Dá pra acreditar que
dependendo da situação do personagem, tudo pode acontecer de maneira
inesperada? Já chegaram a acompanhar alguma série que tivesse isso como
principal característica? As duas animações abaixo são um belo exemplo que nem
sempre o óbvio chega a ser o que aparenta e isto tem um nome bem específico: nonsense,
que é uma comédia desenfreada com referências ou não de filmes, animações,
livros e por aí vai.
A primeira série é uma velha
conhecida, por ter feito parte do início dos animes legendados no Brasil;
quanto a segunda série essa é ignorada por uns, por ter sido feita mais como
caça-níquéis, animações que apenas continuam por causa da força do nome da
série. Esta resenha vai esclarecer esta e outras perguntas, pra quem sabe nos
envolver em suas desventuras.
**********
Alternativos: Jubei-chan, The Ninja
Girl: Secret of the Lovely Eyepatch (primeira série); Jubei-chan 02, The Ninja
Girl: SiberianYagyuu na Gyakushuu (segunda série)
Ano: 1999 (primeira série) / 2004 (segunda série)
Diretor:
Akitaro Daichi
Estúdio: Madhouse
Episódios: 13 (primeira série) / 13 (segunda série)
Gênero: Aventura / Comédia / Fantasia
Animes sempre podem surpreender ou te levar para
uma história fora de noção; desde que temos este contato, é bem provável que
tenha assistido alguma série de teor cômico, onde as situações mais óbvias se
tornam engraçadas num piscar de olhos. O nonsense é bastante comum e se
for pra analisar com firmeza, vai acabar lembrando-se de certa série com estas
características. No caso que será visto, é tudo isso e se for um bom observador
vai encontrar duas séries que ditam bem a regra de ser nonsense ao pé da letra.
“Juubee-chan”/”Juubee-chan 02” retratam uma história
e personagens que vivem e mexem com a estética do nonsense, sem perder
em nenhum momento o contexto da história em si. Antes de tudo, o nome das
animações é como chamam a protagonista e sim, dar nome pra série não é tão
incomum quanto imagina - pense um pouco e aí, lembrar de animações com o nome
do personagem ou local será moleza, ou não. O roteiro de ambas é parecido,
tratando de grupos espadachins que juraram vingança para aquele que os impediu
de continuar com suas intenções ruins; apesar de que não atacarão este e sim, a
própria protagonista da série, que pra azar deles não está nem aí para suas
vinganças e prefere a típica vida comum.
O roteiro para dar algumas esclarecidas...
Em “Juubee-chan” conhecemos Nanohana Jiyu, uma
garota que mudou-se para uma nova cidade e mora apenas com seu pai, um escritor
fantasma que escreve histórias de samurais para outro autor. Durante o primeiro
dia de aula Nanohana acaba se envolvendo em uma desventura que a princípio
finge – e muito bem, pra nossa surpresa – a respeito de um antigo samurai
chamado Yagyuu Jubei, que havia pedido ao seu discípulo, Koinosuke, a dar a
“fonte” de suas habilidades, o “Amável Tapa-Olho”, para aquele que se encaixasse
em seu perfil. Felizmente, após trezentos anos – quanto tempo, não acham? –
encontra a garota. E cabe para Nanohana (Jubei aos mais íntimos, apelido
carinhoso dado pelo pai) impedir que um clã transforme o mundo seguindo a lei
da espada, a tornando uma exímia espadachim.
Já na segunda série, a ameaça é de um clã do qual
veio o tal samurai, e uma rival que diz ser a sucessora de Yagyuu Jubei
completa o enredo. Desta vez, a nossa personagem não topa, diretamente, bancar
a heroína, tendo outros interesses como os amigos, estudar e que seu pai possa
criar uma história sem passar por escritor fantasma - mas claro que ela acaba se
envolvendo mais uma vez e tem de se deixar levar nesta desventura a chance de
finalmente ter a tão sonhada vida normal.
Por ambas as animações serem demasiadas de curta
duração, deve perguntar se vale a pena conferir? Em termos técnicos ambas foram
produzidas em anos diferentes, contudo, o traço foi mantido como parte do grupo
responsável pelo roteiro e desenho; há quem diz que “Juubee-chan 02” seja um
caça-níquel, pois é bem comum quando uma animação consegue sucesso obter uma
continuação, o que não deixa de ser verdade e sim, não precisa assistir, aí
fica a critério de cada um; outro fator de semelhança seja a estética do
roteiro em si, onde muda apenas alguns pontos e ressaltam outros, usando os
personagens nas mais variadas formas e dando vida para a história.
Falando em personagens, a protagonista talvez seja a
mais curiosa e não é à toa, já que vemos uma típica personagem se envolver numa
aventura – peraí, ta com cara de “mahou shoujo” – ter uma personalidade bem
bobinha e um lado heroico bem sério e comprometido com a missão oferecida. Sendo franca, sim, ela é totalmente clichê e por isso, a principal razão das
animações mostrarem alguém que tá nem aí com o perigo torna-se um dos pontos
fortes das duas animações. Como também os personagens que envolvem com ela, temos
desde o mais vagabundo até o totalmente certinho, se junta com caras de macaco
e vilões toscos ou clássicos e temos uma verdadeira salada mista regada ao
nonsense. E esta explicação parece fora de lógica, mas, se pensar bem é este o
espírito que as animações têm a oferecer ao seu público: apenas diversão das
mais garantidas.
Curioso é que ambas não possuem temas de
abertura, apenas mostram a protagonista andando de bicicleta e o login das
animações; bem diferente dos encerramentos, onde vemos os personagens – andando
de bicicleta, dá pra acreditar! – e premissa do próximo episódio, fora a
música. Não dá pra achar que seja corte - como os que vemos quando um anime
chega para o ocidente - apenas uma forma de transmitir as animações de forma
bem direta.
Por isso, aos amantes do nonsense, os que curtem
cenas de espadas e fofura, “Juubee-chan”/”Jubuee-chan 02” são uma opção perfeita
e ao mesmo tempo, torcer que a protagonista possa ter sua vidinha normal.
Afinal, é o que ela deseja o tempo todo...
*****
Comente com o Facebook:
Nenhum comentário:
Postar um comentário