life / Suspense / Terror
Tema: Escolar / Zumbis
De onde saiu: Mangá, 6 volumes, em andamento
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Slice-of-life de garotinhas com apocalipse zumbi, alguém finalmente ouviu nossas preces.

Publicado desde 2012 numa revista seinen, a premissa de "Gakkou Gurashi!" é direta ao ponto: algumas garotas se tornam as únicas sobreviventes em sua escola de uma epidemia zumbi, e passam a morar no local enquanto se defendem dessas criaturas e tentam ainda levar adiante algum resquício de vida normal. Sim, sim, é estúpido, porém lhes digo que se não inventarem muito na adaptação este deverá ser um dos animes mais angustiantes da temporada.

Eu fui com uma, duas, três pedras nas mãos pra cima de seu mangá, e admito que nos primeiros capítulos usei todas elas sem receio. Esclareço melhor o motivo disso: após a infestação de zumbis, a madura e líder do grupo Yuuri, a atlética Kurumi e a alegre Yuki formam meio que uma espécie de clube (na tradução do mangá em inglês está como "School Life Club") no qual elas realizam atividades que, na prática, são precauções e deveres necessários para sobreviverem em tal cenário, contudo para Yuki isso tudo não passa de tarefas escolares rotineiras, pois em sua cabecinha não existem zumbis e todos continuam vivendo normalmente - não é um spoil grande, já que isso é percebido ainda no primeiro capítulo. Logo, qual o resultado ao haver na história uma personagem tão imatura e bobinha que não tem ciência de sua real situação? O mais estranho possível, porque, enquanto suas amigas se defendem de zumbis com pás e barricadas e traçam planos diários para juntar e gerir os poucos recursos que possuem, Yuki serve como porta de entrada para diversos eventos que seriam bem típicos em um anime slice-of-life de garotinhas... Onde elas não estivessem cercadas por morto-vivos querendo lhes matar. Também fica rapidamente muito claro que esse comportamento é devido a algum trauma (agora eu ir além disso, aí sim, seria dar um spoil desnecessário), e Yuuri e Kurumi simplesmente vão levando adiante e aceitando suas ilusões, inclusive se aproveitando delas como, por exemplo, fingirem que farão juntas um teste de coragem em um local escuro e abandonado quando na verdade estão indo buscar suprimentos em uma área onde podem ser atacadas, mas de todo modo essa é a desculpa usada no começo para vermos uma trama que nem parece ser sobre um apocalipse zumbi, já que há garotas fofas acampando, realizando "viagens" de campo, fazendo tarefas escolares, participando de eventos esportivos e falando trivialidades. Com justa razão, um bom número de pessoas deverá largar o anime no início ao perceberem essa abordagem.

Claro que tantos outros não se importarão com isso, mas ao menos pra mim tal desenrolar nos primeiros volumes do mangá, ainda que apresentando suas justificativas, me foram uma grande chatice e teste de paciência, até o ponto em que, finalmente, "Gakkou Gurashi!" começou a focar mais no suspense e aumentou de dramaticidade. A pegada moe e os alívios cômicos não desaparecem, porém se tornam menos frequentes em meio a constantes revelações do enredo e as várias situações de perigo que essas garotas enfrentam, havendo ainda um teor psicológico mais intenso e cenas gore de impacto bem maior do que se imaginaria numa obra dessas - no mangá pelo menos, resta ver como ficará no anime. Devido a série de reviravoltas que ocorrem eu sequer posso detalhar um acontecimento aqui para esclarecer melhor o que quero dizer, contudo "Gakkou Gurashi!" não traz nenhum pingo de novidade para quem já conhece um pouco de histórias envolvendo zumbis, abusando de argumentos habituais nessas produções, então esperem por seguidas tragédias, dilemas morais e fortes apelos emocionais em seu desenvolvimento. Para ser franco, mesmo que a melhora tenha sido significativa eu nunca cheguei a aceitar e comprar totalmente a ideia de ver garotinhas adolescentes numa ambientação dessas, e pra piorar com a insistência em não deixarem a fofura de lado, mas a tensão construída pelo mangá no final de cada capítulo e a boa sacada de sempre revelarem algo (aparentemente) relevante para a trama central me fizeram ler em um dia todos os seis volumes disponíveis após ter apedrejado tanto o seu início e quase desistir de lê-lo - em resumo, tal obra me foi um legítimo "guilty pleasure". Seria bom se o seu anime chegasse a ter vinte e poucos episódios, para poder abranger melhor justamente esses trechos, pois caso venha com somente 12 ou 13 o final acabará ficando um tanto frustrante ao fechar-se num ponto clímax.

Além disso, o nanico estúdio Lerche já provou com "Ansatsu Kyoushitsu" que são capazes de produzir uma animação de qualidade razoável, mas desconfio se darão conta de manter um nível estável ao trabalharem com três animes (os outros dois verão logo abaixo) ao mesmo tempo nessa temporada, e sendo "Gakkou Gurashi!" o de menor destaque. Enfim, ao lado de Masaomi Ando teremos o próprio autor do mangá, Norimitsu Kaihou, como supervisor dos roteiros, e a artista de traços moe Haruko Iizuka "(Hentai Ouji", "Inu x Boku SS", "Little Busters!", "Tamayura") no "character design".


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Gangsta.
Formato: TV 
Data de estreia: 02/07
Estúdio: Manglobe
Diretor: Kochi Hatsumi ("Deadman Wonderland")
Gênero: Ação / Drama
De onde saiu: Mangá, 6 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Baseado em um mangá seinen publicado desde 2010, "Gangsta." conta a história de Nick e Worick, uma dupla de criminosos de postura neutra que realiza serviços diversos tanto para a máfia, quanto para a polícia, na cidade de Ergastulum. Após conhecê-la enquanto realizavam um trabalho, também se junta a eles a prostituta Alex, que junto com os rapazes se verá no meio de uma ação de grandes dimensões na cidade envolvendo os mais perigosos criminosos.

Após alguns anos aceitando projetos "fáceis" de franquias populares, o estúdio Manglobe retorna ao estilo de animação que o consagrou nos primeiros anos após a sua fundação, quando veio com produções de teor mais maduro como "Samurai Champloo", "Ergo Proxy" e "Michiko to Hatchin". "Gangsta." não chega ao mesmo nível, porém sua pegada "cool" e temas adultos já é algo consideravelmente melhor do que Manglobe vinha fazendo ultimamente.

Nesse não pretendo me alongar muito, pois os volumes que li do mangá me mostraram um material do qual, na verdade, não seria possível discorrer aqui em detalhes sem dar spoils significativos. Digo apenas que será aquilo que sua sinopse e trailer denunciam: gangues, cartéis, mafiosos, policiais corruptos, prostitutas, cafetões e criminosos "fazemos de tudo contanto que nos paguem" como Nick e Worick compõem a fauna de uma cidade cuja localização nunca é mencionada, porém suas características e os nomes de vários personagens lembram bastante as terras de um certo país do mediterrâneo que na ficção é palco constante para esse tipo de história. Peças neutras nesse local onde a polícia finge que trabalha para o cidadão e a máfia paga a polícia para trabalhar para eles, Nick, um asiático surdo e de força descomunal que luta usando uma espada, e Worick, um bonitão brincalhão que nas horas vagas ainda atua como gigolô, se veem no começo cada vez mais envolvidos do que gostariam em uma conspiração cujo teor vai de encontro a situação dos "twilight", nome dado a um grupo de pessoas que, por conta de certos eventos no passado que modificaram a sua genética, possuem uma força física muito acima do normal e devido a essa e outras características são tratados como uma raça inferior - Nick é um deles. Já Alex, que faz o típico papel daquela personagem "comum" que de repente se vê rodeada de sujeitos excêntricos, serve como um bom contraponto nesse trio.

Por culpa do tanto que era dito sobre "Gangsta." eu cheguei a esperar uma trama mais complexa e visualmente explícita; digo, seu conteúdo realmente não é leve, mostrando as ruas de Ergastulum sendo banhadas frequentemente com corpos decapitados ou totalmente irreconhecíveis, além de algumas sequências eróticas, mas os traços não tão detalhados e fortes do mangá amenizam consideravelmente o impacto dessas cenas - diferente da versão em mangá que li de "Gate", por exemplo. Já a história, apesar de bem intricada quanto as diferentes relações e ações entre os vários tipos de integrantes do barulhento submundo da cidade, ela não apresentou de início nada que fugisse do habitual em obras desse gênero, apenas a embrulhando com alguns temas de maior exagero que conferem ao mangá um ar mais fantasioso, como esse delicado assunto dos "twilight" - abordagem essa que não achei ruim, nada disso, somente fugiu daquilo que eu pessoalmente esperava e queria ver nesse cenário. No geral, o que me cativou mesmo foi a caracterização e o desenvolvimento dos dramas dos protagonistas, um trio com passados nada agradáveis, sendo dois deles completos e cômicos badass de excelente química e quase que invencíveis, e a outra uma mulher da vida que mal sabe o que fazer daqui para frente, mas enquanto isso vai ficando ao lado do ranzinza Nick e do mulherengo Worick apesar de não serem companhias lá muito seguras - mas no seu caso é preferível estar má acompanhada do que sozinha em tal lugar, onde só não se veem corpos estirados ao chão toda manhã porque a competente polícia está ali para fazer a limpeza e não deixar qualquer vestígio...

Como informação extra, a partir de agosto "Gangsta." também será adaptado numa trilogia de Drama CDs com histórias paralelas. Já em relação a elogiável equipe de produção do anime, Kochi Hatsumi ("Deadman Wonderland") será diretor-chefe ao lado de Shukou Murase ("Ergo Proxy", "Witch Hunter Robin") como diretor-assistente, havendo Shinichi Inotsume ("Akatsuki no Yona") na supervisão de roteiros, o produtor de hip-hop Tsutchie ("Samurai Champloo") na trilha sonora e Youichi Ueda no "character design".


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Gatchaman Crowds Insight
Formato: TV 
Data de estreia: 05/07
Estúdio: Tatsunoko Productions
Diretor: Kenji Nakamura ("Kuuchu Buranko", "Mononoke", "Tsuritama")
Gênero: Ação / Sci-fi
Tema: Super heróis
De onde saiu: Continuação do anime de 2013, que por sua vez é spin-off da franquia "Science Ninja Team Gatchaman".
Site oficial: Clique aqui

Segunda temporada de "Gatchaman Crowds", animação que seria uma releitura moderninha da clássica série de TV politicamente correta "Science Ninja Team Gatchaman", anime de imenso sucesso exibido entre os anos de 1972 e 1974 e que, devido à excelente recepção, teve 105 episódios ao invés dos 26 planejados inicialmente pelo estúdio Tatsunoko - aqui no Brasil essa série chegou no final da década de 90 através do Cartoon Network.

A equipe principal segue inalterada, com o conceituado Kenji Nakamura na direção, Toshiya Ono "(Tsuritama") na supervisão de roteiros e Yuuichi Takahashi ("Macross Frontier") no "character design".

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Gate: Jieitai Kanochi nite, Kaku Tatakaeri
Formato: TV 
Data de estreia: 04/07
Estúdio: A-1 Pictures
Diretor: Takahiko Kyogoku ("Love Live! School Idol Project")
Gênero: Ação / Aventura / Fantasia
Tema: Militar
De onde saiu: Novel, 8 volumes, em andamento.
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Em um dia qualquer na cidade de Tóquio surge um imenso portal de onde saem guerreiros, ogros, dragões e outras criaturas fantásticas que atacam e matam indiscriminadamente os civis ao seu redor, porém a Força de Autodefesa do Japão (abreviado JSDF em inglês) é rapidamente posta em ação e repele o ataque, isolando o portal. A fim de entender o que está ocorrendo e facilitar futuras negociações, as forças armadas despacham um grupo de soldados para fazer reconhecimento prévio das terras além do portal, tendo como líder o tenente Youji Itami, um otaku assumido de 33 anos.

Uma vez lá Itami e seus companheiros vislumbram uma região de recursos naturais abundantes e seres das mais variadas espécies que só existiam nos livros. Conforme rechaçam ataques inimigos, montam alianças e fazem amizades, o grupo aprende aos poucos sobre a geografia e costumes locais, mas eles são apenas parte de um cenário maior que envolverá conflitos políticos não só entre os japoneses e os habitantes dessa terra, como também com países do nosso mundo que desejam se aproveitar dos benefícios que esse portal pode lhes trazer.

Baseada numa novel inicialmente publicada na internet de 2006 a 2009, mas em seguida lançada fisicamente como light novel a partir de 2010 (com cada volume do original sendo dividido em dois volumes nesse novo formato), "Gate" apresenta uma mescla interessante de fantasia com militarismo, sendo o último retratado de maneira bem mais verossímil do que o normalmente visto nessa indústria - consequência de o autor da light novel, Takumi Yanai, ter prestado serviço militar na JSDF durante algum tempo, e alguns dos personagens são inclusive baseados em pessoas que ele conheceu nesse período. Aliás, explicarei mais sobre isso logo abaixo, mas o subtítulo da obra pode ser traduzido como "As Forças de Autodefesa lutam dessa forma em outras terras".

Não há versões traduzidas da obra original, então tive de apelar para a versão mangá (5 volumes desde 2011) cujas primeiras páginas do capítulo 1 devem ter visto no início do texto. Geralmente essas adaptações em mangá de light novels são feitas "às coxas", material para simples divulgação, havendo nelas resumo e simplificação em excesso de sua fonte, mas no caso de "Gate" me surpreendi com a qualidade não só dos traços, como também da narrativa detalhada e seu conteúdo. Com pitadas de humor, muita ação e violência gráfica forte na qual corpos mutilados e até cenas explícitas de estupro são retratados sem qualquer reserva, "Gate" ostenta uma pegada mais madura para essa típica premissa na qual o mundo real e um mundo fantasioso se interligam de alguma forma; passado o susto inicial ao verem centenas de pessoas morrerem nas mãos de guerreiros de armadura e monstros que surgiram do nada, é óbvio que o contra ataque de uma civilização moderna, ainda que a japonesa (militarmente não é lá essas coisas e possui restrições desde a 2ª Guerra Mundial), acabaria se tornando uma carnificina sem precedentes. Cavaleiros orgulhosos de espírito nobre, criaturas sanguinárias de dois metros de altura? São fortes sim, mas de nada adianta se mal conseguem chegar perto do inimigo sem serem mortos por tiros de canhões, rifles e helicópteros, é inútil, guerra perdida desde o começo - porém, se o Japão não se aproveita disso e prefere no começo impor um acordo de paz para ambos explorarem pacificamente o que um pode oferecer ao outro, países como Estados Unidos, China e Rússia não ficarão quietos e tentarão se intrometer para obter algo em troca, nem que seja a força. E enquanto os figurões brigam lá em cima, cá embaixo vemos um simpático otaku trintão adorador de light novels e seu pelotão desbravando um mundo novo, conhecendo suas vilas e impérios, interagindo com seus habitantes e fazendo valiosas alianças e amizades como por exemplo com uma linda elfa, uma semideusa poderosa de trajes góticos (e responsável por vários do massacres ocorridos na trama) e uma feiticeira de poucas palavras, havendo nisso aquele curioso e divertido choque de culturas, seja de um lado testemunhando elementos da fantasia ganhando vida diante de seus olhos (especialmente para certos soldados otakus fãs de elfas ou neko girls!), seja do outro ficando espantado e temeroso com o poder destrutivo dos "homens de roupa verde", que pilotam monstros barulhentos e usam magia para causar grandes explosões, na humilde visão deles - nessa questão me agradou muito ver como "Gate" mostra uma série de interações e reações bastante naturais de ambas as partes, com diálogos plausíveis que auxiliam na imersão da história. Mas, infelizmente, nem tudo são flores, e serão inevitáveis, quando a diplomacia e o diálogo não forem o suficiente, conflitos contra aqueles que são inimigos de seus aliados ou que ainda se opõem e desconfiam dessa nação com trajes e equipamentos esquisitos - porém, até onde li (3 volumes), não surgiu nada que pudesse fazer frente a gloriosa, imbatível e honrada força armada japonesa, nem mesmo dragões imensos...

Em meio a tanta rasgação de seda em relação a abordagem da light novel que vi por aí em fóruns e sites diversos, a grande maioria das críticas se dirigiu a dois pontos, sendo uma delas de teor político: na versão original, publicada na internet, Takumi Yanai ostentava uma veia bastante nacionalista, enfatizando a superioridade e o poderio militar japonês diante de uma civilização tecnologicamente inferior, e colocando em seus personagens idealismos um tanto extremos. Na migração para a versão impressa isso foi amenizado, mas mesmo no mangá pude sentir um pouco disso em diversas cenas e diálogos, e não seria surpresa se o anime se tornasse ainda mais conservador e neutro nesse aspecto. Já outro detalhe muito citado e que igualmente às vezes me desapontava na leitura é ver como "Gate", de quando em quando, abria mão de sua "maturidade", digamos assim, para apelar a certos arquétipos e fetichismos otakus rotineiros e tolos, um óbvio fanservice ocasional ao público consumidor - algo que em certas obras nem é lá vontade do autor, mas sim imposição da editora que publica seu trabalho. E tenho minhas suspeitas quanto a se o popular A-1 Pictures, estúdio tão criticado por mudanças realizadas em vários animes (se bem que isso sempre depende da equipe de produção envolvida), não fará aqui uma adaptação não só obviamente muito menos violenta - e caso sobre algo, terá de ser censurado -, como juntamente suprimirá ou simplificará alguns argumentos a fim de criar uma obra mais focada na ação e escapismos otakus. Claro, são especulações, mas o histórico do A-1 Pictures justifica essa desconfiança.

Finalizando, ao lado de Takahiko Kyogoku na direção teremos Tatsuhiko Urahata ("Kuroshitsuji", "Monster") na supervisão de roteiros, Yoshiaki Fujisawa ("Uchouten Kazoku", "Love Live! School Idol Project") na trilha sonora e Jun Nakai ("Gin no Saji") no "character design".


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God Eater
Formato: TV 
Data de estreia: 12/07
Estúdio: ufotable
Diretor: Takayuki Hirao (quinto filme de "Kara no Kyoukai", "Texhnolyze")
Gênero: Ação / Fantasia
De onde saiu: Jogo para PSP.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Primeira série de TV do estúdio ufotable em mais de 8 anos que não seja da franquia "Fate/stay night", "God Eater" é adaptação de um popular jogo de ação lançado em 2010 para PSP - cliquem aqui e aqui para verem dois vídeos de "God Eater Burst", a versão americana do jogo lançada no mesmo ano. A franquia ainda consiste de "God Eater 2", de 2013 (para PSP e PS Vita, vejam um vídeo dele clicando aqui), e "God Eater 2: Rage Burst", de 2015 (PS Vita e PS4, vejam um vídeo desse clicando aqui).

Do enredo do anime em particular não foi revelado absolutamente nada, a não ser o fato de que ele terá um protagonista original chamado Renka - o que não é grande novidade como parece porque o nome e aparência do personagem principal de "God Eater" são customizáveis. Já do jogo propriamente, cuja jogabilidade é muito semelhante ao do famoso "Monster Hunter" (segundo diversos comentários que li pela internet), a história do primeiro título se passa no Japão no ano de 2071 em um mundo quase que totalmente devastado por misteriosas criaturas conhecidas como Aragami, sendo que uma organização chamada Fenrir foi criada com a missão de extermina-las. Armamentos convencionais não causam danos aos Aragami, logo os membros dessa organização, intitulados "God Eaters", usam armas de nome "God Arcs" montadas a partir de células do inimigo. Normalmente os God Eaters podem controlar apenas um dos dois tipos de God Arcs existentes, que são em forma de lâmina ou arma de fogo; porém, recentemente foram descobertas pessoas capazes de alternar entre os dois tipos, e o protagonista, um jovem recém admitido na Fenrir, é um deles.

Entendo perfeitamente a expectativa em volta, mas em um primeiro momento "God Eater", por mais bem sucedido que seja na sua área, não difere muito de vários outros jogos de ação cujos argumentos frágeis se perdem depois quando transportados para um anime. A "isca" nesse caso é a de seus produtores e distribuidores terem contratado o ufotable para tal serviço, estúdio reconhecido pela qualidade de seus projetos e que angariou um fandom considerável graças a "Fate/stay night" e os filmes de "Kara no Kyoukai", ambos da Type-Moon. Pelos trailers dá para ver uma animação sem dúvida acima da média (mas um tanto estranha no visual pseudo 3D), e como ação não deverá deixar a desejar, contudo resta a questão sobre até que ponto isso será o bastante para manter o anime caso a história realmente se mostre fraca.

O bom Takayuki Hirao, que comandou o considerado melhor filme de "Kara no Kyoukai" (o quinto), será o diretor, havendo ainda Go Shiina ("Kyousogiga", os próprios jogos de "God Eater") na trilha sonora, Keita Shimiu no "character design" e Masato Takizawa ("Fate/Zero") como diretor de CGI.



Atualização, 01/07: 
Após ter sua pré-estreia adiada, e depois cancelada, em um cinema de Tóquio no final do mês passado por questões de atraso na produção, “God Eater” agora terá sua estreia na televisão prejudicada pelo mesmo motivo. Inicialmente previsto para 5 de julho, nesse dia será exibido um especial chamado “God Eater Extra”, cujo conteúdo não foi explicado, enquanto que o anime em si será jogado para a semana seguinte – alguns sites estão marcando dia 12, o que seria o mais lógico, porém vou aguardar por um anúncio oficial antes de confirmar aqui. Nas palavras da equipe de produção da ufotable, esse adiamento ocorreu a fim de que consigam “entregar um trabalho com um nível de qualidade que os fãs possam aprovar”.

Se estão nesse sufoco já no primeiro episódio, imaginem no restante da temporada...


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Hetalia: The World Twinkle
Formato: ONA (5 min. por episódio)
Data de estreia: 03/07
Estúdio: Studio Deen
Diretor: Hiroshi Watanabe ("Jigoku Shoujo Mitsuganae", "King of Bandit Jing", "Tactics")
Gênero: Comédia
Tema: Histórico / Paródia
De onde saiu: Continuação do anime de 2013, vindo de um mangá com atuais 6 volumes.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Sexta temporada de "Hetalia: Axis Powers", anime baseado em tirinhas da internet que tem como protagonistas vários países antropomorfizados em bonitos rapazes (a maioria, alguns poucos são garotas) que carregam estereótipos de suas respectivas nações - um Itália alegre e adorador de massas, um Japão reservado, um Alemanha autoritário, um Estados Unidos egocêntrico comedor de hambúrgueres, um Canadá ignorado por todos e etc. Suas tirinhas de humor politicamente incorreto coberta por uma embalagem inofensiva já rendeu diversas polêmicas e 6 volumes desde 2008, e aqui no Brasil a editora Newpop publicou por enquanto 4 deles.

A direção segue com Hiroshi Watanabe, que pegou a série a partir da quinta temporada em 2013, junto a Kazuyuki Fudeyasu ("Denki-gai no Honya-san", "Hajime no Ippo: Rising") na supervisão de roteiros e Mariko Oka "("Ghost Hound", "Jigoku Shoujo") no "character design".

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Himouto! Umaru-chan
Formato: TV
Data de estreia: 09/07 
Estúdio: Dogakobo
Diretor: Masahiko Ohta ("Love Lab", "Minami-ke", "Mitsudomoe", "Yuruyuri")
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
Tema: Escolar
De onde saiu: Mangá, 5 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Minha irmãzinha não pode ser assim tão duas caras.

Baseado em um mangá de capítulos curtinhos publicados desde 2013 numa revista seinen, "Himouto! Umaru-chan" tem como personagem principal Umaru, irmã mais nova de Taihei que, além de ostentar uma linda aparência e educação exemplar, é também impecável nos estudos e nos esportes. Seria a garota perfeita, isso caso não houvesse um pequeno detalhe: dentro de sua casa e somente ao lado de seu irmão, Umaru se transforma numa pessoa totalmente desleixada, egoísta, infantil e viciada em jogos, animes e mangás.

Diria que a palavra "transforma" não soa exagero no caso de Umaru: ela realmente, ao chegar em casa, perde sua aparência nobre de garota bishoujo e se torna uma bizarra criatura chibi que usa um casaco em forma de hamster o tempo inteiro. "Himouto! Umaru-chan" é uma comédia gag com capítulos que geralmente não passam de 9 páginas onde vemos esse argumento ser o principal motor para inúmeras situações que causam dor de cabeça ao atencioso (e tratado como escravo) irmão dela, Taihei - e podemos considerar um milagre aparecer um anime com irmãzinha mais nova como protagonista sem haver pseudo incesto no meio...

Não tenho como descrever muito do mangá sem acabar dando voltas; resumidamente, Umaru versão chibi é de fato uma folgada e tonta que faz o que bem entende entre quatro paredes. Come muita porcaria - e pratica tal tarefa de maneira bastante elaborada -, é mal educada, não deixa o irmão dormir em pleno domingo só para ficar jogando com ela, abusa financeira e psicologicamente do mesmo sempre que pode para conseguir o que quer (como exibir seu delicado lado bishoujo e fazer cena na rua para lhe pedir coisas, sabendo que Taihei não poderá lhe negar nada caso não queira ser mal visto pelos outros), não realiza nenhuma tarefa doméstica, maltrata seus - feiosos - hamsters simulando batalhas de pokemon entre eles e, se na escola é a pessoa mais modesta e recatada do mundo e não se gaba de seus feitos, em casa se mostra cheia de si e barulhenta - enfim, Umaru é uma peste de irmãzinha. Às vezes, em alguns raros momentos, demonstra afeição e preocupação para com o irmão, mas é claro que instantes depois estará pedindo (exigindo) que lhe compre um novo jogo ou a última edição da Shounen Jump, visto que ela não pode sequer correr o risco de ser vista na rua fazendo isso sozinha, jamais, pois há uma reputação a zelar!

Aos poucos outros personagens se integrarão ao elenco, desde amigos de trabalho do Taihei a colegas de classe de personalidades diversas de Umaru. Pessoalmente, não posso dizer que gostei muito do que eu vi do mangá; depois de alguns volumes acabei me simpatizando ao seu estilo, admito, contudo não uma nem duas vezes achei Umaru uma personagem excessivamente irritante e injusta com o irmão (que ficaria perfeito na voz de Hiro Shimono), e o repetitivo humor em si também não me foi lá tão engraçado na maior parte do tempo. Agora, algo que me atrai na sua adaptação animada é a equipe responsável por ela; pela quarta vez teremos o quarteto estúdio Dogakobo, diretor Masahiko Ohta, supervisor de roteiros Takashi Aoshima e o bom compositor Yasuhiro Misawa na produção de um anime - as outras três ocasiões foram em "Love Lab" e as duas temporadas de "Yuruyuri". Um estúdio que se acostumou a produzir obras visualmente agradáveis com cores bem fortes, especialmente slice-of-life, e três profissionais que já trabalharam juntos em vários projetos ("Mitsudomoe", "Minami-ke" e "Sabagebu!" são mais alguns), com destaque justamente para os que são do mesmo gênero que "Himouto! Umaru-chan": é uma ótima combinação, tanto que isso me cria certa expectativa em relação ao anime, apesar do mangá não ter me agradado muito, pois Masahiko e Aoshima já provaram serem competentes em adaptar e até melhorar o conteúdo da obra original. O último trabalho deles, "Sabagebu!", pode parecer ter sido um fracasso, porém o anime aprimorou o quanto pôde o limitado material do mangá, enquanto que o mediano "Mitsudomoe" acabou ganhando uma adaptação bem mais fluida, cômica e menos desnecessariamente polêmica. Gosto pessoal à parte em relação a comédia e sua protagonista, os caprichos de Umaru e os surtos de Taihei estão em boas mãos, capazes de tornar esse anime em um dos mais divertidos da temporada.



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Imabari Barysan
Formato: TV 
Data de estreia: 08/07 
Estúdio: Kachidoki Studio
Gênero: Comédia
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui

Será mais um anime a ser baseado no mascote de alguma região, nesse caso de Ehime, prefeitura com pouco mais de um milhão de habitantes. Já presente em diversos produtos (e possuindo inclusive quatro lojas próprias), esse mascote se chama Barysan, e ele não tem nem sexo ou idade definida, mede 1,5m de altura e é constantemente visto usando uma coroa na cabeça que lembra a ponte Kurushima - a maior ponte pênsil do mundo - e carregando a miniatura de um barco, que remete ao fato de se localizar em Ehime a maior empresa construtora de navios do Japão, a Imabari Shipbuilding (Imabari é o local onde nasceu Barysan e que é ainda a segunda maior cidade dessa prefeitura, aliás).

A historinha? Oras, no site oficial fala mais de seus produtos e lojas do que do anime em si, dizendo somente que o protagonista terá dois amigos, que seriam um pintinho e um cachorro... Não havendo também equipe de produção divulgada, dá para saber apenas (o que seria óbvio de qualquer forma) que teremos aqui uma animação de episódios curtos, considerando que 100% das produções do Kachidoki Studio são desse tipo. Mas olhem só, ao menos eu pesquisando por essa animação, e vocês lendo esse texto, já aprenderam um pouco sobre mais uma prefeitura do Japão que nunca devem ter ouvido falar - também, em animes a maioria mora em Tóquio e tira férias ou viaja para Hokkaido, Osaka ou Kyoto...


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Jitsu wa Watashi wa
Formato: TV 
Data de estreia: 07/07
Estúdio: TMS Entertainment
Diretor: Yasutaka Yamamoto ("Mondaji-tachi ga Isekai kara Kuru Sou Desu yo?", "Servant x Service", "Shinryaku!? Ika Musume")
Gênero: Comédia / Romance
Tema: Escolar / Vampiros
De onde saiu: Mangá, 11 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

A comédia romântica bobinha e inocente da temporada.

O estudante Asami Kuromine não consegue mentir: ele até pode tentar esconder alguma coisa, porém seus francos gestos e expressões o denunciam facilmente. Logo, um grande desafio surge diante de si quando descobre que Youko Shiragami, colega de classe da qual gosta, é na verdade uma vampira; ela lhe revela que seu pai só a permitiu estudar numa escolar normal desde que ninguém descobrisse sua real identidade, e Asami a promete, apesar de nunca conseguir esconder a verdade, que fará de tudo para guardar seu segredo e assim evitar que seja obrigada a sair da escola.

Publicado desde 2013 numa revista shounen, "Jitsu wa Watashi wa" será aquela comediazinha romântica radiante com diversos mal entendidos e trapalhadas entre um elenco barulhento, tolo e bizarro - esse último no caso das garotas. Confesso que peguei o mangá pra ler assim, indiferente, mas o saldo final após 2 volumes até que me foi divertidinho.

Asami é o aluno mais honesto do mundo; chega a dar pena jogar cartas com ele tamanha a sua falta de habilidade em esconder seus sentimentos, e nem ouse contar-lhe um segredo caso não queria que todos o descubram! Contudo, o amor pode nos deixar mais fortes, confiantes, e o jovem fará o que for possível para não deixar escapar que a garota que gosta é na verdade uma vampira, algo descoberto sem querer ao flagra-la espreguiçando as asas e mostrando seus dentes afiados numa sala vazia. Afora esse argumento, os volumes iniciais de "Jitsu wa Watashi wa" se resumem a um rapaz se enrolando aqui e ali para cumprir o que prometeu a sua a-mi-ga (pois é, friendzone é cruel) enquanto vai conhecendo, lógico, outras garotas - mas digamos que as desse anime serão um pouquinho "estranhas".

Uma séria alienígena em miniatura que usa um corpo em tamanho real para realizar uma missão na Terra; uma lobisomem pervertida que, em noites de lua cheia (ou então ao olhar a foto de uma já lhe é o suficiente) muda de sexo; e uma garota (na aparência) demônio imatura que é diretora da escola - isso só nos 2 primeiros volumes, porque pelas capas dos seguintes pude notar que aparecerão outras personagens desse tipo, e olha que nem citei a amiga da infância do protagonista, uma sadista intrometida que adora pegar no pé dele. Se era estressante (recompensador, mas estressante) o bastante lidar com uma vampirinha cabeça de vento que não percebe nada a sua volta - tradução: não nota o quão o rapaz gosta dela - e tampouco ajuda a esconder sua identidade ao cometer vários deslizes bestas, Asami vê sua rotina escolar complicar-se ainda mais ao ter o azar de esbarrar em tantas pessoas excêntricas. Se aproveitando de um estilo de humor leve, com teor ecchi nulo (a lobisomem pervertida é a única que possui algum fanservice em volta, mas na grande maioria das vezes só fica nas palavras), o mangá retrata vários acontecimentos bolas de neve, mal entendidos absurdos e eventos escolares padrões para narrar essa comediazinha romântica desajeitada, na qual o par já está definido, a química entre os dois é ótima, mas a timidez e insegurança de um e a falta de tato da outra, além da intervenção constante de terceiros, impedem algum avanço significativo. Não é um mangá impecável ou de comédia de alto nível e nem piadas criativas, e julgo que uma versão animada disso não me dará a mesma sensação, porém o clima tão descontraído de "Jitsu wa Watashi wa" nesses dois volumes iniciais sem rumo algum me renderam realmente uma leitura agradável. São personagens bem caracterizados, e ajudam consideravelmente nessa experiência os bons e expressivos traços do mangaká Eiji Matsuda - uma pena que, pelo que foi visto nas imagens promocionais e trailer divulgadas por enquanto, o anime virá com um visual mais convencional e pobre.

"Eu posso me acostumar com isso de vampiros ou alienígenas, mas nunca com a estupidez dela"... Força, Asami! Não sei a que ponto está após 11 volumes, mas julgo que a situação não deva ter mudado tanto... Em relação a sua versão adaptada, o competente diretor Yasutaka Yamamoto terá a companhia de Kenishi Yamahsita na supervisão de roteiros, Akito Matsuda na trilha sonora ("Glasslip", "Hibike! Euphonium") e Hirotaka Marufuji ("Nobunaga The Fool", "Aquarion Evol") no "character design".


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Joukamachi no Dandelion
Formato: TV 
Data de estreia: 03/07
Estúdio: Production IMS
Diretor: Noriaki Akitaya ("Bakuman.", "BonjourKoiaji Pâtisserie")
Gênero: Ação / Comédia / Slice-of-Life
Tema: Super poderes
De onde saiu: Mangá, 2 volumes, em andamento.
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Trailer: Clique aqui 

A família Sakurada não sabe muito bem o que é privacidade; apenas na casa deles existem cerca de 200 câmeras de vigilância à disposição que monitoram a vida de um rei ao lado da esposa e seus 9 filhos, tendo como intuito fazer com que os cidadãos possam decidir, através do que veem, quem será o próximo sucessor do trono. Cada qual possui algum poder especial, e a protagonista da história será a tímida Akane, terceira irmã mais velha que é capaz de manipular a gravidade e que tenta a todo custo não ser constantemente flagrada pelas câmeras.

Baseado em um mangá publicado desde 2012 em tirinhas 4-koma cujo autor, Ayumu Kasuga, é também ilustrador da light novel de "Ore, Twintails ni Narimasu." - obra que teve um anime no final do ano passado pelo mesmo estúdio, Production IMS -, não tenho como falar praticamente nada de nada de "Joukamachi no Dandelion" porque ele é outro que não possui versões traduzidas de seu mangá, e pude unicamente ver por cima o original dos dois volumes lançados até agora - o que é pouco material para uma série de TV de tamanho normal, aliás, indicativo de que o anime terá conteúdo próprio. Posso no mínimo garantir que, no mangá em si, apesar de entre os irmãos haver 6 garotas - cliquem aqui para verem a contracapa do volume 1 exibindo toda a família -, e o estúdio Production IMS ter ultimamente sido contratado para adaptar light novels de teor ecchi considerável ("Date A Live II", "Shinmai Maou no Testament"), eu não presenciei estritamente nada que apelasse para esse lado - logo a primeira piada do mangá, que envolve a calcinha da protagonista sendo vista por todo mundo a nível nacional, parece contradizer isso, porém depois dessa cena não houve mais nenhuma que chegasse a esse nível. Fico impossibilitado de falar da qualidade e teor da história e do humor, mas visualmente as tirinhas não foram além de um slice-of-life com um argumento um tanto diferente do habitual.

E Hanazawa Kana dublará a protagonista Akane, então, juntando a descrição da personagem com os tipos de papéis que ela geralmente faz dá para esperar uma garota realmente bastante retraída, ingênua e atrapalhada. Com Noriaki Akitaya na direção, a conhecida Reiko Yoshida ("Bakuman." "Girls und Panzer", "K-ON!", "Non Non Biyori") será supervisora de roteiros, e Shinpoei Kobayashi cuidará do "character design".


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Junjou Romantica 3
Formato: TV 
Data de estreia: 09/07
Estúdio: Studio Deen
Diretor: Chiaki Kon ("Golden Time", "Higurashi no Naku Koro Ni", "Nodame Cantabile: Paris")
Gênero: Comédia / Drama / Romance / Yaoi
De onde saiu: Continuação do anime de 2008, vindo de um mangá com atuais 18 volumes.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui 

Terceira temporada de "Junjou Romantica", anime yaoi (relação entre homens) baseado em um mangá publicado desde 2002 por Shungiku Nakamura, mangaká que já teve outras duas obras suas do mesmo gênero também adaptadas pelo Studio Deen - nesse caso, "Sekaiichi Hatuskoi" em duas séries de TV e "Hybrid Child" em 4 OVAs. Para ser preciso, as duas primeiras temporadas de "Junjou Romantica" mostraram os relacionamentos de três casais em paralelo, sendo o casal da imagem acima o principal, mas não sei dizer se essa fórmula permanecerá aqui.

A popular Chiaki Kon permanece na direção da franquia, com a dupla MOKA☆ ("Elfen Lied", "Saraiya Goyou") na trilha sonora e Yoko Kikuchi ("Kuroko no Basket", "Noir") no "character design".

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Kaijuu Sakaba Kanpai!
Formato: TV (3 min. por episódio) 
Data de estreia: 07/07
Estúdio: DLE
Diretor: Minoru Kawasaki
Gênero: Comédia
Tema: Paródia
De onde saiu: Personagens da franquia de tokustasu "Ultraman".
Site oficial: Clique aqui

Se nessa temporada de primavera tivemos um anime curto sobre um bar onde vegetais depressivos se reuniam para afogar suas mágoas, é totalmente normal que agora haja um anime sobre um bar que serve de repouso para vilões de tokusatsu, não?

Tal bar existe de verdade... Existiu... Digo, voltou a existir! Explico: em março de 2014 foi inaugurado o "Kaijuu Sakaba" (Bar do Monstro), um bar temático cujo conceito era ser um espaço dedicado aos vilões da famosa franquia "Ultraman" para que nele pudessem relaxar e beber após mais um longo e cansativo dia na busca pela dominação mundial - vejam o vídeo e notem que há até uma área exclusiva ao super-herói, porém a maior parte do local foi planejada para parecer mesmo um abrigo aos seus antagonistas. Esse bar ficaria aberto durante um ano; ele chegou a ser fechado, mas após uma reforma foi reaberto ao público em abril de 2015 com um novo nome, "Kaette Kita Kaijuu Sakaba" (O Retorno do Bar do Monstro). Localizado na cidade de Kawasaki, da prefeitura da Kanagawa, os negócios parecem estar indo tão bem que já inauguraram inclusive uma franquia em Osaka - talvez o barman do local, um monstro da espécie alienígena Baltan (um dos mais fortes da franquia) devesse repensar se vale a pena continuar com essas ambições megalomaníacas de tomar a Terra para si, ou, se então compensa mais aproveitar-se da popularidade que obteve em décadas passadas para expandir seu negócio...

O anime, a ser produzido pelo DLE, estúdio experiente com obras em flash, terá 3 minutos de duração por episódio e mostrará o mesmo argumento do estabelecimento real; monstros como Red King, Eleking e Gomora, dentre outros, visitarão o bar regularmente e lá contarão suas mágoas, lamentarão a última luta perdida vergonhosamente, contarão vantagem caso tenham quase vencido por pouco e, logicamente, planejarão um novo plano sinistro porque amanhã é outro dia de trabalho. O alienígena Baltan terá como assistentes Kanegon e Dada em tempo integral, além de Pigmon como trabalhador de meio período. Pronto, chega de monstros (a não ser que sejam exóticas garotas monstros, que virão logo aí).


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Kurayami Santa
Formato: TV (3 min. por episódio)
Data de estreia: 05/07
Estúdio: ILCA
Diretor: Manabu Nakamura
Gênero: Terror
Tema: Histórico
De onde saiu: Animação original.
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Trailer: Clique aqui

Animação feita em parceira do canal japonês Kyushu Asahi Broadcasting (canal regional da terceira maior ilha do paise o estúdio ILCA ("Yami Shibai", "Doamaiger D"), "Kurayami Santa" terá como protagonista um garoto chamado Santa, que é responsável pela manutenção da fronteira entre o mundo dos humanos e dos espíritos. Todo em preto e branco e com traços que remetem a animes dos anos 60, também se usará na produção antigas imagens de arquivo locais do canal Kyushu, em particular as que retratam Gunkanjima, uma pequena ilha que após findar a exploração de suas minas de carvão na década de 70 foi aos poucos sendo abandonada pelos seus moradores, se tornando uma área desabitada com centenas de apartamentos em ruínas que recebem visitas de turistas e que inclusive é considerada patrimônio industrial na região - boa locação para uma historinha de terror com espíritos, não?

Tal parceria entre o estúdio ILCA e o canal Kyushu continuará na próxima temporada, pois em outubro eles trarão outra animação de terror, "Kowabon", que no seu caso se aproveitará da técnica de rotoscopia - por ora só enfatizaram, como podem ver nesse trailer, no seu processo de produção, não dando mais detalhes quanto ao conteúdo exceto o gênero a ser abordado. Está certo que geralmente são animações longe de serem trabalhos polidos ou muito promissores, porém sempre vejo com bons olhos a presença de obras puramente artísticas como essa, e o pequeno e limitado ILCA tem sido um dos poucos estúdios a trazer animes desse tipo nas últimas temporadas.

Além de Manabu Nakamura na direção, Hiromu Kumamoto ("Yami Shibai") cuidará da supervisão de roteiros e Yasuhiko Fukuda ("Doamaiger D") da trilha sonora.

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Kuusen Madoushi Kouhosei no Kyoukan
Formato: TV 
Data de estreia: 09/07
Estúdio: Diomedea
Diretor: Takayuki Inagaki ("Desert Punk", "Rosario + Vampire", "Seiken Tsukai no World Break")
Gênero: Ação / Drama / Fantasia
Tema: Escolar / Harém / Magia
De onde saiu: Light novel, 5 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aquiaquiaquiaqui e aqui

Harém numa escola de magia, ponto.

A trama se passa em um mundo onde a humanidade não mais vive no solo; gigantes insetos apareceram do nada e dizimaram boa parte da população, e para escapar deles os humanos construíram cidades flutuantes em altitudes elevadas. Com o intuito de se prevenir de possíveis ataques, existe uma escola especial, de nome Mistgun, dedicada a treinar as poucas pessoas que são capazes de usar magia, uma vez que armas normais são ineficientes no combate aos insetos.

Kanata Age é um jovem que vive nesse local; ele antigamente era celebrado como um combatente de elite do pelotão especial S128, entretanto hoje é desprezado e chamado de "traidor" por todos. Certo dia, Kanata é designado a ser instrutor do E601, uma equipe em más condições que já sofreu dez derrotas consecutivas em batalhas preparatórias. Formado por três garotas, que são Misora Whitale, Lecty Eisenach e Rico Flamel, cada qual tem suas peculiaridades e falhas e caberá a Kanata resolvê-las para melhorar a reputação do pelotão.

Existem obras que lamento quando não tem disponível, ou tem em pequena quantidade, material traduzido para eu poder dar uma lida e ver como se desenvolve aquela sinopse louca ou chamativa; não é de modo algum o caso de "Kuusen Madoushi...", cuja light novel publicada desde 2013 não foi traduzida por ninguém, e a (mal resumida, feiosa) versão mangá só tem 2 capítulos pela internet. Dois cansativos capítulos que me foram mais do que o suficiente, pois a paciência se esgota rápido quando você vê em poucas páginas uma estudante correndo com uma torrada na boca por estar atrasada - e nem é tentativa de fazer piada, o que seria perdoável - e em seguida essa mesma garota conhecer nosso protagonista ao esbarrar com ele, sendo que esse, óbvio, acabou apalpando seus seios acidentalmente...

Okay, antes fosse só o caso de usarem tais artifícios desgastados no começo e depois não abusassem tanto, porém não é o que ocorre em "Kuusen Madoushi...". O surgimento inexplicável de monstros; uma escola de magia que treina adolescentes para enfrentar essas criaturas; um líder masculino com habilidades muito acima da média e que, a sinopse pode até dar atenção nisso de o desprezarem e chama-lo de "traidor", mas certamente deve ser um mal entendido ou algo semelhante bem menos grave do que aparenta; e um harém se formando ao seu redor, pronto para ativar todos os conflitos possíveis, mesmo que seja em um suposto cenário grave onde a raça humana, olhem só, possui inimigos que quase causaram sua extinção. Claro, estou reclamando demais para quem leu somente dois capítulos da versão mangá, contudo a primeira impressão deixada por ela foi a pior possível, já que vi simplesmente uma obra se aproveitando de maneira preguiçosa de todos os lugares-comuns habituais ao gênero.

E pra piorar, considerando que será adaptado pelo estúdio Diomedea a qualidade da animação não deverá ser das melhores - o anime inclusive deveria ter estreado em abril, mas adiaram por falta de tempo para cuidar dele, já que na temporada de inverno o estúdio trabalhou com quatro animações próprias ao mesmo tempo, dentre elas duas horrorosas adaptações de light novel também envolvendo harém escolar e magia, que foram "Juuou Mujin no Fafnir" e "Seiken Tsukai no World Break". Outra coincidência é que, igual a "Seiken Tsukai",  Yoshitsugu Matsuoka (Kirito de "Sword Art Online", Bell em "Dungeon ni Deai...") dublará mais um protagonista masculino forte, porém tonto, em um anime harém.

Enfim, junto a Takayuki Inagaki na direção haverá ainda Hiroshi Yamaguchi ("Nobunagun", "Rosario + Vampire") na supervisão de roteiros, Daisaku Kume ("Tsukuyomi: Moon Phase") na trilha sonora e Osamu Horiuchi ("Full Metal Panic", "Ga-Rei-Zero") no "character design".

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Makura no Danshi
Formato: TV 
Data de estreia: 14/07
Estúdio: Assez Finaud Fabric. / feel.
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui

Tenha boas noites de sono ao lado de belos bishounen.

"Makura no Danshi" será uma animação original em primeira pessoa onde, a cada episódio, um rapaz diferente dormirá próximo do espectador enquanto lhe sussurra palavras. Serão 12 "garotos travesseiros" (tradução de "Makura no Danshi") moradores de uma mesma cidade, e todos possuirão personalidades distintas - imaginem em uma semana ter a companhia do típico loirinho alegre e na outra ser obrigado a ouvir as palavras docemente rudes do jovem arrogante que usa óculos, hein, imaginem. Aliás, o próprio projeto se autodenomina como uma animação original "designada a curar corações cansados". Okay.

Idealizado pela Earth Star Entertainment, editora que publica a Comic Earth Star, revista que já teve vários mangás adaptados em animações curtas ("Mangirl!", "Teekyuu", "Yama no Susume", "Pupa"), "Makura no Danshi" dá a entender que terá também episódios de curta duração, algo que me preocupa seriamente pois não vejo como alguém poderá pegar no sono em menos de 5 minutos assistindo isso - a não ser, claro, que numa possível versão em blu-ray haja a opção de alongar essas sessões íntimas com lindos rapazes para que as mulheres possam de fato passar a noite inteira com eles. Acham que estou exagerando? Oras, não seria novidade: o OVA "Isshoni Sleeping" fez exatamente isso cinco anos atrás, possibilitando que você deitasse com uma garota peituda e reprisasse o vídeo o tempo que achasse necessário para dormir.

A dupla Ayumi Sekine (alguns episódios de "WATAMOTE") e Yuniko Ayana ("Kiniro Mosaic", "Orenchi no Furo Jijou") serão responsáveis pela supervisão de supostos roteiros, enquanto que Mika Yamamoto ("Tiger & Bunny The Movie -The Rising-") fará "o character design" dos doze belos adormecidos.

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Formato: TV (8 min. por episódio)
Data de estreia: 07/07 
Estúdio: Asahi Production
Diretor: Keiichiro Kawaguchi ("Hayate no Gotoku!", "Minami-ke Tadaima", "Sket Dance")
Gênero: Drama
Tema: Idols / Música
De onde saiu: Mangá, sem separação de volumes.
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Outro anime que abordará o mundo das idols, só que dessa vez de uma forma mais realista.

Baseado em um mangá publicado gratuitamente pela internet desde 2013, "Million Doll" tem como personagem principal Suuko, uma hikikomori que adora idols e que, com sua popularidade no mundo virtual através de um blog, é capaz de alavancar a carreira de qualquer idol. Após conhecer e se interessar por um trio de garotas chamado Itorio, Suuko passa a se aproveitar de sua influência para torna-las famosas, porém tais planos entrarão em conflito com outro amante de idols chamado Ryuu-san e seu desejo de popularizar Mariko, uma idol underground que ele apoia efusivamente.

Na verdade, Suuko pode ser a personagem de entrada na história, entretanto "Million Doll" distribui sua atenção igualmente entre todo o elenco. Uma hikikomori que não sai de casa e só fica no computador acessando blogs e redes sociais para dar suporte as idols que gosta; outro adorador de idols que, ao contrário de Suuko, frequenta inúmeros shows e se destaca na multidão com seu carisma e esforço em divulgar aquelas idols que ele segue no momento; um trio convencional de garotas que, de inicialmente modestas e desconhecidas idols locais de Fukuoka, almejam agora uma estreia nacional; e, por fim, uma idol underground de excelente voz e personalidade, contudo carente de apoio financeiro para conseguir alçar seu nome a voos mais altos - oportunidades para isso surgirão, porém terá antes de competir com outras que possuem o mesmo sonho, dentre elas o próprio grupo Itorio. São quatro segmentos que se entrelaçam para retratar um mundo das idols de maior complexidade e menos brilhantismo do que normalmente se veem em animes; não é um dramalhão, nada disso, mas apenas mais "pés no chão" do que o comum, mostrando o quão é difícil ter seu lugar ao sol nessa indústria.

Digo-lhes que o mangá em si foi um dos que mais me cativaram durante a sua leitura entre os que vi para esse guia, e por dois simples motivos: personagens extremamente carismáticos e uma riqueza de detalhes quanto aos bastidores do mundo das idols, culpa da própria autora do mangá, conhecida somente como Ai, ser uma amante declarada delas. Seja mostrando a paixão obsessiva de "wotas" (seguidores fanáticos de idols) como Suuko e Ryuu-san, ou então os obstáculos enfrentados por três "locodol" (idols específicas e patrocinadas por uma certa região; no Japão há hoje mais de 200!) e uma idol de agência pequena, "Million Doll" vai nos apresentando a rotina, os hábitos e os pormenores não tão glamourosos que ficam de fora de narrações mais romanceadas, deixando claro que, entre uma garota estudante qualquer querer se tornar uma idol até o ponto de enfim ter um público cativo, há muitas etapas e interesses alheios envolvidos, e isso está longe de ser alcançado apenas com mera força de vontade. Público baixo, venda de produtos personalizados após os shows ("buppan") e a obrigação de interagir com os fãs em eventos de apertos de mão ou poses para fotos - geralmente em troca da compra de certos produtos como CDs e camisas, sendo que no Japão há grupos que estimulam contatos físicos mais íntimos e ousados afim de se destacarem do restante -, disputas de popularidade com idols rivais, a influência das redes sociais e outras mídias em suas carreiras, os vários (alguns bem irritantes) tipos de fãs existentes, a perda de contato mais aberto com o público conforme se tornam famosas... É, em suma, uma pequena obra que esclarece melhor a posição e situação real de uma indústria que, na maioria das vezes, nós aqui do ocidente só tomamos conhecimento quando surgem escândalos envolvendo atos doentios de fãs fanáticos ou assédios morais daqueles que gerenciam a vida artística dessas garotas, impondo-lhe inúmeras restrições e jornadas de trabalho exaustivas caso queiram permanecer nesse mercado - e outra questão que achei elogiável na narrativa de "Million Doll" é como ela é neutra na retratação dos personagens, sem tentar favorecer ou "vilanizar" algum deles, isso tanto nas idols mencionadas, que brigam entre si por um mesmo objetivo, quanto nos dois otakus principais. No começo, por conta de ser na visão da Suuko, chegamos a ver Ryuu-san como alguém não muito agradável, principalmente por ela odiar essa espécie de fã, "pinchike" (basicamente, designa aqueles que fazem baderna em eventos e apoiam as idols mais por motivos pessoais do que por querer vê-las fazer sucesso), contudo isso logo cai por terra ao repararmos os extremos que ele atinge para ajudar suas favoritas, e no fim chegamos a conclusão que os métodos de ambos, no tratamento de seu hobby, tem lá seus pontos positivos e negativos.

De arte bastante simplista conforme puderam ver nas poucas imagens que disponibilizei acima, o mangá de "Million Doll" teve só 19 capítulos lançados no momento, com o detalhe de que do 5 em diante o número de páginas tem caindo para 17, 15 ou até 10 por capítulo. Ou seja, não há muito material para o anime adaptar, a não ser que o estúdio Asahi Production, que ultimamente tem se fixado na criação de obras pequenas, produza aqui outra animação com episódios de curta duração, mas mesmo assim ainda precisariam inventar algo para encerrar a série em seus já definidos 12 episódios. Considerando isso e a equipe mediana responsável por ela, confesso que não estou confiante com esse anime, mas já deixo minha recomendação, pelo menos, para darem uma olhada no mangá. 


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Miss Monochrome: The Animation 2nd Season
Formato: TV (8 min. por episódio)
Data de estreia: 03/07
Estúdio: Lidenfilms / Sanzigen
Diretor: Yoshiaki Iwasaki ("Bottle Fairy", "Hayate no Gotoku!!", "Love Hina", "Zero no Tsukaima")
Gênero: Comédia / Slice-o-Life
Tema: Música
De onde saiu: Continuação do anime de 2013, que é inspirado em uma cantora virtual.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Segunda temporada de "Miss Monochrome: The Animation", anime curto que tem como protagonista a androide Miss Monochrome, uma cantora virtual criada e dublada por Horie Yui ("Bakemonogatari", "School Rumble"), seiyuu que usou tal personagem pela primeira vez em um concerto seu de 2012 cliquem aqui para verem um vídeo a respeito. Resumidamente, a primeira animação mostrou as tentativas dessa androide, todas em vão, para se tornar famosa - mas convenhamos que ela é muito esforçada, tanto que não hesita sequer em invadir animes alheios para se promover, como podem ver num trecho desse post meu do início do ano. Um dia você chega lá, Monochrome, um dia você chega!

O bom diretor Yoshiaki Iwasaki continua lhe auxiliando em tal tarefa, tendo ainda Kazuyuki Fudeyasu ("Denki-gai no Honya-san", "Hajime no Ippo: Rising") na supervisão de roteiros.


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Monster Musume no Iru Nichijou
Formato: TV 
Data de estreia: 08/07
Estúdio: Lerche
Diretor: Tatsuya Yoshihara ("Namiuchigiwa no Muromi-san")
Gênero: Comédia / Fantasia / Romance
Tema: Ecchi / Harém
De onde saiu: Mangá, 7 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aquiaqui, aqui e aqui

Para quem estivesse reclamando que todo anime harém é igual...

Três anos atrás o mundo descobriu que harpias, centauros, sereias e diversas outras criaturas não são mera ficção; elas existem de verdade, e com a criação do "Programa de Intercâmbio Cultural Entre Espécies" pelo governo, um projeto onde humanos se voluntariam para cuidar e dar abrigo a tais monstros, estes puderam enfim ser aceitos e inseridos na sociedade.

Contudo, para o azarado Kurusu Kimihito esse programa vira sua vida de cabeça para baixo quando, devido a um mal entendido, uma lâmia chamada Miia chega até sua casa e ele é obrigado a tomar conta dela e fazê-la se integrar no seu dia a dia. O maior problema é que Miia é inegavelmente sexy e muito íntima consigo, porém o rapaz tem de se precaver em não fazer nada visto que existe uma rígida lei proibindo relações desse tipo entre espécies - e tal cenário só piora com a vinda de novos monstros para a sua casa, indo desde uma orgulhosa centauro a uma harpia bobinha.

Como curiosidade, durante anos essas personagens de "Monster Musume no Iru Nichijou" existiram apenas em artes isoladas e quadrinhos eróticos de uma só página criados por Takemaru Inui, sendo que só a partir de 2012 é que um mangá baseado nelas começou a ser publicado mensalmente. De lá pra cá foram mais de 1 milhão de cópias vendidas em 7 volumes, ótimos números se considerarmos que estamos falando de uma obra ecchi cujo harém é formado por garotas monstros, fetiche restrito que é mais difícil de ser discutido abertamente - o pessoal lê e compra, mas poucos falam a respeito, e sinto que com o anime se passará o mesmo...

Pois é, garotas monstros; os arquétipos não divergem em nada do que é visto em obras com elencos femininos normais, e as diferenças ocorrem mesmo em cima dos problemas causados por e em torno delas devido a suas peculiares características físicas e fisiológicas. As páginas de abertura do primeiro capítulo do mangá, por exemplo, mostram logo de cara um líder masculino quase morrendo sufocado de manhã pelo corpo escamoso de sua apaixonada companheira lâmia, e em menos de cinco páginas já somos agraciados com a visão de seu grande busto no rosto dele - "Monster Musume no Iru Nichijou" é assim praticamente o tempo inteiro, uma profusão de seios, bundas e situações embaraçosas e sugestivas envolvendo um harém de garotas monstros que só cresce de tamanho com o passar dos volumes, para sorte (?) de Kimihito. Antes convivendo apenas com uma lâmia, que, tudo bem, poderia ostentar um amor sufocante (literal e figuradamente!) por ele, mas dava para levar adiante, o rapaz em pouco vê sua casa ser invadida e bagunçada por uma centauro de vocabulário arcaico e comportamento austero, uma harpia imatura e burrinha, uma sereia "ojou-sama", uma slime ingênua que imita tudo que os outros fazem, uma aracne lasciva e, aquisição mais recente do harém de Kimihito, uma durahan nada amistosa - essa última, a julgar por quando ela estreia no mangá (final do volume 5) e pelo trailer da animação e relação de dubladores divulgada, é pouco provável que apareça no anime. Ah, já essas coadjuvantes não moram com um jovem humano com os hormônios à flor da pele, porém há ainda uma força-tarefa especial de garotas monstros (que é usado para lidar diretamente com problemas envolvendo esses seres uma vez que humanos são proibidos de agredi-los) formado por uma ciclope, uma ogra, uma zumbi e uma doppelganger. Viram que elenco mais diversificado e eclético? 

Apesar de ter lido 5 volumes do mangá eu nem tenho tanto o que dizer em relação ao seu conteúdo; vemos simplesmente constantes briguinhas amorosas diárias tendo como alvo um protagonista que tenta conter os avanços (muitas vezes selvagens e perigosos!) de suas fogosas hóspedes, além de ocasionalmente tocarem no assunto quanto a visão que a sociedade tem desses monstros - é aquilo de algumas pessoas se mostrarem preconceituosas e não tolerarem a presença deles, dentre outros argumentos de natureza semelhante, gerando certos conflitos e draminhas que no fim fortalecem a relação dos personagens, mas nada que seja tão relevante. O chamariz mesmo da obra fica por conta de seu abundante e generoso fanservice, e, ao invés de listar acontecimentos isolados como modo de mostrar imagens a respeito, nesse caso só passarei este link de uma galeria grandinha que eu montei, para que tenham melhor noção de como é na prática o teor ecchi com cada personagem principal. De todo modo, ao contrário do que possa parecer num primeiro momento, "Monster Musume no Iru Nichijou" até que traz em segundo plano uma boa e divertidinha comédia romântica, na qual me surpreendi achando realmente graça em algumas cenas, isso quando só tinha expectativa pelo tão bem falado e estranho fanservice em cima de garotas monstros - mas, naturalmente, sei que não adianta destacar isso o quanto puder para alguém que não conhece o mangá se antes de tudo ela não relevar e aceitar um tema desses a fim de assistir o anime, entretanto vale no mínimo deixar uma breve nota sobre isso para que fiquem cientes de que ele tem outros atributos, mesmo que nada incríveis, a oferecer além do erotismo.

Segunda das três animações a serem produzidas pelo estúdio Lerche nessa temporada, o diretor Tatsuya Yoshihara (coincidência ele já ter dirigido um anime com várias garotas monstros?) terá ao seu lado Kazuyuki Fudeyasu ("Denki-gai no Honya-san", "Hajime no Ippo: Rising" e sim, estão vendo esse nome pela terceira vez no guia) na supervisão de roteiros, e Takaya Sunagawa no "character design".


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Non Non Biyori Repeat
Formato: TV
Data de estreia: 07/07 
Estúdio: Silver Link
Diretor: Shinya Kawamo
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
Tema: Escolar
De onde saiu: Continuação do anime de 2013, vindo de um mangá com atuais 7 volumes.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Segunda temporada de "Non Non Biyori", habitual anime slice-of-life de garotas fofas fazendo coisas fofas, mas com a diferença de elas morarem em uma região rural no interior do Japão, onde é possível ver placas de sinalização pedindo para tomar cuidado com vacas pelo caminho, plantar arroz é uma atividade extracurricular e para ir na locadora mais próxima é preciso passar por dez estações de trem. 

A equipe principal de produção segue inalterada, com Shinya Kawano na direção, Reiko Yoshida ("Bakuman.", "K-ON!", "Yowamushi Pedal") na supervisão de roteiros e Mai Otsuka ("Houkago no Pleiades", "Shakugan no Shana", "Astarotte no Omocha!") no adorável "character design".


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Okusama ga Seito Kaichou!
Formato: TV (8 min. por episódio)
Data de estreia: 02/07
Estúdio: Seven
Diretor: Hiroyuki Furukawa
Gênero: Comédia / Romance
Tema: Ecchi / Escolar
De onde saiu: Mangá, 7 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Casamento arranjado e garota morando do nada na casa de um rapaz, é isso.

A história tem início no final das eleições do conselho estudantil de uma escola, onde o protagonista Izumi Hayato, concorrendo ao cargo de presidente, acaba perdendo após a linda e popular garota Wakana Ui jogar camisinhas ao público durante seu discurso e prometer a "liberalização do amor" aos alunos. Se tornando então vice-presidente dela, poucos dias depois Wakana se autoconvida para a casa de Izumi e revela que ela será sua noiva graças a um acordo ocorrido anos atrás entre seus pais - acordo esse facilitado pelo álcool. A partir disso tal garota se muda para a casa de Izumi, mesmo que contra a sua vontade.

Baseado em uma obra de Yumi Nakata, mesmo autor de "Chuu Bra!!", mangá sobre um clube de roupas íntimas que obteve uma série de TV em 2010, "Okusama ga Seito Kaichou!" (ou "Minha Esposa é a Presidente do Conselho Estudantil!") será, em resumo, aquele anime de comédia romântica padrão com teor ecchi bastante significativo; ele pode chegar a exibir alguns fatores únicos de vez em quando, pouco vistos em outros trabalhos do gênero, porém sempre acaba voltando atrás e apelando para o que já é de conhecimento do público.

Expliquei isso antes em outros guias, mas ao ler um mangá eu vou separando algumas páginas, seja pelo conteúdo visual ou textual, para depois me auxiliarem na montagem do texto: no caso de "Okusama" reuni exatas 48 imagens numa pasta após ler dois volumes, mas, se eu lhes disser que 44 são só de cenas ecchi em níveis variados, creio que dá para entender que o mangá de fato não tem muito mais a oferecer do que isso. Através dos bons traços de Nakata vemos desde os habituais pantyshots (quer dizer, isso quando alguém não se esquece de colocar uma calcinha), deslizes reveladores de roupas e trombadas que terminam em posições embaraçosas a até sequências que testam a tolerância do leitor para esse tipo de material, como presenciar uma dedicada noiva massageando com os seios a mão machucada do garoto durante o banho ou então pegando e brincando com "aquilo" dele logo de manhã ao achar estranho sentir algo duro na parte de baixo de seu corpo. Querem mais? Confusões com vibradores, delírios juvenis eróticos, banho com sua futura sogra (que parece uma criança do fundamental...) que termina em mais um escorregão e posição sugestiva, e - a esse ponto nem espanta mais - algumas cenas onde a "ação" é tão intensa que a garota atinge o seu clímax, se é que me entendem. Surpreendentemente, no meio disso tudo há lá um arremedo de história no início focada, de um lado, nos embates do conselho estudantil e sua presidente de mente liberal com o rígido comitê disciplinar e sua (peituda e tsundere) representante conservadora, e do outro na relação até simpática do casal principal, mas é óbvio que isso é eclipsado pelo constante teor ecchi - pois não dá para levar muito a sério um discurso floreado ou o acesso de raiva de uma personagem enquanto vejo sua calcinha xadrez ou listrada por baixo da saia, é difícil prestar atenção em tantas coisas em simultâneo, sabem...

Agora, quanto ao tal fator único mencionado acima que o mangá possui, seria que, apesar de no começo haver aquelas típicas incoerências de o mocinho da história poder já ter visto e tocado todo o corpo da heroína ainda que sem querer ou estar consciente, mas mesmo assim os dois continuarem agindo timidamente um com o outro a ponto de, ao tomarem banho juntos por exemplo, ele ter de usar uma venda para não enxergar nada"Okusama ga Seito Kaichou!" apresenta um par de jovens que, com incrível rapidez, expressa um sentimento mútuo de amor entre si. Ele foge daquela sina do que geralmente ocorre nessas premissas, de a garota tentar, tentar, tentar, mas o rapaz ficar só se esquivado e se mostrar um grande lerdo e covarde (ou então interrupções constantes de terceiros evitarem qualquer avanço), pois Izumi vai realmente gostando dela e dessa forma os dois protagonizam várias situações de picantes carícias intencionais e espontâneas. É um casal de verdade, mesmo que inicialmente unidos por um argumento besta, e confesso que me pegou desprevenido ao ver esse desenvolvimento no mangá, sendo ele, junto com o próprio conteúdo ecchi (ué, honestidade, né) o único motivo de eu continuar o lendo, visto que sequer a fraca comédia é digna de nota - mas não que esteja criando grandes expectativas no rumo que isso vá tomar, contudo é melhor do que ver aquela eterna indefinição com protagonista tonto que não faz nada.

Nas mãos do pequeno estúdio Seven, que, depois de sempre criar apenas animações curtas de no máximo 3 minutos por episódio (já foram doze), dessa vez fará uma série de TV com episódios de 10 minutos cada, tenho cá minhas dúvidas não só pelo pouquíssimo material que adaptarão, como ainda pela qualidade da animação e censura que veremos aqui. Certamente não fará jus ao traçado limpo do mangá, e dependendo do canal que exibi-lo será mais fácil ver névoas e feixes de luz intensos do que qualquer nudez ou seminudez, adiando o "material completo" para o lançamento em blu-ray - sem falar que muitos trechos devem ser amenizados. Logo, esse me parece um anime que já dá para cravar agora que sua "razão de ser" da obra original não será fielmente retratada.

Traduzindo, leiam o mangá caso só se interessem pela sacanagem e pronto.


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Overlord
Formato: TV 
Data de estreia: 07/07
Estúdio: Madhouse
Diretor: Naoyuki Itou ("Kanon" - primeira versão, de 2002)
Gênero: Ação / Fantasia
De onde saiu: Light novel, 8 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Oh, malditos jogos online que aprisionam seus jogadores.

A história se passa em 2138, ano em que um popular jogo online de realidade virtual, chamado Yggdrasil, está prestes a encerrar suas atividades. Líder de uma guilda que no seu auge foi uma das melhores do jogo, Momonga decide ficar logado até o último minuto do último dia; porém, ao dar o horário previsto para o encerramento de Yggdrasil, Momonga não é desconectado do servidor e logo presencia alguns eventos estranhos diante de si, como NPCs agindo por conta própria e expressando sentimentos, além de ele próprio estar realmente no corpo de seu personagem, um esqueleto feiticeiro.


Inicialmente publicado pela internet em 2010 e depois migrando para uma versão física a partir de 2012, a adaptação animada de "Overlord" pode não chegar no melhor momento para apresentar um tema tão saturado, mas, pelo pouco que li da obra original, pude acompanhar uma abordagem agradavelmente mais complexa e promissora - e ter adultos como protagonistas na história já ajuda muito...

Admito que irei ver o anime sem tanto conhecimento prévio de seu conteúdo; eu li apenas um volume da muito bem escrita light novel, que pode ser facilmente condensado em poucos episódios - há ainda uma versão em mangá publicada desde 2014, que não recomendo por ser pessimamente resumida. Se não sou capaz de lhes dizer o rumo que a história toma a médio ou longo prazo, posso no mínimo detalhar, melhor do que as sinopses, o seu cenário inicial. Yggdrasil é um jogo vastamente baseado na mitologia nórdica, tanto que ele é dividido em nove mundos que são nada mais que os nove considerados principais nela, cujos nomes e descrições podem ver aqui; o protagonista, Momonga, era o líder de uma respeitável guilda que só aceitava adultos que jogassem com personagens não-humanos - "era" porque aos poucos cada um foi parando de entrar no jogo, e no começo da história vemos um esqueletão assustador remoendo o passado enquanto ele é o único integrante que loga no último dia para aguardar o fechamento de Yggdrasil até seus derradeiros segundos. Após isso, não é exatamente como se Momonga ficasse preso dentro de um jogo igual ao ocorrido em "Sword Art Online", por exemplo, mas sim como se fosse transportado para um mundo real que possui as mesmas características que Yggdrasil - não há menus, sistema de combos ou qualquer ferramenta semelhante, porém a maneira na qual o mundo se organiza é praticamente igual ao jogo, e nesse sentido podemos então compara-lo (considerando as devidas proporções) ao recente e ainda em exibição "Dungeon ni Deai wo Motomeru...". Sem amigos, parentes ou um trabalho importante que o faça sentir falta da vida real, Momonga, ao lado de seus fiéis NPCs recém "despertados" e guardiões das dependências da guilda, decide explorar esse mundo para compreender melhor o que aconteceu, bem como procurar por algum velho companheiro de jogo que possa ter passado pela mesma experiência. Notem que algumas sinopses ainda mencionam que o protagonista planeja "dominar o mundo" e etc, contudo isso é só uma desculpa que ele cria no começo para espalhar seu nome e assim facilitar na busca de informações, algo não muito difícil de se fazer uma vez que seu personagem se trata de um esqueleto feiticeiro de nível alto em Yggdrasil que, agora nesse local, se mostra extremamente poderoso e apelativo. Como não achei espaço para coloca-las, segue aqui uma galeria com imagens da light novel (o cavaleiro negro de capa vermelha em algumas delas é o Momonga disfarçado).

Não tenho grande apego pela estrutura narrativa geralmente usada em light novels, mas "Overlord" me atraiu mais do que eu esperava devido a riqueza de detalhes quanto a ambientação de sua história, explicando de maneira aprofundada sobre o jogo e suas características, e também pelo fato de haver um protagonista adulto bem introspectivo e centrado - algo que se perdeu na versão em mangá, cujo resumo mal feito deixa algumas de suas ações um tanto incoerentes. Além disso, foi interessante ver no começo reflexões dele acerca de outros jogadores companheiros seus, todos também adultos que normalmente, devido a obrigações no mundo real, tiveram que abandonar o virtual - são passagens que no anime em si ou terão pouco destaque ou omitirão completamente que nem (de novo!) o mangá fez para focar na ação e nos eventos ocorridos em Yggdrasil, mas em suma "Overlord" apresentou um cenário mais completo e sedutor do que sua sinopse poderia nos fazer supor. De ponto negativo, há pra variar certos momentos de fanservice tolos (nem explicarei que tipo de testes Momonga realiza para confirmar o que aconteceu com o jogo, mas digamos somente que envolve peitos e uma NPC loucamente apaixonada por ele) e estereótipos otakus que destoam muito da imagem supostamente séria que ele tenta transmitir, o que faz lembrar de novo como é difícil - mais do que para mangás - uma light novel escapar totalmente desses elementos. Dá pra relevar, não são constantes, entretanto servirão para não se esquecerem que, ah sim, estão vendo um anime e nem deveriam mais ficar surpresos com essas coisas...

Devido aos temas semelhantes as comparações são inevitáveis: "Overlord" ou "Gate", qual se sairá melhor? Olha, gostei igualmente da light novel de um e da boa versão em mangá do outro, porém estou com maiores esperanças na saga do esqueleto feiticeiro unicamente devido ao estúdio Madhouse, ainda que a equipe reunida por ele tenha menos experiência que a do A-1 Pictures. Com Naoyuki Iotu na direção, haverão ainda Yukie Sugawara ("Mahouka Koukou no Rettousei") na supervisão de roteiros, Shuuji Katayama na trilha sonora e Takahiro Yoshimatsu ("Hunter x Hunter 2011", "Trigun") no "character design".


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PikkaPika Summer
Formato: TV (5 min. por episódio)
Data de estreia: 20/07 
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui

Aguardei até agora para ver se apareceria alguma informação relevante desse anime, mas, após passada uma semana desde sua estreia não consegui achar nada a seu respeito - seja estúdio, diretor, sinopse etc. No máximo, posso dizer apenas que ele está sendo exibido no canal Animax e que terá episódios curtos de cinco minutos de duração cada.

Mas, bem, quem sem importa? Estamos falando de algo cuja imagem promocional mostra um bendito sol de bigode e um girassol usando óculos...

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Prison School
Formato: TV 
Data de estreia: 11/07
Estúdio: J.C. Staff
Diretor: Tsutomu Mizushima ("Another", "Genshiken", "Joshiraku", "Shirobako", "xxxHOLIC")
Gênero: Comédia / Romance
Tema: Ecchi / Escolar
De onde saiu: Mangá, 16 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Um inferno de escola... Para os homens.

A Academia Hachimitsu, uma das escolas internas femininas mais rigorosas de Tóquio, decidiu passar a admitir alunos do sexo masculino. Kiyoshi Fujino é um dos primeiros a se matricular, e para sua surpresa ele logo descobre que apenas outros quatro alunos - Takehito, Shingo, Jouji e Reiji - fazem parte do quadro de garotos em toda a escola, que possui mais de mil garotas. Tímidos e oprimidos pela desvantagem numérica, os cinco acabam se isolando e não tendo contato algum com o sexo oposto.

Tal situação já não agradável fica pior quando são postos em prática os tradicionais métodos de punição da escola, que age com rigor diante das menores infrações. Devido a um ato de perversão cometido por eles, ao invés de serem expulsos os rapazes recebem como castigo ficarem um mês trancafiados numa prisão existente nas dependências da escola. Tratados com severidade e obrigados a realizar diversos serviços, Kiyoshi e seus amigos terão um longo e cansativo mês pela frente, tanto mental quanto fisicamente.

Vindo de um mangá seinen publicado desde 2011 e que foi um dos vencedores do Kodansha Manga Award de 2013, "Prison School" me foi um daqueles casos cujos primeiros capítulos me fizeram indagar a razão de ser esse um título de ótimas vendas e muitos elogios; após 4 volumes lidos eu ainda acho exagerado o barulho à sua volta, porém dá para entender o motivo de seu sucesso. O conteúdo exato até o ponto que li é fácil de se resumir: um grupo de garotos sofrendo constantes abusos na tal prisão da escola, havendo ainda como argumento seguinte os planos da influente Mari Kurihara, presidente de um conselho estudantil "alternativo", em expulsa-los da instituição. Sendo um local onde há uma proporção de mais de 200 garotas para cada rapaz é bastante fácil forjar inúmeros eventos de completa depravação aqui e ali, contudo é notável como "Prison School" faz isso com uma criatividade acima do normal, e ainda se aproveitando da boa arte do mangaká Akira Hiramoto, cuja gravidade e detalhamento dos seus traços tanto se contrastam com o teor dessa comédia.

O pobre Taihei de "Himouto! Umaro-chan" deverá ser um dos personagens mais injustiçados da temporada graças aos caprichos e falsidade da sua irmã, todavia não chegará nem perto do sofrido pelos cinco "heróis" dessa história; Kiyoshi e companhia passarão por diversas provações e humilhações durante o seu confinamento, e tudo porque planejavam dar uma espiada na área de banho feminino (uma tarefa arriscada em prol de ver bundas, peitos e mais algumas coisas não pronunciáveis aqui, mas creio que não precisavam ficar amarrados a estacas após serem pegos, né). Agressões físicas, chicotadas e ofensas farão parte de seu dia a dia, a maioria vindos da voluptuosa e agressiva Meiko Shiraki, vice-presidente do conselho estudantil não oficial que anda pela escola em trajes minúsculos e sempre com um chicote de cavalo em mãos, pronta para punir qualquer transgressão dos presos - mas ela também adora pisotear e até sentar em cima deles, atos que para alguns dos protagonistas não chegam a ser exatamente punições. Planos de fuga questionáveis, imprevistos estúpidos, discussões exacerbadas, diálogos sem vergonha; não posso me detalhar tanto nesse trecho senão acaba perdendo a graça, mas um fator que me "fisgou" em "Prison School" foi ver tantos acontecimentos cômicos bolas de neve e idiotas serem tratados com uma seriedade e dramaticidade cara de pau em traços tão sóbrios, até mesmo em momentos como quando o diretor da escola tenta a todo custo, mas em vão, se livrar da sua amada coleção de fotos de bundas latinas (!). Isso, mais as cenas de teor erótico que abusam de pontos de vista em primeira pessoa, closes inusitados, várias insinuações picantes e fetiches que normalmente os animes ecchi tradicionais e de traços moe sequer ousam se aproximar ou retratam timidamente, dão a "Prison School" um ar de obra ecchi adulta "com estilo", que pouco se aproveita de nudez e muito se apoia no imaginário do leitor - é a sacanagem sendo retratada de maneira mais "refinada" e engenhosa para ser totalmente franco, mas sem deixar de ter uma comédia de bom nível ao menos nesses volumes que pude ler (dizem que o ecchi diminuiu consideravelmente nos volumes recentes e passou a focar mais em enredo, porém não é como se fossemos presenciar isso no anime de maneira expressiva). E não será difícil pegar certa empatia pelos (virgens) e infelizes protagonistas, uma vez que enfrentam seguidos flagelos em desproporções absurdas, numa situação onde sequer se pode expressar a própria opinião sem correr o risco de levar uma chicotada no rosto...

Que nem eu disse no parágrafo anterior, o motivo do bom êxito de "Prison School" me ficou totalmente compreensível devido a sua abordagem, mas não teve como não achar que seja uma obra estimada em excesso - uma boa comédia, um bom ecchi, porém superestimado. Quanto ao anime, comentários gerais mostram que não foi bem vista a escolha do J.C. Staff para sua produção, não apenas por conta do nível da animação (pelo trailer dá para notar um exagero de efeitos para imitar a arte do mangá), como também por se tratar de um estúdio que poderia diminuir ou censurar demais o teor ecchi - o que pra mim não faz tanto sentido, pois cenas de nudez mesmo são poucas e pelo trailer se percebe que foram fiéis em alguns momentos de maior apelo, como podem ver nessa, nessa e nessa imagem. Por outro lado, não se tem nada a reclamar da equipe principal reunida, havendo Tsutomu Mizushima na direção e o trio feminino Michiko Yokote na supervisão de roteiros, profissionais que já trabalharam juntos em animes como "Shirobako", "Joshiraku", "Geshiken Nidaime" e "xxxHOLIC". Kotaro Nakagawa ("Gosick", "Code Geass") comporá a trilha sonora e Junichiro Taniguchi ("Genshiken Nidaime", "Gekka Shoujo Nozaki-kun") adaptará o "character design".


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Q Transformers 2nd Season
Formato: TV (5 min. por episódio)
Data de estreia: 06/07
Estúdio: DLE
Diretor: Koutarou Ishidate ("Minarai Diva", "Tesagure! Bukatsumono")
Gênero: Ação / Sci-fi
Tema: Mecha
De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo de um jogo para NES.
Site oficial: Clique aqui

Segunda temporada de "Q Transformers: Kaette Kita Convoy no Nazo", anime em flash do estúdio DLE baseado em "The Transformers: Mystery of Convoy", um jogo para o NES lançado em 1986 exclusivamente para o Japão. A equipe permanece a mesma, com Koutarou Ishidate na direção e supervisão de roteiros, porém no elenco de dubladores entrarão três nomes populares que darão voz a robôs da franquia, nesse caso Tomokazu Sugita, Nobuhiko Okamoto Kaito Ishikawa.


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Ranpo Kidan: Game of Laplace
Formato: TV 
Data de estreia: 03/07
Estúdio: Lerche
Diretor: Seiji Kishi ("Angel Beats!", "Assassination Classroom", "Jinrui wa Suitai Shimashita", "Yuuki Yuuna wa Yuusha de Aru")
Gênero: Suspense
Tema: Escolar
De onde saiu: Animação original.
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Trailer: Clique aquiaqui e aqui

Único anime da temporada a estrear no bloco noitaminA, "Ranpo Kidan: Game of Laplace" será inspirado em obras de Edogawa Ranpo, famoso escritor japonês de romances policiais - falecido em 28 de julho de 1965 aos 70 anos, esse projeto servirá para comemorar o aniversário de 50 anos desde sua morte. O popular e muito contestado Seiji Kishi aparece como diretor ao lado de Makoto Uezu ("D-Frag!", "Akame ga Kill") na supervisão de roteiros, e essa será a décima vez que os dois trabalharão juntos nessas funções em uma série de TV, sendo "Seto no Hanayome", "Danganronpa The Animation", "Aoki Hagane no Arpeggio", "Jinrui wa Suitai Shimashita" e "Yuuki Yuuna wa Yuusha de Aru" alguns dos outros animes onde realizaram tal parceria. Masaru Yokoyama ("RollingGirls", "Shigatsu wa Kimi no Uso") será responsável pela trilha sonora.

Voltando ao escritor, seu nome real era Taro Hirai, e Edogawa Ranpo foi um pseudônimo inspirado em Edgar Allan Poe, autor americano que influenciou bastante a sua escrita. Considerado o "pai" da moderna literatura policial japonesa, Edogawa foi visto como inovador na época em que estreou como escritor (década de vinte) por ter sido o primeiro do país a trazer histórias de detetive que usavam do raciocínio lógico para resolver casos à primeira vista insolúveis. Antes dele até já existiam romances focados em investigação, porém elas eram densamente envoltas com elementos sobrenaturais, erotismo e temas bizarros, algo que nas obras de Edogawa é mais moderado - propriamente nas suas histórias de detetive, porque anos depois ele começaria a criar contos e romances nos quais esses atributos teriam uma presença maior. Nisso, devo destacar ainda o seu personagem mais famoso e protagonista de diversos romances, Kogoro Akechi, detetive particular que resolvia vários casos e que muitas vezes tinha a ajuda de Yoshio Kobayashi, adolescente líder do "Clube dos Garotos Detetives", um clube formado só por garotos usado para obter informações pela cidade - não por coincidência o detetive mais célebre da história da literatura, o Sherlock Holmes de Arthur Conan Doyle (outra influência na carreira de Edogawa), também possuía ferramenta semelhante, nesse caso um grupo de jovens que era conhecido como "Baker Street Irregulars". Estrela de diversos filmes que adaptaram suas aventuras, Akechi já inclusive apareceu em alguns animes, indo ao extremo de em um OVA antigo de "Lupin III" ter sido retratado como um detetive de meia idade a, na série de TV "Tantei Opera Milky Holmes", ser transformado em uma loli mandona...

De qualquer modo, estou falando tudo isso para chegar ao ponto que mais deve lhes interessar, que seria o conteúdo do anime; a sinopse divulgada há poucos dias informa que o cenário será uma escola onde diversos assassinatos tem ocorrido. Akechi, jovem que atua como detetive, vem para esse local a fim de investigar tal caso, e nisso acaba conhecendo o estudante Kobayashi, que se voluntaria a ajuda-lo apesar da insistência de seu amigo Hashiba em querer que ele não se envolva na investigação. Pois é, ao menos dessa vez não o envelheceram ou o rejuvenesceram em demasia (e tampouco trocaram seu sexo...), mas o detetive particular de Edogawa, que originalmente é casado e fumante, voltará para os tempos de escola - ah, solteiro de novo! - e, óbvio, o cigarro foi trocado pela dependência ao café, segundo descrições de seu personagem na página oficial do anime. Nunca duvidem da capacidade do Japão em adaptar qualquer história para um tema escolar, nunca!

Aliás, Edogawa já teve antes alguns trabalhos seus transformados em mangás e um anime, como por exemplo "Wanpaku Tanteidan", série de 1968 centrada exclusivamente no tal clube de garotos mencionado acima - pelo que eu achei a respeito parece que seu foco era no público infantil, enquanto que "Ranpo Kidan" promete uma pegada mais madura e dark apesar de, por si só, já estar amenizando e muito a fonte da qual se baseia. Finalizando com uma última curiosidade, até hoje no Brasil foi lançado apenas um livro com obras desse escritor, intitulado "O Fantástico e o Misterioso no Japão"; ele reúne nove contos de estilos variados, que vão desde o caso "O Teste Psicológico", no qual o detetive Akechi tenta prender um criminoso especialista em psicologia, ao estranho e irônico "A Cadeira Humana", onde um fabricante de móveis monta uma cadeira para se por dentro dela e assim desfrutar das mulheres que a usarem - esse último teve um one-shot em 2007 através de Junji Ito, prestigiado mangaká de histórias de terror, logo esperem por uma adaptação bem mais insana em suas mãos caso a leiam.


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Formato: TV 
Data de estreia: 05/07
Estúdio: Passione
Diretor: Takeo Takahashi ("Dakara Boku wa, H ga Dekinai.", "Maoyuu Maou Yuusha", "Spice and Wolf")
Gênero: Ação / Aventura / Fantasia
De onde saiu: Light novel, 5 volumes, em andamento.
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Trailer: Clique aqui (Leg. em inglês) e aqui

De tempos em tempos uma entidade maléfica chamada Majin desperta de seu sono para destruir o mundo, e antes que isso ocorra seis pessoas, conhecidas pelo nome "Rokka no Yuusha" ("Os Heróis das Seis Flores"), são selecionadas pela deusa do destino para derrotar ele e seus lacaios, sendo que cada uma verá aparecer um sinal em seu corpo indicando que foi escolhida. Adlet, um jovem que se autoproclama "o homem mais forte do mundo", parte em direção ao ponto de encontro onde os demais heróis se reuniriam antes de começarem sua jornada juntos; porém, uma vez lá, percebe-se que há sete pessoas, e não seis, apresentando-se com tal sinal no corpo. Todos passam a imaginar que alguém do grupo é na verdade um inimigo, e devido a certos acontecimentos Adlet termina por ser o primeiro suspeito, cabendo agora provar sua inocência enquanto procura pelo falso herói.

Publicada desde 2011 e ainda possuindo uma versão mangá com atuais 3 volumes, "Rokka no Yuusha" me foi a pior light novel que li nessa temporada - o que parece algo grave até eu dizer que li apenas duas obras, sendo a outra a muito bem escrita "Overlord". Piadinhas bestas à parte, digo-lhes contudo que suportei dois volumes de uma narrativa pobre antes de enfim desistir de seguir em frente e ficar em dúvida se verei mesmo seu anime: como aventura de fantasia ele pode ter me empolgado um pouco, e o argumento inicial de "Oh, quem é o inimigo" instigou a curiosidade e a vontade de saber o que iria acontecer a cada capítulo, mas no fim os próprios personagens e a superficialidade da história me desmotivaram bastante.

Se viram os trailers devem ter reparado em certas criaturas em CG feinho; eles são os "Kyouma", monstros que possuem diversas formas - inclusive humanas, havendo alguns de grande inteligência - que auxiliam no despertar de Majin, um ser que mil anos atrás foi selado pela "Saint of the Single Flower", mulher que dividiu seu poder em seis partes para que, sempre quando Majin estivesse prestes a despertar, as seis pessoas supostamente mais fortes do mundo no momento pudessem herdá-los para poderem entrar no território inimigo (cuja atmosfera lhes seria venenosa caso não tivessem essa proteção) e assim evitar uma catástrofe - ou seja, não é a primeira vez que acontece a reunião dos tais "Heróis das Seis Flores". Vale ressaltar que no mundo de "Rokka no Yuusha" há também as "Saints", que são mulheres dotadas de poderes divinos diversos, indo desde atributos básicos como ser capaz de controlar elementos da natureza a outros mais incomuns como, no caso da "Saint of Words" por exemplo, conseguir fazer com que alguém não minta ou cumpra uma promessa de maneira forçada. E claro, no grupo de heróis há algumas Saints ao lado de um confiante jovem que se acha o homem mais forte do mundo (e ele dirá isso sempre que for possível), um mercenário que se comporta como um gato e uma poderosa, porém um tanto ingênua princesa - usando elmo em forma de orelhinhas de coelho! - em companhia do melhor guerreiro de seu reino.

Ainda que relevando a premissa tão isenta de criatividade, presente inclusive no passado e motivações de alguns protagonistas, o que me cansou primeiro em "Rokka no Yuusha" foi a estereotipagem excessiva de boa parte dos personagens com seus trejeitos repetitivos e atos previsíveis, seja pela típica kuudere fria e antissocial ou então a garotinha bobinha e sanguinária que fala de si mesma na terceira pessoa (confesso detestar personagens desse tipo...) e que, grande surpresa, é justamente uma das mais fortes do grupo apesar de sua aparência e idade. Isso só ajudou a escancarar a fragilidade da história; de início foi interessante ver o desenrolar quanto as suspeitas sobre quem seria, dentre os sete, o inimigo infiltrado, mas não tardou para a fórmula se desgastar e eu começar a achar as ações deles um tanto incoerentes e os diálogos insossos e rasos, num linguajar e raciocínio tão pobres e com alguns furos que a dado momento simplesmente “lavei as mãos” e abandonei a leitura - torna-se um suspense fraco, juvenil, nada tão impactante como as sinopses dão a entender. Logo, se os personagens exageram nos arquétipos e o principal atrativo da história desanda com o tempo, resta somente a habitual tarefa de salvar o mundo da destruição, e nesse ponto a light novel de "Rokka no Yuusha" apresentou narrações atraentes nos momentos de ação (não comento quanto ao andar desse argumento em si pois seria outro destaque negativo e não estou a fim de me extender mais), porém resta ver como isso se sairá no anime nas mãos do pequeno estúdio Passione, que produzirá aqui sua quarta série de TV - as duas temporadas do curtinho "Haitai Nanafa" e o desastroso "Rail Wars!" foram seus projetos anteriores a esse.

Em resumo: poderá vir a ser uma aventura de fantasia divertidinha, mas nada muito além disso - mesmo porque, oras, estamos falando de uma trama onde a maioria dos escolhidos (os mais fortes do mundo!) para derrotar uma criatura milenar são jovens de 14 a 18 anos... 
Experiente com histórias de fantasia, o diretor Takeo Takahashi terá ao seu lado Tatsuhiko Urahata ("Black Bullet", "Monster") na supervisão de roteiros, Michiru Oshima ("Fullmetal Alchemist", "Sora no Woto") na trilha sonora e Sayaka Koiso no "character design".


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Senki Zesshou Symphogear GX: Believe in Justice and Hold a Determination to Fist.
Formato: TV 
Data de estreia: 04/07
Estúdio: Satelight
Diretor: Katsumi Ono ("Hataraki Man", "Yu-Gi-Oh! 5Ds")
Gênero: Ação / Sci-fi
Tema: Música
De onde saiu: Continuação do anime de 2013, vindo de uma produção original.
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Trailer: Clique aqui

Terceira temporada de "Senki Zesshou Symphogear", animação original que conta a história de garotas que enfrentam alienígenas (isso na primeira temporada, pelo menos) com o poder da música - e justamente a trilha sonora é o carro chefe da franquia, obtendo números invejáveis nas vendas de singles e álbuns. 

Katsumi Ono permanece na direção, com Satoru Fujimoto no "character design" e o grupo Elements Garden ("Uta no Prince-sama", "Grisaia no Kajitsu") na trilha sonora. 


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Shimoneta to Iu Gainen ga Sonzai Shinai Taikutsu na Sekai
Formato: TV
Data de estreia: 05/07 
Estúdio: J.C. Staff
Diretor: Youhei Suzuki
Gênero: Comédia
Tema: Ecchi / Escolar
De onde saiu: Light novel, 8 volumes, em andamento.
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Trailer: Clique aqui

Abaixo a repressão sexual!

Dezesseis anos após a "Lei da Ordem Pública e Moral para o Crescimento Saudável das Crianças" ter banido o uso de linguagem considerada vulgar em todo o país, Tanukichi Okuma se transfere para a Tokioka Academy, escola líder em termos de moral pública. Porém, uma vez nesse local ele é convidado - e devido a certas circunstâncias, ameaçado - a entrar na Organização Antissocial (ou SOX, em sua forma abreviada) fundada por Ayama Kajou, e a partir desse ponto Tanukichi tomará parte de atos obscenos de terrorismo pela escola e sua cidade.

Com um título que pode ser traduzido literalmente como "Um mundo chato onde o conceito de piadas sujas não existe", "Shimoneta..." vem de uma light novel publicada desde 2012, entretanto não há traduções dela e, da versão mangá iniciada ano passado, existem somente dois capítulos recém traduzidos. É pouco para ter melhor ideia da extensão de um argumento tão besta, logo esses capítulos só me serviram para conhecer mais alguns detalhes da história que a sinopse não menciona e também, para confirmar o que o bizarro trailer já indica, que veremos nesse anime uma profusão de piadas sujas, estúpidas, picantes e maliciosas.

No mundo em que se passa a história de "Shimoneta..." a sociedade é ostensivamente controlada; aparelhos no formato de colares e pulseiras monitoram todas as atividades de cada pessoa, e qualquer mínimo ato, seja escrevendo, lendo, vendo ou ouvindo, que envolva palavras e conteúdo vistos como obscenos aciona um tipo de unidade policial especial que trata dessas questões de moral pública. E é por conta disso que o protagonista Tanukichi, rapaz vindo de uma escola de péssima reputação moral e cujo pai, hoje preso, era um político contrário às práticas dessa rígida lei, flagra no caminho para sua nova escola uma garota usando uma calcinha na cabeça e gritando dizeres chulos ("pênis, pênis na...") enquanto arremessa no ar raríssimas fotos pornográficas - para sua surpresa Tanukichi logo descobre que ela faz parte do respeitável conselho estudantil de Tokioka, e acaba sendo forçado a entrar no seu grupinho que luta contra toda essa repressão sexual. Numa instituição na qual alunos adolescentes sequer sabem propriamente como são feitos os bebês (!), os primeiros capítulos já mostraram a prática de alguns atos de "terrorismo" pela dupla como distribuir conteúdo pornográfico pelas dependências da escola ou então exibir vídeos de insetos copulando (isso aparece no trailer) ao mesmo tempo em que Ayama "narrava" aos ignorantes e puros estudantes o que estava acontecendo. Trocadilhos envolvendo órgãos genitais, gestos sugestivos e diálogos repletos de palavras indecentes resumem o estilo de humor que presenciei - tal comédia suja, mais erótica devido a conversas do que a cenas de nudez ou semi nudez, me lembrou animes como "Hen Zemi" e "Seitokai Yakuindomo". Nesses dois até há cenas ocasionais de nudez ou piadas visuais obscenas, porém o que os personagens falam entre si termina por ser, geralmente, muito mais apelativo, e foi essa a abordagem que enxerguei na versão em mangá de "Shimoneta...", tendo como única diferença a de ele aparentemente tentar construir uma história linear no meio de tanta perversão.

Vou ser franco, a ideia me atrai, apesar de não ter expectativa alguma de como isso se desenvolverá e nem ter achado engraçado o pouco que li do mangá. Com um profissional estreante na direção, Youhei Suzuki, a equipe principal de produção terá ainda Masahiro Yokotani ("Hataraku Maou-sama!", "Free!") na supervisão de roteiros e Masahiro Fujii "(Zero no Tsukaima") no "character design".

Ah sim, e tomem mais imagens da garota se cobrindo com uma calcinha na cabeça.


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Sore ga Seiyuu!
Formato: TV 
Data de estreia: 07/07
Estúdio: Gonzo
Diretor: Hiroshi Ikehata ("Robot Girls Z")
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Doujin, 2 volumes, finalizado.
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Trailer: Clique aqui e aqui

Em 2012 Kenjiro Hata, autor do popular anime e mangá "Hayate no Gotoku!", e a dubladora Masumi Asano lançaram juntos numa edição da Comiket um doujin que viria a ter dois volumes chamado "Sore ga Seiyuu!", que conta a história de Futaba Ichinose, Ichigo Moesaki e Rin Kohana, três dubladoras novatas. Em estilo 4-koma, é mostrada a rotina de trabalho delas com pequenas, mas bem humoradas observações a respeito dessa indústria. Sob o nome de um círculo conhecido como Hajimemashite, Kenjiro ficou a cargo da arte, enquanto Asano criou o enredo.

Não há tradução desse doujin pela internet, então tive de me contentar em dar uma olhada por cima no original em japonês apenas para ter uma noção de seu conteúdo. Deu pra perceber que, okay, há sim até uma atenção considerável no trabalho de dubladoras dessas meninas como a participação em audições, nervosismo e falta de confiança no início da carreira e trivialidades quanto ao dia a dia em tal área, mas no geral o destaque mesmo é nas interações fofas e engraçadinhas entre as três. Eu nunca vi a famosa obra de Kenjiro, "Hayate no Gotoku!", então não sei dizer qual seria a extensão disso, porém quem leu o doujin fala que "Sore ga Seiyuu!" se passa no mesmo universo desse mangá - mas o mais provável é que ele só deva ficar em referências indiretas e desnecessárias.

O combalido estúdio Gonzo produzirá tal animação tendo como equipe principal, além de Hiroshi Ikehata na direção, o trio feminino Michiko Yokote ("Genshiken", "Joshiraku", "xxxHOLIC") na supervisão de roteiros, Yukari Hashimoto ("Golden Time", "Toradora!", "Yuri Kuma Arashi") na trilha sonora e Masakatsu Sasaki ("A-Channel", "Saki") no "character design".


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Suzakinishi the Animation
Formato: TV (3 min. por episódio)
Data de estreia: 08/07
Estúdio: feel.
Diretor: Yoshihiro Hiramine 
Gênero: Comédia
De onde saiu: Programa de rádio.
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Trailer: Clique aqui

Adicionando esse agora mais para mostrar que o guia não está totalmente esquecido (volta ao trabalho depois das férias, concurso em poucos dias, animes e jogos para distrair no tempo que sobrar livre, compreendam), não tenho muito o que dizer de "Suzakinishi the Animation" a não ser que ele será um anime baseado em um programa de rádio no qual as dubladoras Aya Suzaki e Asuka Nishi conversam sobre... Novas ideias de negócios, isso mesmo. O programa é transmitido toda quarta-feira à noite na rádio Chou! A&G+ e tem duração de uma hora, e como até o momento não foram informadas sinopses e tampouco imagens de propaganda, por enquanto fica a grande incógnita de como tornarão isso em um anime - sabe-se apenas que Aya e Asuka dublarão elas mesmas.

Yoshihiro Hiramine será diretor e supervisor de roteiros, enquanto que Yumi Shimizu ("Futsuu no Joshikousei ga [Locodol] Yatte Mita.") cuidará do "character design". Apenas para dar uma "encorpada" nesse texto, digo-lhes que essa ideia não é lá tão inovadora: o OVA de 1997 "Dennou Sentai Voogie's★Angel" é um exemplo de anime saído originalmente de um programa de rádio (precisamente uma radionovela), enquanto que em 2014 tivemos "Minarai Diva", anime semelhante a um programa de rádio interativo com animação feita em tempo real.


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Teekyuu 5
Formato: TV (2 min. por episódio)
Data de estreia: 07/07
Estúdio: Millepensee
Diretor: Shin Itagaki ("Ben-to", "Devil May Cry")
Gênero: Comédia
Tema: Escolar
De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo de um mangá com atuais 9 volumes.
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Quinta temporada de "Teekyuu", anime iniciado em 2012 que mostra, abusando de muito humor nonsense e diálogos insanamente rápidos, a rotina de quatro garotas membros de um clube de tênis. Na verdade, elas podem praticar baseball, jogar video-game, participar de uma guerra ou ficar apenas tagarelando em uma velocidade que o obriga a pausar o vídeo a cada dez segundos (mas calma que os episódios só duram 2 minutos!), porém, jogar tênis mesmo, nem esperem por isso!

É simplesmente uma comédia totalmente aleatória com um grupo de garotas nada recatadas ou normais, indo desde uma riquinha esnobe que tenta resolver tudo com dinheiro a uma pervertida com tendências lésbicas dublada pela diva Hanazawa Kana. Suas três primeiras temporadas saíram pelo estúdio MAPPA ("Sakamichi no Apollon", "Shingeki no Bahamut: Genesis") e tiveram vendas muito boas considerando seu tamanho e orçamento baixíssimo; pra se ter ideia a terceira temporada, de 2013, vendeu quase 3 mil cópias em seu volume único. Já a quarta - exibida agora na temporada de primavera - ainda trouxe o mesmo diretor, Shin Itagaki, no comando da animação, porém o nanico Millepensee, estúdio que foi produtor-assistente nos animes anteriores, passou a ser o principal no lugar do MAPPA.

Aliás, também há "Takamiya Nasuno Desu!: Teekyuu Spin-off", animação spin-off (como o próprio título deixa muito claro...) que foi exibida ao mesmo tempo que a quarta temporada, e que se baseia em um mangá focado numa das personagens da série principal, nesse caso a podre de rica Takamiya DesuPor fim, eu já cheguei a citar "Teekyuu" no post "Dez animes curtos de 2012", cliquem aqui caso queiram dar uma olhada.


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The iDOLM@STER Cinderella Girls 2nd Season
Formato: TV 
Data de estreia: 18/07
Estúdio: A-1 Pictures
Diretor: Noriko Takao ("Saint Onii-san")
Gênero: Comédia / Drama / Slice-of-Life
Tema: Música / Idols
De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo da franquia de "iDOLM@STER".
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Trailer: Clique aqui

Segunda temporada de "The iDOLM@STER Cinderella Girls", anime baseado numa franquia multi-mídia de imenso sucesso que teve início em 2005 em um jogo arcade, e cujo objetivo principal nele era cuidar da carreira de garotas aspirantes a idols. Há ainda outras duas séries de TV, sendo elas "iDOLM@STER Xenoglossia" de 2007 e "The iDOLM@STER" de 2011, porém essas não têm ligações com a história de "Cinderella Girls", que traz como protagonistas catorze novas garotas aspirantes a idols retiradas de um jogo lançado em 2011 para dispositivos móveis, o primeiro da franquia voltado a redes sociais - acham muito catorze personagens como principais (fora várias outras de coadjuvantes)? Isso porque no jogo, que possui um sistema de batalhas de cartas, há mais de 200 garotas no momento, conforme podem ver nessa página.

Oficialmente não foi anunciado ainda nenhum membro da equipe de produção, mas, como se trata de continuação direta de um anime exibido na temporada de inverno desse ano, dificilmente deve haver mudanças nesse quesito, permanecendo Noriko Takao na direção e Tatsuya Takahashi na supervisão de roteiros ao lado dela - porém, se houver qualquer novidade modificarei o texto e informarei sobre isso na área de atualizações no início do post.


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To LOVE-Ru Darkness 2nd
Formato: TV
Data de estreia: 07/07 
Estúdio: Xebec
Diretor: Atsushi Ootsuki ("Argevollen", "Kanokon", "Ladies versus Butlers!", "Working!! 2")
Gênero: Comédia / Romance / Sci-fi
Tema: Ecchi / Escolar / Harém
De onde saiu: Continuação do anime de 2012, vindo de um mangá com atuais 13 volumes.
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Trailer: Clique aqui

Segunda temporada de "To LOVE-Ru Darkness", anime baseado em um mangá extremamente apelativo (e que já foi alvo de várias polêmicas devido ao seu conteúdo) publicado desde 2010 na revista Jump Square - com atuais 13 volumes, ele é continuação de "To LOVE-Ru", mangá composto por 18 volumes publicados na Weekly Shounen Jump de 2006 a 2009, sendo que esse também foi adaptado em duas séries de TV.

Atsushi Ootsuki retorna na direção, com Takeshi Watanabe ("Ro-Kyu-Bu!", "Saki") na trilha sonora e Yuuichi Oka ("Argevollen", "Softenni") no "character design". Por fim, está previsto ainda para esse ano o lançamento de um novo jogo da franquia para PS Vita.


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Ushio to Tora (TV)
Formato: TV 
Data de estreia: 03/07
Estúdio: MAPPA / Studio VOLN
Diretor: Satoshi Nishimura ("Hajime no Ippo", "Trigun")
Gênero: Ação / Comédia
Tema: Sobrenatural
De onde saiu: Mangá, 33 volumes, finalizado.
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Ainda que nunca tendo acreditado nas histórias de seu pai sobre monstros e itens sagrados, certo dia Ushio encontra, no porão do templo onde mora, um demônio que há 500 anos foi selado por um de seus ancestrais usando a "Beast Spear", uma lança capaz de derrotar criaturas sobrenaturais e que concede grande força, velocidade e resistência ao portador em troca de sua alma. Apesar da insistência do demônio, que viria a ser chamado de Tora, em querer ser libertado, em um primeiro momento Ushio decide deixa-lo aprisionado e não tirar a lança cravada em seu corpo, porém ele se vê obrigado a mudar de ideia quando descobre que a energia espiritual de Tora está atraindo outros espíritos para seu templo, colocando em risco a vida de duas amigas que se encontravam no local no mesmo instante.

Agora livre, Ushio ordena que Tora fique ao seu lado para afastar novos espíritos que venham a aparecer, enquanto que Tora promete a si mesmo que um dia ainda devorará o garoto, algo que não será tão fácil quanto parece uma vez que ele carrega constantemente a poderosa lança que o aprisionou 500 anos atrás.

Baseado em um mangá publicado entre 1990 e 1996 que foi vencedor do "Shogakukan Manga Award" em 1992 e que obteve uma série de 10 OVAs de 1992 a 1993, o anime para televisão de "Ushio to Tora" já vem com previsão de duas temporadas: essa primeira terá 26 episódios, enquanto que a segunda, a ser exibida entre abril e junho de 2016, terá mais 13 - o curioso nisso tudo é que em algumas notícias sobre a animação é dito que o final da segunda temporada coincidirá com a batalha final do mangá, contudo 39 episódios seriam pouquíssimos para uma obra composta por 33 volumes. De qualquer modo, os primeiros 3 que li do mangá não saíram de uma introdução básica de histórias desse estilo e não mostrou-me nada que fosse tão criativo, porém me simpatizei facilmente por ele devido ao humor e personagens principais.

Ao menos no começo "Ushio to Tora" é bem episódico; posso dividir tudo o que li em cinco partes, onde um demônio dentro do corpo de um samurai de pedra e causando problemas na escola de Ushio, um falecido homem que se tornou um demônio e não permite que ninguém se aproxime de sua filha, espíritos vingativos matando várias pessoas na cidade e procurando pela mulher que os aprisionou séculos atrás (surpresa alguma, eles cometem um mal entendido ao perseguirem uma amiga de Ushio muito parecida com ela), um matador de demônios que busca vingança pela morte de sua família (pra variar, ele também se confunde e acha que Tora é o demônio assassino) e, por fim, a típica viagem a praia se tornando outra caçada a um demônio aquático de proporções imensas, resumem os acontecimentos dos 3 primeiros volumes. Com muitas batalhas, violência por vezes bem forte visualmente e um senso de humor um tanto caricato graças, principalmente, aos traços do mangaká Kazuhiro Fujita, "Ushio to Tora" trouxe desfechos padrões para esses conflitos, e, o que é de se esperar, apesar da premissa de que Tora pretende devorar Ushio um dia e este último falar constantemente que não se importa com ele - além de os dois brigarem frequentemente e até saírem feridos dessas desavenças -, com o tempo ambos vão criando uma relação mais íntima entre si devido às dificuldades que enfrentam juntos. Não foi raro, por exemplo, ver Tora falar que não ajudaria o garoto novamente diante de mais um problema, mas mudar de ideia pouco depois ao perceber que sem sua intervenção Ushio correria sério risco de vida - e o inverso também foi igualmente presenciado. Fora isso, houve o esboço de alguns mistérios envolvendo a dita lança "Beast Spear" e o passado de Tora, junto a uma pitada de tentativa de romance, sem muito destaque no começo no meio de tanta ação, em torno de uma amiga de infância de Ushio.

Ainda que as historinhas propriamente não tivessem me sido muito empolgantes, no geral me agradou a relação conturbada entre Tora e Ushio, sendo o primeiro um garoto esquentadinho e cabeça dura com as habituais virtudes de um protagonista do gênero, e o segundo uma criatura que, mesmo se mostrando selvagem e ríspida em várias ocasiões, vai aos poucos se mostrando tolerante e preocupada em ajudar os outros mais do que ele gostaria de admitir - e na caracterização dessa dupla ajuda bastante a comédia cheia de caretas e palhaçadas mesmo em diversas das rotineiras briguinhas entre os dois, não esquecendo também as encrencas que Tora passa enquanto tenta se adaptar a um mundo totalmente bizarro para quem ficou preso durante 500 anos. Me pareceu um mangá que mescla bem os momentos de humor e seriedade, e, se a trama nesse pedacinho que li da obra não foi nada surpreendente, seu desenvolvimento é pelo menos satisfatório e há espaço para algo mais promissor, conforme spoils que vi de volumes avançados.

"Ushio to Tora" trará certamente o elenco de dubladores mais "estelar" entre todas as estreias, apesar de que boa parte fará personagens de participações temporárias em arcos específicos: Mamoru MiyanoYuuki KajiNana Mizuki, Hanazawa Kana, Maaya Sakamoto, Aki Toyosaki, Yuuichi Nakamura, Ai Kayano e Yoshimasa Hosoya são alguns deles. Já a equipe de produção vem em segundo plano, com o veterano Satoshi Nishimura na direção em companhia do autor do mangá Kazuhiro Fujita e Toshiki Inoue (um bom número de animes no currículo, contudo tem mais reconhecimento por sua participação em tokusatsus, em especial os de Kamen Rider) na supervisão de roteiros, Eishi Segawa na trilha sonora e Tomoko Mori no "character design".

E duas curiosidades para fechar o texto: o mangá será republicado enquanto o anime é exibido, e só agora descobri que um jogo bem mediano que joguei algumas vezes no saudoso Super NESS veio dessa obra; lançado em 1993, "Ushio to Tora" permitia que você controlasse os dois protagonistas, mas a jogabilidade não era das melhores - cliquem aqui para verem um vídeo dele no Youtube.

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Venus Project: Climax
Formato: TV 
Data de estreia: 12/07
Estúdio: Nomad
Diretor: Takehiro Nakayama
Tema: Idols / Música
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui

Nova animação original sobre idols, "Venus Project" se passará num futuro não muito distante onde um tipo de entretenimento chamado "Formula Venus" (ou F-V abreviado) é imensamente popular no Japão. Nele, idols competem entre si em transmissões ao vivo através de performances quem põem em xeque a técnica e experiência de cada uma, e o anime mostrará o drama de um grupo de garotas que enfrentará difíceis confrontos enquanto almeja chegar ao topo.

Enfim, nem me lembrou de Pretty Rhythm...

Claro, como todo anime original de anime sobre idols, "Venus Project: Climax" é só parte de uma franquia iniciada em abril com o lançamento de um mangá online e um jogo gratuito de cartas e RPG para PS Vita (cliquem aqui para verem um vídeo meia boca de um rapaz jogando, e na verdade ele é naquele estilo de "é gratuito, porém pague por certos itens se quiser evoluir de verdade"), e que prosseguirá, após o anime, com shows e programas de rádio envolvendo as dubladoras das protagonistas. Duas delas, aliás, já são experientes nessa área, pois Sawako Hata (no papel da garota de vestido laranja na imagem) é ex-membro do grupo de idols SKE48 - tendo se "graduado" dele, como falam quando alguém sai do grupo, em 2013 para seguir a carreira de dubladora - e Riho Iida (a de cabelos brancos ou com o bumbum quase de fora na imagem, escolham a melhor definição), que segue no ramo artístico desde criança, é mais conhecida hoje pela sua participação em "Love Live: School Idol Project" no papel de Rin Hoshizora, outro anime de idol original que até hoje faz um sucesso absurdo em vários segmentos. A própria Riho Iida viu sua carreira alavancar após essa animação, sendo que na vida real ela faz parte de um trio musical formado por mais duas dubladoras desse projeto (as das personagens Umi Sonoda e Nozomi Toujou) chamado "Lily White".

No geral, a única novidade de "Venus Project" em relação a animes anteriores do mesmo gênero e com o mesmo objetivo será no seu formato; teremos aqui apenas 6 episódios, enquanto que durante outras seis semanas serão exibidos programas de variedades que, certamente, contarão com a participação das dubladoras. Quanto a equipe de produção, o diretor Takehiro Nakayama terá Go Zappa ("Koihime Musou") na supervisão de roteiros, e Yoshinari Saito no "character design".


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Wakaba*Girl
Formato: TV (8 min. por episódio)
Data de estreia: 03/07
Estúdio: Nexus
Diretor: Seiji Watanabe
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
Tema: Escolar
De onde saiu: Mangá, 1 volume, finalizado.
Site oficial: Clique aqui

De Yui Hara, mesma autora do 4-koma "Kiniro Mosaic" (cujo anime está atualmente em sua segunda temporada), "Wakaba*Girl" será outra adaptação, mas dessa vez em episódios curtos, de um mangá seu em tirinhas que possui um grupo de garotas em destaque. Aqui a personagem principal, Wakaba, parece à primeira vista uma jovem elegante normal vinda de família rica, porém ela possui enorme admiração pela subcultura gyaru, rótulo dado a um estilo de moda conhecido pelo uso de maquiagem pesada e cabelos clareados - só deem uma olhada no link que passei e é quase certeza que se lembrarão de pelo menos uma personagem de algum anime qualquer com esse visual. Junto a Wakaba teremos ainda a pura e inocente Moeko, a caprichosa e enérgica Mao e a antes atlética, mas agora amante de mangás BL (boys love, ou yaoi para ficar num termo mais conhecido no ocidente) Nao.

Se "Kiniro Mosaic" está rendendo frutos até hoje a sua criadora, não dá para dizer que "Wakaba*Girl" seguiu o mesmo caminho; o mangá durou o suficiente para a publicação de apenas um volume, e deve ser por isso que seu anime terá uma modesta produção de episódios curtos através de um estúdio recém fundado, o Nexus. Ele será exibido em um novo bloco de animes chamado "Ultra Super Anime Time", que terá meia hora de duração e focará em obras pequenas - serão três nessa temporada, e as continuações de "Wooser no Sono Higurashi" e "Miss Monochrome" completam o trio.

E é isso, sem haver traduções do mangá ou no mínimo imagens dele na língua original pela internet não tenho mais o que dizer, contudo "Wakaba*Girl", que terá seu "character design" feito por Kana Ishida (ilustrador da light novel de "Mahouka Koukou no Rettousei"), não deverá fugir do que pode ser visto em "Kiniro Mosaic", onde o nível de doçura e inocência na interação entre as personagens chega a níveis às vezes elevadíssimos e enjoados - mas talvez isso ocorra em um grau consideravelmente menor aqui devido a personalidade de algumas garotas (a fujoshi, principalmente) e o fato de que as doses de moe semanais serão pequenas, não passando de 3 ou 5 minutos por episódio.


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Wakako-zake
Formato: TV (2 min. por episódio)
Data de estreia: 05/07
Estúdio: office DCI
Diretor: Minoru Yamaoka
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
Tema: Culinária
De onde saiu: Mangá, 4 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

E vem aí mais um anime focado em comida; "Wakako-zake" é baseado em um mangá publicado desde 2011 numa revista seinen, e nele a protagonista é Murasaki Wakako, uma mulher de 26 anos que adora sair para comer e beber, principalmente quando algo dá errado em seu trabalho. Com capítulos curtinhos de 6, 7 páginas cada um, vemos Wakako visitando sozinha diversos bares e restaurantes, e desfrutando neles diferentes combinações de pratos e bebidas.

A ser animado pelo desconhecido estúdio office DCI, que já participou da produção de mais de oitenta animes de outros estúdios, mas que pela primeira vez fará algo por conta própria, achei uma pena ver que o mangá de "Wakako-zake" tem apenas um capítulo traduzido até hoje para o inglês, então pude ler somente uma historinha de meras seis páginas onde Murasaki visita um restaurante local e se delicia com um salmão grelhado enquanto bebe saquê - porém seu minuto de paz acaba sendo prejudicado por um homem que se interessa por ela, cliquem aqui para verem esse capítulo inteiro mesclado a uma só página. No momento, por sair de uma fonte tão obscura, o único atrativo de "Wakako-zake" tem sido o anúncio da magnífica Miyuki Sawashiro como dubladora da protagonista, detalhe que já é o suficiente para muitos fãs dela darem uma conferida no anime - e como serão episódios curtinhos de 3 minutos cada não será preciso grande esforço para isso, né.

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Wooser no Sono Higurashi: Mugen-hen
Formato: TV (8 min. por episódio) 
Data de estreia: 03/07
Estúdio: Sanzigen
Diretor: Seiji Mizushima ("Fullmetal Alchemist", "Natsuiro Kiseki", "Shaman King", "Un-Go")
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
Tema: Paródia
De onde saiu: Continuação do anime de 2014, vindo de curtas publicados na coluna de uma revista.
Site oficial: Clique aqui

Terceira temporada de "Wooser no Sono Higurashi", animação que conta o dia a dia do sabe-se lá o que quer que seja essa coisa amarela ao lado de duas meninas. Totalmente em CG, não se deixe levar pelo visual bonitinho, pois Wooser é na realidade um grande pervertido que adora dinheiro, carne, garotas e saias de colegiais - e é ainda bastante famoso, pois ele sempre faz pontas em animes que o estúdio SANZIGEN se envolve, e na segunda temporada chegou inclusive a receber convidados ilustres de outras animações (com as devidas vozes de seus respectivos dubladores originais) como o Senketsu de "Kill la Kill" e o Chamber de "Suisei no Gargantia".

Dublado com primor pelo famoso Mamoru Miyano (Yagami Light de "Death Note" e Okabe Rintarou de "Steins;Gate"), esse contraste entre o comportamento tão imoral e orgulhoso do protagonista com o visual infantil da animação é de longe o melhor item que o anime possui, já que o humor em si não segue o mesmo nível. Eu recomendei a primeira temporada na matéria da seção X-10 "Dez animes curtos de 2012", e lá podem ler um pouco mais a respeito dela.

A direção mudará pela terceira vez, estando agora nas mãos de Seiji Mizushima, mas novamente o próprio criador de Wooser, Yoshiki Usa, cuidará da supervisão de roteiros.

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Working!!!
Formato: TV 
Data de estreia: 05/07
Estúdio: A-1 Pictures
Diretor: Yumi Kamakura
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Continuação do anime de 2011, vindo de um mangá finalizado com 13 volumes.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aquiaqui e aqui

Terceira temporada de "Working!!", anime baseado em um mangá, encerrado no fim de 2014 com 13 volumes, que narra a rotina de um grupo excêntrico de funcionários de um típico restaurante familiar. Essa é a obra de maior sucesso da mangaká Karino Takatsu, porém outro mangá seu (também já finalizado em 2014 com 4 volumes) a ter virado anime, e pelo mesmo estúdio, foi "Servant x Service", que mostra o dia a dia de funcionários públicos não muito normais - pra variar - de uma prefeitura.

Em três animações será o terceiro diretor diferente a tomar conta da franquia, estando dessa vez nas mãos de Yumi Kamakura, que possui menos experiência no cargo que os nomes anteriores. Por outro lado, permanecem Takao Yoshioka ("Elfen Lied", "Zero no Tsukaima", "High School DxD", "Shigatsu wa Kmi no Uso") na supervisão de roteiros, o estúdio monaca ("Servant x Service", "Hanayamata") na trilha sonora e Shingo Adachi ("Sword Art Online", "Galilei Donna") no "character design".


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Yakyuubu Aruaru
Formato: TV (1 min. por episódio)
Data de estreia: 09/07
Tema: Esporte
De onde saiu: Animação original.

Outro anime carente de informações; pequenos textos sobre ele dizem somente que se trata de uma série de curtas em flash, já finalizada inclusive, que mostra o dia-a-dia- de um time amador de baseball. Desse sequer encontrei uma página oficial, porém ele possui um canal no Youtube com vários, senão todos, episódios - cliquem aqui para vê-lo, e dando uma breve conferida em alguns deu para reparar que o anime possui um humor meio nonsense com trechos pseudo educativos.

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TOTAL:

53 estreias

16 continuações / spin-offs
16 novas adaptações de mangás
10 novas animações originais
4 novas adaptações de light novels
novas adaptações de jogos (PSP:1; RPG de mesa:1)
nova adaptação de doujin
nova adaptação de novel
nova adaptação de personagens de figures
nova adaptação de tokustasu
nova adaptação de programa de rádio


Alguns dados aleatórios e inúteis sobre a montagem desse guia:

Número de mangás e light novels que eu li pelo menos um capítulo: 17
Número de volumes completos lidos: 33
Número de capítulos lidos: 227
Número de imagens reunidas de mangás e light novels no post: 228
Dias passados desde o início da montagem do guia até sua postagem: 22
Horas gastas com "Hyperdimension Neptunia Re;Birth 1" nesse período: 57
Total de episódios de animes dessa temporada que eu vi nesse período: 0 (está tudo atrasado!)




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Animações mais - e também menos, por que não - esperadas pela comunidade do MyAnimeList (de acordo com o total de usuários que já adicionaram cada anime às suas listas) (números do dia 12/06):

 Durarara!!x2 Ten - 21,504
 God Eater - 12,636
 To LOVE-Ru Darkness - 12,317
 Gangsta. - 11,762
 Non Non Biyori Repeat - 11,480
 Charlotte - 11,114
 Monster Musume no Iru Nichijou - 10,502
 Working!!! - 10,285
 Prison School - 9,651
10º Gatchaman Crowds Insight - 9,643 
...
...
...
46º Kurayami Santa - 79
47º Kaijuu Sakaba Kanpai! - 61
48º Q Transformers 2nd Season - 36
49º Deban Desu Yo! Onigirizu - 15
50º Boo Boo Boy - 9



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Resultado da enquete "Quais animes pretende ver nessa temporada?":
Foram 82 votos únicos, número bem abaixo do obtido em enquetes de temporadas anteriores devido a (novamente) alguns "probleminhas" ocorridos na divulgação do post. Com uma média de quase 9,19 animes selecionados a cada voto, a maior até agora, 54,87% dos participantes ajudaram a colocar "God Eater" no topo, e fico na dúvida se isso é mais por causa do jogo que ele se baseia, ou se são apenas fanboys do ufotable, já que do anime em si sequer foi divulgada alguma sinopse...

Agradeço mais uma vez a participação de todos. Até a próxima temporada!
 

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Meus perfis:

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18 comentários:

  1. Estou no aguardo de Non Non Biyori Repeat, Working, Classroom☆Crisis e principalmente de Charlotte, afinal o roteirista é o Jun Maeda e seu excelente trabalho com Angel Beats.
    Obs:essa temporada tem muito anime de slice of life.

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  2. Parece que vai ser mais uma temporada fraca.

    Por enqto vou assistir as continuações de Fate/Kaleid Prisma e Non Non Biyori, dar mais uma chance a PA Works e sua Charlotte (por causa da equipe técnica) e conferir o slice de zumbis Gakkou Gurashi.
    Talvez de uma olhada em Ranpo Kidan, mas assim como o PA Works, o bloco Noitamina tb anda em baixa.

    No mais se aparecer algo interessante acrescentarei a lista e droparei impiedosamente os já escolhidos (exceto as continuações, que realmente me agradam).

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  3. Temporada parece que vai ser fraca, sei lá, costumo decidir o que ver depois de alguns episodios, mas os que mais espero e provavelmente verei, são God Eater (ufotable! sem mais), Prison School (o manga e muita zueira, foda!) e Monster Musume (Ecchi! sem mais) alem das continuações Working! (mais esperado!), Durarara!, To Love ru e Dragon Ball.
    Charlote posso/vou dar uma olhada ja e o mano que fez Angel Beats!, Clannad, etc nesse e garantido que vai rolar suor masculino no final kkkk
    Espero pegar mais nada ja to atolado com essa temporada, mas se me interessar fazer o que....

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  4. Obrigado pelo bom trabalho, mais uma vez. Esta é a minha "biblia" para determinar que animes escolho ver em cada temporada!
    Já agora, "Jitsu wa Watashi wa": vale a pena ir para além do 2º volume... Eu tb tinha parado aí, mas li-os todos depois e valeu a pena: não pela "comedia romantica bobinha" (que é e se mantém), mas pelo humor non-sense que a história vai desenrolando depois, particularmente com a entrada da Diretora da Escola e a relação com a professora/neta: há episódios verdadeiramente "loucos"!

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    1. Obrigado pelo comentário, Sr. Anônimo.

      Li só dois volumes de "Jitsu wa Watashi wa" porque não poderia me alongar tanto com um só título enquanto estivesse montando o guia, porém esse é um dos mangás, vistos por conta desse post, que devo continuar lendo daqui para frente. Ele realmente vai ficando cada vez mais nonsense por conta dos novos personagens...

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  5. Marquei no formulário os respectivos dos grupos A, B, e Z conforme os dividi no fórum do clubeBR (link abaixo)

    http://myanimelist.net/forum/?topicid=1362981

    Rokka no Yuusha não marquei mas estou bastante inclinado a mudar de idéia. Não falo o motivo porque seria spoiler do episódio #01.

    Não gosto de idols e nem lembro porque não risquei Venus Project já de saída.

    Kuusen Madoushi Kouhousei ainda me dá esperança de ser o próximo Mahouka (fora o nome e temas que já são parecidos).

    God Eater e Overlord simplesmente não têm informações sobre si. Não encontrei quando fiz a minha pesquisa e pelo visto com você não foi diferente. Aguardemos.

    Himouto Umaru-chan só se for "curta" (5min/ep). Shimoseka dependendo do meu humor até posso tentar. Poucos me agradam nesse gênero mas andei assistindo aos especiais de Sabagebu e fiquei com vontade de consumir mais boas comédias. Falta só o Japão produzi-las (ainda não me conformo com o "fracasso comercial" de Nichijou).

    Akagami no Shirayuki-hime parece ser o próximo Cross Ange.

    Sua análise de Classroom Crisis difere da minha. O material que pesquisei sugere um enfoque dramático tanto por personagem quanto da realidade social. Isso, na minha opinião, faz MUITA diferença. Detesto esses "coming-of-age".

    Espero que animem Gakkou Gurashi a partir do ponto em que você cita o enfoque psicológico. Minha expectativa era de algo como os OVA de Corpse Party.

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    1. Ha, oi, Fredi. Já tinha visto antes seu post a respeito lá no clube.

      Estou nesse instante lendo o primeiro volume da light novel de "Rokka no Yuusha" - e não devo ir alem disso, apesar de haver 3 volumes traduzidos. Sinceramente, não estou achando muita graça nele com esse argumento de formar party para derrotar um monstro supremo que desperta de tempos em tempos...

      "Kuusen Madoushi Kouhousei no Kyoukan" está mais para "Infinite Stratos", eu diria. Saiu hoje um PV dele de quase dois minutos.

      Não saqueia comparação de "Akagami no Shirayuki-hime" com "Cross Ange", apesar de nunca ter visto esse anime da Sunrise...

      E realmente não creio que "Classroom Crisis" será assim sério como você espera. Pode ter um drama teen como de praxe, mas nada tão forte.

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  6. Boa noite =)

    Pode ser apenas impressão, mas eu senti que esta temporada de animes me agradou mais do que as duas anteriores deste ano, parece que haverão vários animes bons, acho que até selecionei pra ver mais do que o habitual. Ou talvez eu simplesmente esteja positivo demais devido a meus pensamentos quando li sobre os animes nos guias anteriores deste ano (que no geral foram negativos). Neste os dois primeiros títulos já me agradaram de alguma forma x).

    Eu iria selecionar mais títulos no Plan to Watch, mas acho que vou esperar o decorrer da temporada pra ver se me convenço xD. Como: Jitsu wa Watashi wa, Himouto! Umaru-chan, Danchigai e Gakkou Gurashi.

    Desconsiderando as sequelas, o que me pareceu mais interessante foi Akagami no Shirayuki-hime. Enfim, espero que no final todos me agradem (apesar de ser impossível kkkkkk).

    Novamente excelente guia Erick, muito obrigado ^^.

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    1. Obrigado digo eu por comentar mais uma vez, Cristiano.

      No meu caso, em um primeiro momento estou com vários títulos na categoria "ah eu curti o mangá, mas não acho que o anime disso vai ser muito interessante", ha...

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  7. O melhor e mais completo guia que eu poderia querer ter em mãos para me preparar para próxima temporada.

    Excelente trabalho, mas 57 horas de jogatina, como eu já disse antes, isso que é Dedicação.

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    1. Obrigado, João Paulo.

      57 horas mas isso porque ainda faltam 3 conquistas do Steam para finaliza-lo - o jogo em si já salvei duas vezes, porém não habilitei tudo que há disponível para habilitar e nem pretendo fazer isso...

      Porém esse tempo é pouco perto das 128 horas gastas nesse jogo de tabuleiro em um ano...
      http://store.steampowered.com/app/282800

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    2. Realmente Senhor Dias, e eu achando muito minhas 80 horas de Final Fantasy XIII.

      Isso por que fiquei desesperado ao saber que tem gente que gastou 600 horas para conseguir todas as conquistas.

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  8. Poxa fico muito bom esse post DarDrak, por meio do seu texto pude filtrar e separar 18 titulos que me chamaram a atenção, mas provavelmente depois dos primeiros episódios esse numero caira pra um terço ou menos, os que mais fiquei interessado são esses:


    --Classroom☆Crisis: pela sinopse e a imagem nos post meio que me lembrou vagamente Robotic Notes, talvez não seja tão interessante mas resolvi acompanhar e ver se sera do meu agrado.

    --Durarara!!x2 Ten: esse eu ja planejava assistir a um bom tempo.

    --Gate: Jieitai Kanochi nite, Kaku Tatakaeri: achei bem interessante a sinopse, apesar de ter um fundo de enredo cliche(invasão de monstros, um mundo de fantasia) me pareceu ter alguns pontos extremamente originais, o que imediatamente me deixou ansioso.

    --Overlord: além do fato de ser relacionado a jogos, onde alguem entra no jogo (alias pela descrição vi mais semelhança com Log Horizon do que com SAO) outro fator que me chamou a atenção foi o que você mencionou no texto sobre ele ter um grande numero de detalhes e ser bem explicado, algo que me agrada muito em um anime.

    --Prison School: esse eu inicialmente planevaja ler o manga desde que recomendaram ele no manga da semana a um tempo atras, mas quando soube que sairia um anime resolvi aguardar, só pela idéia central da história ja começo a rir bastante.

    --Working!!!: esse me deixou super ansioso ao saber do lançamento, gostei muito das duas temporadas anteriores.

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  9. "Oh, malditos jogos online que aprisionam seus jogadores." -> kkkkkkkkkkkkkkkkkk.

    Parabéns Erick, por mais um guia feito com bastante esmero e esforço! =)

    Mais uma temporada, aparentemente, fraca. Isto é bom para alguns, ruim para outrem...
    Para mim, o bom é que não vai ter tanta coisa acumulada para eu ver futuramente...xD

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  10. Gostei desse review sobre os novos anime da próxima Season. As informações sobre Classroom☆Crisis me fizeram ter um certo interesse até ver o ilustrador da LN de Oreimo ser citado logo a seguir...
    Enfim, vou apostar minhas fichas nas seguintes animações:

    God Eater (A animação é de qualidade, o que é um tanto obvio, já que se trata da ufotable, mas como joguei os 2 games de PSP sinto que vou gostar do anime)

    Durarara!!x2 Ten

    Charlotte (Mesmo depois do downgrade gráfico, o anime ainda tem um enredo muito promissor, além da qualidade da equipe na produção)

    Shimoneta to Iu Gainen ga Sonzai Shinai Taikutsu na Sekai (assim como você achei a premissa bem interessante, gostaria de ver como vai ficar na prática)

    To LOVE-Ru Darkness 2nd

    Rokka no Yuusha (gostei da batalha vista no PV, a animação tem bastante qualidade visual)

    Overlord (O enredo, apesar das semelhanças, parece realmente ser diferente do que já existe, sua analise me ajudou a confirmar isso)


    Dragon Ball Super

    E possivelmente verei no decorrer:

    Chaos Dragon: Sekiryuu Sen'eki (esse parece outro Gunslinger Stratos, vedendo o nome do Gen Urobuchi sendo que o mesmo não tem relação com a produção do anime)

    Ranpo Kitan: Game of Laplace (adicionei a lista porque me interessei após ver o PV)

    Gate: Jieitai Kanochi nite, Kaku Tatakaeri (a sua analise me chamou muito a atenção, e realmente penso em dar uma chance a Gate, mas se trata de depender do A-1, então fico meio com o pé atrás)

    Kuusen Madoushi Kouhosei no Kyoukan (depois de ver Fafnir e dropar Seiken depois do 2º ep sinto que deveria bater a porta na cara da Diomedea, esse título será como um veredito final)

    Jitsu wa Watashi wa (Plastic Memories vai acabar, preciso de outra comédia romantica com esteriótipos pra lá de reciclados, e esse anime parece se encaixar)

    Gostaria que tivesse falado um pouco sobre Rokka no Yuusha que parece bem promissor, além de ter uma ótima animação, mas ficarei atento nas atualizações do post para conferir a sua opinião sobre e dar um veredito final.

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  11. Obrigado pelo comentário, Aleksey.

    Adicionei e comentei sobre "Rokka no Yuusha", ainda que sem tanto ânimo e interesse; no geral não gostei da light novel, achei os personagens e a história bem meia boca... Por ora se eu decidir assistir o anime será apenas pelos elementos de fantasia e aventura.

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  12. Erick, realmente, depois de sua opinião a obra pareceu bem fraca, os elementos de fantasia e aventura me atraem, assim como a char design, esse segundo item não é fator determinante. Enfim, você estava certo quando falou sobre que o hype de Owari no Seraph era demasiado pra pouca obra, então vou ter que torcer pra que tudo isso não seja uma perda de tempo.

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  13. Show, essa temporada foi perfeita pra mim que me amarro nesses haréns clichês escolares e tal !!!

    Como sempre agradecendo pelo ótimo trabalho do site que sem duvida e a melhor fonte de informação sobre animes para mim.

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