3 de fevereiro de 2019

Resenha: Yes! Pretty Cure 5 / Yes! Pretty Cure 5 GoGo!





Por Escritora Otaku


Admito que quando soube da existência de uma franquia mahou shoujo vindo de um estúdio tão contestado quanto, não pensei duas vezes em poder dar uma chance e ter certeza de seu sucesso. Dá para dizer que abaixo de arrasa-quarteirões como “One Piece” ou “Dragon Ball”, ele seja o mais famoso em terras nipônicas. E de costume, lá fui eu conferir seu primeiro anime e bem, minhas primeiras impressões não foram das melhores, então, defini pegar outra de suas tantas temporadas e parei nesta, a última da era “Pretty Cure” antes de usar seu atual nome, “Precure” e como amei: tudo que diziam da franquia passou a fazer total sentido e atualmente, tenho acompanhado sua atual temporada que pegou muitos elementos destas séries, “Hugtto! Precure” e devo ver umas que me interessaram pela sua proposta.

Em um tempo que o próprio mahou shoujo está estagnado e sem tantas novidades, poder visto estes dois animes abaixo me provaram que há sim, esperanças num gênero puramente infantil para meninas ou não ter seu espaço desde sua primeira investida. Pois o tipo de história não fica resumido entre “Sailor Moon”, “Sakura Cardcaptors” ou “Madoka Magica” de exemplos comuns, há mais opções e esta é mais uma. Quanto ao tempo que vi, digo que gostei do contexto, das personagens e do jeito Precure de contar história; tive mais fascínio em sua segunda temporada e como ouvi tantas vezes a abertura da mesma, de continuar por onde parou e pelas novidades, algumas ditando ou não as regras da franquia. Por isso, quero passar um pouco da experiência que as garotas do "Yes! Pretty Cure 5" tem e que suas temporadas foram para todo Precure. Não custa sonhar que façam o bendito crossover com o “HUGtto! Precure”, está pedindo por ter sido uma inspiração, se houve com a dupla Cure Black e Cure White, pode ter delas, não acham? Teve um gostinho disto dentro do HUGtto, episódios 36 e 37, mas, ainda quero um com as duas séries, uma interação com seus respectivos elencos.


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Ano: 2007/2008
Diretor: Toshiaki Komura
Estúdio: Toei Animation
Episódios: 49 (1ª temporada) / 48 (2ª temporada)
Gênero: Comédia / Infantil /Mahou shoujo



Amizade e trabalho conjunto ou de equipe, algo tão característico e corriqueiro em animes, capaz de transformar uma situação ruim em algo bom ou evitar tragédias anunciadas. Quem nunca viu estes pontos em ação, tendo aqueles que se sentem saturados ou tentam entender qual é a graça disto. Recorrente ou de vez em quando, juntos ou separados, cada um coloca em xeque o valor sentimental e humano que isso tem; no mundo animal, se olhar bem, diversos animais vivem em grupos e neste temos o líder, as fêmeas, os filhotes e também, há os que vivem em famílias, pequenas ou grandes, seguindo a lei da vida.

E em animes, há obras que retratam estes dois aspectos, uns focando a amizade dos personagens em diferentes idades e épocas, outros que colocam estes mesmos a atuar juntos e conviver com os sucessos e fracassos nas variadas circunstâncias, das reais ás mais fantasiosas possíveis. Os shounen de batalha usam e abusam disto, sendo um caso comum tais pontos em ação e em certos enredos, ser fator determinante para as reviravoltas e mudanças mais que óbvias. Não somente estes, há nos mahou shoujos recurso parecido, pois em séries de garotas mágicas, a confiança das companheiras e saber do espaço de cada uma, resulta nas batalhas e golpes mirabolantes que vemos por aí.

Chegamos assim a uma franquia consagrada em terras nipônicas, que apesar de ter 15 anos de existência oficial, consegue entreter e garantir espaço neste meio tão cheio de competição; mais num gênero que tem tido seus altos e baixos, sem perder a majestade e seu público fiel. Vindo das mentes criativas da Toei Animation, de animes que tanto gostamos como das nossas críticas quanto a falta de esmero para ficar melhor, este é o caso que isso não afeta tanto e tem seu espaço no meio de obras mais conhecidas por nós, ocidentais. Seguindo à risca das principais características dos mahou shoujos, temos a Franquia Precure: destinado às meninas, a epopeia das lendárias Precure tem dito seu brilho ao sol e se mantido ininterrupto nestes anos. A pioneira, “Futari wa Pretty Cure” (2004) introduziu o começo da franquia e atualmente, temos no momento desta resenha, “HUGtto! Precure” (2018) que segue nesta vibe de garotas mágicas enfrentando as forças do mal, seja na base da pancadaria desenfreada, algo que tem sido substituído por alguns golpes e o ataque derradeiro para finalizar as ameaças, presente em todas as temporadas.

Nisso temos os animes que trouxeram inovações e marcas fixas na franquia, as últimas que levam a alcunha Pretty Cure (na verdade, a que deu fim ao termo “Pretty Cure” foi sua sucessora, “Fresh Pretty Cure”) e ao fim de temporadas contínuas, quando depois cada série passou a ter sua própria trama e personagens, nada incomum em animes que tenham este fim, de histórias independentes e seus elencos variados. “Yes! Pretty Cure 5” foi a primeira a ter cinco heroínas, como refere seu nome e aborda temas como sonhos, persistência e amizade perante desafios e dificuldades. Na trama, somos apresentados a Nozomi Yumehara, uma garota bastante animada e bobinha que acaba topando com uma criaturinha, Coco e para defendê-lo das garras da Nightmare em sua busca de recuperar o Reino de Palmier, se transforma na Cure Dream. Além dela, há suas amigas e colegas de escola, Rin Natsuki (Cure Rouge), melhor amiga da Nozomi e esportista, de estilo mais esquentadinha; Urara Kasugano (Cure Lemonade), a caçula do grupo e que quer seguir na área artística; Komachi Akimoto (Cure Mint), de personalidade mais calma e com o sonho de ser escritora e Karen Minazuki (Cure Aqua), aspirante a médica, líder do grupo estudantil da escola e melhor amiga da Komachi, sendo as duas as mais velhas do grupo, onde todas encaram os monstros da Nightmare e auxiliam Coco e seu amigo Nuts nesta jornada. Ao longo da série, as garotas aprendem mais de si mesmas e a seguir seus sonhos, mostrando do que são capazes e a valorizar seus papéis como Pretty Cure; mais adiante, entra Milk, que veio do mesmo mundo que Coco e Nuts, cujo jeito de ser remete muito à idade das garotas em termos de personalidade. Indo para a continuação, “Yes! Pretty Cure 5 Go Go”, as garotas encaram a Eternal, que quer ter o poder do Rose Pact, item que leva para o Cure Rose Garden; as novidades ficam com o Syrup, um passarinho mensageiro que tem envolvimento na trama, o upgrade das garotas em seus formatos de Pretty Cure e a entrada de Milk Rose, a 6ª integrante do grupo, algo que remete aos membros extras de super sentais.


Quanto às novidades, as séries são as primeiras com um grupo maior de heroínas, algo que aparece em certas temporadas da franquia; das quatro criaturas que convivem com elas, todas são capazes de assumir formas humanas – Coco e Nuts como jovens adultos, Milk e Syrup na mesma faixa etária da Nozomi e Rin –, que repetiu tal fórmula em algumas séries Precure; indo ao membro extra, até que já existia e costumam ser integrantes ou não do grupo, por aqui fica mais para aliada e sim, participa do golpe mais poderoso da equipe. De resto, segue na vibe já imposta das temporadas anteriores, com direito a muita pancadaria nas lutas contra os monstros, ponto minimizado ao longo dos anos da franquia; do poder da amizade, bem presente na Cure Dream quando as coisas apertam entre as amigas, seja no dia a dia, seja nas lutas em si; da questão de correr atrás dos sonhos, mais para o lado das protagonistas e demais personagens - fora que o colégio que elas estudam é somente para garotas. Na segunda temporada, temos determinados episódios calcados em contos de fadas e histórias japonesas, pendendo ao lado mais fantasia e o formato Pretty Cure delas sofrer algumas mudanças, ficando mais padronizado e diferindo somente em alguns aspectos característicos das garotas.

E este grupo não ficou somente em suas séries: nos filmes, estiveram bastante presentes e fora os que são as estrelas dos longas, podemos destacar a trilogia de filmes “Precure All Stars DX” que reunia a série de exibição com todas as suas antecessoras, fazendo o papel de crossovers entre todas as Precure presentes; ainda tem isso, só que, com menos gente nos longas. Vale destacar as aberturas, ambas cantadas por Mayu Kudou aliada com as dubladoras das heroínas, bem no melhor estilo tokusatsu.


Assim, “YES! Pretty Cure 5 / YES! Pretty Cure 5 Go Go” fecham o ciclo inicial da franquia Precure, dando uma amostra do que as demais temporadas seriam dali por diante. Caso queira ver o começo e não tiver paciência com os três primeiros animes, estes conseguem ser agradáveise animados em sua execução.



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