Bem-vindos a mais um TOP de melhores animes da temporada do Animecote, onde dessa vez os participantes que se dispuseram a expor suas listas foram eu e... A Natth do blog Elfen Lied Brasil, que foi convidada para substituir os membros habituais.
Explicando, tanto o Tadashi Katsuren, quanto depois o Evilasio Junior não puderam estar presentes nesse post por motivos diversos - um por não ter visto animes o suficiente nessa temporada para fechar um TOP 5, e o outro porque os afazeres do dia a dia impediram que ele tivesse tempo de escrever a sua parte. Acontece, eu mesmo para estar com um TOP 5 definitivo tive de fazer certo esforço nos últimos dias (tradução: tentar finalizar de vez ao menos os 6, 7 animes que estava mais gostando, enquanto os demais continuam pausados com dois ou três episódios restantes cada um e sei lá quando os verei), e ainda assim estou publicando o post com certo atraso. A fim de não ficar sozinho nisso, convidei a Natth para apresentar o que foi pra ela os melhores animes da temporada de inverno, e agradeço desde já por ter aceitado essa tarefa mesmo tendo o seu blog - mas agora você se tornou a primeira reserva no grupo, logo espere novas convocações caso seja necessário, ha!
(aliás, o nosso blog e o dela se tornaram paceiros há quase duas semanas. Seja bem-vinda!)
Dito isso, quero esclarecer que o Animecote deu uma decaída grande na frequência de postagens como deve ser aparente, mas é que as obrigações da vida real estão mesmo exigindo atenção, de acordo com a necessidade de cada membro. Da minha parte, posso dizer que nos próximos dias publicarei as notas do MyAnimeList da temporada passada (de novo com atraso), as recomendações habituais de textos de blogs parceiros e também novas resenhas da Escritora Otaku (me perdoa, Escritora, mas acho que agora consigo manter uma regularidade), além de fechar de vez o guia da temporada de primavera onde faltam adicionar dois animes que já até estrearam, mas que ainda não terminei de ler suas obras originais para poder comentar a respeito - vou adicionar apenas por obrigação, visto que na prática não teria mais muita utilidade. Quanto aos comentários semanais que estreei ano passado, estes foram para a geladeira, e acho pouco provável que volte com eles um dia. Estava gostando de fazê-los, mas na hora de analisar o que deveria cortar para diminuir o tempo gasto com o blog para não continuar me prejudicando no dia a dia, bem, eles foram a primeiríssima opção...
De todo modo, espero que aprovem os textos abaixo e, principalmente, não hesitem em deixar nos comentários o seu Top 5 da temporada passada.
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Erick Dias
5º - Demi-chan wa KataritaiMesmo que protagonizado por uma vampira enérgica, sapeca e extrovertida, uma dullahan tímida e estudiosa e uma yuki-onna com senso de humor levemente diferente do normal (valendo mencionar também uma atrapalhada professora súcubo que se esforça para não usar sem querer nos outros os seus perigosos poderes de sedução) "Demi-chan wa Kataritai" não fugiria tanto do estilo básico de um slice-of-life escolar de garotinhas, e apenas não se encaixa nele completamente por haver no elenco principal um homem, neste caso o professor Takahashi. Desde que li o mangá ele se tornou pra mim o melhor personagem da história devido ao seu comportamento tão maduro e afetuoso para com as garotas e suas peculiaridades, se preocupando em compreender e respeitar tanto os seus traços humanos, quanto os individuais de suas respectivas espécies. Frequentemente fazendo boas reflexões e tecendo comentários curiosos e aprofundados a respeito disso, Takahashi liderou uma comediazinha calorosa e bem humorada que pode ter às vezes se aproveitado de algum fanservice em eventos inócuos para atrair a atenção do público, bem como nos episódios finais ter perdido um pouco de seu fôlego (no começo da temporada ela estava até melhor cotada na minha visão) após debater as principais características e dilemas de suas protagonistas, porém ainda assim me foi prazeroso acompanhar as interações desse elenco no seu dia a dia na escola.
4º - Onihei
Não dando importância a ordem cronológica (o anime foi adaptando casos isolados de vários volumes dos livros, indo e voltando entre eles), "Onihei" me fez cansar de criticar no início, por meio dos comentários semanais, sobre a sua dificuldade em contar uma história sem ela parecer evidentemente muito quebradiça e resumida, o que afetou para que eu me apegasse a série logo de cara mesmo gostando dos argumentos em si - como foi o caso do drama de um bandido preso por Hasegawa, que pede ajuda ao protagonista para caçar um criminoso que estaria matando brutalmente várias pessoas e se passando pelo seu ex-chefe (o qual em sua mente nunca agiria dessa forma, visto que ele seria um ladrão "honrado" seguidor das três leis da classe que são nunca roubar dos pobres, matar ou estuprar), ou então o martírio de um ronin que há 20 anos procura pelo assassino de seu pai e hoje possui a missão de matar Hasegawa, isso enquanto se envolve com a empregada do local onde está morando de aluguel. Bons cenários, desfechos satisfatórios, mas a narrativa simplesmente não ajudava, e a animação de baixo orçamento também era algo desanimador nas cenas de maior movimento.
O anime só foi subindo no meu conceito com o passar do tempo porque, não só as histórias episódicas continuaram atrativas e o problema da narração foi se apaziguando, como o líder Hasegawa se mostrou um interessante e complexo personagem dono de várias facetas. Ele comanda um grupo que combate o crime no Período Edo, porém isso não o impede tanto de por uma noite "virar a casaca" e tornar-se um ladrão para roubar e vingar o mau tratamento dado por um homem rico a um casal de servos, quanto de se compadecer com a situação de um criminoso e oferecer sua ajuda antes de ser obrigado a mata-lo, já que tinha conhecimento do sofrimento que ele passou desde sua infância e que o levou ao mau caminho - em suma, não é um personagem defensor cego da justiça, se dispondo a ver cada lado do problema e se prontificando a fazer o bem mesmo que por vias tortas. Além disso, com frequência Hasegawa exibe um ótimo físico e inteligência, todavia comete erros como qualquer outro ao subestimar uma situação (principalmente quando era jovem, época em que fez tantas besteiras!), e no geral ainda é possível vê-lo atuando como um bom e atencioso marido, um complacente e rígido pai, um confiável e divertido amigo e um rigoroso, mas acolhedor e respeitável chefe. Eu poderia citar outros eventos para servir de modelo ao seu comportamento, mas para não me repetir ainda mais encerro que Hasegawa "me conquistou" (!) por ter sido um personagem extremamente verossímil, no qual os pontos fortes e fracos foram lentamente sendo construídos e se harmonizando em torno de seus diversos "papéis" como pessoa na sociedade, já que o anime não se preocupou em apenas focar no seu lado profissional como seria costume. Eu posso elogiar e muito o desenvolvimento dos personagens principais das outras séries citadas aqui (com exceção de "Kono Subarashii", é claro), mas em nenhum deles houve um personagem do qual pude me sentir tão íntimo e "invasor" de sua vida como foi com ele.
Uma pena que, por outro lado, o nível da animação foi deprimente até o episódio final, com uso de CG feioso em figurantes e cenas de maior movimento mal fluidas, ainda que tenham sido curtas...
3º - 3-gatsu no Lion
Igual aconteceu comigo ao ler "Honey and Clover" que é da mesma autora, "3-gatsu no Lion" não foi uma obra da qual me apeguei muito a um personagem em particular, mas sim me encantou com a interação e os laços entre os vários integrantes do elenco, criando um mundinho do qual sentia grande simpatia e conforto em acompanhar seu desenrolar. Nisso, o jovem jogador Rei é a peça central aqui, mas é graças a constante socialização com outras pessoas, onde às vezes acaba sendo influenciado por um ato e em outras por uma simples frase - sejam elas vindas de personagens recorrentes como as três graciosas irmãs Kawamoto ou que aparecem apenas em uma ou duas ocasiões como algum adversário no shogi -, que ele, de certo modo, consegue compreender melhor seus erros e limitações como jogador e pessoa - mas isto é só o começo, já que para se corrigir e mudar as atitudes e vícios que lhe fazem mal necessitará ainda de muito amadurecimento e quedas na vida. Também auxiliam bastante neste ponto para nossa compreensão os vários monólogos onde Rei, dolorosamente, deixa em aberto seus temores e dilemas, trechos nos quais o estilo de arte do Shaft foi mais aproveitado. Em um todo, esse conjunto tão bem coeso me fazia sentir em alguns momentos não só pena e empatia pelo protagonista devido ao que ele enfrentava, mas também alegria quando conseguia se desvencilhar e reagir um pouco aos seus problemas e raiva e impaciência quando o flagrava cometendo os mesmos erros de sempre ou novos, mesmo que eu soubesse em detalhes a razão de estar agindo daquela maneira naquele instante.
Enfim, adorei o tratamento dado ao psicológico do protagonista e às personalidades da grande maioria dos demais personagens, e creio que por mera ansiedade acabarei voltando ao ler o mangá (li só 3 volumes dele) ao invés de esperar pela segunda temporada, que está prevista para estrear em outubro.
2º –
A animação ainda mais deformada e instável do que o visto na primeira temporada foi um baita susto inicial, mas com exceção disso "Kono Subarashii" manteve em boa parte do tempo a ótima e barulhenta comédia que já era conhecida - isso graças não só aos inspirados diálogos repletos de sarcasmo e piadinhas ágeis vindos da obra original, mas também a atuação dos dubladores, que nos papéis do quarteto principal de idiotas formado por Megumin (Rie Takahashi), Aqua (Sora Amamiya), Darkness (Ai Kayano) e o incansável tsukkomi Kazuma (Jun Fukushima) usaram seus pulmões ao máximo para protagonizar um bom punhado de sequências enérgicas e caóticas. Em específico, o dublador de Kazuma foi quem me roubou a cena nesta questão (e mero adendo aqui, senti que Megumin perdeu presença neste novo anime para os outros três colegas), pois eu sempre achava cômico quando o pobre rapaz começava a discutir e replicar as bobagens ditas por suas companheiras de aventura, ou então quando se perdia em seus monólogos para desabafar consigo mesmo ou tentar refletir sobre alguma situação fora de controle.
Em relação a enredo confesso ter ficado surpreso ao ver que avançaram até que bastante o argumento central, apesar de que seu desenvolvimento ocorreu na maioria das vezes mais por mero acidente, sorte e interferência de terceiros do que por competência do desajustado elenco. E bato palmas pro desfecho do último arco, que de algo inicialmente despretensioso e com tendência a exibição de um fanservice maior acabou virando uma luta "épica" e meio pastelão contra mais um de seus inimigos.
Pois bem, eu me diverti muito com essa temporada, e por isso que ela aparece na segunda posição mesmo que os outros animes acima sejam inegavelmente superiores nos quesitos história e desenvolvimento de personagens - e inclusive animação, né. Aliás, até o final do ano minha casa será totalmente invadida por esses adoráveis e loucos aventureiros, porque já tenho figures da Darkness e Megumin, mês que vem virá uma da Aqua do mesmo fabricante e de agosto a outubro chegarão nendoroids (uma série de figures em tamanho chibi onde você pode mudar suas expressões e poses) das três, com direito a uma Megumin e sua avassaladora "Explosion", Aqua e seus truques inúteis com água e Darkness com... Roupas rasgadas e repolhos vivos ao seu lado, é claro(?). Uma pena que em se tratando de figures deixaram Kazuma de fora, pois seria ótimo ter o grupo completo...
1º –
Eu posso não ter me emocionado ou ficado atraído pelo seu competente final tanto quanto deveria, mas tirando esse detalhe bem pessoal "Shouwa Genroku Rakugo Shinjuu" se mostrou praticamente perfeito em todos os aspectos possíveis, seja na retratação de caráter do seu elenco principal e boa parte do secundário, aproveitamento da trilha e efeitos sonoros, uso das expressões dos personagens e ângulos das câmeras e, principalmente com o englobamento disso tudo, a maneira tão sedutora, instigante e madura que exibiu para narrar uma história da qual, se pegarmos só os eventos em si, à primeira vista não chama lá tanta a atenção.
E este, por sua vez, ostentou uma delicada carga dramática seja para descrever o ressentimento de uma Konatsu que não consegue perdoar aquele que julga ser o culpado pela morte de seus pais, seja para esmiuçar o tormento interno de Yakumo pela perda tanto de seu melhor amigo, quanto de sua primeira e única amante - também tivemos um idiota e barulhento, porém honrado Yotarou penando para se destacar no rakugo enquanto amparava direta ou indiretamente os dois citados acima, fora o elenco secundário que também teve sua importância em vários trechos. Eu gostaria de esboçar melhor algumas opiniões sobre certos eventos, mas não seria recomendável dar tantos spoils para uma continuação ainda que seja o primeiro colocado da minha lista, bem como este não seria o propósito do post: Logo, resta apenas me alongar numa rasgação de seda banal para dizer o quão foi gratificante ver tais personagens levando suas vidas em torno de algo que tanto adoram, mesmo quando os machucava; o quão foi melancólico acompanhar os seus não melhores dias onde fantasmas do passado ou contratempos do presente acabavam com suas forças e os deixavam desperançosos; o quão foi enriquecedor vê-los enfrentar esses momentos cada qual à sua maneira, seja sozinho ou na companhia de alguém, vencendo com larga folga, escapando por pouco ou somente se resignando com a situação após perceber que sair dela era impossível ou então não valeria a pena; e o quão foi bonito testemunhar o desfecho dos principais conflitos iniciados na primeira temporada, havendo dois últimos episódios onde nem a pura tristeza, nem a alegria total foram presentes, mas sim uma junção desses dois sentimentos porque, oras, assim é a vida. Enxergando dessa maneira, nada do rabugento Yakumo, do simplório Yotarou ou do libertino Sukeroku; "Shouwa Genroku Rakugo Shinjuu" foi o melhor contador de histórias nisso tudo, apresentando uma habilidade que só um veterano shin'uchi poderia sonhar em alcançar ao me fazer chorar, torcer, ficar com raiva, ficar triste, ter pena, ter desprezo, ter inveja, me identificar, me fazer rir timidamente, me fazer sorrir complacente ou me fazer realmente gargalhar por intermédio de personagens fictícios.
Caramba, como estou endeusando este anime e não deixo a Natth começar a sua parte logo, mas, okay, terminei!
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Natth
Olá pessoas! Aqui quem fala é a Nat do ELBR, estou aqui substituindo o Tadashi porque ele não conseguiu ver nem 5 animes temporada passada #decepção, aí vim quebrar um galho para o Erick HAHAHAHAHAHA. E lá vai meu Top 5!
5º Kuzu no Honkai
Esse anime é muito ame/odeie. Mas eu sou do time #AMO!! Baseado em um mangá seinen de Yokoyari Mengo, o anime fez uma adaptação completa dos 8 volumes recém finalizados. Como leitora do mangá há uns bons anos, a adaptação realmente me deixou feliz - lógico que para quem conhece a história original muita coisa foi cortada, mas acho que as decisões tomadas conseguiram colocar a essência das coisas, mesmo que o tempo da história em boa parte dos episódios tenha sido bem mais acelerado.
O estúdio Lerche está de parabéns com o ótimo trabalho, a animação é linda, e se mantém bem por todos os 12 episódios *-*.
Sobre a história, não me surpreendeu porque eu já a conhecia, mas vi muita gente no meu Twitter surtando. A questão é que os personagens foram feitos para que tomassem as piores decisões e sofressem por elas, e isso é algo inevitável para se amadurecer, visto que ssão adolescentes e muitas vezes só errando é que se aprende. Lógico que várias constantes estão dentro da história, mas muitas decisões provavelmente poderiam ser feitas por qualquer um de nós. Gostei bastante do desenvolvimento e o final eu achei o correto pensando na nossa realidade. Realmente curti a ride até o fim.
4º Kono Subarashii Sekai ni Shukufuku wo! 2
Esse anime não existe, meu deus. Se você gosta de nonsense, VAI, acredita em mim e segue na ride que eu tenho certeza que você não vai se arrepender.
“KonoSuba” é a adaptação da light novel de mesmo nome desenhada por Mishima Kurone e escrita por Akatsuki Natsume, e é uma série que tem o intuito de zoar o gênero de narrativa baseado no “RPG” que está em alta atualmente. É um anime cheio de piadas sarcásticas e extremamente divertido de se acompanhar.
Mas lógico, o anime tem seus defeitos, principalmente ANIMAÇÃO. Essa segunda temporada foi decepcionante neste aspecto - anime do Studio Deen -, teve muitos altos e baixos na animação, onde nem o primeiro episódio, que em geral é o que possui maior orçamento, conseguiu se salvar. Como “KonoSuba” é um anime de comédia, a deformação é uma técnica bem comum nesse tipo de gênero (até mais difícil de se animar), então muitas coisas você acaba deixando passar porque provavelmente foi proposital, mas ainda assim haviam muitas cenas deformadas que não tinham esse apelo.
Nesse caso você precisa abstrair, porque os personagens fazem tudo valer a pena: Kazuma é meu herói, ele sim é um ótimo protagonista, e eu tenho até dó dele às vezes por causa do bando de gente esquisita com quem acabou se juntando. Essa temporada tem um dos arcos mais irritantes de toda a série (irritante no bom sentido, se é que isso existe), recomendo imensamente.
3° ACCA: 13-ku Kansatsu-ka
Sendo uma adaptação do mangá seinen de autoria de Natsume Ono, eu não poderia esperar menos do que uma história de qualidade. O “character design” me fez apaixonar logo de cara e boa parte dos personagens são muito carismáticos e consegue-se afeiçoar a eles facilmente, pelo menos eu fiquei gamada no Jean, Nino e Mauve desde o começo.
Acho que uma coisa a se comentar são algumas falhas de direção (ficou nas mãos de Natsume Shingo), onde a emoção das cenas foi tirada por serem rápidas ou mal posicionadas, o que as deixou rasas quando tinham um significado importante para a trama - e o fato de serem 6 volumes de mangá para 12 episódios faz parecer que todos os episódios estão correndo alucinadamente para mostrarem tudo que podem.
A história não é a coisa mais original do mundo; várias das decisões tomadas e plot twists eram facilmente perceptíveis, mas ainda assim ela foi interessante por causa dos personagens e suas interações que foram muito proveitosas, é uma pena que alguns não foram tão bem desenvolvidos.
A animação feita pela Madhouse ficou impecável, e eu curti cada momento durante esses 3 meses, além de ter uma das melhores aberturas e encerramentos da temporada, tanto esteticamente, quanto também as músicas escolhidas.
2º 3-gatsu no Lion
Adaptação de um mangá seinen de autoria de Chika Umio, que é conhecida por "Honey and Clover", então é de se esperar que seu drama seja muito bem construído.
Shogi seria o subplot, devo dizer que comecei a ver sem entender nada do esporte e continuo sem entender, mas isso não afeta no entendimento da história - principalmente porque o que encaminha o desenvolvimento não é o shogi, mas sim as relações do protagonista tanto com as pessoas, quanto consigo mesmo e seus próprios medos.
Rei é o foco principal; o amadurecimento dele é que leva a história para frente, porque é a mudança de pensamento, onde ele esteve preso por muito tempo, que lhe traz as oportunidades que fazem seu mundo expandir - devo dizer que as oportunidades estavam todas ali, apenas o Rei que não conseguia se livrar dos seus fantasmas passados é que não as enxergava. Ele é um adolescente que foi obrigado a amadurecer cedo demais, e por isso muitas coisas que são indispensáveis para seu desenvolvimento como ser social ainda não tinha experimentado, principalmente as relações interpessoais e familiares.
O que faltava para o Rei, que conquistou tudo que tinha sozinho até aquele momento, por questões de sobrevivência mesmo, era aquela figura de apoio que pudesse lhe auxiliar no caminho que quisesse seguir e por sorte ele consegue encontrar essas pessoas. Os personagens secundários, até mesmo aqueles que aparecem apenas uma vez na história tem sua dose de influência no mindset do Rei, o que eu acho sensacional do jeito da Chika-sensei contar suas histórias.
A obra é muito voltada a monólogos, acompanhados das animações do SHAFT, que foram um ponto de discussão muito grande dentro do fandom já que o Akiyuki Shinbou é conhecido pelo seu estilo único, mas em “Sangastsu” sua excentricidade foi reduzida - mas ainda assim vemos coisas bem “Shaft”, porém para uma obra com tanto monólogo ter uma animação metafórica é bastante bem-vinda para embasar os sentimentos dos protagonistas e torná-los mais perceptíveis, principalmente o peso deles pro próprio personagem. O anime para mim foi uma ótima experiência e recomendo imensamente.
1° Shouwa Genroku Rakugo Shinjuu: Sukeroku Futatabi-hen
Porque o que impressiona não é apenas o drama ou os personagens; a direção, música, fotografia, animação, os dubladores, são indispensáveis para uma completa imersão naquele universo. Eu só consigo pensar que os dubladores desse anime são gênios, pois eles tinham que ser aquele personagem, que é de uma outra época, que tem um jeito de falar bastante peculiar e expressivo, e ainda representar todas aquelas histórias que envolvem vários outros personagens fictícios. Rakugo necessita muita expressão corporal e vocal para passar a emoção das histórias, por isso eu reconheço muito o trabalho dos dubladores e animadores (Studio Deen, mesmo de KonoSuba olha só), além da ótima direção.
O drama não é nada tão impressionante, mas bastante envolvente, principalmente se você já construiu aqueles laços afetuosos com o elenco na temporada anterior. E que personagens, eu não consigo deixar de ficar feliz com o Yakumo que envelheceu tão bem em sua profissão mesmo com todos os acontecimentos anteriores e como Youtarou cresceu muito quando não estávamos vendo, meus olhos enchem de lágrimas ao ter que me despedir deles porque foi realmente uma montanha russa muito grande para mim.
Eu devo dizer que meu humor não bateu tanto com as histórias contadas: não achei graça da grande maioria, mas respeito o rakugo como uma arte popular e um aspecto cultural japonês. Devo dizer que minha peça preferida foi “Shinigami”, pois ela me causou um grande impacto, principalmente quando vi o Yakumo fazendo. Eu vou sentir muita saudade dessa série com toda certeza.
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Adorei o post.
ResponderExcluirGosto sempre de saber a opinião de vocês sobre os animes da temporada.
Infelizmente estou no time do Tadashi e devido a falta de tempo estou super atrasado com os animes da temporada passada.
Ainda nem acabei de ler o guia da temporada de primavera 2017 do Erick.
Dos que vocês informaram sem dúvidas os que estariam no meu top 5 seriam Demi-chan wa Kataritai (esse no 1° lugar adoro slice of life), depois vem Konosuba e Kuzu no Honkai (que estou vendo agora) sem ordem definida.
Showa Genroku é excelente mas ainda não vi a 2a temporada. A parte boa em atrasar os animes é que dá pra maratonar.
No mais um grande abraço a todos e continuem com o excelente trabalho.
Interessante que o que ouvi no podcast de animes desta temporada citada aqui no post bateu com o Top5 de vocês.
ResponderExcluir3 animes se repetem em ambos os Top's, o que os torna bem favoritos para num futuro eu nem precisar me preocupar com sinopses e/ou chart's.
-> 3-gatsu no Lion: 2 excelentes fansubbers fazendo e um amigo revisando o anime num deles, certamente verei.
-> Kono Suba: este aqui é o que eu mais teria dúvidas em assistir, mas todos no ACC falaram tão bem dele que com certeza vou testar o primeiro anime no futuro para ver se realmente vale a pena.
-> Shouwa Genroku: precisarei ver o primeiro anime, mas diante do que foi falado, não devo ter problemas para assistir este aqui também.
-> Onihei: já está na lista de futuros.
-> Kuzu no Honkai: virou um anime tão polêmico que vou assistir para ver com meus próprios olhos o que ele tem de tão... polêmico! xD
Já Demi-chan e ACCA, precisarei fazer testes, mas pelo que ouvi, a chance de vê-los futuramente é bem grande.
Valeu, Erick e Natth. =)