19 de outubro de 2014

Especial: International Saimoe League 2014


Quebrando todas as expectativas, a desbocada Itsuka Kotori de "Date A Live" sagrou-se campeã do "International Saimoe League 2014", competição de voto popular que elege a personagem mais "moe" a cada ano e que se encerrou há quase duas semanas. Derrotando na final a favorita Shiina Mashiro de "Sakurasou no Pet na Kanojo" por 4,906 mil votos (51,54%) a 4,613 (48,46%), personagem que no ano passado ficou em 5º lugar, Itsuka é a primeira novata a ser campeã em seu ano de estreia no torneio desde 2010, quando a vencedora foi Akiyama Mio de "K-ON!".



Chaveamento da fase final


Iniciado em 2008, a sétima edição do "International Saimoe League" teve ao todo 72 participantes (sem contar as que não passaram nas pré-eliminatórias) - divididas em dois grupos iguais, um apenas com personagens novas e outro somente com nomes mais "veteranos". Ao contrário do ano passado, a edição de 2014 teve mais surpresas, a começar pelas próprias finalistas, pois Itsuka chegou a eliminar concorrentes fortes como Tachibana Kanade (de "Angel Beats!", campeã em 2012) e Aisaka Taiga ("Toradora!"), enquanto Shiina Mashiro dispensou nas quartas-de-final Yuuki Asuna de "Sword Art Online" e, na semi-final, Aragaki Ayase de "Ore no Imouto". Excluindo as finais de cada fase (nas quais as mais bem colocadas se enfrentavam em partida única e as vencedoras iam garantindo vaga na etapa final), Itsuka só chegou a perder duas partidas de 43, sendo uma para Tsukiko Tsutsukakushi de "Hentai Ouji" e outra para Tokisaki Kurumi, também de "Date A Live". Clique aqui para ver posts relacionados ao torneio no blog AMVeSAIMOE, que acompanha em mais detalhes o ISML e outras competições do mesmo estilo.


Abaixo, segue a posição final das dezesseis primeiras colocadas, no qual aparecem ainda outras duas garotas de "Date A Live", a já citada e ousada Tokisaki Kurumi (9º) e a delicada Yoshino (11º) - e houveram mais duas desse anime, sendo que Yatogami Tohka fez uma campanha razoável, ao passo que Tobiichi Origami só venceu 13 de 35 partidas. Adiante, há uma breve introdução ao anime e outra à personagem vencedora.



Classificação Final:
1º Itsuka Kotori (Date A Live)
2º Shiina Mashiro (Sakurasou no Pet na Kanojo)
3º Tachibana Kanade (Angel Beats!)
4º Aragaki Ayase (Ore no Imouto ga Konnani Kawaii Wake ga Nai)
 Aoyama Nanami (Sakurasou no Pet na Kanojo)
 Kuroyukihime (Accel World)
 Aisaka Taiga (Toradora!)
 Gokou Ruri (Ore no Imouto ga Konnani Kawaii Wake ga Nai)
 Tokisaki Kurumi (Date A Live)
10º Yuuki Asuna (Sword Art Online)
11º Yoshino (Date A Live)
12º Shana (Shakugan no Shana)
13º Misaka Mikoto (Toaru Majutsu no Index)
14º Eucliwood Hellscythe (Kore wa Zombie desu ka?)
15º Tsukiko Tsutsukakushi (Hentau Ouji to Warawanai Neko)
16º Rikka Takanashi (Chuunibyou demo Koi ga Shitai!)


Vejas quais foram as vencedoras anteriores do "International Saimoe League":
2013: Gokou Ruri ("Ore no Imouto ga Konnani Kawaii Wake ga Nai")
2012: Tachibana Kanade ("Angel Beats!")
2011: Misaka Mikoto ("To Aru Kagaku no Railgun")
2010: Akiyama Mio ("K-ON!")
2009: Katsura Hinagiku ("Hayate no Gotoku!")
2008: Fate Testarossa ("Mahou Shoujo Lyrical Nanoha")


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O Anime:







Trinta anos atrás um estranho fenômeno batizado de "spacequake" devastou o centro da Eurásia, fazendo pelo menos 150 milhões de vítimas. Desde então, "spacequakes" menores vem ocorrendo por todo o planeta, de maneira irregular.

Shidou Itsuka, um estudante aparentemente normal, acaba por conhecer uma misteriosa garota no interior de um "spacequake", e mais tarde descobre através de sua irmã, Kotori, que tal garota é um "Spirit", um ser que causa esse desastre sempre que manifesta sua presença neste mundo. Também lhe é revelado a existência de uma organização que combate os "Spirits", cuja capitã é justamente sua irmã. Recrutado por ela para combater essa ameaça (por possuir uma habilidade que ele mesmo desconhece) e impedir que usem seus poderes e assim causem mais destruição, é dito a Shidou que há somente um meio de chegar à paz sem ter de lutar, que seria sair em um encontro com cada “Spirit” e fazê-las se apaixonar por ele...



Saia com uma garota e salve o mundo da destruição! Baseado em uma light novel de sucesso publicada desde 2011 e que possui no momento 11 volumes, “Date A Live” é simplesmente o que aparenta, uma comédia romântica com ação e harém cujo argumento pode ser um tanto incomum, porém sua execução é bastante conhecida e padronizada. Garotas de traços bonitos e estilosos e personalidades clichês variadas; garotas se interessando e brigando por um mesmo rapaz que pode ser fraco, sem presença e meio burrinho, contudo é sensível e atencioso; garotas em momentos amorosos ingênuos e embaraçosos, ou então picantes e sugestivos, com seu adorado protagonista; garotas lutando entre si em batalhas de proporções imensas, e por aí vai... Por fim, de apoio a isso, tem-se uma trama pra lá de questionável e repleta de furos – mas não que o tema “tenha encontros com garotas de poderes grandiosos para salvar a nação” seja desde o início algo promissor nesse sentido.


Vou ser franco: Não gosto de “Date A Live”. Antes do primeiro anime estrear em 2013 (a continuação veio em abril desse ano) eu cheguei a ler dois volumes da light novel para decidir se veria ou não a versão animada, e acabou que, bem, só durante essa semana é que finalmente assisti, com algum sacrifício, a primeira temporada... Confesso que cheguei a me simpatizar com o anime nos instantes de pura comédia e na interação de Shidou com o simpático e unidimensional elenco feminino, seja a pequenina e fofa Yoshino, a inocente Tohka (essas duas as minhas favoritas), a inexpressiva e carente de bom senso Origami e inclusive a nossa campeã imouto / meio tsundere Kotori; eram bobagens do tipo disputas culinárias (na qual Shidou logicamente teria de no fim provar tudo e passar mal), viagem as termas onde alguns “acidentes” ocorriam pelo caminho, rixas amorosas que pareciam mais briga entre crianças e inúmeros mal entendidos tontos e acéfalos, mas mesmo assim ainda acho graça nisso quando é bem feito. O problema surgia a partir do momento em que "Date A Live" tentava levar adiante seu fiapo de enredo sem noção com pretensiosa seriedade, usando para isso diálogos insossos e incoerentes, e por vezes se aproveitando de uma carga dramática exagerada considerando seu material - sem falar no ocasional fanservice que, inevitavelmente, desviava todo o foco. Não adianta empurrar um "plot" de organização secreta que luta contra garotas extremamente poderosas de uma forma mais “romântica”, digamos assim, se o generoso decote de tal garota se destaca mais em cena do que suas lágrimas e frases, tampouco criar um melodrama e tensão em volta de um acontecimento se, no fim, ele será resolvido de maneira bastante conveniente e artificial. "Date A Live" visivelmente até se esforça para mostrar que não pretende se levar a sério, parecendo em certos instantes querer ser antes de tudo uma paródia ao gênero com todas as piadinhas em volta das tentativas de Shidou em conquistar cada garota, porém acaba "se esquecendo" disso e escorregando de forma grotesca logo no minuto seguinte.


Enfim, é uma obra de bom nível para o seu estilo e público-alvo devido às suas garotas tão lindinhas, há de admitir, contudo tão enraizada nos moldes mais fundamentais de seu gênero que é difícil que consiga despertar algum interesse em quem já não é afeiçoado a animações desse tipo. Ou que foi um dia, todavia se cansou após presenciar ao longo dos anos o quão certos temas se repetem e se reciclam à exaustão, mudando apenas a roupagem (o que também é o meu caso; certamente teria mais paciência com os deslizes e lugares-comuns de “Date A Live” caso o tivesse visto 7, 8 anos atrás, quando comecei a acompanhar animes com maior frequência e esses haréns ainda me eram novidade).




A Personagem:







Sua estreia se dá logo ao 1 minuto e 18 segundos do primeiro episódio – para ser mais preciso, surge antes na tela seus laços brancos e sua calcinha rosa listrada, enquanto pula em cima do irmão para acordá-lo. À primeira vista Itsuka Kotori não passa de uma irmãzinha carinhosa, criançona, bobinha? É, parece que sim, isso até Shidou descobrir a existência das “Spirits” e ver sua irmã mais nova usando um sobretudo e com um pirulito na boca enquanto comanda efusivamente a Fraxinus, nave da Ratatosk, organização que luta contra esses seres. Que cargo mais altivo para uma garota de apenas 14 anos!


Obviamente, há uma explicação para essa mudança brusca de atitude (explicação chula, mas a descrição da personagem não é espaço para se criticar o anime), que envolve algo que seu querido irmão lhe disse no passado. Reparem nos laços que ela usa para formar suas marias-chiquinhas: quando estes são brancos temos à nossa frente uma Kotori dócil, delicada, dependente do irmão e fácil de ser enganada por qualquer coisa; mas, ao usar laços pretos, sua personalidade fica mais cínica, sádica e mandona, não poupando frases de baixo calão para ofender e tirar sarro do irmão durante seus atrapalhados encontros, e liderando com vigor e confiança a sua nave e seus prestimosos (para não dizer esquisitos) tripulantes. Porém, mesmo nesse “Modo Comandante” dá para notar, embaixo de tantas expressões de raiva e comportamento agressivo, que Kotori continua a nutrir grande afeição ao seu ordinário irmão, algo do qual ela se esforça para esconder – mas isso ficará entre nós, okay? Confesso que você não é minha favorita, pois acho a Yoshino uma fofura que só com sua timidez e Tohka é impagável com seu jeitinho todo inocente e infantil, mas você viria logo atrás, em terceiro, com seu modo de ser tão petulante! Terceiro é uma boa posição, considerando quantas garotas há no anime inteiro em volta de um único rapaz!


Marcando presença em todos os episódios, contudo tendo destaque somente no arco final da primeira temporada quando ela vira o centro da história devido a fatos ocorridos contigo anos atrás, Itsuka Kotori foi dublada por Ayana Taketatsu, jovem de 25 anos que devido ao peculiar tom forte de sua voz (característica que quando criança não lhe foi lá agradável, pois se irritava ao ouvir dos outros que ela tinha voz de anime!) lhe rendeu diversos papéis de personagens tsundere - Kousaka Kirino e Mio Isurugi mandam abraços, isso só para ficar em duas das mais famosas. Sua carreira teve início em 2008 ao dublar a Suminoe Ako no picante OVA "KissxSis", entretanto a fama só veio meses depois com Nakano Azusa em "K-ON!"; desde então, ela esteve presente em mais de 50 animações (não levando em conta sequências), e atualmente pode ser vista (ouvida) dando voz à garota fã de zumbis Fu Girl em "Dekin-gai no Honya-san", Kirihaya Suguha em "Sword Art Online II", Kohinata Ichigo em "Girlfriend (BETA)" e a coelhinha Marcy em "Neko no Dayan". Ayana ainda faz parte de uma dupla de música pop, a Petit Milady, formada em 2013 ao lado da dubladora Aoi Yuuki (Kaname Madoka em "Mahou Shoujo Madoka Magica").


Voltando a Itsuka Kotori, por vir de um anime recente, essa foi sua primeira participação no "International Saimoe League" juntamente com todas as outras personagens de "Date A Live". No Saimoe japonês, torneio que deu origem a todas as outras competições, Itsuka foi eliminada logo na segunda fase por Koromo Amae de "Saki", anime que, se no torneio deles arrasa com todo mundo, no internacional sequer consegue classificar ao menos uma personagem (de mais de quarenta!) para a fase de grupos. E, pra piorar, suas companheiras também não foram muito longe: Tobiichi Origami perdeu na primeira fase para Shizuno Takakamo (outra "Sakiana"); Tokisaki Kurumi estreou sendo eliminada por Jibril de "No Game no Life"; Yoshino até ganhou a primeira partida, mas perdeu na segunda para Saki Miyanaga (adivinhem pelo nome de onde ela vem!); e Yatogami Touka chegou a vencer uma personagem desse bendito anime - Touka Ryuumonbuchi, que é deveras fraquinha -, porém na segunda rodada caiu diante de Mami Tomoe de "Mahou Shoujo Madoka Magica", outro anime cujas garotas só se saem bem mesmo na competição local. Enfim, cada um com seu gosto...



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