12 de outubro de 2013

Entrevista com Shinichiro Watanabe (diretor)






Inicialmente, “Cowboy Bebop” era para ter sido uma propaganda de naves de brinquedo, e ele afirma que só ver animes não faz de alguém um bom animador; essa nova entrevista do Anime News Network traz Shinichiro Watanabe falando um pouco de sua carreira, desde curiosidades sobre projetos passados, quanto revelações do que ainda está por vir.






Diretor de animes como "Samurai Champloo", "Sakamichi no Apollon" e o cultuado "Cowboy Bebop", essa entrevista foi publicada no dia 03 de setembro e realizada por Hope Chapman, e pode ser lida aqui. Ocorrida durante o Otakon 2013 em Baltimore, nos Estados Unidos, o tamanho da mesma, na verdade, é bem pequeno; foram somente cinco perguntas. Entretanto, o Anime News Network postou junto a transcrição de uma palestra feita por Shinichiro Watanabe no segundo dia do evento, onde a conversa foi mais descontraída e a troca de informações, bem mais rica - os créditos disso vão para Justin Sevakis, e o texto original pode ser visto aqui


Veja o que Watanabe promete em seu novo anime, "Space Dandy", leia o que ele pensou da compositora Yoko Kanno ao conhecê-la e descubra pequenos detalhes de seu processo de criação. Ambos os textos foram traduzidos na íntegra.


OBs: No final do post há uma enquete, a respeito das futuras postagens dessa seção.



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ANN: A maioria das pessoas está familiarizada com seu trabalho como diretor, mas você também está fortemente envolvido na direção e produção musical de obras recentes como “Michiko to Hatchin” ou “Lupin III: Mine Fujiko to Iu Onna”. Como diretor musical, qual é o seu envolvimento com o conteúdo da animação? É tão intenso como seria caso dirigisse todo o projeto ?

WATANABE: Bem, quando estou dirigindo uma animação, mesmo que não seja creditado por isso, eu ainda costumo ter algum envolvimento na música. Como produtor musical, eu escolho quem faz o que nas partituras, digo-lhes o que quero, e eles devem seguir adiante a partir disso. Já como diretor de série, eu analiso a música vinda do artista ou do compositor e escolho o que vai e para onde vai na obra. Em meus trabalhos pessoais, eu conheço o projeto muito bem, então também sei qual composição deve fazer o quê; mas, quando faço a produção musical para outros trabalhos, só lido com isso mesmo. Eu não me intrometo na história ou na direção ou em qualquer outra área, fico apenas na música.


Seu trabalho mais recente, “Sakamichi no Apollon”, é adaptação de um mangá, porém a maioria de seus projetos é material original. Como que a abordagem na direção muda quando você está trabalhando com a história de alguém que já se encontra finalizada?

Comparado com meus projetos originais, certamente há um monte de coisas que eu faço de forma diferente quando diante da adaptação de uma mangá. Ao ler “Sakamichi no Appolon”, eu queria expressar plenamente o quanto ele era bom. Embora ache que o mangá seja muito bem feito, não creio que refazê-lo da mesma forma em anime expressaria o quão bom ele é, então eu tive que decidir quais partes deveriam ter um ênfase maior, e quais poderiam se melhor exploradas no anime. Em “Sakamichi no Apollon” senti que a história era sobre dois rapazes que levavam uma vida solitária, mas que, ao se encontrarem, eles poderiam conectar suas almas e os seus sentimentos a respeito dessa solidão. Então, eu quis expressar essa mensagem de maneira bem forte na versão animada.


A respeito disso: “Sakamichi no Apollon”, obviamente, tem muitos sentimentos e perspectivas sobre a adolescência. O que mais ressoou em você como diretor, ou com o que mais se identificou na vida dessas crianças ?

Eu mesmo era uma criança muito solitária. “Sakamichi no Apollon” é sobre um garoto bom e um garoto mau se unindo; e, no meu caso, eu era o bom garoto, que fez amizade com o mais malvado da minha escola. As pessoas me perguntavam: "Por que você se dá bem com esse cara?”, mas o fato era que ouvíamos as mesmas músicas. A única diferença real de “Sakamichi no Apollon” é  o tipo de música que nos uniu. Foi KISS. Éramos grandes fãs deles.


Obras originais  estão se tornando mais raras atualmente. O clima na indústria é mais favorável à adaptação. Mas você é conhecido por sua visão distinta que prospera na originalidade. Quais tipos de novos projetos você gostaria de ver em anime ou que desejaria se envolver?

Essa é uma boa pergunta. (risos) Eu vim aqui justamente para anunciar isso! Falarei sobre no painel de amanhã (10 de agosto, no caso), mas nesse momento estou trabalhando em um novo projeto: “Space Dandy”. Faz algum tempo desde a última vez que fiz um trabalho original. Houveram muitos planos até agora, mas todos eles desandaram antes que pudessem se tornar realidade; então, sim, eu sei que realmente faz um tempo.

Em “Space Dandy”, eu estou tentando me desafiar e fazer o que jamais fiz antes; em primeiro lugar, esta é uma série de pura comédia. Anteriormente, eu fazia obras que não eram tão cômicas, que até poderiam ter episódios engraçados aqui e ali, mas que não era tudo bobagem. Desta vez, é tudo comédia. Tenho a sensação de que as tendências atuais da animação estão um pouco atenuadas; as coisas poderiam ser maiores e mais extravagantes nos animes, isso é o que gostaria de expressar. Sinto que quero fazer um anime que destrói as normas, algo que seria forte mesmo que um pouco fora do convencional. Eu desejo fazer o que outras pessoas não tenham feito antes, e não ficar preso naquelas ideias de "Isso tem que ser feito desta forma". Estou sempre querendo experimentar elementos novos.

Ao mesmo tempo, quero que “Space Dandy” seja algo com a qual você possa se divertir e apenas desfrutar como uma comédia. Toda semana, os personagens principais irão para novas estrelas, mas de estrela em estrela, temas completamente diferentes serão explorados, e isso significa que mudaremos totalmente a abordagem de cada vez. Haverá diferentes estilos de arte, diferentes humores, diferentes estilos de direção, tudo único para cada episódio. Junto a isso, haverá alienígenas de outros planetas a cada semana, porém cada planeta possui desenhistas próprios, e dessa forma se terá uma grande variedade em desenhos em um só lugar na tela.


Ambicioso! E muito excitante. Minha última pergunta é em relação a “Cowboy Bebop”. Quando estava andando pela convenção hoje, eu vi alguém fazendo cosplay de Radical Edward, mas o mais marcante foi a tatuagem que tinha na parte de trás de seu ombro que dizia: "See You Space Cowboy" (frase que surge no encerramento da maioria dos episódios). Eu ainda vejo cenas assim com muita frequência, mesmo que essa obra tenha sido criada há algum tempo. Existe algo que lhe surpreende a respeito do impacto de “Cowboy Bebop” na América, e qual o fato mais marcante que você já viu no “fandom” daqui?


Lá atrás, quando “Cowboy Bebop” estava em produção, nunca imaginamos que o anime teria qualquer impacto no exterior, por isso não enxergávamos os ocidentais sendo expostos a ele. Nós somente fizemos o que gostávamos de fazer, e o fato de ele ter sido aceito no Ocidente foi o mais surpreendente. Eu cresci com filmes dos Estados Unidos, logo fiquei muito contente em ver os americanos gostarem do que fiz, porque fui criado através do que eles fizeram, de certa forma.

O momento que me causou o maior impacto aqui envolve a Edward, porque ela era uma personagem que criei pensando que não existia pessoa igual na vida real. Mas quando eu fui para o Texas, havia alguém fazendo cosplay dela, e foi como se tivesse saído do anime. Seria exatamente igual a ela caso Ed fosse real. Que tal isso como um grande impacto?


Foi maravilhoso falar com você. Muito obrigado por trazer novidades para a comunidade.


Obrigado. Por favor, espero que se divirtam com “Space Dandy”. Ainda está em construção, mas eu realmente me sinto confiante no trabalho. Ele vai começar a ser exibido no Japão em janeiro, e vamos tentar trazê-lo para os Estados Unidos o mais breve possível. Estou visando uma criação muito engraçada, legal e louca.




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Segue abaixo a descrição da palestra ocorrida no evento Otakon 2013:


Apresentado por Loy Fruel, o painel de Perguntas e Respostas com o diretor Shinichiro Watanabe começou com uma curta exibição em slides de sua filmografia. Watanabe entrou no palco e foi ovacionado de pé. Era a sua segunda vez no Otakon, disse, sendo a primeira em 1999, quando também viajou com a compositora Yoko Kanno. Haviam apenas quatro convidados japoneses naquele ano, lembrou, então ele estava realmente espantado com o quanto o evento havia crescido.


Ele repassou brevemente a história de sua carreira. Começou na indústria de animes em meados dos anos 80, onde trabalhou em mais obras do que ele era capaz de nomear, primeiro como gerente de produção (também conhecido como “anime runner”, pessoa que importuna os animadores para trabalhar mais e, em seguida, se encarrega de juntar o que fazem) (no OVA "Animation Runner Kuromi", citado na lista "Dez Animes no Mundo Otaku", a protagonista realiza tal tarefa, dentre outras). Depois disso,  passou cerca de 5-6 anos como diretor de episódio. Sua primeira oportunidade em dirigir um trabalho a partir do zero foi em 1994 com “Macross Plus, como co-diretor ao lado de Shoji Kawamori ("AKB0048 First Stage", "Aquarion Evol"). “Dois diretores é complicado, porque eles nunca vão concordar em absolutamente nada, então havia um monte de desavenças e brigas", lembrou, destacando que os dois continuam bons amigos até hoje. Mas o ponto é que ele simplesmente não podia fazer tudo o que queria.

Em seguida veio a sua estreia como diretor solo, em “Cowboy Bebop”. O projeto originou-se tendo a divisão de brinquedos da Bandai como patrocinadora, com o objetivo de vender naves espaciais de brinquedo. "Enquanto houver uma nave espacial nela, você pode fazer o que quiser", era sua única instrução, recorda. Mas, ao serem vistas as primeiras cenas, tornou-se claro que sua versão de "o que quiser" e a versão da Bandai não eram as mesmas. "Isso nunca irá vender espaçonaves!" lamentou a Bandai Toys. Eles se retiraram do projeto, deixando-o no limbo até que a companhia irmã Bandai Visual entrou em cena para patrocina-lo. "Se não tivessem feito isso, vocês possivelmente me veriam hoje trabalhando como caixa de supermercado", brincou Watanabe.

Questionado mais tarde sobre a longevidade de sua obra, Watanabe disse que, durante a produção de Bebop, ele tentava reanimar os animadores dizendo-lhes que a animação seria algo memorável 10, 20 e até 30 anos depois de feita. Alguns deles tinham dúvidas disso na época, mas agora que 15 anos se passaram, Watanabe está muito feliz por ver que estava certo.

Analisando uma lista de sua filmografia, Watanabe observou como muitas das produções foram uma batalha: Bebop foi uma batalha com uma empresa de brinquedos, “Animatrix” foi uma batalha com Hollywood. “Samurai Champloo”, no entanto, foi diferente. "Eu tinha tantas liberdades nesse projeto quanto tive com Bebop", disse, acrescentando que, por não haver necessidade em divulgar brinquedos com o nome, ele tinha reinado praticamente livre.

Ao fazer uma história, ele começa com a criação dos personagens. Para Bebop, “a primeira imagem que me ocorreu foi uma do Spike, e a partir daí eu tentei construir uma história em torno dele, tentando torná-lo legal". Da mesma forma, “Samurai Champloo” começou com a imagem de Mugen, e a história em volta dele foi construída com a ideia de fazê-lo ganhar vida para o telespectador. "Eles são muito reais para mim, como se estivessem sentados ao meu lado".



Para o seu curta-metragem na antologia “Genius Party”, “Baby Blue”, pela primeira vez Watanabe montava uma história “coming-of-age”. Já há algum tempo ele queria se envolver em algo do gênero, mas, por ter sua reputação construída em volta de trabalhos como Bebop e Champloo, ele não era exatamente a primeira escolha para os produtores desse tipo de animação. Na verdade, quando ele conversou com um diretor veterano de animes, Watanabe ficou chocado ao saber que este não tinha matado um único personagem em toda a sua carreira - nunca. "Meus animes eram todos massacres sangrentos!" ele riu. E assim, “Baby Blue” foi a sua primeira história onde ninguém morria.

“Sakamichi no Apollon” veio depois, alguns anos mais tarde. "Vocês notarão que houve uma grande pausa entre esses projetos. Podem pensar que estava apenas à toa, mas na verdade tentei alguns projetos originais; infelizmente, nenhum deles chegou a se concretizar", explicou. Então, quando chegou a oferta para fazer “Sakamichi no Apollon”, ele queria tentar dirigir algo baseado em um mangá já existente - algo bastante comum em animes, mas inédito para ele. "O mangá realmente me tocou, em grande parte porque era sobre meninos que tocam jazz. Adoro jazz, então pensei, eu não posso deixar qualquer diretor faze-lo, preciso assumir a responsabilidade e fazer isso sozinho!" Questionado mais tarde sobre o seu estado de espírito com a obra, ele notou que era muito diferente da criação de uma obra original. "Meu objetivo era trazer para fora o que mais gostei do mangá. Se não tivesse sido um mangá tão bom, eu poderia ter simplesmente o ignorado e feito o que bem quisesse".

Sua parte menos favorita em ser um diretor? Uma tarefa árdua, e o quão duro ele tem de trabalhar. "Eu estava inclusive trabalhando durante todo o vôo até aqui", disse. Mas isso foi contrabalançado pela melhor parte de sua profissão: os fãs dizendo o quanto amam o que ele faz.

Muitos dos animes de Watanabe são orquestrados por Yoko Kanno ("Cowboy Bebop", "Genius Party", "Sakamichi no Apollon"...). Se conheceram quando ela foi designada para trabalhar em “Macross Plus”. “É famosa agora, mas na época ninguém tinha ouvido falar dela; minha primeira impressão foi que ela era extremamente tímida e envergonhada para falar comigo, mais ou menos como você esperaria de uma adolescente. Estava preocupado - pode esta garota realmente compor música? Pensei que ela tinha um escritor fantasma fazendo todo o trabalho nos bastidores, ou algo assim. (detalhe que, apesar do modo como ele fala, Watanabe é um ano mais novo que Yoko) Mas então ela nos trouxe sua primeira música, e, rapaz, ficamos espantados; ficamos realmente chocados e me senti muito culpado por ter duvidado dela. Com certeza nos mostrou do que era capaz". Ele adora o fato de que sua música seja difícil de expressar em palavras: "Quando você compõe para animes, tem que vir com MUITAS músicas - 30-40 músicas, no mínimo. O surpreendente é que ela não pega atalhos, suas canções são repletas de imagens". Perguntado se ele estaria indo para o seu concerto (que ela realizou no evento), riu dizendo que havia sido convocado para ser o seu câmera. "Essa é a minha verdadeira razão em vir ao Otakon", brincou.

Em seguida houve uma breve sessão de perguntas e respostas. Indagado se ele tem algum ritual de criação ou lugares aonde vai para pensar, Watanabe notou que gosta de viajar, e que grande parte de seu trabalho é inspirado por suas viagens.

Quando perguntado sobre o conselho que ele tem para novos animadores, ele respondeu: "Se você quiser criar uma animação, é importante prestar atenção a um monte de coisas além de animes. Se não o fizer, tudo vai ser igual ao que já veio antes e a originalidade não será fácil. Originalidade é muito importante, e eu recebo muito da minha inspiração através de filmes e músicas". Outro conselho: retratar a natureza humana. "Se você é um cara, você entende como os homens pensam, e se você é uma garota vai compreender como as meninas pensam, porém isso será apenas metade da humanidade. Portanto, rapazes, peguem tantas garotas quantas vocês puderem, e as meninas, sejam apanhadas por tantos caras quanto forem capaz".

A sessão foi interrompida pelo anúncio do novo trabalho de Watanabe, que anteriormente não tinha sido anunciado: a série de TV "Space Dandy", uma comédia sci-fi que estreará em janeiro de 2014. Watanabe a descreveu como a sua primeira série de pura comédia, e disse aos fãs de Bebop que será algo semelhante a ver um episódio como “Mushroom Samba" (o insano e frenético episódio 17 de "Cowboy Bebop") a cada semana. O anime será produzido pelo estúdio BONES, e terá o diretor Shingo Natsume trabalhando junto a Watanabe. Roteiristas incluem Dai Sato e Keiko Nobumoto, com “character design” de Yoshiyuki Ito ("Star Driver") e desenhos das espaçonaves feitos por Thomas Romain.

Os produtores do anime, Motoki Mukaichi da Bandai Visual e Masahiko Minami do BONES, entraram no palco, enquanto Fruel (o apresentador) passava desenhos do projeto exibidos pelo Powerpoint. Eles descreveram “Space Dandy” como uma história que se passa em um futuro distante, em uma época onde o espaço é bastante explorado, e as pessoas estão em busca de novas raças alienígenas. O personagem principal é o de topete pompadour Dandy, caçador alienígena, e "o cara mais dândi da galáxia". O grupo de Dandy inclui seu parceiro, um gato alienígena chamado Meow; e QT, um robô que Dandy comprou de um sucateiro pensando que estaria recebendo um R2D2, mas que na verdade é mais parecido com um Roomba.

Outros personagens incluem uma garçonete pouco vestida chamada Mel (que trabalha em um restaurante semelhante ao Hooters, de nome "Boobies") e um elenco cada vez maior de bandidos e raças alienígenas, que estão sendo projetados por um desfile de artistas que serão anunciados mais tarde. Watanabe observou que já havia desenhado mais de uma centena deles.

Produtor Minami brincou dizendo que quando se reuniu pela primeira vez com Watanabe para  conseguir alguma ideia, ele disse que queria algo no espaço. "Qualquer coisa é boa, desde que existam naves espaciais".










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Um comentário:

  1. Antes de mais nada, parabéns por disponibilizar esta entrevista Erick. Assim como o chefe desta nave chamada Anime Cote, Bebop, deve estar muito feliz por Watanabe estar fazendo algo novo, eu também estou.
    É possível que, pelo que Watanabe disse, Space Dandy seja nada menos do que excelente! Pois pra mim, o episódio 17 de Cowboy Bebop é o mais memorável de todos da série, talvez o mais engraçado também, e com certeza o mais marcante pra mim. O único episódio de anime até hoje, que aparece no meio de uma série, que está parafusado em minha mente e de lá nunca sairá, sendo seu título lembrado por mim a qualquer hora e em qualquer lugar. Apesar de não lembrar muito do que exatamente acontece durante o episódio, "Samba do Cogumelo" é um episódio que me traz emoção aos olhos só de falar dele. Se Space Dandy será como assisti-lo, tenho a sensação de que posso até quebrar meu paradigma conceitual de assistir animes para ver a próxima obra do mestre Watanabe.

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